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domingo, 30 de janeiro de 2011

A beleza do rito litúrgico – por Pe. Mauro Gagliardi

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O Zenit publicou hoje uma interessante análise do Pe. Mauro Gagliardi, professor de liturgia do Pontifício Ateneu Regina Apostolorum, dos Legionários de Cristo em Roma.

 

ROMA, domingo, 30 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - Hans Urs von Balthasar, na "Introdução" ao primeiro volume de sua monumental Herrlichkeit (Glória), em que desenvolveu uma teologia sistemática focada na importância da beleza, escreve:

"A beleza é a última palavra que o intelecto pensante pode atrever-se a pronunciar, porque esta não faz outra coisa a não ser coroar, como auréola de esplendor inapreensível, a estrela dupla da verdade e do bem e sua relação indissolúvel. Esta é a beleza altruísta, sem a qual o velho mundo era incapaz de ser compreendido, mas que deixou, na ponta dos pés, o moderno mundo dos interesses, abandonando-o à sua cobiça e tristeza. Esta é a beleza que já não é amada ou mesmo guardada pela religião, mas, como máscara arrancada de seu rosto, revela traços que ameaçam ser incompreensíveis para os homens. Esta é a beleza em que já não ousamos acreditar e que transformamos em aparência para que possamos nos libertar dela sem remorsos. Esta é a beleza, enfim, que requer (como é demonstrado hoje), pelo menos coragem e força de decisão da verdade e da bondade, e que não se deixa reduzir ao ostracismo e separar dessas suas duas irmãs sem arrastá-las consigo em uma misteriosa vingança" (Gloria. Una estetica teologica, Jaca Book, Milano 1994 [rist II.], pp. 10-11).

São palavras de clara condenação, por parte de um teólogo bem "moderno", desse espírito funcionalista típico da modernidade, que é incapaz de apreciar o valor das coisas belas que não tenham um reflexo imediato no campo da utilidade. Como compreender hoje o valor dos detalhes minuciosos que os artistas traçaram sobre as abóbadas de inúmeras igrejas e que são inúteis, porque não são perceptíveis para quem vê a abóbada da nave? Como justificar a fadiga dos mestres do mosaico que passavam dias compondo obras em locais não visíveis das catedrais medievais? Se a pintura ou o mosaico não serão vistos, não serão usufruídos por olho humano algum, de que adiantou tanta dificuldade? A beleza neste caso não implica uma perda de tempo e energia? E também: para que serve a beleza das vestimentas e dos vasos sagrados, se o pobre morre de fome ou não tem com que cobrir sua nudez? Essa beleza não tira recursos do cuidado dos necessitados?

E, no entanto, a beleza é proveitosa! E serve precisamente quando é gratuita, quando não busca uma utilidade imediata, quando é irradiação de Deus. Bento XVI recorda: "A relação entre mistério acreditado e mistério celebrado manifesta-se, de modo peculiar, no valor teológico e litúrgico da beleza. De fato, a liturgia, como aliás a revelação cristã, tem uma ligação intrínseca com a beleza: é esplendor da verdade (veritatis splendor). Na liturgia, brilha o mistério pascal, pelo qual o próprio Cristo nos atrai a Si e chama à comunhão. (...) A beleza da liturgia pertence a este mistério; é expressão excelsa da glória de Deus e, de certa forma, constitui o céu que desce à terra. (...) Concluindo, a beleza não é um fator decorativo da ação litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação. Tudo isto nos há-de tornar conscientes da atenção que se deve prestar à ação litúrgica para que brilhe segundo a sua própria natureza" (Sacramentum Caritatis, n. 35).

Quem não sabe apreciar o valor gratuito (ou seja, da graça) da beleza, em especial da beleza litúrgica, dificilmente conseguirá realizar um ato adequado de culto divino. Continua Von Balthasar: "Quem, ao ouvir falar dela, sorri, julgando-a como um resíduo exótico de um passado burguês, desse se pode ter certeza de que - secreta ou abertamente - já não é capaz de rezar e, depois, tampouco o será de amar" (Glória, p. 11).

