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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Oração pela "transição" entre o Pontificado de Bento XVI e a Sede Vacante

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“A transformação da humanidade está na frágil, branca, Hóstia Consagrada, Sacramento da Presença de JESUS no mundo.” Bento XVI


Acompanhemos em Adoração ao Santíssimo Sacramento as últimas horas do Pontificado de Bento XVI e as primeiras horas do período de Sede Vacante.

“Vigiai e Orai” a renúncia do Papa acontece no momento em que recordamos “Jesus no horto das Oliveiras”. (Quinta-Feira à noite)

Recomendamos que a vigília comece às 15:00h (Hora da Divina Misericórdia) no Brasil e uma hora antes da Renúncia do Papa (20:00h horário de Roma). Em seguida passamos a noite “vigiando e orando” (cf Mt 26, 36-46)

Recomenda-se vivamente uma sadia preparação para a Vigília com a Confissão, Santa Missa e Sagrada Comunhão!

O Papa Bento nos pediu: 

"Continuem a recordar-se de mim diante de Deus."

Os que não podem estar diante do Santíssimo exposto ou no Sacrário, coloque-se em oração na sua própria casa!


Missa pela eleição do Papa em latim - ambas as formas

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FORMA ORDINÁRIA

PRO ELIGENDO PAPA VEL EPISCOPO

Ant. ad introitum 1 Sam 2, 35
Suscitábo mihi sacerdótem fidélem,
qui iuxta cor meum et ánimam meam fáciet;
et ædificábo ei domum fidélem,
et ambulábit coram me cunctis diébus.

Collecta
Deus, qui, pastor ætérnus,
gregem tuum assídua custódia gubérnas,
eum imménsa tua pietáte concédas Ecclésiæ pastórem,
qui tibi sanctitáte pláceat,
et vígili nobis sollicitúdine prosit.
Per Dóminum.

Super oblata
Tuæ nobis, Dómine, abundántia pietátis indúlgeat,
ut, per sacra múnera quæ tibi reverénter offérimus,
gratum maiestáti tuæ pastórem
Ecclésiæ sanctæ præésse gaudeámus.
Per Christum.

Ant. ad communionem Io 15, 16
Ego elégi vos et pósui vos, ut fructum afferátis,
et fructus vester máneat, dicit Dóminus.

Post communionem
Reféctos, Dómine, Córporis et Sánguinis Unigéniti tui
salubérrimo sacraménto,
nos mirífica tuæ maiestátis grátia
de illíus pastóris concessióne lætíficet,
qui et plebem tuam virtútibus ínstruat,
et fidélium mentes evangélica veritáte perfúndat.
Per Christum.

FORMA EXTRAORDINÁRIA

PRO ELIGENDO SUMMO PONTIFICE
Dicitur Missa de Spiritu Sancto ut supra vel ut sequitur:

Ant. ad Introitum 1 Reg. 2, 35
Suscitabo mihi sacerdotem fidelem,
qui iuxta cor meum et animam
meam faciet: et aedificabo
ei domum fidelem, et ambulabit
coram Christo meo cunctis diebus.
(T. P. Alleluia, alleluia.) Ps. 131, 1 Memento,
Domine, David: et omnis mansuetudinis
eius.
V. Gloria Patri.

Oratio
Supplici, Domine, humilitate deposcimus:
ut sacrosanctae Romanae Ecclesiae
concedat Pontificem ilium tua
immensa pietas; qui et pio in nos studio
semper tibi placitus, et tuo populo
pro saliibri regimine sit assidue ad gloriam
tui nominis reverendus.
Per Dominum nostrum.

Lectio Epistolae beati Pauli Apostoli
ad Hebrasos. Hebr. 4, 16; 5, 1-7
Patres: Adeamus cum fiducia ad
thronum gratiae, ut misericordiam
consequamur et gratiam inveniamus in
auxilio opportuno. Omnis namque pontifex
ex hominibus assiimptus, pro hominibus
constitiiitur in iis quae sunt ad
Deum, ut offerat dona et sacrificia pro
peccatis: qui condolere possit iis qui
ignorant et errant: quoniam et ipse
circiimdatus est infirmitate: et propterea
debet, quemadmodum pro populo,
ita etiam et pro semetipso offerre pro
peccatis. Nee quisquam sumit sibi honorem,
sed qui vocatur a Deo, tamquam
Aaron. Sic et Christus non semetipsum
clarificavit, ut pontifex fieret,
sed qui locutus est ad eum: Filius
meus es tu, ego hodie genui te. Quemadmodum
et in alio loco dicit: Tu es
sacerdos in aeternum, secundum ordinem
Melchisedech. Qui in diebus carnis
suae preces supplicationesque ad
eum, qui possit ilium salvum facere
a morte, cum clamore valido et lacrimis
offerens, exauditus est pro sua reverentia.

