quinta-feira, 30 de maio de 2013
A Festa do Corpo de Deus é uma das mais solenes de todo o Ano Litúrgico
segunda-feira, 20 de maio de 2013
49° Romaria de Nonoai, em Honra aos Beatos Manuel e Adílio.(Domingo)
terça-feira, 30 de abril de 2013
O Belo também atrai os mais novos
quarta-feira, 20 de março de 2013
Aclamação ao Evangelho na Quaresma no Início do Pontificado do Papa Francisco
Louvor a vós, ó Cristo, Rei da eterna glória.
Felizes os que habitam vossa casa, para sempre eles hão de vos louvar. (Sl 83, 5)
Louvor a vós, ó Cristo, Rei da eterna glória.
Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.
segunda-feira, 18 de março de 2013
A Missa de Pedro no dia de São José
Texto original publicado na página Direto da Sacristia, no Facebook.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
Breves perguntas e respostas sobre a música na Missa
1. O que é a Missa?
É a renovação do sacrifício de Cristo oferecido na Cruz, o qual, por sua vez, foi antecipado na Última Ceia. Ceia, Cruz e Missa são uma só realidade substancial. O que ocorreu no Calvário, ocorre na Missa: Cristo se oferecendo por nós. Todavia, a Missa, como a Última Ceia, se distingue da Cruz quanto ao modo de oferecimento: na Cruz, o sacrifício foi cruento, enquanto na Missa é incruento.
2. O que é Missa cantada? E Missa rezada?
Missa cantada é aquela, na tradição litúrgica romana, que tem todas as partes cantadas (com exceção de uma ou outra parte que, no rito anterior, era feita em voz submissa, ou de recente introdução). Nela, o padre e o coro se alternam no canto da Missa em si mesma. Não se trata de executar cantos durante as ações sacras apenas, mas de verdadeiramente cantar as partes que normalmente se recita.
A Missa rezada se entende justamente como o antônimo da cantada. Tradicionalmente, e isso permanece para aqueles que observam a forma extraordinária do rito romano, a Missa rezada era toda rezada, ainda que acompanhada de cantos. Mas as normas da forma ordinária permitem que na Missa rezada atual haja não apenas acompanhamento de cantos, e sim que trechos da Missa em si mesma sejam cantados. Não todos, pois assim seria Missa cantada.
3. Cantar na Missa ou cantar a Missa?
Depende. Cantar NA Missa é executar cantos que acompanhem as funções sacras, como a Entrada, o Ofertório, a Comunhão. Tem a ver com a Missa rezada, quando acompanhada de cantos. Já cantar A Missa é dizer as partes audíveis que o padre e o povo normalmente falam, só que cantando, não rezando. Tem a ver com a Missa cantada, embora se possa cantar trechos na Missa rezada.
4. O que é Ordinário e o que é Próprio? O que isso tem a ver com o canto na Missa?
Ordinário é a parte fixa da Missa, aquilo que nunca - ou raramente - muda: o Sinal-da-cruz, o Ato Penitencial, o Kyrie, o Glória, o Credo, o Ofertório, o diálogo antes do Prefácio, o Santo, a Consagração, o Pai Nosso etc.
Próprio é a parte variável, aquilo que muda conforme o dia, o tempo e as intenções: a Coleta (Oração do Dia), as leituras da Liturgia da Palavra, a Oração sobre as Oferendas, o Prefácio, a Oração depois da Comunhão. Daí que o conjunto desses elementos de uma determinada Missa se chame "Próprio da Missa". Assim, há o Próprio da Missa do III Domingo do Advento, o Próprio da Missa de Defuntos, o Próprio da Missa de Pentecostes, o Próprio da Missa da Noite de Natal, o Próprio da Missa pelo Papa, o Próprio da Missa de Batismo etc.
Pode-se cantar A Missa: no Ordinário e no Próprio. Bem como cantar NA Missa: em algumas partes do Próprio que admitam alteração, como a Entrada, a procissão das oferendas, a Comunhão.
O Próprio tem elementos não só que variam conforme o dia, o tempo etc, mas também são facultativos. A Entrada, por exemplo: se pode rezar ou cantar o texto do Missal, ou cantar o texto do Gradual, ou cantar uma música apropriada que tenha a ver com o momento. A procissão do Ofertório a mesma coisa. A Comunhão idem. Outros trechos, como as leituras da Liturgia da Palavra, não podem ser alterados nunca: a Aclamação ao Evangelho é sempre e exatamente aquela disposta no Lecionário, a mesma coisa o Salmo etc.
