Nossos Parceiros

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Coroas ou Coroinhas?

View Comments

Já falamos por diversas vezes aqui dos cuidados com o grupo de coroinhas e também do uso e abuso quanto aos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística (MECEs). Como exemplo destes abusos, pode-se citar a delegação de atribuições do ministério do acolitato (logo, também dos grupos de coroinhas) aos MECEs.

Em muitos lugares foi precisamente por conta deste abuso que os grupos de coroinhas foram deixados de lado: foram vistos como desnecessários já que os MECEs poderiam, em tese, cumprir o seu papel. O resultado tenebroso foi, em última instância, a redução do próprio número de vocações sacerdotais e religiosas, uma vez que muitas destas vocações saíram e continuam saindo dos grupos de coroinhas.

Faz-se necessário retomar em todas as paróquias e comunidades o costume dos grupos de coroinhas para servir ao sacerdote e ao altar durante o Santo Sacrifício da Missa, o que, graças a Deus, já está acontecendo em muitos lugares.

Neste sentido é interessante a contribuição do texto que segue, publicado no ZENIT. Se o grupo de coroinhas estiver fortalecido, não se fazem necessários tantos MECEs, e cada qual pode fazer estritamente aquilo que lhe compete (cf. IGMR, 91)


COROAS OU COROINHAS?
Do livro "Reflexões de um Católico" de Edson Luiz Sampel
*Edson Luiz Sampel
SÃO PAULO, sexta-feira, 28 de setembro de 2012 (ZENIT.org) - Um importante antístite disse certa vez que os coroinhas são “fonte de vocação”. Realmente, concordo com o conspícuo prelado em gênero, grau e número. Todavia, o ministério do acolitato (coroinhas) precisa receber maiores e melhores cuidados.
Há uns vinte anos, eram apenas os coroinhas que ajudavam o padre no altar. Não havia os “coroas”, ou seja, os ministros extraordinários da comunhão. Permitem-me o emprego jocoso e carinhoso da expressão “coroas”, que, na gíria, quer dizer “pessoa mais velha”; faço-o não por desdém dessa gente impoluta e laboriosa que se entrega ao apostolado, a quem rendo homenagens, mas somente para enfatizar uma antítese semântica e litúrgica, que restará esclarecida neste artigo. Não tenciono macular suscetibilidades. Desde já, peço desculpas pelo chiste.
Bem, voltando ao tema principal. Hoje em dia, os coroinhas são pouquíssimos. É raro encontrá-los em nossas celebrações. Quando os vemos, ocupam o mesmo espaço que os “coroas”. Todos no presbitério: “coroas” e coroinhas.  Aqui vem a minha sugestão. Por que não deixar só os coroinhas ao redor do presidente da celebração, sentados ao seu lado, auxiliando-o no altar? Os ministros extraordinários da comunhão, isto é, os coroas, permanecem na assembleia, no lugar social deles. Penso que esta disposição é bastante didática e litúrgica, porquanto na hora de ajudar a distribuir as hóstias consagradas – e somente nesta hora –, os ministros extraordinários, ao saírem dos bancos, frisarão sobremaneira sua vocação de leigos, que vão ao encontro das necessidades da comunidade e, assim, exercem autenticamente o ministério extraordinário. Vejam, a própria palavra o explica: “extraordinário”, ou seja, fora da ordem, incomum. Demais, no meu modo de ver, os ministros extraordinários da comunhão não deveriam portar nenhuma vestimenta que os diferencie do resto do povo, como jalecos, por exemplo. Usem roupa normal, com asseio, para que ninguém pense que os “coroas” sejam algum tipo de fiel especial. Os coroinhas, por seu turno, encarregam-se de todas as funções no altar, como era antigamente. Acolitam o celebrante em tudo que for necessário e litúrgico. Somente eles ficam no presbitério.
Creio que a experiência de ser coroinha é maravilhosa. Quantos padres não passaram pelo altar quando eram meninos. Mas, para que essa experiência seja realmente frutífera, suscitando vocações sacerdotais, é mister devolver o acolitato eucarístico-litúrgico aos coroinhas, outorgando-lhes a responsabilidade plena e exclusiva do manuseio de todos os instrumentos e funções coadjuvantes da mesa eucarística. 
*Edson Luiz Sampel é Doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense, do Vaticano; Professor do Instituto Teológico Pio XI (Unisal) e da Escola Dominicana de Teologia (EDT); Membro da Sociedade Brasileira de Canonistas (SBC).