Graduale Levit. 21, 10
Pontifex sacerdos magnus inter fratres
suos, super cuius caput fusum est
unctionis oleum, et cuius manus in
sacerdotio consecratae sunt, vestitusque
est sanctis vestibus: debuit per omnia
fratribus similari. V. Hebr. 2, 17 Ut
misericors fieret, et fidelis pontifex ad
Deum: ut repropitiaret delicta populi.

Alleluia V. Levit. 21, 8
Alleluia, alleluia. Sacerdos
sit sanctus, sicut et ego sanctus
sum, Dominus, qui sanctifico vos.
Alleluia.

Post Septuagesimam, omissis Alleluia et
versu sequenti, dicitur
Tractus Ps. 131, 8-10
Surge, Domine, in requiem tuam: tu
et area sanctificationis tuae. V. Sacerdotes
tui induantur iustitiam, et sancti
tui exsultent. V. Propter David servum
tuum, non avertas faciem Christi tui.

Tempore autem paschali omittitur graduale,
et eius loco dicitur:
Alleluia, alleluia. V. Levit. 21, 8 Sacerdos
sit sanctus, sicut et ego sanctus
sum, Dominus, qui sanctifico vos. Alleluia.
V. Ioann. 10, 14 Ego sum pastor
bonus: et cognosco oves meas, et cognoscunt
me meae. Alleluia.

Sequentia sancti Evangelii seciindum
Ioannem. Io. 14, 15-21
In illo tempore: Dixit Iesus discipulis
suis: Si diligitis me, mandata mea
servate. Et ego rogabo Patrem, et alium
Paraclitum dabit vobis, ut maneat vobiscum
in aeternum, Spiritum veritatis,
quern mundus non potest accipere,
quia non videt eum, nee scit eum. Vos
autem cognoscetis eum: quia apud vos
manebit, et in vobis erit. Non relinquam
vos orphanos: veniam ad vos.
Adhuc modicum; et mundus me iam
non videt. Vos autem videtis me, quia
ego vivo, et vos vivetis. In illo die vos
cognoscetis quia ego sum in Patre meo,
et vos in me, et ego in vobis. Qui habet
mandata mea, et servat ea: ille
est, qui diligit me. Qui autem diligit
me, diligetur a Patre meo; et ego diligam
eum, et manifestabo ei meipsum.

Ant. ad Offertorium 3 Esdrae 5, 40
Non participentur sancta, donee exsurgat
pontifex in ostensionem et veritatem.
(T. P. Alleluia.)

Secreta
Tuae nobis, Domine, abundantia pietatis
indulgeat: ut per sacra munera,
quae tibi reverenter offerimus,
gratum maiestati tuae Pontificem sanctae
matris Ecclesiae regimini praeesse
gaudeamus. Per Dominum.

Antiphona ad Communionem Exodi 29, 29-30
Veste sancta utetur pontifex, qui fuerit constitutus, et ingredietur
tabernaculum testimonii, ut
ministret in sanctuario. (T. P. Alleluia.)

Postcommunio
Pretiosi Corporis et Sanguinis tui
nos, Domine, sacramento refectos,
mirifica tuae maiestatis gratia de illius
Summi Pontificis concessione laetificet:
qui et plebem tuam virtutibus instruat,
et fidelium mentes spiritualium aromatum
odore perfundat: Qui vivis et
regnas cum Deo Patre in unitate.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Festa de São Sebastião na Forma Extraordinária

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Com informações e fotos de Hernan Gouveia:
Procissão e Santa Missa em honra a São Sebastião na capela dedicada ao Santo em Valão do Laje (Bom Jesus do Itabapoana) celebrada pelo Revmo. Pe. Ivoli Fernando, pároco da Paróquia P. Sr. Bom Jesus Crucificado e do Imaculado Coração de Maria.