A beleza do rito, quando é tal, corresponde à ação santificadora própria da sagrada liturgia, a qual é obra de Deus e do homem, celebração que dá glória ao Criador e Redentor e santifica a criatura redimida. De modo conforme à natureza composta do homem, a beleza do rito deve ser sempre corpórea e espiritual, mostrar o visível e o invisível. Do contrário, ou se cai no esteticismo, que pretende satisfazer o gosto, ou no pragmatismo, que supera as formas na busca utópica de um contato "intuitivo" com o divino. No fundo, em ambos os casos, passa-se da espiritualidade à emotividade.

O risco hoje é menos o do esteticismo e muito mais o do pragmatismo informal. Temos necessidade, no presente, não tanto de simplificar e de extrair o supérfluo, mas de redescobrir o decoro e a majestade do culto divino. A sagrada liturgia da Igreja atrairá o homem da nossa época não vestindo cada vez mais as vestimentas da cotidianidade anônima e cinza, a que já está muito acostumado, mas vestindo o manto real da verdadeira beleza, vestidura sempre nova e jovem, que a faz ser percebida como uma janela aberta ao céu, como ponto de contato com o Deus Uno e Trino, a cuja adoração está ordenada, através da mediação de Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ordinariato australiano incentiva paz e unidade. Entrevista com Dom Peter Elliott, delegado dos bispos australianos

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A agência Zenit publica uma importante entrevista com D. Peter Elliot, Bispo australiano responsável pela criação e organização do Ordinariato para ex-anglicanos em seu país.

Ordinariato australiano incentiva paz e unidade

Entrevista com Dom Peter Elliott, delegado dos bispos australianos

MELBOURNE, sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) - O estabelecimento de um ordinariato para os australianos que desejam entrar na Igreja Católica aumentou a esperança de uma maior paz e unidade, segundo o bispo auxiliar de Melbourne, Dom Peter Elliott.

Dom Elliott, presidente da Conferência dos Bispos Católicos da Austrália para o Ordinariato, e ele próprio um ex-anglicano, explicou a ZENIT que há um sentimento de entusiasmo e expectativa entre aqueles que desejam aderir ao ordinariato, conforme estipulado no Anglicanorum Coetibus.

O Comitê para a preparação do ordinariato australiano foi formado há apenas um mês. No próximo mês, haverá um encontro nacional para os interessados em saber mais sobre ele. Espera-se que o ordinariato seja estabelecido este ano.

Nesta entrevista com ZENIT, Dom Elliott fala sobre os desafios e as esperanças em torno deste ordinariato, seu impacto no ecumenismo e como pode ajudar os católicos a crescer na fé.

ZENIT: O senhor poderia nos falar sobre planos para o estabelecimento do novo ordinariato na Austrália?

Dom Elliott: Os planos avançam mais lentamente do que no Reino Unido. Mas a situação é mais complexa.

Em primeiro lugar, está o desafio da geografia - a Austrália tem o mesmo tamanho que os Estados Unidos.

Temos de reunir grupos que estão espalhados, inclusive isolados. Como delegado episcopal da Conferência dos Bispos, minhas milhas por voar com frequência estão aumentando rapidamente!

Depois, dois grupos muito diferentes precisam se unir: vários clérigos e leigos na oficial Igreja Anglicana da Austrália (ACA) e muitos membros da Igreja Católica Anglicana da Austrália (Traditional Anglican Communion, TAC). Os dois grupos compartilham uma herança anglo-católica, mas sua história é diferente.

Um dos frutos do ordinariato seria sua união em uma só comunidade.

ZENIT: Como se incluirá a comunidade de antigos anglicanos do Japão no ordinariato?

Dom Elliott: Esta possibilidade está apenas em seus estágios iniciais, por isso não tenho como dar mais detalhes.

ZENIT: Qual foi o sentimento geral entre aqueles que buscam fazer parte do ordinariato?

Dom Elliott: Há um sentimento de entusiasmo e expectativa entre esses anglicanos da Austrália.

Nos últimos 20 anos, eles sofreram devido a seus princípios católicos, foram confrontados e deixados de lado em graves questões doutrinais e morais.

Neste país, não havia nenhuma disposição pastoral para estas pessoas de boa vontade na Igreja oficial. Tinham de aceitar a nova ordem, ou organizar-se entre eles. Até hoje são considerados injustamente como "anglicanos descontentes".