O Ordinário, por sua vez, não só está sempre presente, como suas palavras não podem ser alteradas, nem quando se o reza, nem quando se o canta. Nesse sentido, o Pai Nosso, que é parte do Ordinário, é sempre rezado ou cantado conforme está no Missal, sem mutilar nem acrescentar ou modificar. Da mesma forma, o Ato Penitencial, o Sinal-da-cruz, o Glória etc, devem ser exatamente os previstos no Missal, quer se recite, quer se cante. Alterar o texto do Ordinário, mesmo que seja com boa intenção, para executar um canto em seu lugar, é proibido e atenta contra as regras da liturgia, mesmo que um padre ou um Bispo permitam - pois eles não podem mudar a lei da Igreja.
5. Quais os tipos de canto que a Igreja permite na Missa? Qual o lugar do canto gregoriano?
A Igreja permite cantos que sejam sóbrios e adequados ao espírito da liturgia. A Missa é um culto, não uma baderna. Há lugar para músicas agitadas com conteúdo religioso fora da Missa.
O parâmetro é o canto gregoriano. Ele é, em igualdade de condições, o ideal. Não o podendo executar, ou havendo justas razões para não o fazer, pode-se escolher outro tipo, e quanto mais esse outro tipo de canto se aproxime do gregoriano, melhor.
Assim, além do gregoriano, há a polifonia sacra e o canto popular sacro. Algumas vezes, a polifonia, por ser bem solene, pode ser melhor para uma Missa especial. Em outras, por causa do povo que se reúne para a Missa ou pela falta de um coral treinado, o canto popular pode ser a alternativa. Mas sempre tendo em vista o lugar de excelência do gregoriano e inspirando-se nele para as melodias e para o "ethos" de sobriedade e seriedade da música litúrgica.
A Missa cantada pode ter partes em gregoriano e partes em polifonia, conforme o tipo.
6. Como é o canto na Entrada?
A Entrada, ou Intróito, é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Missal traz uma Antífona de Entrada para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, essa antífona do Missal. Ou cantar em gregoriano a antífona prevista no Gradual, ou uma polifonia ou canto popular com essa letra. Ou, então, escolher um canto popular adequado. É um momento livre para se cantar "o que quiser" - com bom senso, claro.
7. Como é o canto no Ato Penitencial? E no Kyrie?
O Ato Penitencial é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa. Todavia, o Missal nos dá três opções que o padre pode escolher: a) ou reza ou canta o "Confesso a Deus todo-poderoso..."; b) ou reza ou canta o "Tende compaixão..."; c) ou reza ou canta o "Senhor, que viestes salvar... tende piedade de nós" (ou suas fórmulas apropriadas para cada tempo). Essa terceira opção é chamada de "Kyrie com tropos" ou "com tropários". Se é usada a primeira ou a segunda fórmulas, após a absolvição, se reza ou canta o "Kyrie" (sem os tropos), ou seja, o "Senhor, tende piedade de nós". Já se é usada a terceira fórmula, por já ter o "Kyrie", ele é dispensado após a absolvição.
Como dissemos, o Ato Penitencial é parte do Ordinário. E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Ato Penitencial não é o momento para meros "cantos de perdão" ou "cantos de arrependimento". Assim, o "Misericórdia, Senhor, misericórdia..." ou o "Pai, fechei a porta atrás de mim..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Ato Penitencial.
8. Como é o canto no Glória?
O Glória é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa. Todos os Domingos fora da Quaresma e Advento, nas solenidades e nas festas, ele é rezado ou cantado, e em outras ocasiões propícias também pode ser rezado ou cantado.
Como dissemos, o Glória é parte do Ordinário. E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Glória não é o momento para meros "cantos de glória" ou "cantos de louvor". Assim, o "Gló-ó-ria, gló-ó-ria, ao Pai o Criador..." ou o "Glória, glória, aleluia" e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Glória.
9. Como é o canto no Salmo?
O Salmo é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Lecionário traz um Salmo Responsorial para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, esse Salmo Responsorial do Lecionário. Ou cantar em gregoriano o Salmo Gradual previsto no Gradual, ou uma polifonia com essa letra. Todavia, diferentemente das antífonas, por ser parte da Liturgia da Palavra, e haver uma unidade entre o salmo e as leituras, ele não pode ser alterado.
10. Como é o canto no Aleluia ou no Trato (Aclamação ao Evangelho)?
A Aclamação ao Evangelho pode ser o Aleluia ou o Trato.
