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terça-feira, 28 de maio de 2013

Dúvidas sobre liturgia? O Salvem a Liturgia responde - Parte 1





“Gostaria de saber se é Litúrgico levantar a mão direita para rezar o credo?”

Prezado leitor, Não. O que não está previsto, não se deve fazer. Não há sentido litúrgico no ato, além disso.


 A Paz!
Alex Camillo


Sacerdotes podem usar Solidéu? Há algum próprio para eles? (Lucas Gabriel)

Prezado Lucas, 


O solidéu é uma pequena calota que os clérigos usam na cabeça. Sendo preto para os padres, para todos os monsenhores é preto com frisos violáceos. Todo violeta para os bispos, vermelho para os cardeais e branco para o papa. Comuns a todos os clérigos são: a sobrepeliz, o amito, a alva com cordão, a capa de asperges, o barrete e o solidéu. Todos os outros paramentos são próprios só dos clérigos de ordens maiores e , usados principalmente na missa. Padre só pode usar solidéu na Missa se tiver indulto da Santa Sé. Fora da Missa pode.

Fique com Deus!
Rafael Vitola

“Quando um religioso, sendo apenas religioso, se aproxima do presbitério e chegando diante do altar ele pode beijá-lo como o sacerdote ou não?” (Frater Rodrigo Gibelato)

Prezado Rodrigo,

Não. Osculam o altar apenas os minitros ordenados; na missa, são o celebrante, on concelebrantes e os diáconos que oficiam na missa.


A Paz!
Kairo Neves


Gostaria de tirar uma dúvida a respeito do Ato Penitencial. Como é uma parte mal entendida por todos, desde sacerdotes a equipes de liturgia, gostaria de saber se existem fórmulas alternativas além daquelas 3 conhecidas e o asperges. Temos visto serem rezadas algumas com variações do texto da 3ª fórmula, que inclui o Senhor tende piedade. Pergunto, isso é permitido?” (Carlos Santana)

Prezado Carlos,


Após uma breve pausa, utiliza uma das três fórmulas: a) o Confiteor; b) o “Tende compaixão”; c) o Kyrie. Conclui com uma absolvição, que, por ser desprovida de força sacramental, não possui a eficácia do Sacramento da Penitência celebrado na confissão dos pecados ao sacerdote.

Podem ser cantadas músicas de Ato Penitencial, desde que a letra utilizada seja de alguma das formas prescritas. Quaisquer outros cantos, ainda que implorem o perdão de Deus e demonstrem arrependimento dos pecados, estão excluídos por não se encaixarem no ordinário da Missa, do qual o Ato Penitencial é integrante.

O Ato Penitencial é omitido quando se celebra, no início da Missa, o rito do Asperges, e também quando a celebração for imediatamente precedida de um ofício da Liturgia das Horas com caráter penitencial. Nos demais casos, muito mais comuns, é imprescindível!

Quando as invocações do Kyrie, “Senhor, tende piedade de nós...”, não forem utilizadas no Ato Penitencial, devem ser proferidas após a absolvição que se segue àquele. Isso significa que sempre que o Ato Penitencial consistir no Confiteor (“Confesso a Deus todo-poderoso...”) ou no “Tende compaixão”, o Kyrie é feito em um ato próprio.

“Depois do Ato Penitencial inicia-se sempre o ‘Senhor, tende piedade’, a não ser que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o cantor.” (Instrução Geral do Missal Romano, 52)

É possível que o Kyrie rezado seja substituído por uma música que tenha as invocações na letra.

Na prática

1. Esqueça-se o folhetinho de Missa. Use-se o Missal. Uma das três fórmulas, e só.
2. Não se use músicas de perdão. Diz-se o texto do Missal, quer rezado quer cantado, mas só ele e nada mais. Querem música? Cante-se o texto previsto no Missal, mas não “músicas de perdão”.


Fique com Deus!
Rafael Vitola

“Gostaria de saber se o véu de cálice preto pode ser usado na Forma Ordinária?”

Prezado leitor,

Para a Missa na Forma Extraordinária o véu é orbigatório e tem sempre a cor litúrgica usada.
Para a Missa na Forma Ordinária, o uso véu é louvável, embora não obrigatório no texto latino, e pode ser sempre da cor branca: "Calix laudabiliter cooperiatur velo, quod potest esse aut coloris diei aut coloris albi" - "o cálice, como convém, seja coberto com um véu, que pode ser da cor do dia ou de cor branca" (IGMR 80, no texto da segunda edição, ou 118, no texto da terceira edição).

A paz!
Alex Camillo

“Gostaria de saber onde está previsto que a Santa Missa pode ser celebrada junto com as Laudes ou as Vésperas (Hino como Cântico de entrada, Salmodia como Ato Penitencial e Cântico Evangélico após a Comunhão). É que isso é comum em vários Seminários e gostaria de saber se é correto.”

Prezado Leitor,


Não simultaneamente, usando partes do Ofício como se fossem partes da Missa. O que pode é fazer uma celebração contínua, por exemplo, Vésperas e Missa.

A Introdução Geral da Liturgia das Horas diz:

93. Em casos particulares, quando as circunstâncias o pedirem, na celebração pública ou comunitária, pode-se fazer uma ligação mais estreita da Missa com uma Hora do Ofício, dentro das normas a seguir indicadas, contanto que a Missa e a Hora pertençam ao mesmo Ofício. Evitar-se-á, porém, que isto redunde em prejuízo do bem pastoral, mormente aos domingos. 