Ao mesmo tempo, os que criaram paróquias e dioceses anglicanas independentes (TAC) sofreram rejeição e ridicularização, e fizeram muitos sacrifícios para seguir as suas consciências.

Ambos os círculos estavam começando a ver que a oferta generosa do Santo Padre significa paz e unidade. Estão estudando diligentemente o Catecismo da Igreja Católica - um bom exemplo para todos nós.

ZENIT: O senhor poderia dizer algo sobre as relações inter-religiosas com a Igreja Anglicana na Austrália? Que tipo de respostas o senhor ouviu dos anglicanos que não desejam se tornar católicos?

Dom Elliott: Em geral, as relações entre católicos e anglicanos na Austrália são boas.O ordinariato não prejudicará o ecumenismo.

No ano passado, tive a oportunidade de liderar os círculos oficiais de diálogo de anglicanos e católicos. Quando expliquei o ordinariato, houve uma resposta amistosa e cortês. Seguiu uma interessante conversa teológica, mas não houve reação negativa.

Temos de fazer distinções entre os anglicanos que não têm nenhum desejo de voltar ao catolicismo. Os evangélicos têm enviado mensagens de boa vontade. Eles acreditam honestamente que todos os anglo-católicos deveriam voltar à unidade com Roma.

Muitos anglicanos parecem indiferentes, acreditando que o ordinariato será pequeno, pelo menos inicialmente. Um bispo anglicano estava irritado com a oferta do Papa, mas foi rapidamente corrigido por outro bispo evangélico.

Aqui se vê o que nós chamamos de "elefante na sala ao lado" no mundo do anglicanismo, o grande número de evangélicos, especialmente em Sydney e na Nigéria, mas também em outros locais. O que farão esses comprometidos cristãos, que acreditam na Bíblia, é um mistério. Depois, quando os ordinariatos tomarem forma, esses evangélicos decidirão o futuro da Comunhão Anglicana.

ZENIT: O que isso significa para o senhor pessoalmente, como um ex-anglicano?

Dom Elliott: Eu tenho na minha vida um forte sentido do que o Beato John Henry Newman descreveu como uma "providência particular".

Minha recepção na Igreja, realizada em 1968, em Oxford, tem hoje mais sentido do que nunca. Minha tarefa é ajudar os anglicanos de tradição católica a seguir o mesmo caminho de unidade e paz em Cristo.

Mas o meu lema episcopal é "Parare vias eius", ou seja, preparar seus caminhos. Estas palavras de Benedictus têm agora um significado mais profundo e mais focado.

Há também uma pontinha de tristeza; eu gostaria que meus queridos pais, o reverendo Leslie Llewelyn Elliot e June Elliot, estivessem vivos para ver esse dia. Eu sei que eles estão orando pelos ordinariatos. Não há subúrbios no céu.

* * *

Mais informações em: http://www.friendsoftheanglicanordinariate.com/

(Genevieve Polloc)

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Conversão de São Paulo - Homilia de São João Crisóstomo

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Hoje comemoramos a festa da conversão de São Paulo, de perseguidor da Igreja a Apóstolo de Cristo. Trago aqui uma breve mas profunda reflexão extraída de uma homilia de um dos maiores doutores do Oriente, São João Crisóstomo ("o boca de ouro"). A Homilia foi extraída do site: http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/pais_da_igreja/s_joao_crisostomo_antologia1.html

"É preciso que tenhamos sempre presente no nosso espírito o quanto todos os homens são rodeados por tantas manifestações do mesmo amor de Deus. Se a justiça tivesse precedido a penitência, o universo teria sido aniquilado. Se Deus estivesse pronto para o castigo, a Igreja não teria conhecido o apóstolo Paulo; não teria recebido um homem assim no seu seio. É a misericórdia de Deus que transforma o perseguidor em apóstolo; é ela que muda o lobo em cordeiro, e que fez de um publicano um evangelista (Mt 9,9). É a misericórdia de Deus que, comovida com o nosso destino, nos transforma a todos; é ela que nos converte.
Ao ver o glutão de ontem pôr-se hoje a jejuar, o blasfemador de outrora falar de Deus com respeito, o infame de antigamente não abrir a boca a não ser para louvar a Deus, pode-se admirar esta misericórdia do Senhor. Sim irmãos, se Deus é bom para com todos os homens, é-o particularmente para com os pecadores.

