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sábado, 15 de setembro de 2012

"Stabat Mater dolorosa..."

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Diversas  imagens e invocações da Virgem Maria salientam o aspecto de sua dor, ao ver o sofrimento e a morte do Filho. Desde muito cedo iniciou-se a devoção a Nossa Senhora das Dores. Sua imagem recorda as palavras do profeta Simeão, no templo de Jerusalém, na apresentação do Menino: "Uma espada transpassará a tua alma".

Ela contemplou Jesus nos momentos de dor - flagelação e crucifixão - e ela mesma viveu muitas dores: a perseguição de Herodes; a fuga para o Egito; a perda do Filho aos 12 anos, na peregrinação a Jerusalém; a morte e seputamento dele. O povo sofrido e constantemente em contato com as "dores" da vida se identifica enormemente com a Virgem Santíssima. Com ela também se consola e fortalece, pois o sofrimento é caminho para a glorificação!

Stabat Mater (do latim "Estava a Mãe") é uma seqüencia do século XIII, atribuído ao franciscano Frei Jacopone de Todi. O poema começa com as palavras Stabat Mater dolorosa ("estava a Mãe dolorosa"), e fala do sofrimento de Maria, mãe de Jesus, durante a crucificação. Existe também o hino "Stabat Mater speciosa" ("estava a Mãe formosa"), atribuído ao mesmo autor, que contempla as alegrias de Maria junto ao presépio.

O poema foi musicado por muitos compositores, como Antonio Vivaldi, Rossini, Dvořák e Pergolesi, Giovanni Pierluigi da Palestrina, Marc-Antoine Charpentier, Joseph Haydn, Emanuele d'Astorga, Charles Villiers Stanford, Charles Gounod, Krzysztof Penderecki, Francis Poulenc, Karol Szymanowski, Alessandro Scarlatti (1724), Domenico Scarlatti (1715), Pedro de Escobar, František Tüma, Arvo Pärt, Josef Rheinberger, Giuseppe Verdi, Zoltán Kodály, Trond Kverno (1991), Salvador Brotons (2000), Hristo Tsanoff, Bruno Coulais (2005), e mais recentemente Karl Jenkins.

A maioria do que existe escrito sobre o Dolorosa atribui a autoria do hino a Frei Jacopone de Todi, um franciscano que morreu em 1306. A Igreja só aprovou oficialmente seu uso litúrgico em 1727, quando foi incluído no Breviário Romano e no Missal para a Festa das Sete Dores, dividido em Vésperas (Stabat mater dolorosa), Matinas (Sancta Mater, istud agas) e Laudes (Virginum virgo praeclara). Entretanto Georgius Stella, chanceler de Genoa (d. 1420) em seus "Annales Genuenses" diz que ele começou a ser usado pelos Flagellantes em 1388. Em 1399 os Albati e os Bianchi já o cantavam na procissão dos Nove Dias em Provence. Parece que o texto foi roubado da Igreja da Sequência pelos heréticos. Se realmente o hino foi escrito por Frei Jacopone, partiu dos conventos para uso popular diretamente, o que não era comum na época.


O hino já teve como prováveis autores São Gregório Magno (604), São Bernardo de Claraval (1153), Inocêncio III (1216), São Boaventura (1274), Frei Jacopone de Todi (1306), o papa João XXII (1334) e Gregório XI (1378). Destes, os mais prováveis são Inocêncio III e Jacopone. Bento XIV atribui sem dúvida a Inocêncio. Mone e Hurler também fazem essa atribuição. Já Dufield (Latin Hymns Writers and Theyr Hymns) e Mearns in Julian (Dictionary of Hymnology) rejeitam. Gregorovius acha que "o intelecto frio e majestoso do papa" não o tornaria capaz de elaborar um poema com tal doçura e suavidade calorosa. São Tomás de Aquino é quem faz uma referência a um manuscrito do século XIV contendo poemas de Jacopone dentre eles um Stabat. O argumento para Jacopone não é satisfatório.Seus hinos, escritos no dialeto umbriano tornaram-se populares e merecem respeito, mas muitos certamente não são seus (é duvidoso até se ele escreveu algum), ou em todo caso, qualquer coisa melhor que imitações de hinos em latim.