ZP12092804 - 28-09-2012
Permalink: http://www.zenit.org/article-31407?l=portuguese

domingo, 16 de dezembro de 2012

Duas formas litúrgicas, mas a mesma Fé

View Comments

[Zenit] Em todos os domingos, às 9hs da manhã, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, na cidade do Rio de Janeiro, celebra-se a Santa Missa Prelatícia na Forma Extraordinária do Rito Romano. 

Mas, o que é a Forma Extraordinária do Rito Romano? Tem aprovação do Papa? É de difícil compreensão e participação? Para responder a essa questão, ZENIT conversou com o Pe. José Edilson de Lima, sacerdote da Administração Apostólica e Juiz auditor do Tribunal arquidiocesano do Rio de Janeiro.


ZENIT: Qual é a diferença entra a missa na forma extraordinária do rito romano e a missa na forma ordinária? Desde quando ela existe?

PE. JOSÉ: A Missa na Forma Extraordinária é fruto de uma antiga tradição recolhida por São Gregório Magno (596-604) para uso em Roma, onda já fixa o cânon. Este cânon permaneceu o mesmo até o Beato João XXIII. Por ser a Liturgia da Igreja de Roma, generalizou-se em todo o Ocidente entre os anos 700 a 1500. Com Carlos Magno passa a ser usada no Império dos Francos e foi enriquecida no contato com as diversas liturgias galicanas e orientais. Com a crise na Igreja e no papado, o Missal, agora franco-germânico, volta para Roma e vai ser a base para a reforma gregoriana no século X. Os ritos foram simplificados para uso interno da Cúria em suas viagens e o Missal Romano passa a ser usado em toda parte. Os franciscanos o adotaram e acabaram por divulgá-lo em todo o Ocidente.

O Concílio de Trento, enfrentando a crise da Igreja na época e as investidas protestantes contra os dogmas eucarísticos, especialmente o valor da Santa Missa, da Eucaristia e do Sacerdócio, ordenou a reforma do Missal e em 1570, com a Bula Quo primum tempore, o Papa São Pio V publicou o Missal Romano, tomando como base o Missal da Cúria e impondo-o como obrigatório em toda a Igreja Latina. Por isso o Missal na forma antiga é chamado erroneamente de São Pio V ou Tridentino. Na realidade é muito mais antigo.

Os Papas posteriores reeditaram o Missale Romanum realizando melhorias na formulação das rubricas, revisão de alguns textos e reformas no calendário. A última reforma das rubricas foi feita pelo Beato João XXIII através do Motu Próprio Rubricarum instructum em 25/07/1960. A última edição conforme as novas Rubricas é do ano 1962. É a chamada hoje pelo Papa Bento XVI Forma extraordinária do Rito Romano. O grande diferencial está na sua história, pois é fruto de uma evolução litúrgica homogênea, e na sua precisão teológica, principalmente no que diz respeito aos dogmas eucarísticos. Aparece mais o sentido do sagrado numa liturgia mais vertical. Pela precisão nas rubricas, está menos sujeita a alterações, o que dá uma certa garantia contra as inovações que podem ocorrer fruto de um mal conhecimento do verdadeiro sentido litúrgico.

ZENIT: O que é a admnistração apostólica São João Maria Vianney? Tem aprovação do Papa?

PE. JOSÉ: A Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney é uma circunscrição eclesiástica, equiparada a uma Diocese, segundo os cânones 368 e 371 § 2, erigida canonicamente em 18 de janeiro de 2002, para atender a uma situação particularmente grave que existia na Diocese de Campos. Havia um Bispo e um grupo estável de sacerdotes e de religiosos, com várias comunidades estruturadas, obras sociais e de apostolado e cerca de 30 mil fiéis organizados em torno da Santa Missa e disciplina litúrgica anterior ao Concílio Vaticano II. Formávamos uma União chamada São João Maria Vianney. Era uma situação incômoda para nós, pois sempre amamos a Santa Igreja e o Santo Padre, rezávamos por ele no Cânon da Missa e nunca nos consideramos outra Igreja, e sim Católicos romanos. Pedimos ao Santo Padre sermos reconhecidos como Católicos e podermos continuar com a Liturgia na forma antiga. Sua solicitude atendeu o nosso pedido e criou uma Administração Apostólica Pessoal.


