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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Vestes corais

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As vestes corais são aquelas usadas pelos clérigos para assistir, de um local de destaque, a Santa Missa, modo laico, i.e., sem a celebrar, e outros atos litúrgicos. Igualmente, são usadas para presidir o Ofício das Leituras, bem como outras horas canônicas celebradas sem grande solenidade, e também quando se dirigem publicamente para a igreja ou dela regressam.

Por fim, podem-se usar vestes corais, facultativamente, para orações privadas e atos de piedade em local sagrado.

O Bispo (cf. CB, 1199-1202) , além do anel, que deve sempre portar, usa como vestes corais, nesta ordem:

* veste talar (batina) violeta;
* faixa de seda violeta, guarnecida com franjas de seda nas duas extremidades;
* roque ou sobrepeliz sobre a batina;
* mozeta (murça) violeta sem capuz, sobre a sobrepeliz
* cruz peitoral com cordão verde entrançado de ouro, sobre a mozeta;
* solidéu violeta;
* barrete violeta, com borla, sobre o solidéu;
* meias violetas;
* sapatos pretos sem fivelas.

Dentro da sua própria Diocese, em festividades especiais, pode usar, além disso, a capa magna violeta.

A mozeta pode ser substituída, segundo o costume, pela manteleta violeta.

Os Cardeais (cf. ibidem, 1205) usam as mesmas vestes corais, exceto que a cor, de violeta, passa a ser vermelha, e o cordão da cruz peitoral é de cor vermelha entrançado de ouro.

Alguns oficiais da Cúria Romana, quais sejam os Prelados superiores dos vários dicastérios que não sejam, porventura, Bispos, os auditores do Tribunal da Rota Romana, o promotor geral da justiça, o defensor do vínculo no Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, os protonotários apostólicos numerários e os clérigos da Câmara Apostólica, usam a batina violeta com faixa violeta guarnecida de franjas de seda, roquete ou sobrepeliz, manteleta (mas não mozeta) violeta, e barrete preto com borla vermelha. Já os protonotários apostólicos supranumerários e os Prelados honorários de Sua Santidade vestem batina violeta e faixa violeta de seda, guarnecida com franjas, sobrepeliz e barrete preto. Por sua vez, os Capelães de Sua Santidade, usam a batina preta com debruns e demais ornatos violetas, com faixa de seda também violeta, e a sobrepeliz por cima (cf. ibidem, 1205).

Os sacerdotes e diáconos usam, como vestes corais, se forem diocesanos ou religiosos sem hábito próprio, a batina preta com sobrepeliz e meias pretas. Podem usar barrete preto, com ou sem solidéu preto, e, segundo o costume, mozeta preta por cima da sobrepeliz. Se forem cônegos usam sempre, por cima da sobrepeliz, a mozeta preta ou cinza, e, se não forem beneficiários, também o cordão violeta. Sacerdotes e diáconos religiosos com hábito próprio, usam-no, como vestes corais, sem a sobrepeliz (a qual é envergada sobre o hábito somente quando servem à Missa como acólitos) (cf. ibidem, 1210).

Além das vestes corais, para uso dos clérigos em cerimônias quando nelas presentes em local de destaque, sem as celebrar, existem outras vestes previstas para alguns atos.


Se tais atos forem solenes, o Bispo usa:

* veste talar (batina) preta, com cordão, orla, costuras, caseado e botões vermelhos, com ou sem romeira preta (avivada com cordão vermelho);
* faixa de seda violeta, guarnecida com franjas de seda nas duas extremidades;
* cruz peitoral pendente de cordão simples (que não precisa ser verde e ouro como na veste coral);
* solidéu violeta.


As meias podem ser pretas ou violetas, à escolha. É possível também usar um chapéu de aba larga, preto, e, oportunamente, adornado com cordões e borlas verdes (que é a cor heráldica episcopal).

Em ocasiões mais solenes, pode-se usar o ferraiolo (manto talar amplo), na cor violeta. O manto talar amplo distingue-se da capa magna, que é maior, mais comprida. Em ocasiões mais simples, pode-se usar uma capa preta com uma romeira.

Para os Cardeais, as vestes em atos solenes fora das celebrações litúrgicas são as mesmas dos Bispos, mudado o violeta para o vermelho, como nas vestes corais.

