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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ordenação “ordinária” com ares “extraordinários”. Ou: A “reforma da reforma” na prática!

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Outro título: Uma ordenação “moderna” com ares “tridentinos”. Ou ainda: Mantendo a tradição do rito romano antigo/tradicional no rito romano novo/atual.

 

Os nomes são vários, e a realidade é belíssima, como se vê nas fotos.

 

Trata-se da ordenação presbiteral do Pe. Edward van den Bergh, CO, do Oratório de Londres, que foi elevado ao sacerdócio no último dia 22 de outubro pelas mãos de D. Vincent Nichols. A Missa foi na forma ordinária e concelebrada, como se vê pelos vários padres com casulas.

 

Penso, aliás, que foi uma oportunidade para um uso correto da concelebração – e não essa banalização desse modo de celebrar, como se vê por aí, em que qualquer dia e situação, bastando haver mais de um padre presente, é pretexto para concelebrar. Já que se estava diante de uma comunidade religiosa sacerdotal, em que se estava conferindo a ordenação, nada mais justo do que os padres da mesma comunidade, manifestarem a unidade do sacerdócio na concelebração. Foi pensando nessas situações que o Concílio Vaticano II previu essa hipótese e não para as “farras de concelebração” que vemos nos nossos dias, em quase todas as dioceses brasileiras.

 

Ainda que tenha sido na forma ordinária, ou rito moderno, ou rito pós-conciliar, ou Missa de Paulo VI, ou Novus Ordo, como queiram chamar, a celebração manteve a continuidade com a precedente tradição litúrgica, alguns deles expressamente previstos como opção mesmo no rito novo, outros não (mas que, por costume imemorial e por se inserirem no ethos da liturgia romana, podem ser usados):

 

* versus Deum;

* canto gregoriano e polifonia sacra;

* padres e diáconos de barrete;

* paramentos romanos (ou “borromeos”, se for cobrada mais precisão no estilo);

* acólitos em sobrepeliz em cima do hábito talar;

* igreja com grande esplendor, e sem nenhuma “modernice” arquitetônica;

* padres-assistentes em pluvial;

* padres em vestes corais;

* Comunhão distribuída exclusivamente na boca e de joelhos;

* uso da mesa de Comunhão;

* acólitos do Bispo com vimpas;

* não um diácono, nem uma multidão, mas dois, como os antigos diácono e subdiácono.

 

Ainda que se possa, claro, ter elementos de juízo não tão favoráveis a certos aspectos da reforma de Paulo VI, não se pode deixar de notar que, quando a Missa “nova” é celebrada como uma mente “tradicionais”, a “reforma da reforma” parece caminhar com passos não tão tímidos.

 

Vamos às fotos, tiradas do New Liturgical Movement:

 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Batismo na forma extraordinária em Teresina

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Do excelente blog ARS de nosso amigo Luís Augusto:



Pax et bonum!
Com muita alegria finalmente postamos as fotos do primeiro Batismo que tivemos em Teresina na Forma Extraordinária do Rito Romano, no último dia 08 (Dia do Nascituro).
O novo cristão é o pequeno João Gabriel, segundo filho de Mauro Sérgio Alves, conselheiro da ARS, com sua esposa Aline Almeida Alves.
O sacerdote foi nosso querido Pe. José de Pinho Borges Filho, coordenador do Setor de Liturgia da Arquidiocese de Teresina e Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Amparo.
O Batismo se deu por volta de 18h20, após a Missa das 17h, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, centro da cidade.
As orações, as súplicas, os exorcismos, a estola roxa, recordam-nos algumas palavras de São Cesário de Arles: "Todos nós, caríssimos, antes do batismo fomos templos do demônio; depois do batismo, obtivemos ser templos de Cristo. E se meditarmos com atenção sobre a salvação de nossa alma, reconheceremos que somos o verdadeiro templo vivo de Deus. Deus não habita somente em construções de mão de homem (At 17,24) nem em casa feita de pedras e madeira; mas principalmente na alma feita à imagem de Deus e edificada por mãos deste artífice. Desse modo pôde São Paulo dizer: O templo de Deus, que sois vós, é santo (1Cor 3,17). E já que Cristo, quando veio, expulsou o diabo de nossos corações para preparar um templo para si, quanto pudermos, esforcemo-nos com seu auxílio para que em nós não sofra injúria por nossas más obras. Pois quem proceder mal, faz injúria a Cristo. Como disse acima, antes que Cristo nos redimisse, éramos casa do diabo; depois foi-nos dado ser casa de Deus. Deus se dignou fazer de nós sua casa" (Trecho do Sermo 229 in Liturgia das Horas, Festa da Dedicação da Basílica do Latrão, Ofício das Leituras).
Questionado sobre os motivos de pedir o Batismo na Forma Extraordinária do Rito Romano, o pai de João Gabriel respondeu:


"Escolhemos o Rito Tradicional do Batismo, devido a toda a riqueza simbólica e pedagógica nele presente. Por exemplo: logo no início, os pais e padrinhos param em frente à porta da Igreja para indicar que o catecúmeno ainda não está inserido na Igreja e será o Batismo que o fará ingressar no Corpo Místico de Cristo, tornando o recém batizado templo do Espírito Santo. As perguntas que o sacerdote, Ministro da Igreja, faz ao catecúmeno são de profundidade e seriedade enormes: 'Que pedes à Igreja de Deus?' e o padrinho responde pela criança: 'A fé!' 'E a fé o que te alcança?' 'A vida eterna'.
A escolha deste rito, não foi, em momento algum, uma rejeição ao novo rito do Batismo, e sim o desejo de desfrutar do benefício generosamente concedido por sua Santidade o Papa Bento XVI no Motu Proprio Summorum Pontificum. Oxalá este seja o primeiro de muitos outros batismos realizados numa liturgia reverente em ambas as formas do Rito Romano".
Início às portas da Igreja

Primeira imposição da mão

Exorcismo do sal



Primeiro Exorcismo
Segunda imposição da mão
Entrada na Igreja
Todos entram rezando o Símbolo dos Apóstolos (Credo) e a Oração do Senhor (Pai nosso)

Segundo Exorcismo
Éfeta

Renúncias
Unção com o Óleo dos Catecúmenos

Deposição da estola roxa

Profissão de fé
"...ego te baptízo...
...in nómine Patris...
...et Fílii...
...et Spíritus Sancti".
Unção com o Santo Crisma
Imposição da veste branca
Entrega da luz
Uma Ave Maria pelos pais e mães tentados a cometer o crime hediondo do aborto

Paramentos negros no rito moderno: o Papa dá o exemplo!

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Fotos do então Cardeal Ratzinger celebrando na forma ordinária, o rito pós-conciliar, revestido de paramentos negros:

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