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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Um funeral em Stift Heiligenkreuz

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No mês dedicado às almas do purgatório, trazemos algumas belas fotos dos ritos fúnebres do Pe. Frei Alberich Strommer, O.Cist. (1925-2013), da abadia de Stift Heiligenkreuz, falecido no último dia 12 de setembro.

Rezemos por sua alma:

Requiem aeternam dona ei, Domine, et lux perpetua luceat ei. Requiescat in pace. Amen.



















quarta-feira, 13 de novembro de 2013

30 mil 'likes' no Facebook e novidades para 2014

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O Salvem a Liturgia! chegou, nesta quarta-feira, às 30.000 curtidas no Facebook! E estamos preparando novidades para nosso blog em 2014, quando comemoraremos cinco anos de apostolado.

Gostaríamos de saber de você, nossos leitor, se gostaria de participar de cursos online sobre liturgia. Quais cursos você gostaria de ver no nosso blog? Comente e nos ajude a tornar o Rito Romano mais conhecido, valorizado e vivido.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Editora do Vaticano publica: CORPUS CHRISTI: A Sagrada Comunhão e a Renovação da Igreja

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Dom Athanasius Scnheider, bispo auxiliar de Santa Maria Santíssima, em Astana (Casaquistão), e um dos bispos que apoiam nosso apostolado publicou recentemente mais um livro sobre a Sagrada Comunhão. Dom Athanaius escreveu ainda: "DOMINUS Est: Reflexões de um bispo da ásia sobre a Sagrada Comunhão", publicado inicialmente pela Editora do Vaticano e traduzido para diversos idiomas. Publico uma tradução do texto que se encontra na contra-capa do livro:
"A Encarnação de Deus atinge o seu verdadeiro ápice de auto-humilhação e autoesvaziamento no Mistério da Eucaristia. Neste sacramento o mistério do “Deus conosco” se revela de modo insuperável, com todas as consequências do incomensurável amor de Deus.
Cristo não é somente o “Deus conosco”, Ele é o Deus que na pequena Hóstia Consagrada se entrega de modo incondicional nas mãos dos homens, renunciado a sua própria defesa. Jesus Eucarístico na Hóstia Consagrada é verdadeiramente o mais pobre e o mais indefeso na Igreja, e isto acontece em primeiro lugar durante a distribuição da Comunhão.Durante a distribuição da Comunhão se constata nos nossos dias o fenômeno de uma surpreendente falta de sensibilidade e de cuidado diante de todas as exigências concretas da presença real e substancial do Deus Encarnado na pequena Hóstia Consagrada. Os necessários atos exteriores de adoração, de sacralidade e respeito no trato com a Hóstia Consagrada são geralmente reduzidos ao mínimo. O modo exterior de tratar a Hóstia com gestos de adoração conduzem a uma fé na Encarnação e na Transubstanciação eucarística.
Eucaristia é o verdadeiro coração da vida da Igreja. Se o culto concreto ao Deus Eucaristia se torna objetivamente reduzido, o coração da vida da Igreja estará ferido. Para curar o coração da vida da Igreja nos nossos dias é necessário recuperar o modo de tratar Jesus Eucarístico na Hóstia Consagrada – ainda no seu menor fragmento, que não é nada menos que Nosso Senhor mesmo."
Dom Athanasius foi durante muitos anos professor de Patrística no Institutum Sapientiae, aqui no Brasil.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

08 de Novembro: início dos 30 dias de preparação para a Consagração Total!

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Seguindo os passos do Beato João Paulo II, chegamos agora ao auge da nossa 4ª Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria. Milhares de pessoas espalhadas em grupos por todo o Brasil prepararam-se para fazer ou renovar a sua Consagração Total a Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de nossa Mãe Santíssima, pelo método de São Luis Maria Grignion de Montfort, no dia 08 de dezembro de 2013, Solenidade da Imaculada Conceição!


Vivemos um Momento Mariano na Igreja, pois no dia 13 de Outubro de 2013, o Papa Francisco consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria. Agora, cabe a cada um de nós precisa tomar posse, pessoalmente, dessa Consagração, e consagrar-se à Virgem Maria. É isso que queremos fazer em 08 de Dezembro.
A CONSAGRAÇÃO ou RENOVAÇÃO da Consagração deve ser feita, de preferência, na Santa Missa, ou ainda de maneira privada.

Para que não reste nenhuma dúvida, por favor, leiam o texto abaixo.


QUEM PODE SE CONSAGRAR NA CAMPANHA? 


Todos que se prepararam em grupo ou individualmente para fazer a Consagração Total à Maria Santíssima, pelo método de São Luis Maria Grignion de Montfort, no dia 08 de dezembro de 2013, ou ainda em datas próximas (consideramos aproximadamente 15 dias, para antes ou para depois).
De forma geral, recomendamos não se consagrar e nem mesmo iniciar os 30 dias de preparação SEM A LEITURA COMPLETA do Tratado. Devido à importância e abrangência da Consagração não é possível realizá-la sem conhece-la bem. Além disso, a Consagração é feita uma vez na vida, portanto, é importante conhecê-la bem.
Esclarecemos também que a Consagração pode ser realizada em outro momento, após a leitura do livro. Ela pode ser feita em grupo ou individualmente, em data escolhida livremente.
Para quem ainda não tem o “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, ele poderá ser adquirido através dos links abaixo, em nosso material de apoio.