Sempre fomos Latinos

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Cuidado! Tem um "liturgista" tentando enganar você!

Seria muito fácil encontrar o texto abaixo, extraído do CIC, em uma página e/ou site tentando ludibriar os leigos, como se cada povo pudesse ter a Missa do seu jeito! Os fiéis não podem e não devem ter a Missa do seu jeito, e sim do jeito católico.

1205. «Na liturgia, sobretudo na dos sacramentos, existe uma parte imutável — por ser de instituição divina — da qual a Igreja é guardiã, e partes susceptíveis de mudança que a Igreja tem o poder e, por vezes, mesmo o dever de adaptar às culturas dos povos recentemente evangelizados» (79).

O argumento de que somos um povo latino, “caliente” e por isso podemos fazer modificações na Santa Missa que exaltem a nossa cultura não procede. Nunca deixamos de ser latinos. Ora, então essa necessidade de “movimento”, “animação” na Missa teria sido sentida desde sempre, não? Mas pergunte aos mais idosos como a Missa era celebrada antigamente: com respeito, silêncio, e principalmente com atitude de escuta e oração.

O que vem ocorrendo na liturgia nada tem a ver com nossa cultura ou etnia, mas sim com nossos valores. O povo brasileiro, ao longo das últimas décadas, tem perdido a noção de respeito. Antigamente, quando uma mulher entrava no ônibus, por exemplo, não faltavam homens levantando para ceder os seus lugares, assim como para os idosos e as crianças. Cantávamos o Hino Nacional com a mão no coração e em posição de sentido. Ao final, não se batia palmas. Tínhamos valores sagrados: a vida, a pátria, a fé.

Hoje em dia, os jovens fingem dormir para não ceder lugar a um idoso, fazem versões comerciais do Hino Nacional, do qual os jovens não sabem mais a letra, e só o ouvimos ser executado em competições esportivas, seguido de uma salva de palmas... estampam a Bandeira Nacional em Cangas, em toalhas de praia, em chinelos “havaianas”... 

Perdemos o respeito devido à vida humana, à pátria e seus símbolos e como consequência, muitos perderam o respeito ao que há de mais importante na terra - A Missa! Despida de seu sentido de sagrado, a Missa passa a ser somente um encontro de louvor, que precisa ser “animada” para “atrair” os jovens... só se fala em festa, em banquete... e despreza-se a Cruz, quando é justamente do alto do madeiro que Nosso Senhor Jesus Cristo atrai a todos!

E Ele está lá, crucificado pelos nossos pecados, enquanto os jovens de hoje querem balançar o corpo, o folheto, as mãos, bater palmas e pés, em vez de cultivarem uma atitude de contemplação e oração. 

Precisamos resgatar o sentido de sagrado. Precisamos aprender a atitude de escuta, de oração; por fim, precisamos de obediência naquilo que a Igreja pede. Na Missa o protagonista não é o sacerdote nem muito menos o povo, o protagonista é Cristo. 

Há aqueles que irão dizer que o mundo evoluiu e que a Igreja precisa evoluir com o mundo; a esses, repito uma frase que ouvi de um grande sacerdote: o mundo não pode entrar na Igreja, mas a Igreja deve influenciar positivamente o mundo. 

Vejam o que diz o Sacrossanctum Concilium, n.22 sobre as normas gerais e autoridade competente na Liturgia. 

22 § 1. Regular a sagrada Liturgia compete únicamente à autoridade da Igreja, a qual reside na Sé Apostólica e, segundo as normas do direito, no Bispo. 

§ 2. Em virtude do poder concedido pelo direito, pertence também às competentes assembleias episcopais territoriais de vário género legitimamente constituídas regular, dentro dos limites estabelecidos, a Liturgia. 

§ 3. Por isso, ninguém mais, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica. 

Não deveria haver nada mais claro para os “liturgistas” de plantão do que o § 3!!! 

Também a Instrução Inaestimabile Donum, de 1980, afirma: 

"Aquele que oferece culto a Deus em nome da Igreja, de um modo contrário ao qual foi estabelecido pela própria Igreja com a autoridade dada por Deus e o qual é também a tradição da Igreja, é culpado de falsificação." 


