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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Majestosa procissão de Corpus Christi em Toledo, Espanha

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Fonte: Una Voce Málaga

O beijo da paz no rito romano antigo

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Tradução do Dr. Thiago Santos de Moraes de um artigo da Enciclopédia Católica de 1910, postado na comunidade Apologética Catolica, do Orkut:



Não é fácil determinar com precisão a ligação entre o “beijo sagrado” [que está na I Pedro V, 14) e o litúrgico “bejo da paz”, conhecido em grego desde um tempo muito remoto como eirene (pax, paz). Esse último é muito primitivo, pois já está presente numa descrição da liturgia feita por São Justino Mártir (Primeira Apologia 65): “Quando completamos as orações saudamos uns aos outros com um beijo (allelous philemati aspazometha pausamenoi ton euchon), então é levado ao sacerdote o pão e o vinho.” Essa passagem indica claramente que no meio do segundo século já havia o costume – que agora tentam dizer que é distintivo das liturgias não-romanas –de trocar beijos da paz no começo do que chamamos Ofertório. As palavras de muitos Padres orientais e de certos cânons conciliares confirma as conclusões sobre o posicionamento original da Pax. São Cirilo de Jerusalém (Cat. Myst., V, 3) falando sobre o momento entre o lavabo e o Sursum Corda que precede a Anáfora ou Préfácio, diz: “Então o diácono fala em alta voz: ‘Abracemo-nos uns aos outros e nos saudemos... Este ósculo é o sinal de que nossas almas estão unidas e de que deixamos de lado toda lembrança das ofensas’.”

Muitos outros Padres (como Orígenes, Pseudo-Dionísio e São João Crisóstomo –De Cordis, 1, 3) falam de maneira similar e indicam que a Pax prece à Oblação. Mesmo o chamado “Cânon de Hipólito”, que alguns consideram um uso romano do terceiro século (Frank diz que ele é bem posterior), coloca o beijo no Ofertório. O mesmo é, sem dúvida, o caso do rito moçarábico e das liturgias galicanas. Em Roma, todavia, o ósculo da paz estava mais unido à Comunhão, e devia seguir imediatamente ao Pai Nosso como hoje em dia. Assim, o Papa Inocêncio I na sua carta a Decentius (416) reclama dos que dão a Pax antes da Consagração e insiste que ele foi concebido como um sinal de que “as pessoas dão seu assentimento às coisas já realizadas nos mistérios”.

Outro claro testemunho da mesma época está num sermão atribuído a Santo Agostinho, mas provavelmente escrito por São Cesário de Arles (P.L. XXXVIII, 1101): “Após isto [o Pai Nosso], pax vobiscum é falado, e o povo saúda uns aos outros com o ósculo que é o sinal da paz.” Os Ordinários Romanos, o Missal de Stowe (que representa o uso celta de uma época anterior), e muitos escritos litúrgicos do oitavo século comprovam que onde a influência do rito romano prevaleceu a Pax invariavelmente passou a seguir a Oração Consacratória e o Pai Nosso. É fácil entender que o uso que pôs o ósculo da paz antes do Ofertório está baseado nas seguintes palavras de Nosso Senhor (Mateus V, 23-24): Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Parece que essa posição antes do Ofertório era a regra litúrgica mesmo em Roma. Dom Cabrol (“Origines Liturgiques”, Paris, 1906 pp. 360-361) e outros estudiosos se inclinam para a hipótese de que o ósculo formava a sequência natural à comemoração dos vivos e a dos defuntos, e que esses elementos que originalmente ficavam antes do Ofertório, foram deliberadamente transferidos para outro lugar (a comemoração dos vivos e a dos defuntos foram inseridas separadamente no Cânon, e o ósculo, atraído pelas palavras “Perdoai as nossas dívidas”, foi colocado após o Pai Nosso).