O Concílio de Trento e o Papa Pio VII quiseram abolir seu uso litúrgico, provavelmente devdido à sua popularidade, e de fato em 1570 foi proibido. O Papa Bento XIII em 1727 autorizou seu retorno para a festa das Sete Dores, realizada no dia 15 de Setembro. Este hino ainda hoje é cantado durante a Quaresma, na recitação e meditação da Via Sacra, entre uma estação e outra. Na Liturgia das Horas, está dividido e distribuído para algumas delas.








Stabat Mater dolorosa juxta crucem lacrymosa
Estava a Mãe dolorosa, junto à cruz, lacrimosa,
Dum pendebat Filius.
Da qual pendia o Filho.
Cujus animam gementem, contristatam et dolentem
A espada atravessava
Pertransivit gladius
Sua alma agoniada, entristecida e dolorida.
O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta,
Quão triste e aflita estava ali a bendita,
Mater Unigeniti!
Mãe do Unigênito!
Quae moerebat et dolebat et tremebat cum videbat
Quão abatida, sofrida e trêmula via
Nati poenas inclyti.
O sofrimento do Filho divino.
Quis est homo, qui non fleret,
Qual é o vivente que não chora,
Matrem Christi si videret in tanto supplicio?
Vendo a Mãe do Cristo em tamanho suplício?
Quis non posset contristari,
Quem não ficaria triste,
Christi Matrem contemplari dolentem cum Filio?
Contemplando a mãe aflita, padecendo com seu Filho?
Pro peccatis suae gentis vidit Jesum in tormentis
Por culpa de sua gente, ela viu Jesus torturado,
Et flagellis subditum.
Submetido a flagelos.
Vidit suum dulcem natum moriendo desolatum,
Viu o Filho muito amado, morrendo abandonado,
Dum emisit spiritum.
Entregando o seu espírito.
Eja Mater, fons amoris, me sentire vim Doloris
Mãe, fonte de amor, que eu sinta a força da dor
Fac, ut tecum lugeam.
Para poder contigo pranteá-lo.
Fac,ut ardeat cor meum in amando Christum Deum,
Faz arder meu coração devido à partida do Cristo Deus,
Ut sibi complaceam.
Para que o possa agradar.
Sancta Mater, istud agas, crucifix fige plagas
Santa Mãe, dá-me isto: trazer as chagas do Cristo
Cordi meo valide.
Cravadas no coração.
Tui Nati vulnerati, tam dignati pro me pati,
Com teu Filho, que por mim morre assim,
Poenas mecum divide.
Quero o sofrimento partilhar.
Fac me tecum pie flere crucifixo condolere,
Dá-me contigo chorar pelo crucificado
Donec ego vixero.
Enquanto vida eu tiver.
Juxta crucem tecum stare et me tibi sociare,
Junto à cruz quero estar e me juntar
In planctu desidero.
Ao teu pranto de saudade.
Virgo virginum praeclara, mihi jam non sis amara:
Virgem das virgens radiante, não te amargures:
Fac me tecum plangere.
Dá-me contigo chorar.
Fac, ut portem Christi mortem,
Que a morte de Cristo permita,
Passionis fac consortem
Que de sua paixão eu partilhe,
Et plagas recolere.
E que suas chagas possa venerar.
Fac me plagis vulnerari cruce hac inebriari
Que pelas chagas eu seja atingido e pela Cruz inebriado
Ob amorem Filii.
Pelo amor do Filho.
Inflammatus et ascensus per te Virgo sim defensus
Animado e elevado por ti Virgem, eu seja defendido
In die Judicii
No dia do juízo.
Amém.


Publicado originalmente em: Reflexões Franciscanas.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Missa Solene de Mons. Bux – III Encontro Sacerdotal Summorum Pontificum

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Do blog da Una Voce Brasil, eis as fotos, creditadas à nossa leitora Juliana F. Ribeiro Lima, da Missa Solene, na forma extraordinária, celebrada por Mons. Nicola Bux, no III Encontro Sacerdotal Summorum Pontificum, em Salvador, BA.