O Aleluia é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Lecionário traz um Aleluia para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, esse Aleluia do Lecionário. Ou cantar em gregoriano o Aleluia previsto no Gradual, ou uma polifonia com essa letra. Todavia, diferentemente das antífonas, por ser parte da Liturgia da Palavra, e por ser uma preparação ao Evangelho, tendo a mesma mensagem dele, ele não pode ser alterado. Embora parte do Próprio, ele não pode ser alterado. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Lecionário ou no Gradual. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Aleluia não é o momento para meros "cantos de aclamação ao Evangelho". Assim, o "Aleluia, a minh'alma abrirei..." ou o "Buscai primeiro o Reino de Deus..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Aleluia.
Na Quaresma, o Aleluia é substituído pelo Trato, mas as regras são as mesmas.
11. Como é o canto no Credo?
O Credo é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa. Todos os Domingos e nas solenidades, ele é rezado ou cantado. Pode ser usado o texto do Apostólico ou do Niceno-constantinopolitano.
Como dissemos, o Credo é parte do Ordinário. E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Credo não é o momento para meros "cantos de fé" ou "cantos de creio". Assim, o "Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Credo.
12. Como é o canto no Ofertório?
O Ofertório consiste em uma procissão facultativa, nas orações que são o Ofertório em si mesmo, e na Oração sobre as Oferendas.
Durante a procissão, se pode cantar a Antífona de Ofertório - que é do Próprio - prevista no Gradual, em gregoriano, ou usar sua letra para uma melodia inspirada no gregoriano, uma polifonia ou um canto popular. Ou, então, escolher um canto popular adequado. É um momento livre para se cantar "o que quiser" - com bom senso, claro.
As orações do Ofertório são ditas pelo padre em voz submissa enquanto se canta, ou em voz alta quando não se canta ou quando cessa o canto. A Oração sobre as Oferendas é parte do Próprio, havendo uma para cada Missa.
13. Como é o canto no Santo?
O Santo é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa.E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Santo não é o momento para meros "cantos de Santo". Assim, o "Santão" ou o "Santo dos Anjos" ou o "Santo é, Deus do Universo, ó, Senhor Javé" e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Santo.
14. Como é o canto no Pai Nosso?
O Pai Nosso é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa.E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Pai Nosso não é o momento para meros "cantos de Pai Nosso". Assim, o "Ó, Pai Nosso tu que estás" ou o "Pai Nosso que estais nos céus, Pai Nosso que estais aqui..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Pai Nosso. Tampouco um piegas, ridículo, sentimentalóide e circense "Vamos dar as mãos, vamos dar as mãos, vamos dar e vamos juntos cantar..."
15. Como é o canto no Cordeiro de Deus?
O Cordeiro de Deus é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa.E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Cordeiro de Deus não é o momento para meros "cantos de Cordeiro". Assim, o "Jesus Cristo, Cordeiro de Deus..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Cordeiro de Deus.
16. Como é o canto na Comunhão?
A Comunhão é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Missal traz uma Antífona de Comunhão para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, essa antífona do Missal. Ou cantar em gregoriano a antífona prevista no Gradual, ou uma polifonia ou canto popular com essa letra. Ou, então, escolher um canto popular adequado. É um momento livre para se cantar "o que quiser" - com bom senso, claro.
17. Como é o canto depois da Comunhão?
A Igreja diz que esse momento serve para a adoração silenciosa, podendo, conforme o costume, a comunidade recitar fórmulas de oração em comum. Se for costume, isso se extende ao canto. Uma música piedosa, calma, mas livre, não prevista em normas, e que tenha o sentido do que se acabou de fazer (agradecendo a Cristo na Eucaristia, por exemplo).
18. Como é o canto no Recessional?
A Igreja não fala nada, mas da tradição das Missas cantadas em que se entoava um hino livre, geralmente gregoriano ou polifonia, se pode cantar algo: gregoriano, polifonia ou popular, mas decente.
19. Podem-se inserir cantos em outras partes?
Não. Não existe "canto de Paz", nem "canto pra cumprimentar o irmão do lado", nem "canto pra abençoar quem está de aniversário".
O que existe é que todas as partes que não mencionamos aqui podem (e na Missa cantada devem) ser cantadas: a Oração do Dia (Coleta), as Preces, as Leituras, o Sinal-da-cruz, o Prefácio, a Oração sobre as Oferendas, a Oração Eucarística, a Oração depois da Comunhão, a Bênção, o Ide em paz etc. Mas sempre com a letra prevista no Missal ou Lecionário. Nada de "Em nome do Pai, em nome do Filho... para louvar e agradecer" ou outras cantos correlatos.
domingo, 12 de agosto de 2012
Vídeo-catecismo da Santa Missa da Forma Extraordinária do Rito Romano
sábado, 14 de julho de 2012
Cerimonial para a Missa rezada com um Acólito ~ Missa Lecta
O referido manual, que pode ser baixado, em formato PDF, foi redigido com base em alguns outros manuais de liturgia; é uma espécie de cerimonial para o acólito único da Missa Lecta (missa rezada). Tendo em vista certa confusão de regras que se encontra estudando o assunto, parece-nos oportuno um manual mais detalhado. O conteúdo básico está complementado com comentários a respeito das variações de costume ou mesmo comentários sobre a liturgia sacrifical.
domingo, 15 de abril de 2012
Existem dois Alleluias nas Missas do Tempo Pascal?