Todavia, uma teoria rival, que diz que originalmente o ósculo era dado em dois momentos diferentes, um antes do Ofertório e outro antes da Comunhão, não é improvável; São João Crisóstomo, o Livro de Orações de Serapião, e Atanasius Sinaita testemunham esse rito antes da Comunhão, e a prática de beijar a mão do bispo antes de se receber a Eucaristia (Cardeal Rampolla, “S. Melania giuniore”, nota 41) possivelmente está conectada com isso. De acordo com essa segunda teoria, tanto a liturgia romana quanto as orientais, omitiram uma dessas saudações. Em todo caso, é certo que no começo da Idade Média o ósculo estava intimamente ligada a idéia de se receber a Comunhão (ver Pseudo-Egberto, “Confessionale”, XXXV, em Wasserschleben, “Bussordnungen”, p. 315), e é provável que a omissão da Pax nas missas para os defuntos devia-se ao fato de que a Eucaristia não era distribuída nelas.

Desde um tempo muito remoto, os abusos a que essa forma de saudação podem levar foram alvo de uma fiscalização cuidadosa. Tanto no Ocidente quanto no Oriente os homens e as mulheres eram separados na assembléia, de modo que o ósculo da paz só era dado entre os homens e entre as mulheres. Então, por volta do século XII ou do XIII se adotou gradualmente o costume de se usar o instrumentum pacis ou osculatorium. Ele era uma pequena placa de metal, marfim, ou madeira, decorada com imagens pias, e que tinha uma uma alça; o osculatorium era levado primeiramente ao altar, onde o celebrante o beijava no momento apropriado da Missa, e, depois, até os primeiros degraus do altar, para ser beijado pelo resto da assembléia. Contudo, com o passar dos séculos, mesmo essa prática se perdeu, de modo que a Pax só ficou presente nas missas solenes, e dificilmente era comunicada à congregação. O celebrante beija o corporal colocado sobre o altar (em muitos ritos locais ele beijava a Hóstia) e, então, coloca suas mãos sobre os braços do diácono, fazendo um movimento que direciona sua bochecha esquerda com a do diácono, mas sem tocá-la de fato. Ao mesmo tempo ele pronuncia as palavras Pax tecum, a que o diácono responde com Et cum spiritu tuo. O diácono saúda o subdiácono, e o subdiácono os outros clérigos que estão nos degraus. O Igreja ocidental não foi a única a descobrir que a cerimônia da Pax não poderia ser mantida de maneira decorosa quando os costumes se tornaram menos austeros. Entre os gregos, apenas um traço da saudação original é mantida. Um pouco antes do Credo, que precede a Anáfora, o celebrante diz “Paz a todos”, e beija os dons (velados), enquanto, ao mesmo tempo, o diácono beija o seu próprio orarion (estola).

Nos ritos siríacos, o diácono toca as mãos do sacerdote, depois move suas mãos em direção ao seu rosto e, depois, toca a dos fiéis. Dean Stanley declara que no rito copta o beijo ainda é passado de um lábio para o outro entre os fiéis, mas a verdade parece ser que cada fiel apenas saúda seu vizinho com a cabeça e toca numa de suas mãos (Brightman, "Liturgies Eastern and Western", 1896, p. 585).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Podcast da Canção Nova: entrevista com o Pe. Demétrio Gomes, do Salvem a Liturgia, sobre o aniversário de ordenação do Papa Bento XVI

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Papa Bento XVI: 60 anos de ordenação de sacerdotal hoje

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Parabéns, Santo Padre, por seus 60 anos de ordenação sacerdotal, hoje comemorados.

O Salvem a Liturgia presta seu preito de homenagem ao "Doce Cristo na terra", agradecendo por todo o bem que Sua Santidade tem feito à Igreja, sobretudo quanto aos temas litúrgicos e à "reforma da reforma".



Ad multos annos!

Que se celebrem Missas, Ofícios e Exposições do Santíssimo pelo Papa neste dia. Que se rezem o terço e outras orações privadas.