Com o decreto da Congregação para os Bispos Animarum bonum, a União São João Maria Vianney foi transformada em Administração Apostólica Pessoal dentro dos limites da Diocese de Campos, tendo à frente um Administrador Apostólico que a governa em nome do Sumo Pontífice. Na verdade, são duas circunscrições eclesiásticas dentro do mesmo território, uma territorial, a Diocese de Campos com o seu Bispo próprio, e a Administração Apostólica Pessoal para os fiéis ligados à antiga forma do Rito Romano, hoje chamada Forma extraordinária. No mesmo território, duas formas litúrgicas, mas a mesma fé e a mesma submissão aos legítimos pastores da Igreja. A criação da Administração Apostólica acabou com uma divisão que havia em Campos e foi um fator de enriquecimento para a Igreja, não só em seus limites mas em todo o Brasil, mostrando que é possível conviverem as duas formas litúrgicas em perfeita harmonia, sem detrimento da unidade.

ZENIT - Que tipo de formação precisa o fiel que queira participar dessa missa?

PE. JOSÉ: Embora muitos que procuram a Santa Missa na forma extraordinária o façam devido a uma certa formação litúrgica, na verdade qualquer fiel bem disposto pode participar. Temos esta experiência em nossas inúmeras igrejas e paróquias. Pessoas muito simples, às vezes semi-analfabetas ou até crianças, acompanham e participam da Missa na Forma extraordinária sem problemas. Talvez se sinta alguma dificuldade no início, como poderia acontecer em qualquer rito desconhecido. No caso da Forma extraordinária, o rito é o mesmo.

É de muita utilidade o uso do Missal apropriado contendo os textos em latim e vernáculo. Caso não seja possível, que se tenha ao menos o texto do Ordinário da Missa para que o fiel possa acompanhar os diversos momentos da liturgia. Irá percebendo quando começam as orações ao pé do altar até o Glória e Coleta um caminhar em direção de Deus. Em seguida, Deus se volta para os assistentes com sua Palavra. Depois de professarmos nossa Fé, vamos mais uma vez ao Pai, oferecendo-nos ao Pai com a Vítima divina. São belíssimas as orações do ofertório e datam do século XIII. Deus recebe nossos dons e vem a nós, dando-nos agora o seu próprio Filho. Há, pois um duplo movimento, um ascendente e um descendente: nós vamos a Deus e Ele vem a nós. Isto fica bem claro a qualquer fiel, mesmo que não consiga compreender o teor de cada palavra dita em latim. 

No Brasil, há muitas dioceses onde a Missa na forma extraordinária é celebrada e são muitas as pessoas que a procuram. Muitos procuram nossa Administração Apostólica para aprenderem a celebrar. Temos feito um encontro anual para reunir os sacerdotes ligados à Forma extraordinária, ajudando-os com formação teológica, espiritual e litúrgica. O grande fruto é não só um conhecimento maior da Forma antiga, mas uma melhor celebração, com mais respeito e dignidade da Forma ordinária em suas paróquias de origem, como deseja o Santo Padre.


sábado, 15 de dezembro de 2012

"O Sacerdote na Celebração Eucarística" novo livro do Pe. Mauro Gagliardi

View Comments

O Padre Mauro Gagliardi, consultor da Sagrada Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos e do Ofício de Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice lançou nos últimos dias o seu mais recente livro: "O Sacerdote na Celebração Eucarística": Forma Ordinária e Extraordinária. O mesmo autor já concedeu entrevista exclusiva ao "Salvem a Liturgia": (Veja a Entrevista)

O livro organizado por Pe. Gagliardi contém contribuições de Uwe Michael Lang, Nicola Bux, Paul Gunter, Juan José Silvestre, Natale Scarpitta e o prefácio de Mons. Guido Marini.