A presença de dois Alleluias se dá tanto na Forma Ordinária quanto na Forma Extraordinária do Rito Romano, isto é, tanto na liturgia aprovada pelo papa Paulo VI e posta em uso em 1969 quanto na chamada Missa Tridentina.
Nesta solenidade, a assembléia dos fiéis, alimentada no regaço materno da santa Igreja, formando um só povo e uma só família, adorando a Unidade da natureza divina e o nome da Trindade, canta com o Profeta o salmo da grande festa anual: Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos (Sl 117,24). [Da Segunda Leitura do Ofício das Leituras da Quarta-feira na Oitava da Páscoa, da Homilia Pascal de um autor antigo]
Haec dies, quam fecit Dominus: exsultetmus, et laetemur in ea. Esse é o dia que o Senhor fez para nós; alegremo-nos e nele exultemos.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Como você ouviu a seqüência Victimae Paschali Laudes nesta Páscoa?
1. Cantai, cristãos, afinal:
"Salve ó vítima pascal!"
Cordeiro inocente, o Cristo
Abriu-nos do Pai o aprisco.
2. Por toda ovelha imolado,
do mundo lava o pecado.
Duelam forte e mais forte:
É a vida que vence a morte.
(...)
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Coleção completa das sete antífonas eucarísticas ad libitum em português
sábado, 24 de março de 2012
Existe Glória nas Missas da Quaresma?
quarta-feira, 21 de março de 2012
21 de março: Trânsito de São Bento
Enquanto no calendário romano tradicional celebra-se hoje a Festa de São Bento, Abade, III Classe, e no calendário romano moderno tem-se um dia comum da Quaresma, a Ordem de São Bento - OSB (os beneditinos), a Ordem Cisterciense – OCist (os cistercienses) e a Ordem Cisterciense da Estrita Observância – OCSO (os trapistas) comemoram o Trânsito de São Bento.
De fato, 21 de março é o dia da morte do santo, o seu trânsito ao céu. É por isso que o calendário romano desde muito cedo celebrou a festa de São Bento nesse dia. Todavia, havia o costume em alguns mosteiros e regiões, e costume ainda mais antigo do que a comemoração do dia 21 de março, de se celebrar a festa em 11 de julho. Alguns dizem que esse costume do 11 de julho veio do século VIII, sendo que a data da morte, 21 de março, só se introduziu no calendário romano mais tarde. Fato é que o Missal Romano até 1962 conservava a data posterior, mas que representava a real data da morte (21 de março), e a reforma de Paulo VI em 1969 resgatou a data anterior, 11 de julho, que não é a data real da sua morte, mas que, por outro lado, é a celebração mais antiga. Pelo critério da realidade, vence o rito antigo, e pelo critério da antiguidade vence o novo.
Seja o que for, os beneditinos, cistercienses e trapistas, ainda que adotando o calendário romano reformado, em que São Bento, Abade, é celebrado em 11 de julho, mantiveram a festividade de 21 de março também. São duas datas para o santo. Uma propriamente celebrando o santo, e outra a sua morte. 11 de julho, memória de São Bento, Abade, no calendário romano universal da forma ordinária (solenidade para a OSB, exceto na Congregação Americano-Cassinense, que a tem como festa; e solenidade também na OCist e na OCSO). 21 de março, festa de São Bento, Abade, na OSB (exceto na Congregação Americano-Cassinense, que a tem como solenidade), na OCist e na OCSO (e dia ferial no calendário romano universal da forma ordinária).
É, meus caros leitores: os calendários das Ordens e congregações podem muito bem ser mantidos, mas vejam que confusão existe com duas formas (dois calendários, dois Ordinários, dois Próprios etc) no mesmo rito romano… Urge repensar isso para uma eficaz reforma da reforma.
De qualquer modo, hoje, Trânsito de São Bento nas famílias religiosas beneditinas, e São Bento onde se usa o rito tridentino, é uma data muito especial. Para mim, especialmente, que tenho um filho chamado Bento, em honra do Papa e do santo patriarca do monaquismo ocidental.