Exaltação da Santa Cruz em códice bizantino

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A imagem acima  é uma iluminura do Menologion (uma espécie de livro com o calendário litúrgico usda pela Igreja de rito bizantino) feito sob encomenda do imperador bizantino Basílio II, no século XI. A imagem representa o momento em que o Patriarca de Jerusalém entroniza a Santa e Verdadeira Cruz de Cristo em um púlpito, rodeado pelo clero.

Irmãos da Arca de Maria recebem a tonsura em Ciudad del Este, Paraguai

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Do blog Partilhando Nossa Fé:

Trago novas notícias do querido Ir. Pio do Santíssimo Mistério do Calvário. Para muitos, apenas Marcão, e para alguns, Nenê. As fotos abaixo foram na Cerimônia da Solenidade da Natividade de Nossa Senhora (08 de setembro de 2012), oportunidade em que os quatro irmãos da Fraternidade Arca de Maria receberam a Tonsura clerical e a imposição da Sobrepeliz pelas mãos do Pe. Victo Sequeiros, IVE, atual Reitor do Seminário Maior São José, da diocese paraguaia de Ciudad del Este no Paraguai, que celebrou a Santa Missa na Forma Extraordinário do Rito Romano.

Continuemos com nossas orações para que a missão da Fraternidade Arca de Maria no Paraguai seja fecunda em todos os sentidos, particularmente pela formação dos nossos irmãos, dentre eles o Ir. Pio.







quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Brasileiro funda mosteiro no Paraguai ligado à forma antiga do Rito Romano.

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O Irmão Estevão Maria, ordenado diácono no dia 15/08 último pela imposição das mãos do Bispo de Ciudad del Este (Paraguai), Dom Rogelio Livieres Plano fundou na Diocese de Ciudad del Este os Eremitas Beneditinos da Reparação Eucarística que estão ligados à Forma Extraordinária do Rito Romano. 

Os Eremitas estão precisando além de diversas outras necessidades, de material litúrgico, paramentos,  e vasos sagrados.

Contatos:
Irmão Estevão Maria
Cel Paraguai (0973) 156-047
Cel Brasil (045) 9988-3885

Email do Irmão Estevão

Site do Eremitério São João Batista









EREMITAS BENEDITINOS DA REPARAÇÃO EUCARÍSTICA


Comunidade eremítica que viva o carisma da reparação ao Santíssimo Sacramento, pela adoração, penitência e caridade.

Em união com a Virgem Maria, os irmãos vivam o Evangelho com simplicidade, tendo como único modelo a Cristo crucificado e imolado no Santíssimo Sacramento.

A comunidade deve ser composta de irmãos consagrados, pelo vínculo de votos eremíticos; irmãos e irmãs leigos e casais consagrados pelo vínculo de amor. Os leigos e os casais devem viver o mesmo carisma da reparação eucarística, respeitando as responsabilidades do seu estado de vida.

Todos os irmãos devem viver da sabedoria da Igreja, bebendo da sabedoria dos santos padres do deserto, e de toda a sã doutrina. Para isso devemos estar em perfeita obediência ao senhor Bispo diocesano, e àqueles que a Igreja designar como irmãos responsáveis pelo eremitério diocesano.

Cada irmão deve contribuir para a edificação do eremitério com os seus dons, sejam eles humanos ou espirituais, em perfeita obediência ao irmão responsável pelo eremitério. Que o vicio da posse seja combatido com veemência por todos os irmãos, e para isso ninguém tenha bens particulares, mas que tudo seja colocado para o bem comum.

Nossa principal tarefa na Igreja é o serviço de adoração e reparação ao coração de Cristo, e a imolação da própria vida pelo bem da Igreja, do santo Padre, de nosso Bispo e de todo o povo de Deus. Toda a atividade caritativa que desenvolvermos na nossa hospedaria deve ter como fundamento a nossa vida de intimidade com Nosso Senhor.

Que nossa vida se torne hóstia para o bem da Igreja e dos irmãos. De fato todo aquele que bater na nossa porta deve ser acolhido e cuidado como o Cristo em pessoa. Aoshospedes, devemos colocar a disposição tudo o que Deus nos conceder como dons humanos e espirituais, disponibilizando a todos tudo o que temos, inclusive o nosso tempo e oração.