94. Quando a Missa é precedida imediatamente das Laudes, celebradas no coro ou em comum, a ação litúrgica pode começar ou pelo versículo introdutório e o hino das Laudes, sobretudo nos dias feriais, ou pelo canto e procissão de entrada e saudação do celebrante, principalmente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitir-se-á um destes dois ritos iniciais. Segue-se a salmodia das Laudes, na forma habitual, até à leitura breve exclusive. Terminada a salmodia, omitido o ato penitencial e eventualmente o Kýrie, diz-se o Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a oração da Missa. Segue-se a Liturgia da palavra, como de costume. 

A oração universal faz-se na devida altura e na forma acostumada para a Missa. Contudo, nos dias feriais, na Missa matutina, em vez dos formulários quotidianos da oração universal, podem-se dizer as preces matinais próprias de Laudes. Depois da comunhão, com o respectivo cântico, diz-se o Benedictus com sua antífona das Laudes. Segue-se a oração depois  da comunhão, e tudo o mais como de costume.

95. No caso de a Missa ser precedida imediatamente da celebração pública da Hora Média, quer dizer, Oração das Nove, das Doze e das Quinze Horas, a ação litúrgica pode igualmente começar ou pelo versículo introdutório e o hino da respectiva Hora, sobretudo nos dias feriais, ou pelo canto e procissão de entrada e saudação do celebrante, mormente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitirse-á um destes dois ritos iniciais. 

Segue-se a salmodia da respectiva Hora, como de costume, até à leitura breve exclusive. Terminada a salmodia, omitido o ato penitencial e eventualmente o Kýrie, diz-se o Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a oração da Missa. 

96. Quando a Missa é precedida imediatamente das Vésperas, estas ligam-se à Missa da mesma forma que Laudes. Note-se, porém, que não se podem celebrar as primeiras Vésperas das solenidades, domingos e festas do Senhor que ocorram ao domingo, senão depois de celebrada a Missa do dia anterior ou sábado.

97. No caso de a Hora Média, quer dizer, Oração das Nove, das Doze e das Quinze Horas, ou as Vésperas, se seguirem à Missa, esta será celebrada na forma habitual até à oração depois da comunhão inclusive. 

Dita a oração depois da comunhão, começa imediatamente a salmodia da respectiva Hora. Na Hora Média, terminada a salmodia, omite-se a leitura breve e diz-se logo a oração; e faz-se a despedida tal e qual como na Missa. Nas Vésperas, terminada a salmodia, omite-se a leitura e diz-se logo o cântico Magnificat com a respectiva antífona; e, omitidas as preces e a oração dominical, diz-se a oração  conclusiva e dá-se a bênção ao povo. 

98. Com exceção do Natal do Senhor, não é permitido, regra geral, juntar a Missa com o Ofício das Leituras, pois a Missa tem já o seu ciclo de leituras que se deve distinguir do Ofício. Todavia, nalgum caso excepcional, se se vir que pode haver nisso vantagem, então, logo depois da segunda leitura do Ofício, com seu responsório, omitindo tudo o mais, inicia-se a Missa com o hino Gloria, caso se deva dizer; aliás, com a oração. 

99. No caso de o Ofício das Leituras se rezar imediatamente antes de outra Hora, pode-se dizer o hino da respectiva Hora a iniciar o Ofício  das Leituras. No fim do Ofício da Leitura, omite-se a oração e a conclusão; e, na Hora que vier a seguir, omite-se o versículo  introdutório e o Glória ao Pai.


Fique com Deus!
Alfredo Votta

“Uma dúvida: se um padre falta a uma missa, então um dos ministros pode fazer a celebração da palavra, certo!? E as hóstias consagradas em outro momento e guardadas no sacrario podem ser usadas!?!? E ainda assim são o corpo e o sangue de cristo!? Ouvi dizer que só realmente é corpo e sangue no momento da missa...podem explicar isso!? “(Caroline Sampaio)

Prezada Caroline,

Bem, entende-se que a liturgia celebrada na paróquia deve ser devidamente autorizada pelo padre. Se se entende que por conta do imprevisto o padre não pode comparecer e, ao menos supondo-se sua autorização, pode-se sim realizar uma celebração da palavra com distribuição da comunhão eucarística. Todavia se, por outro lado, isto causaria estranhamento ou confusão aos fiéis, se ninguém está previamente autorizado a proceder de tal forma ou sem autorização do pároco, não é conveniente realizar tal celebração.
As hóstias consagradas em outra celebração podem ser usadas; sendo que uma vez consagradas, as sagradas espécies são enquanto se mantiverem o aspecto de pão e de vinho, Corpo e Sangue de Nosso Senhor.


Fique com Deus!
Kairo Neves

“Olá, sou Pedro Henrique do Ceará, tenho uma curiosidade e se vocês puderem me responder ficaria muito grato. Vejo na TV, que logo após a oração pela paz se reza o "Cordeiro de Deus". Porque não acontece o momento do aperto/abraço da paz entre as pessoas? Isso é errado, é correto?”

Prezado Pedro Henrique,

Sim. O Rito da Paz consta de duas partes, uma é a oração "Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos apóstolos" e "A paz do Senhor esteja sempre convosco". A saudação entre os presentes faz parte da segunda parte deste rito, sendo esta opcional.


A paz!
Kairo Neves

“Bom dia! Eu gostaria que vcs pudessem me tirar uma dúvida. No presbitério da minha paróquia, além do altar quase fixo, existe ainda o altar fixo, colado à parede, o altar-mor. Se eu fosse celebrar a Missa Tridentina, poderia ser no altar-mor mesmo tendo a outra mesa presente?” (Giovanni Morais)

Prezado Giovanni,

Em qualquer uma das formas do rito romano se pode usar quaisquer um dos dois altares, dado que são altares dedicados.


Fique com Deus!
Kairo Neves

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