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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cardeal Koch sobre o Papa Bento XVI acerca da reforma litúrgica


O texto é antigo, de 16 de maio, mas vale a pena tomar ciência desta tradução da leitora Adriana Rocha. Original do Catholic News Service, tal qual reproduzido no PrayTell - Worship, Wit & Wisdom.

Por John Thavis
 
A 'reforma da reforma' na liturgia promovida pelo papa continua, diz cardeal.

CIDADE DO VATICANO (CNS) – A flexibilização que Papa Bento XVI está fazendo às restrições sobre o uso do Missal Romano de 1962, conhecido como o rito tridentino, é apenas o primeiro passo de uma "reforma da reforma" na liturgia, diz ecumenista do Vaticano.

O objetivo a longo prazo do Papa não é simplesmente permitir que os ritos antigo e novo coexistam, mas para mover-se em direção a um "rito comum" formado pelo enriquecimento mútuo das duas formas de Missa, disse o cardeal Kurt Koch, presidente do Conselho  Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, em 14 de maio.

Com efeito, o papa está lançando um novo movimento de reforma litúrgica, disse o cardeal. Aqueles que resistem a ela, incluindo os progressistas "rígidos", erroneamente enxergam o Concílio Vaticano II como uma ruptura com a tradição litúrgica da Igreja, disse ele.

Cardeal Koch fez as declarações durante uma conferência em Roma sobre o "Summorum Pontificum", a carta apostólica do Papa Bento XVI que em 2007 ofereceu maior espaço para a utilização do rito tridentino. O texto do cardeal foi publicado no mesmo dia pelo L'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano.

Cardeal Koch disse que o Papa Bento XVI acha que as mudanças litúrgicas pós-Vaticano II trouxeram "muitos frutos positivos", mas também problemas, incluindo um foco em questões puramente práticas e uma negligência do mistério pascal na celebração Eucarística. O cardeal disse que é legítimo perguntar se os inovadores litúrgicos tinham intencionalmente ido além das intenções declaradas do concílio.

Ele disse que isso explica por que o Papa Bento XVI introduziu um novo movimento reformista, começando com o "Summorum Pontificum". O objetivo, segundo ele, é revisitar os ensinamentos do Vaticano II sobre a liturgia e fortalecer certos elementos, incluindo as dimensões Cristológica e sacrifical da Missa.

Cardeal Koch disse que o "Summorum Pontificum" é "apenas o começo desse novo movimento litúrgico".

"Na verdade, o Papa Bento bem sabe que, a longo prazo, não podemos parar em uma convivência entre a forma ordinária e a forma extraordinária do rito romano, mas que no futuro a Igreja, naturalmente, mais uma vez precisará de um rito comum", disse.

"No entanto, porque uma nova reforma litúrgica não pode ser decidida teoricamente, mas requer um processo de crescimento e purificação, o papa no momento está frisando, acima de tudo, que as duas formas do rito romano podem e devem enriquecer-se mutuamente", disse ele.

Cardeal Koch disse que, àqueles que se opõem a este novo movimento de reforma e o vêem como um retrocesso ao Vaticano II, falta uma compreensão adequada das mudanças litúrgicas pós-Vaticano II. Como o papa tem enfatizado, o Vaticano II não foi uma quebra ou ruptura com a tradição, mas parte de um processo orgânico de crescimento, disse ele.

No último dia da conferência, os participantes assistiram a uma Missa celebrada segundo o rito Tridentino no Altar da Cátedra, na Basílica de São Pedro. O Cardeal Walter Brandmüller presidiu a liturgia. Foi a primeira vez, em várias décadas, que o rito antigo foi celebrado neste altar. –CNS

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