O que experimentamos no silêncio e na oração deve transbordar para todos os que de nós se aproximam.

Para isso, é necessário que a estrutura física do eremitério esteja de tal forma organizada, que os eremitas tenham os espaços próprios, para viver equilibradamente a sua vida solitária e o seu apostolado junto aos demais. Cada irmão deve ter sua cela, como sendo o seu deserto particular, e tenham em comum as demais dependências da casa (cozinha, lavanderia, oficinas de trabalho), capela e uma pequena hospedaria.

Na hospedaria devemos desenvolver todo o nosso apostolado: acolhimento de peregrinos, retiros, formação de jovens e casais, tendo em vista sempre o nosso carisma reparador.

A vida de oração do eremitério tem como centro a Sagrada Escritura. Na lectio divina devemos fundamentar toda a nossa vida espiritual e apostólica. Cada eremita deve estar unido à oração da Igreja pela Liturgia das Horas, cultivar especial atitude e adoração e reparação ao Santíssimo Sacramento e amor filial a santíssima Virgem Maria.

À hora santa reparadora seja rezada diariamente pelos eremitas e semanalmente pelos leigos e colaboradores, todos devem rezar diariamente o terço e fazer o oferecimento das obras do dia nas intenções do santo Padre.

ORGANIZAÇÃO DA VIDA NO EREMITÉRIO

Tendo o eremitério um espaço físico, este deve ser organizado para que haja um sadio equilíbrio entre oração, trabalho manual, apostolado, solidão e vida fraterna.
Oração: consiste basicamente da recitação da Liturgia das Horas, da Lectio Divina, da adoração reparadora ao Santíssimo Sacramento e da vida sacramental;
Trabalho manual: é o meio da manutenção e da sobrevivência do ermo. Inicialmente pensamos nas seguintes atividades: padaria, artesanato e uma pequena fábrica de velas.
Apostolado: na vida eremítica o apostolado consiste no testemunho da própria vida, a consagração eremítica não consiste em fazer coisas, mas em ser, tudo o que fazemos é fundamentado pelo que somos. Todo o apostolado deve ser desenvolvido na hospedaria do eremitério, que deve ter um espaço de acolhida onde os fiéis possam encontrar-se com Deus através de retiros, aconselhamento e formação de todos os que queiram participar da nossa vocação reparadora.
Solidão e vida fraterna: queremos constituir uma comunidade de solitários que vivam na alegria e na partilha o serviço da adoração e reparação, e no serviço aos demais. Para isso no ermo haja um sadio equilíbrio entre comunhão e solidão. Participam também da nossa vida, todos os leigos que quiserem participar da obra reparadora, como consagrados no mundo, como benfeitores e propagadores da espiritualidade da reparação.

A vida no eremitério deve ser sóbria e pobre em tudo. Que nenhum irmão possua nada em seu nome, mas que tudo esteja disposto para o bem da comunidade eremítica e de toda a comunidade diocesana.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Repost: Salvem a Liturgia! no Prêmio Top Blog 2012

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Repostamos o que noticiamos no dia 26 de julho:

O ‘Salvem a Liturgia’ está concorrendo ao prêmio Top Blog 2012 na categoria “Religião/Pessoal”. A definição do prêmio é a seguinte:

O Prêmio Top Blog é um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante votação popular (júri popular) e acadêmica (júri acadêmico), os blogs brasileiros mais populares que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal e Profissional ) e suas respectivas categorias.

A participação do blog na premiação é uma ótima oportunidade de divulgação do trabalho realizado por toda a equipe do ‘Salvem a Liturgia’. Assim, teremos a possibilidade de fazer com que os nossos textos ganhem um maior alcance na blogesfera brasileira, ampliando nosso apostolado e semeando o amor à Liturgia bem celebrada.

Por isso, peço a nossos amigos e leitores que nos ajudem com seu voto e, se possível, divulgando o link da votação em seus blogs, em seus perfis nas redes sociais, por e-mail, MSN, enfim, da maneira que acharem mais adequado!

Para votar é muito simples, basta clicar no selo abaixo.

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