Aqueles oficiais da Cúria Romana já referidos e também os protonotários apostólicos supranumerários usam batina preta com debruns e ornatos vermelhos (sem romeira), faixa de seda violeta com franjas igualmente de seda, facultativamente o ferraiolo violeta, e meias pretas com sapatos comuns sem fivelas. Já os Prelados honorários de Sua Santidade usam essas mesmas vestes, mas sem o ferraiolo. E os Capelães de Sua Santidade vestem as mesmas vestes dos Prelados honorários, porém com os debruns e ornatos violetas.

A veste talar (tanto a coral quanto a para atos solenes não-litúrgicos) é usada, com sobrepeliz, quando as rubricas prescrevem seu uso para a celebração de alguns atos litúrgicos.

No uso corrente, todos os clérigos devem usar, a teor do Código de Direito Canônico (cf. cân. 284), os trajes eclesiásticos. Regulares o hábito de seu instituto, e seculares (bem como regulares sem hábito próprio, e mesmo aqueles que o tenham em algumas ocasiões) a batina preta. O Bispo pode usar tanto a batina preta simples, igual aos sacerdotes e diáconos, como também a batina preta (com ou sem ornatos vermelhos), com solidéu e faixa violeta (não necessariamente de seda). O Cardeal usa a mesma veste do Bispo, mas o solidéu e a faixa são vermelhos. Bispos e Cardeais religiosos podem usar o hábito de seu instituto. Todos, sacerdotes, diáconos permanentes, Bispos e Cardeais, religiosos ou diocesanos, devem, se não trajarem batina, usar camisa com colarinho romano (clergyman), preferencialmente preta, e com roupa distinta (calça social e paletó). Bispos e Cardeais, de batina ou de clergyman, usam a cruz peitoral sustentada por uma corrente, bem como o anel. A batina preta, para diáconos, sacerdotes e Bispos pode ser trocada pela branca, por indulto ou costume, em regiões muito quentes.

O Papa usa sempre batina branca.

O roquete e a sobrepeliz, vistos acima, são muitíssimo parecidos. As diferenças entre ambos são: o roquete, mais estreito, e tem suas mangas bem unidas às da batina, notadamente os punhos, além de sempre ter rendas; já a sobrepeliz, mais larga, com punhos mais soltos, mangas não rentes à batina, e as rendas são inexistentes ou em menor quantidade. O roquete só é usado por Bispos e outros Prelados com privilégio para tal. Já a sobrepeliz é para todos os ministros, ordenados ou não. Na administração dos sacramentos fora da Missa ou presidência de outro ato litúrgico, se usa sempre sobrepeliz, mesmo que quem administre ou presida seja Bispo ou Prelado com privilégio. Já quando se usa a veste coral, para assistir celebrações litúrgicas, a veste adequada é o roquete (para aqueles que podem usar, claro, i.e., Bispo ou Prelado com privilégio), mas que pode sempre ser substituído pela sobrepeliz. O sacerdote e o diácono, assim como acólitos, usam sempre sobrepeliz, nunca roquete.

Lembramos que os hábitos que não sejam especificamente talares, i.e., que não cheguem aos tornozelos, não podem ter sobre si a sobrepeliz nem o roquete. Nesse caso, o sacerdote, se o enverga, usa a alva ou coloca uma batina em vez do hábito, para, aí sim, envergar a sobrepeliz.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Acompanhe, ao vivo, a Solene Ação Litúrgica da Paixão, com o Papa, direto de Roma (com atualizações de fotos!)

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Clique neste link para assistir, via EWTN, a Solene Ação Litúrgica de Sexta-feira Santa, celebrada pelo Papa Bento XVI, na Basílica de São Pedro, a Basílica Vaticana.

Algumas fotos, postadas também ao vivo pelo New Liturgical Movement, a que estamos dando updates, conforme se passa a liturgia:

A procissão, em SILÊNCIO, como manda o Missal para este dia, e não com "musiquetas" como na maior parte do Brasil... Notem o Papa com uma bela casula romana.

O altar desnudo e a oração em silêncio.





Canto, em latim, da Primeira Leitura.