Quereis mesmo ouvir algo de estranho do ponto de vista dos nossos hábitos, mas verdadeiro do ponto de vista da piedade? Escutai: ao passo que Deus se mostra exigente para com os justos, para com os pecadores não tem senão clemência e doçura. Que rigor para com os justos! Que indulgência para com o pecador! É esta a novidade, a inversão, que nos oferece a conduta de Deus… E eis porquê: assustar o pecador, sobretudo o pecador inveterado, seria privá-lo de toda a confiança, mergulhá-lo no desespero; lisonjear o justo, seria embotar o vigor da sua virtude, fá-lo-ia afrouxar no seu zelo. Deus é infinitamente bom! O seu temor é a salvaguarda do justo, e a sua clemência faz mudar o pecador."

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Família é família – artigo sobre o Ordinariato, os ex-anglicanos, sua liturgia etc

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O presente artigo encontra-se originalmente, em inglês, no excelente blog The Anglo-Catholic, e foi traduzido gentilmente por nossa amiga e leitora Carla Fabiana Mont’Alvão, a quem agradecemos a caridade para com nosso apostolado.

Família é família

Pe. Chori Seraiah

Companheirismo e fraternidade não são os únicos motivos pelos quais estou entrando no Ordinariato, mas estão no topo da lista. Passei uma hora desta noite, com quatro irmãos católicos maravilhosos em nossa sala, contando-lhes sobre a minha jornada do Protestantismo para a Igreja Católica. Eles vieram, generosamente (embora não nos conhecêssemos antes), para nos ajudar a trazer o piano (na verdade era um piano pequeno). A ajuda original era a esposa de um diácono da Igreja Católica Cristo Rei, aqui em Des Moines. Ela tinha visto um post que escrevi um tempo atrás sobre Católicos Anglicanos e ofereceu-me ajuda quando chegamos. Acontece que nós realmente precisávamos de ajuda para tirar nosso piano da garagem (o máximo que minha esposa e eu fomos capazes de movê-lo) e trazê-lo para casa. Somos muito gratos a todos eles, e somos gratos que o Senhor nos tenha abençoado com estes irmãos generosos.

Sentamo-nos em nossa sala, depois de nos conhecermos por cerca de dez minutos (o tempo que levou para levar o piano pra dentro de casa e depois nos sentar), e conversamos como se fôssemos amigos de longa data. Há uma coisa que sempre apreciei em relação à Igreja Católica, mesmo quando eu ainda era um protestante convicto. O lado “família” da coisa. Alguém uma vez me disse, "uma vez católico, sempre católico", e ele estava se referindo a esse lado “família" que estou tentando descrever. Como Batista, quando alguém dizia que era Batista, eu tinha sempre que fazer algumas perguntas de sondagem para determinar "que tipo de Batista?" Como Presbiteriano, era diferente. Haviam presbiterianos de “baixo escalão”, de “alto escalão” e presbiterianos reformados. Depois me tornei anglicano e tive que aprender todo um novo conjunto de siglas. Jogadores diferentes, mesmo jogo.

De um modo geral, os católicos são católicos, e todos eles tendem a considerar o outro como parte da "família católica". É algo que falta nos círculos Anglicanos de hoje (e praticamente inexistente no protestantismo em geral). É, obviamente, o mesmo que ocorre com as igrejas anglicanas, tão fragmentadas e divididas, numa sopa de letrinhas de denominações anglicanas independentes, que é preciso um cartão de pontuação para distingui-las. Muitos de nós nos acostumamos ao fato de termos que descobrir "que tipo de anglicano" alguém é, quando lhe somos apresentados. O que não deveria ocorrer.

Como é que nos acostumamos a esse tipo de divisão e ainda chegamos a considerá-la apenas como coisas dos dias de hoje? Se eu preciso verificar se o meu irmão é de "Apolo"ou "de Paulo"ou "de Cefas"(1 Coríntios 1:12), então alguma coisa está terrivelmente errada. Eu sei que as coisas não são perfeitas na Igreja Católica, mas o senso de família que eu tenho encontrado é bastante semelhante ao antigo conceito hebraico de "aliança” que ajudou a manter a coesão entre nossos antepassados judeus. Quando o Ordinariato vier, eu não quero perder a herança que me foi dada no anglicanismo. Estou feliz que a Constituição Apostólica nos permite manter a maior parte destas coisas, e eu nunca vou escondê-las.