Eis o Próprio para a Festa/Solenidade de hoje, em uso entre os seguidores de São Bento:
21 de março
TRÂNSITO DE SÃO BENTO
Festa na Ordem de São Bento (Solenidade na Congregação Cassinense Americana), festa na Ordem Cisterciense e festa na Ordem Cisterciense da Estrita Observância
Coleta
Ó Deus, que fizestes de São Bento, cheio do Espírito de vosso Filho, insigne mestre da perfeição evangélica, concedei-nos, ao celebrar sua passagem para o céu, caminhar com alegria para as alturas da caridade e da glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.
Primeira leitura Gn 12, 1-4a
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias, o Senhor disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. Farei de ti um grande povo e te abençoarei:
engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!”. E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito.
Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial Sl 1-4.6
Ant. Feliz o homem que pôs no Senhor sua esperança.
- Feliz é todo aquele que não anda * conforme os conselhos dos perversos;
- que não entra no caminho dos malvados, * nem junto aos zombadores vai sentar-se;
- mas encontra seu prazer na lei de Deus * e a medita, dia e noite, sem cessar.
- Eis que ele é semelhante a uma árvore * que à beira da torrente está plantada;
- ela sempre dá seus frutos a seu tempo, * e jamais as suas folhas vão murchar.
- Eis que tudo o que ele faz vai prosperar, * mas bem outra é a sorte dos perversos.
- Ao contrário, são iguais à palha seca * espalhada e dispersada pelo vento.
- Por isso os ímpios não resistem no juízo * nem os perversos, na assembléia dos fiéis.
- Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, * mas a estrada dos malvados leva à morte.
Segunda leitura (onde for Solenidade) Fl 4, 4-9
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses
Irmãos, alegrai-vos sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos. Que a vossa bondade seja conhecida de todos os homens! O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. E a paz de Deus, que ultrapassa todo o entendimento,
guardará os vossos corações e pensamento em Cristo Jesus. Quanto ao mais, irmãos, ocupai-vos com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor. Praticai o que aprendestes e recebestes de mim, ou que de mim vistes e ouvistes. Assim o Deus da paz estará convosco.
Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho Jo 8, 31b-32
V. Se cumprirdes minhas palavras, † sereis verdadeiramente meus discípulos *
e conhecereis a verdade, diz o Senhor.
Evangelho Jo 17, 20-26
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo João †
Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: “Pai Santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. Eu dei-lhes a glória que tu me deste,
para que eles sejam um, como nós somos um: eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver,
para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome, o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles”.
Palavra da Salvação.
Sobre as oferendas
Ajude-nos, Senhor, a intercessão de São Bento para que, oferecendo-vos estes dons em sinal de nossa própria entrega, mereçamos participar da Paixão do Cristo
e chegar à glória do seu reino.
Por Cristo, nosso Senhor.Prefácio
Na verdade, ó Pai, Deus eterno e todo-poderoso, é nosso dever dar-vos graças, é nossa salvação dar-vos glória, em todo tempo e lugar por Cristo, Senhor nosso.
Quisestes iluminar o vosso servo Bento com o fulgor da vossa graça, para que, nada preferindo ao amor de Cristo, se consagrasse com seus filhos ao serviço do verdadeiro Rei.
Glorioso por seus milagres e célebre pela santidade, foi por vós estabelecido mestre supremo da vida monástica, para que, entregues à oração e à prática das virtudes, os homens vos buscassem de todo o coração e aos bens que no céu lhes preparastes.
Por isso, com grande alegria vos louvamos pelos imensos dons que nos destes em vosso servo e, unidos à multidão dos anjos, erguemos este hino à vossa glória, cantando a uma só voz:
Depois da comunhão
Ajude-nos, Senhor, a intercessão de São Bento, que na força deste sacramento subiu até vós, para que, praticando as boas obras, sejamos conduzidos pela caridade à vida eterna.
Por Cristo Senhor nosso.
Bênção solenes
Deus, bendito sobre todas as coisas, que fez de São Bento nosso mestre, conceda aos vossos corações a observância dos celestes preceitos de sua Regra.
Aquele que lançou por São Bento os fundamentos da vida monástica, vos conceda ser um só coração e brilhar pela boa observância dos preceitos.
Pelos méritos daquele que desprezou as seduções do mundo, e só buscou em seu coração o Criador de tudo, possais obter a graça de perseverar até o fim.
E a vós, que aqui vos reunistes para celebrar o nascimento no céu do glorioso patriarca São Bento, abençoe-vos o Deus todo-poderoso Pai, † e Filho e Espírito Santo.