E que, nada mal, se tome uma bela cerveja alemã por este grande Pontífice bávaro.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Corpus Christi com as monjas redentoristas de São Fidélis, RJ

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Nem todos sabem, mas há um mosteiro da OSsR (Ordem do Santíssimo Redentor) vinculado à Administração Apostólica São João Maria Vianney. A OSsR é um instituto religioso da mesma família da Congregação do Santíssimo Redentor (CSsR, os redentoristas), fundada por Santo Afonso Maria de Ligório. No Brasil, estão presentes com dois mosteiros, um em Itu, SP, e outro em São Fidélis, RJ.

O mosteiro de Itu é ligado por laços de fraternidade à CSsR, os redentoristas, enquanto o de São Fidélis, por seguir a regra afonsiana antiga, está ligado aos FSsR – Filhos do Santíssimo Redentor, ou redentoristas transalpinos.

As monjas que hoje estão em São Fidélis obtiveram, pelas mãos do Núncio Apostólico, D. Sebastião Baggio, com a aprovação do Papa Paulo VI, a autorização para que seu convento usasse os usos litúrgicos e disciplinares tradicionais já em 1969, quando o restante da Ordem passava a adotar a regra reformada pós-conciliar. A autorização se deu a pedido de D. Geraldo Proença Sigaud. O primeiro mosteiro foi na cidade de Campos dos Goytacazes.

As irmãs continuaram sua prática, embora, mais tarde, junto com os problemas que ocorreram na Diocese de Campos após a resignação de D. Antônio de Castro Mayer e a criação da União Sacerdotal, tenham aderido à situação canônica irregular de Mons. Lefebvre. Com a ereção da Administração Apostólica, foram nela incorporadas e tiveram sua situação canônica trazida de volta à normalidade.

Em 2004, as monjas se transferiram ao atual mosteiro em São Fidélis.

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A festa de Corpus Christi foi celebrada com especial entusiasmo nessa pequena, mas vibrante comunidade religiosa, obviamente segundo a forma extraordinária.

As fotos seguem:

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O endereço do convento:

Monjas Redentoristas
Mosteiro da Santa Face e do Puríssimo e Doloroso Coração de Maria
Rua Armando Marques, s/n
28400-000 São Fidélis - RJ BRASIL

email: madresredentoristas@yahoo.com.br

sábado, 25 de junho de 2011

Dedicação da igreja em Pinhal, RS

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Seguem fotos da dedicação da Igreja da Imaculada Conceição, em Pinhal, RS. O templo é uma reitoria pertencente à paróquia Nossa Senhora dos Navegantes.

Celebrou o Bispo de Frederico Westphalen, D. Antonio Carlos Rossi Keller, concelebrou com o pároco, Côn. Paulo Kempa.

O leitor e seminarista Anderson Pelizzari nos manda as fotos e o comentário:

Como Salomão, por ordem de Deus, consagrára, solennemente o Templo em Jerusalém, assim a Santa Igreja, com bellas e commoventes cerimônias, dedica e consagra os seus templos, antes de os entregar o culto publico. Com esta consagração, torna-se sagrado o lugar ou edifício que fica reservado exclusivamente aos actos do culto divino.; usá-los para outros fins, não religiosos, seria uma profanação e até um sacrilégio. Se já os antigos respeitavam os templos, que erigiam aos seus deuses falsos, quanto mais nós, christãos, devemos tratar respeitosa e santamente os templos e igrejas que são destinados ao culto de Deus e á celebração dos mysterios divinos! “Á casa de Deus, se deve santidade”, afirma o profeta. Costuma a Igreja consagrar ou benzer solennemente os edifícios destinados ao culto público e assim, imprimir-lhes um caráter de santidade. Os anjos, avistando uma igreja catholica, dizem: “Ecce tabernaculum Dei cum hominibus!” Eis o tabernáculo de Deus entre os homens! Em nossa igreja Deus habita em pessoas, Jesus reside nella, não só de passagem, nem somente nas grandes solennidades , mas sempre, dia e noite. Elle está presente com corpo e alma, humanidade e divindade. A igreja é, de facto, a sua casa, a sua habitação.Os templos catholicos são “Casa de Deus e Porta do Céu”. Oh! Com quanta satisfação avistamos as nossas igrejas! Como somos ricos, riquíssimos! Deus habita entre nós!!!

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