É, de fato, com esperança que este volume deve ser acolhido. Se lido com atenção, sobretudo pelos sacerdotes,  poderá significar para muitos uma redescoberta ou um aprofundamento da beleza da Celebração Eucarística.  (Do prefácio de Mons. Guido Marini)

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

#Soucatolicoporque e #BXVInotwitter – Ações Comemorativas

View Comments

Sou Católico Porque...

Convidamos todos os católicos a demonstrarem sua alegria por serem católicos no próximo dia 12/12/2012. O nosso Santo Padre o Papa #BXVI enviará o seu primeiro tuite, é dia de Nossa Senhora de Guadalupe e um novo apostolado será lançado com o intuito de sanar algumas dúvidas que católicos e não católicos têm sobre fé, espiritualidade entre outros.

Todos os católicos que estão presentes nas redes sociais estão convidados para apoiar a campanha, em especial aqueles que desenvolvem apostolado on-line ou são agentes de Pastoral da Comunicação (PASCOM). Replique este texto em seu blog ou perfil nas redes sociais e convide seus contatos a participar dessa comemoração.

Vamos mostrar ao mundo o carinho que o Brasil Católico nutre por seu Pastor e o nosso orgulho de ser Católico!

Quando: 12 de dezembro.
Concentração: a partir das 11h00
Onde: Twitter, Facebook, Orkut, etc.
Mote: #soucatolicoporque e #BXVInotwitter – Colocar no título dos posts dos blogs para os “robôs” dos sistemas de busca captarem.



Sugestões de mensagens para as redes sociais:

#soucatolicoporque  A Igreja católica oferece a única visão coerente da história do Cristianismo.

#soucatolicoporque A Igreja católica é a Igreja visível divina estabelecida por Jesus contra o qual as portas do inferno não podem e não prevalecerão.

#soucatolicoporque O Catolicismo não é dividido formalmente, nem é sectário.

#soucatolicoporque A Unidade católica faz o Cristianismo e Jesus mais acreditáveis para o mundo

#soucatolicoporque  O Catolicismo evita um individualismo que arruína a comunidade Cristã.

#soucatolicoporque O Catolicismo evita um individualismo que arruína a comunidade Cristã (1 Cor 12, 25- 26).

#soucatolicoporque  O Catolicismo evita o relativismo teológico, por meio da certeza dogmática, que é centralizada no papado.

#soucatolicoporque  O Catolicismo evita anarquismo doutrinário, impedindo assim a divisão do verdadeiro Cristianismo.

#soucatolicoporque  O Catolicismo formalmente previne o relativismo teológico que conduz às incertezas dentro do sistema protestante.

#soucatolicoporque  O Catolicismo rejeita a "Igreja Estatal" que conduziu os governos a dominar politicamente o Cristianismo.


Bento XVI unindo os católicos no twitter! #BXVInotwitter

Bento XVI semeia o evangelho no Twitter #BXVInotwitter

O reino de Deus está no meio de nós, agora também em sementes de 140 caracteres. #BXVInotwitter

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

I Domingo do Advento em Frederico Westphalen, RS

View Comments

D. Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, celebrou no último Domingo, a Missa de abertura do Tempo do Advento, na forma ordinária do rito romano. Fotos do Maurício Moskva. Notem o uso da dalmática episcopal e do manípulo.

https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/67695_522724951085781_995224441_n.jpg 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Convite: Santa Missa e Crismas na Forma Extraordinária do Rito Romano/RJ

View Comments



No dia 9 de Dezembro de 2012, às 9h, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, localizada na Rua Primeiro de Março - Centro-Rio de Janeiro/RJ. Teremos nessa ocasião a Santa Missa e crismas na Forma Extraordinária do Rito Romano. O Oficiante será sua Excia. Revma. Dom Fernando Arêas Rifan (Bispo da Adm. Apostólica São João Maria Vianney).

Desde já convidamos a todos,





segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O uso do órgão no Advento

View Comments

Pode-se facilmente notar que o órgão perdeu sua importância como instrumento litúrgico. Em muitas igrejas ele até ainda existe, mas está escondido ou colocado em algum canto. A Reforma da Reforma passa também pela música, e, logo, pelo reuso do órgão bem como de outros instrumentos de sopro que, por sua natureza, são mais apropriados ao canto por permitirem que este seja sustentado adequadamente.