QUEM PODE RENOVAR A CONSAGRAÇÃO NA CAMPANHA? 


Todos que já fizeram a Consagração Total pelo método de São Luis Maria Montfort, em absolutamente qualquer da data que tenha feito (a Consagração pode ser renovada, individualmente, todos os dias, inclusive).
Portanto, poderão renovar todos os que se consagraram no dia 08 de Dezembro de algum ano, como também os que se consagraram em qualquer data. A data da Renovação NÃO depende necessariamente da data da Consagração.
Recomendamos que aqueles que renovarem a Consagração façam também os 30 dias de orações preparatórias (embora não seja imprescindível, e quem por alguma razão não o fizer, poderá renovar tranquilamente).


ORAÇÕES PREPARATÓRIAS


Aqueles que irão se consagrar ou tão somente renovar a consagração na Solenidade da Imaculada Conceição, devem iniciar os 30 dias de orações preparatórias no dia 08 DE DE NOVEMBRO.
As orações próprias estão indicadas no “Tratado” (n. 227-233), podendo também serem encontradas abaixo, em nosso material de apoio.


FALHEI DURANTE OS 30 DIAS: O QUE FAZER?


Recomendamos que, mesmo que haja alguma falha durante as orações preparatórias, que isso não seja motivo de desistência. Permaneça fiel e consagre-se.
O demônio odeia esta consagração total e poderá se utilizar de algum escrúpulo por não ter cumprido cem por cento os atos de preparação para, assim, incitar à desistência.
Além disso, a consagração é um ato interior, que não depende necessariamente dos atos exteriores de preparação.
No caso de uma queda em pecado mortal, que haja, evidentemente, arrependimento e se busque a Confissão o mais rápido possível, mas que isso também não seja motivo de desistência.


NO DIA DA CONSAGRAÇÃO (08 DE DEZEMBRO), O QUE SE FAZ?


·         deve-se oferecer algum tributo a Nosso Senhor e a Santíssima Virgem, em penitência
·   das nossas infidelidades e em sinal de dependência Deles. Poderá ser algum jejum, ou penitência, ou ato de caridade a um necessitado (ver Tratado, n. 232).
·    deve-se utilizar um sinal físico da Consagração, a ser levado sempre junto consigo (Tratado n.236-242). São Luis sugere usar “pequenas cadeias de ferro”, mas evidentemente que este sinal pode ser substituído com algo mais compatível com o estilo de vida de cada um (como uma Medalha da Santíssima Virgem, um Escapulário, uma pequena corrente, um anel etc).
·      para a Consagração, propriamente dita, deve ser escrita e assinada em um papel a fórmula da Consagração (que pode ser encontrada na página 182/183 da edição do Tratado da Arca de Maria, denominada “Consagração de si mesmo a Jesus Cristo, Sabedoria Encarnada, pelas Mãos de Maria” ou abaixo, em nosso Material de Apoio). Aqueles que irão se consagrar durante a Santa Missa, devem ler a fórmula rezando a respectiva oração após a homilia ou Comunhão. Trata-se de um tesouro que deve ser guardado com muito zelo.


IMPORTANTE: ENVIO DOS DADOS


Aqueles que quiserem participar da nossa Campanha FAZENDO ou RENOVANDO a Consagração, deverão enviar os seus dados, preenchendo o formulário no link abaixo, até o dia 05 de Dezembro de 2013 (os nomes serão oferecidos na Santa Missa):
Os dados das crianças deverão ser enviados normalmente, da mesma forma que dos adultos.
Os coordenadores dos diversos grupos de preparação para Consagração deverão estar atentos para enviar os dados dos membros do grupo não tiverem acesso à internet.


MATERIAL DE APOIO


Temos à disposição:
§  Aulas do Pe. Paulo Ricardo explicando parte por parte do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” (aulas preparatórias para a Campanha de 2011) – versão on-line ou DVD

As dúvidas de todos poderão ser respondidas também pelo mail:  duvidas@consagrate.com


sábado, 2 de novembro de 2013

Falecidos, não mortos, por Dom Fernando Rifan

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Celebramos hoje liturgicamente o Dia dos Fiéis Defuntos. Rezamos não por qualquer falecido, mas por aqueles que abraçaram a fé cristã ainda em vida e morreram em Cristo. Por conta disto, trago o último texto de Dom Fernando Rifan, sobre a data (as imagens foram acrescentadas por mim).

Missa pelos fiéis defuntos. Fonte: Pinterest

FALECIDOS, NÃO MORTOS

Por Dom Fernando Arêas Rifan*

No próximo dia 2 celebraremos a memória dos fieis defuntos, dos nossos falecidos, daqueles que estiveram conosco e hoje estão na eternidade, os “finados”, aqueles que chegaram ao fim da vida terrena e já começaram a vida eterna. Portanto, não estão mortos, estão vivos, mais até do que nós, na vida que não tem fim, “vitam venturi saeculi”. Sua vida não foi tirada, mas transformada. Por isso, o povo costuma dizer dos falecidos: “passou desta para a melhor!” Olhemos, portanto, a morte com os olhos da fé e da esperança cristã, não com desespero pensando que tudo acabou. Uma nova vida começou eternamente. 