A mitra simples, como manda o Cerimonial dos Bispos... Infelizmente, alguns Bispos e padres no Brasil não fazem a necessária distinção entre os tipos de mitra e usam uma pela outra...

O canto, em latim, do Salmo Responsorial, conforme o Graduale Simplex (o Romanum traz o Gradual, não o Responsorial).

Segunda Leitura, em latim também.


Os livros da Paixão.



Canto da Paixão, por diáconos.


O diácono "Cristo", o diácono "Sinagoga" e o diácono "Evangelista", como tradicionalmente se faz (outras opções: o sacerdote e dois diáconos, ou o sacerdote, um diácono e um subdiácono/acólito instituído).




Ao anúncio da morte de Cristo, todos se ajoelham e assim permanecem, durante um tempo, em silêncio.

Os diáconos, ajoelhados e versus Deum.









A homilia é feita pelo Pregador Oficial da Casa Pontifícia, Pe. Fr. Raniero Cantalamessa, OFMCap, que pregou ao Papa durante toda a Quaresma.



Kyrie Eleison! - A Oração Universal...


O diácono traz a Cruz para a adoração...

Ecce lignum crucis!










O Papa, como manda o Missal, tira a casula, e como manda a tradição da liturgia pontifícia, também tira os sapatos.


Cristo é adorado por seu Vigário!



Os Cardeais, em vestes corais, adoram a Cruz.

O Papa abençoa o povo com a Cruz.


O diácono traz, com véu umeral, o Santíssimo Sacramento, que era adorado no altar da reposição desde o fim da Missa de ontem.









O cerimoniário pontifício, Mons. Guido Marini, comunga, na boca e de joelhos. Vejam a humildade de um monsenhor... Enquanto isso, simples leigos, insuflados pela teologia da Ir. Ione Buyst, OSB, acham um absurdo comungar desse modo piedoso e significativo.




Oração sobre o povo.



No escuro da Basílica, o Papa se retira em silêncio... Um sinal para nossa balbúrdia litúrgica, em suas ensurdecedoras e "inculturadas" guitarras e baterias...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

O que é a Missa Pontifical?

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Normas gerais

É a Missa solene cantada pelo Bispo, ou a concelebração cantada presidida pelo Bispo. Pelo novo Cerimonial dos Bispos pós-conciliar, essa Missa é chamada agora “Missa estacional”. Mantivemos, entretanto, a denominação “Missa pontifical” para melhor compreensão do assunto, e por ser mais conforme a tradição litúrgica.

Há, como visto, dois tipos de Missa pontifical: concelebrada ou não. A concelebrada não precisa ser solene, i.e., não requer a presença de diácono, mas que não for concelebrada necessita ser. Em outras palavras, a Missa pontifical pode ser concelebrada (simples ou solene), e não-concelebrada (solene apenas).

Em qualquer dos casos, ela é cantada. Sempre cantada.[i] Se não for cantada, ainda que solene, não será pontifical. E se for cantada, porém não solene, também não será pontifical, exceto se for concelebrada. A única forma de uma Missa simples, i.e., sem diáconos, cantada pelo Bispo ser pontifical se dá quando houver concelebração, quando, então, alguns sacerdotes fazem suas vezes e sempre concelebram. Podem, claro, alguns sacerdotes só assistir, desde que outros concelebrem para fazer as vezes do diácono. Se houver diáconos, não é preciso ter sacerdotes concelebrando.

-> Tipos de Missa pontifical: solene e cantada; concelebrada (solene ou simples) e cantada.

-> Ministros. Atentar para os diáconos que o acompanham, ou, em sua falta, os sacerdotes auxiliares. Assistentes ao livro (librífero), ao báculo (baculífero) e à mitra (mitrífero), com vimpas. Na falta de vimpas, que não são fáceis de achar em face da enorme crise litúrgica em que vivemos, alguns cerimoniários sugeriram que os assistentes podem usar luvas brancas para segurar a mitra, o báculo e os livros.