Com o intuito de fomentar o retorno destes instrumentos trazemos o artigo que segue, recentemente publicado no ZENIT:


ROMA, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Um dos nossos leitores de língua Inglesa fez a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:
Ainda é correto usar unicamente o órgão para acompanhar os cantos durante o Advento? - S.M., Lismore, Austrália.
Padre Edward McNamara deu a seguinte resposta: Diversos documentos tratam deste argumento. A instrução de 1967 sobre a música sacra, Musicam Sacram, aborda a questão do órgão e de outros instrumentos nos números 62-67. Isto é: O nº 62 diz: "Os instrumentos musicais podem ser de grande utilidade nas sagradas celebrações, seja que acompanhem o canto seja que se utilizem sozinhos”.
"Na Igreja Latina tenha-se em grande estima o órgão de tubos,  instrumento musical tradicional, cujo som é capaz de alcançar uma notável grandiosa solenidade nas cerimônias da Igreja e de elevar poderosamente as mentes a Deus e às coisas celestiais”.
"Outros instrumentos, depois, podem ser admitidos no culto divino, a juízo e com o consentimento da competente autoridade eclesiástica territorial, desde que eles sejam adequados para o uso sagrado e favoreçam realmente a edificação dos fiéis”.
O texto continua no nº 63, dizendo: "Ao permitir o uso de instrumentos musicais e na sua utilização deve-se ter em conta a índole e as tradições dos povos particulares. No entanto os instrumentos que, de acordo com o juízo e o uso comum, são próprios da música profana, sejam mantidos completamente fora de toda ação litúrgica e dos exercícios piedosos e sagrados. Todos os instrumentos musicais, admitidos ao culto divino, sejam utilizados a fim de atender as necessidades da ação sagrada e servir ao decoro do culto divino e à edificação dos fiéis".
No parágrafo 64 diz: "O uso de instrumentos musicais para acompanhar o canto, pode apoiar as vozes, facilitar a participação da assembleia e fazer mais profunda a assembleia. Porém o seu som não deve cobrir as vozes, dificultando a compreensão do texto; de fato, os instrumentos musicais calam quando o sacerdote celebrante ou um ministro, no exercício do seu cargo, dizem em alta voz um texto próprio deles”.
O n º 65 acrescenta: "(...) os mesmos instrumentos musicais, sozinhos, podem soar no início, antes que o sacerdote chegue ao altar, no ofertório, na comunhão e no final da Missa”.
"O som, sozinho, desses mesmos instrumentos musicais não é permitido no Advento, na Quaresma, durante o Tríduo Sagrado, nas missas e nos ofícios dos mortos", especifica o n º 66.
Depois no n º 67, o documento afirma: "É indispensável que os órgãos e os outros músicos, além de possuir uma adequada perícia ao usar o seu instrumento, conheçam e penetrem intimamente o espírito da sagrada liturgia de modo que, tendo que improvisar, assegurem o decoro da sagrada celebração, segundo a verdadeira natureza das suas várias partes, e favoreçam a participação dos fiéis”.
De acordo com este documento, por conseguinte, o som, por si só, do órgão, é proibido durante o período do Advento.
No entanto, enquanto os critérios acima mencionados são essencialmente ainda válidos, parece que haja uma pequena abertura para o som sozinho durante o Advento na nova Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), que essencialmente repete uma norma adotada no Cerimonial dos Bispos de 1984 .
O n º 313 diz: "No tempo do Advento o órgão e outros instrumentos musicais devem ser utilizados com aquela moderação que convém à natureza deste tempo, evitando antecipar a alegria plena do Natal do Senhor".
"Durante a Quaresma é permitido o som do órgão e de outros instrumentos musicais somente para apoiar o canto. São exceções, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas”.
Isto significa que a pura proibição do som expressado sozinho in Musicam Sacram é limitado agora à Quaresma enquanto que durante o período do Advento parece possível fazê-lo, ainda que com moderação e escolhendo música apropriada para este período.
(Trad.TS)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Parceiros