A Liturgia NÃO e algo que INVENTAMOS, e exatamente aí está a grandeza dela: NÃO é algo nosso: É ALGO DE DEUS! É algo DIVINO! É algo que RECEBEMOS DELE! 

Instrução Geral do Missal Romano n. 395: 

“Se a participação dos fiéis e o seu bem espiritual exigirem variações e adaptações mais profundas, para que a sagrada celebração responda à índole e às tradições dos diversos povos, as Conferências dos Bispos podem propô-las à Sé Apostólica, segundo o art. 40 da Constituição sobre a sagradas Liturgia, para introduzi-las com o seu consentimento, sobretudo em favor de povos a quem o Evangelho foi anunciado mais recentemente." 

Aos atuais liturgistas só posso dizer que: ”A obediência a Santa Igreja NÃO é rubricismo, e sim, uma virtude”. 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Convite: Santa Missa e Procissão na Paróquia Santo Cura d’Ars – Festa da Purificação

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Para quem mora em Brasília e arredores, informamos que no dia 02 de fevereiro de 2013 (sábado), Festa da Purificação da Santíssima Virgem (“Nossa Senhora das Candeias”, “da Candelária”, etc.), haverá celebração da Santa Missa precedida de procissão com os fiéis  (“procissão das velas”) nos arredores da paróquia:
    • Horário: 10h00
    • Endereço: SGAS 914, Lote 65, Asa Sul (Mapa aqui)
    • Celebrante: Pe. Daniel Pinheiro




Alguns Hinos próprios:


Lumen Ad Revelationem (para a distribuição das velas)




Adorna Thalamum Tuum  (reentrada da procissão)



À venda, o ótimo livro "Liturgia da Semana Santa", pelo Pe. Everaldo Bon Robert

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O leitor Edino Apolinário, da Gráfica Dom Licínio, em Bom Jesus, RJ, e fiel da Administração Apostólica São João Maria Vianney, nos informa que possui 1.000 exemplares do livro "Liturgia da Semana Santa", de autoria do Pe. Everaldo Bon Robert, do clero da mesma Administração Apostólica.

A obra é de 2005 e com a apresentação e aprovação da obra por S. Excia. Revma, o Bispo Dom Fernando Arêas Rifan.

Consta no livro dentre outras o Ordinário da Santa Missa (Latim - Português), todas as Missas da Semana Santa, a começar pelo Domingo de Ramos com a Bênção dos Ramos até o Domingo de Páscoa inclusive a Missa Crismal. Também a Hora Santa de adoração para a Quinta Feira Santa, Via Sacra e Hinos Populares.

Número de páginas: 242
Tamanho do livro:13,5 x 20,5
Preço: R$ 15,00 + frete
Para adquirir o livro é só enviar o pedido para:

Gráfica Dom Licínio
Tel.: (22) 3831-0074

Após a confirmação de depósito será enviado o livro. (pedido máximo 100 livros)


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A mão estendida durante a epiclese a consagração

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Um leitor de língua italiana apresentou a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara, LC*:

Gostaria de um esclarecimento sobre a mão estendida na concelebração durante a epiclese na eucaristia e nas palavras da consagração do pão e do vinho. Todos os sacerdotes estendem a mão (com a palma para baixo) durante a epiclese sobre as ofertas, mas nem todos os concelebrantes estendem a mão como na epiclese durante as palavras da consagração. Muitos estendem a mão só de modo indicativo para as ofertas. As motivações são várias até mesmo dizer que durante as palavras da consagração se poderia tão somente repetir as palavras da consagração sem nem sequer estender a mão. Chega-se a dizer que a verdadeira transubstanciação acontece durante a epiclese e não ao pronunciar as palavras: "Este é o meu corpo. Este é o meu Sangue ". Qual das duas escolas deve ser seguida? - E.W.V., Suíça

Padre McNamara responde da seguinte maneira: Esta pergunta reflete um antigo debate sobre este gesto, que até agora derramou rios de tinta entre os liturgistas, sem realmente esclarecer ou resolver nada.

Em primeiro lugar, gostaria de salientar que, ao contrário de quando se pronuncia as palavras da consagração, o gesto de estender a mão neste momento também pode ser omitido, e não é necessário para a validade da celebração dos concelebrantes.