-> Diáconos assistentes (dois) – ou sacerdotes auxiliares que concelebrarão e se apresentarão vestidos com paramentos sacerdotais –, diácono (um ou dois: do altar e da Palavra), sacerdotes concelebrantes (se não houver diáconos, esses concelebrantes fazem as vezes quer dos diáconos assistentes, quer dos diáconos propriamente ditos, mas vestidos com paramentos sacerdotais), turiferário, naveteiro, tocheiros etc (listar todos). Os sacerdotes concelebrantes (inclusive auxiliares, se não houver diáconos) poderão ser Bispos, aliás. Quando a Missa Pontifical for celebrada pelo Papa, os diáconos-assistentes podem ser Cardeais-diáconos, ainda que Bispos ou presbíteros (lembremos que a divisão do cardinalato em Cardeais-Bispos, Cardeais-presbíteros e Cardeais-diáconos tem a ver com a precedência e a honra, e não com o fato de serem de tal ou qual graus do sacramento da Ordem; assim, um Cardeal-Bispo só pode ser Bispo, mas um Cardeal-presbítero pode ser presbítero ou Bispo, e um Cardeal-diácono pode ser diácono, presbítero ou Bispo; nos dias de hoje, a esmagadora maioria dos Cardeais, mesmo Cardeais-presbíteros e Cardeais-diáconos, são Bispos). Os Cardais-diáconos, portando-se como diáconos-assistentes na Missa Pontifical celebrada pelo Papa, usam alva (e cíngulo e amito), com estola e dalmática, como qualquer diácono-assistente, mas por serem Bispos levarão também a mitra simples. A cena é muito interessante: dois personagens vestidos como diáconos, exceto pelo fato de usarem mitra!

-> Cerimoniário: obrigatório!

Na igreja catedral, se estiver presente o Cabido, convém que todos os cônegos concelebrem com o Bispo a Missa estacional, sem com isto excluir os outros presbíteros.

Os Bispos porventura presentes e os cônegos não concelebrantes devem apresentar-se de hábito coral.[ii]

-> Clero em vestes corais, especialmente os Bispos presentes não-concelebrantes, os cônegos do Cabido Catedralício e os monsenhores. Demais clérigos em vestes corais: presbíteros e diáconos.

-> Pontificalia: dalmática pontifical, cruz peitoral, mitra, anel, báculo e luvas. Dalmática e luvas são facultativas, mas a primeira é vivamente recomendada e vem prevista, como sugestão, nos livros litúrgicos, enquanto as segundas apenas se podem usar para manter a tradição milenar do rito romano. http://rubricsandritual.blogspot.com/2007/09/episcopal-gloves.html

-> Na Missa pontifical em sua catedral, o Bispo Diocesano senta na cátedra, também chamada de trono. Bispo auxiliar, coadjutor, emérito, ou de outra Diocese, senta no faldistório ou alguma outra cadeira sem aspecto de cátedra,[iii] ou, com autorização do Bispo Diocesano, no trono. Quando um Bispo visita uma igreja, oratório ou capela, pela ausência da cátedra, senta no faldistório ou em uma cadeira presidencial mais bonita e especialmente arranjada.

-> Pode-se manter o costume de unir a Missa Pontifical a um ofício da Liturgia das Horas, sobretudo a hora canônica de Terça.

-> A Missa Pontifical “ideal”: Bispo, cerimoniário, diácono do altar, diácono da Palavra, dois diáconos assistentes, todos os acólitos, incluindo ceroferários e tocheiros, com ou sem concelebrantes, clérigos em veste coral, librífero, baculífero, mitrífero.

O que se deve preparar

Se for uma igreja que não seja a catedral, prepare-se um trono ou uma cadeira digna que a ele se assemelhe, ou, então, um faldistório. O trono fica ou atrás do altar, em posição destacada, ou ao seu lado (quer em direção ao altar, quer em direção ao povo), ou ainda à sua frente. O faldistório ao lado do altar ou, preferencialmente, à frente.

-> Credência de onde partirá a procissão das oferendas.

-> Paramentos do Bispo: amito, alva, cíngulo, estola, dalmática pontifical, cruz peitoral, casula, báculo e anel, mitra (ornada ou simples, dependendo da situação), e, eventualmente, luvas pontificais.

-> Paramentos dos demais sacerdotes, diáconos e acólitos.

-> Paramentos do cerimoniário.

-> Vestes corais dos clérigos e religiosos. Vestes corais do Bispo, se houver solene recepção, vestição e procissão.


[i] cf. CB, 121.

[ii] ibidem, 123

[iii] cf. ibidem, 47
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