No entanto, eu também não quero ser um "tipo"de católico. Eu preferiria que as pessoas não dissessem, "ele é um ‘daqueles’ católicos". Deveria ser primeiro que somos católicos e, em seguida, se alguém quiser saber nosso tipo de espiritualidade, podemos contar-lhes das bênçãos especiais do catolicismo medieval Inglês que fomos autorizados a manter. Quando falarmos sobre liturgia, podemos mencionar que muitas das coisas desenvolvidas fora da Igreja Católica depois da Reforma, foram retomadas e protegidas, para que possam florescer plenamente. Se alguém disser: "Você é um padre católico? Mas você é casado?!" Eu poderei contar-lhes sobre as bênçãos que o Papa Bento nos concedeu quando disse que nós poderíamos manter isto também. Eu não quero me apresentar como "Oi! Eu sou um ‘daqueles’ católicos". Família é família, e devemos ser capazes de dizer "eu sou católico" e permitir que nossas tradições e liturgias especiais sejam aspectos de quem somos, e não a substância do que somos. Como disse um dos visitantes hoje à noite, "que dias maravilhosos estamos vivendo!"

sábado, 22 de janeiro de 2011

Mais um ex-bispo anglicano, Edwin Barnes, é recebido com sua esposa, Jane, na Igreja Católica

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A cerimônia foi ontem, e ambos foram recebidos em uma Santa Missa na qual se ministrou o sacramento da Crisma, na Igreja de Nossa Senhora e São José, em Lymington, Inglaterra, pelo Mons. Peter Ryan, também ele um ex-anglicano.

Edwin Barnes foi bispo da Diocese Anglicana de Richborough. Ele e sua esposa são agora fiéis do Ordinariato Pessoal Nossa Senhora de Walsingham. Ao menos ele até 11 de fevereiro, quando deixará sua condição de leigo, ordenando-se diácono, passando a ser clérigo do Ordinariato. Em 5 de março receberá a ordenação sacerdotal.

Abaixo, a foto do ex-bispo anglicano e, por enquanto, leigo católico:

 

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domingo, 16 de janeiro de 2011

Primeira Missa do ex-bispo anglicano, agora católico, Pe. Andrew Burnham, ordenado ontem clérigo do Ordinariato Pessoal de Nossa Senhora de Walsingham

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Na forma ordinária do rito romano, com pregação do Fr. Aidan Nichols, OP, grande especialista em liturgia na Inglaterra e propagador da forma extraordinária e do seguimento das rubricas no Novus Ordo.

Nota-se também um padre-assistente em pluvial. Antes que alguém diga que não é permitido um padre-assistente, com pluvial, em uma Primeira Missa celebrada no rito moderno, convém notar que nem no rito antigo havia uma previsão expressa nas rubricas para que isso ocorresse, sendo mais um costume que, como sabemos, se dentro do espírito litúrtico, faz direito. Ademais, a então Sagrada Congregação dos Ritos, hoje Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em uma resposta a uma consulta na primeira metade do século passado, disse que, onde era costume, se poderia manter essa tradição do padre-assistente nas Primeiras Missas, vestido de pluvial, e sem concelebrar. A idéia deriva da Solene Missa Pontifical no Trono, em que o padre-assistente é uma figura de honra do Bispo, mesmo caso da Primeira Missa, em que o neo-sacerdote é honrado por sua presença. Além disso, o padre-assistente auxilia o neo-sacerdote nas cerimônias da Missa, já que este é um “novato”. Aliás, o uso do padre-assistente em pluvial é um modo de promover o mútuo enriquecimento entre as duas formas do rito romano, e dar um ar mais tradicional ao rito novo.

A Missa teve uso do latim desde o Prefácio até a Comunhão, e um excelente programa musical (Byrd, Morales, gregoriano).

Enfim, as fotos, que tiramos do Ordinariate Portal:

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Vídeos e mais fotos das ordenações de ontem do ex-anglicanos

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