A verdadeira questão do debate é a de estabelecer se o gesto de estender a mão é meramente indicativo - uma indicação das sagradas espécies – ou se, ao contrário, é um sinal direto do poder de consagração dos concelebrantes.

O que mais se aproxima a uma declaração oficial a este respeito é a nota de rodapé nº 79 no Cerimonial dos Bispos que afirma: "Na consagração a palma da mão direita esteja voltada para o lado".

Isso parece colocar um fim ao debate em favor da posição lateral. No entanto, alguns especialistas apontam que a fonte desta nota é uma resposta de 1965 da Notitiae, órgão oficial da Congregação vaticana encarregada da reforma litúrgica. A Congregação tinha respondido afirmativamente à seguinte pergunta:

"Se é permitido interpretar a rubrica do Ritus concelebrationis Missae n º 39, c: "As palavras da consagração, com a mão direita... voltada para o pão e o vinho, "de modo que a palma da mão estivesse virada para a esquerda (não para a terra), de modo que o gesto da mão seria entendida como um gesto demonstrativo e de acordo com as palavras:" Isto é ... »?"

Uma coisa é permitir isso como uma interpretação, outra é dizer que ela é a única interpretação possível.

Além disso, em Notitiae 1 (1965) e 2 (1966), o aviso em questão está localizado sobre as respostas: uma solução proposta não assume nenhum caráter oficial. Somente tem um valor de orientação; soluções serão publicadas oficialmente, se o caso o justificar, pela autoridade competente nas Acta Apostolicae Sedis.

Dado que essa resposta nunca foi oficialmente sancionada continua a ser uma opinião válida e respeitável.

Entre aqueles que pensam diferente, foi o falecido estudioso beneditino Cipriano Vagaggini, que realmente contribuiu para a elaboração do novo rito da concelebração. Ele defendeu o gesto epiclético (invocador) das palmas voltadas para baixo da mesma forma que fazem todos os sacerdotes no início do rito da consagração, quando estendem as duas mãos e invocam o Espírito Santo para transformar o pão e o vinho no corpo e no sangue de Cristo.

Depois de alguns anos tornou-se claro que a discussão não estava indo a lugar nenhum e, na ausência de uma declaração oficial e última da Santa Sé, todos mais ou menos discordam.

Na prática, no entanto, o gesto voltado para o lado parece cada vez mais se tornar mais ou menos a prática normal.

Isso não significa que quando alguns padres agem de um modo ou de outro modo expressam um profundo desacordo teológico. Provavelmente não reflete nada mais do que a opinião de quem ensinou liturgia no seminário.

Finalmente, em relação à hipótese teológica de uma consagração gradual ou uma consagração durante a epiclese: para usar um eufemismo, esta posição parece aumentar as conclusões de algumas contribuições válidas na teologia eucarística, que procuraram sublinhar o benefício de considerar a oração eucarística no seu conjunto, ao invés de limitar a sua atenção na fórmula da consagração, a fim de alcançar um conceito mais completo e mais rico do mistério eucarístico.

A concentração no momento da consagração tende a privilegiar sobretudo o aspecto da presença real, enquanto que tendo em conta toda a oração eucarística, mostra especialmente outros aspectos, tais como: a Eucaristia como memorial do sacrifício de Cristo, a sua ressurreição e ascensão, o papel do Espírito Santo, o aspecto da mediação, o seu papel na construção da Igreja, etc. Em muitos aspectos, é o procedimento usado pelo Beato Papa João Paulo II, em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia.

O uso deste método, no entanto, não contradiz a teologia tradicional católica segundo a qual existe um momento específico em que o pão e o vinho se transformam no corpo e sangue de Cristo durante a consagração (cf. Catecismo, n° 1348-1355, 1376-1377). Não podem haver fases no mistério eucarístico: ou é pão ou é Cristo, não há um meio termo.

Esta verdade também é indicada pelas rubricas da Missa que afirmam explicitamente que o sacerdote se ajoelhe em adoração depois de ter consagrado o pão e de novo depois da consagração do vinho. Não há nenhuma indicação assim depois da epiclese.

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*Legionário de Cristo e professor de Liturgia na Pontifícia Universidade Regina Apostolorum, em Roma.
 
Fonte: Zenit.
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