Os pagãos chamavam o local onde colocavam os seus defuntos de necrópole, cidade dos mortos. Os cristãos inventaram outro nome, mais cheio de esperança, “cemitério”, lugar dos que dormem. É assim que rezamos por eles na liturgia: “Rezemos por aqueles que nos precederam com o sinal da fé e dormem no sono da paz”.

Os santos encaravam a morte com esse espírito de fé e esperança. Assim São Francisco de Assis, no cântico do Sol: “Louvado sejais, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual nenhum homem pode fugir. Ai daqueles que morrem em pecado mortal. Felizes dos que a morte encontra conformes à vossa santíssima vontade. A estes não fará mal a segunda morte”. “É morrendo que se vive para a vida eterna!”. S. Agostinho nos advertia, perguntando: “Fazes o impossível para morrer um pouco mais tarde, e nada fazes para não morrer para sempre?”

Quantas boas lições nos dá a morte. Assim nos aconselha o Apóstolo São Paulo: “Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6, 10). “Para mim o viver é Cristo e o morrer é um lucro... Tenho o desejo de ser desatado e estar com Cristo” (Fl 1, 21.23). “Eis, pois, o que vos digo, irmãos: o tempo é breve; resta que os que têm mulheres, sejam como se as não tivessem; os que choram, como se não chorassem; os que se alegram, como se não se alegrassem; os que compram, como se não possuíssem; os que usam deste mundo, como se dele não usassem, porque a figura deste mundo passa” (1 Cor 7, 29-31).
Casula para missas dos fiéis defuntos (datada entre o séc. XVII e XVIII).
Recorda-nos que nada levamos para a vida eterna: nem títulos, nem riquezas.
Fonte: New Liturgical Movement
Diz o célebre livro A Imitação de Cristo que bem depressa se esquecem dos falecidos: “Que prudente e ditoso é aquele que se esforça por ser tal na vida qual deseja que a morte o encontre!... Não confies em amigos e parentes, nem deixes para mais tarde o negócio de tua salvação; porque, mais depressa do que pensas se esquecerão de ti os homens. Melhor é fazeres oportunamente provisão de boas obras e enviá-las adiante de ti, do que esperar pelo socorro dos outros” (Imit. I, XXIII). O dia de Finados foi estabelecido pela Igreja para não deixarmos nossos falecidos no esquecimento.

Três coisas pedimos com a Igreja para os nossos falecidos: o descanso, a luz e a paz. Descanso é o prêmio para quem trabalhou. O reino da luz é o Céu, oposto ao reino das trevas que é o inferno. E a paz é a recompensa para quem lutou. Que todos os que nos precederam descansem em paz e a luz perpétua brilhe para eles. Amém!

* Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney.

"Por que sentimos medo diante da morte?"

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Depois de ter celebrado a Solenidade de Todos os Santos, hoje a Igreja convida-nos a comemorar todos os fiéis defuntos, a dirigir o nosso olhar para os numerosos rostos que nos precederam e que concluíram o caminho terreno. Na Audiência deste dia, então, gostaria de vos propor alguns pensamentos simples sobre a realidade da morte, que para nós cristãos é iluminada pela Ressurreição de Cristo, e para renovar a nossa fé na vida eterna.

Como disse ontem no Angelus, nestes dias vamos ao cemitério para rezar pelas pessoas queridas que nos deixaram, é quase como ir visitá-las para lhes manifestar, mais uma vez, o nosso carinho, para as sentir ainda próximas, recordando também, deste modo, um artigo do Credo: na comunhão dos Santos há um vínculo estreito entre nós que ainda caminhamos nesta terra e muitos irmãos e irmãs que já alcançaram a eternidade.

Desde sempre, o homem preocupou-se pelos seus mortos e procurou conferir-lhes uma espécie de segunda vida, através da atenção, do cuidado e do carinho. De certa maneira, deseja-se conservar a sua experiência de vida; e, paradoxalmente, como eles viveram, o que amaram, o que temeram e o que detestaram, nós descobrimo-lo precisamente a partir dos túmulos, diante dos quais se apinham recordações. Estas são como que um espelho do seu mundo.

Por que é assim? Porque, não obstante a morte seja com frequência um tema quase proibido na nossa sociedade, e haja a tentativa contínua de eliminar da nossa mente até o pensamento da morte, ela diz respeito a cada um de nós, refere-se ao homem de todos os tempos e de todos os espaços. E diante deste mistério todos, também inconscientemente, procuramos algo que nos convide a esperar, um sinal que nos dê consolação, que abra algum horizonte, que ofereça ainda um futuro. Na realidade, o caminho da morte é uma senda da esperança, e percorrer os nossos cemitérios, como também ler as inscrições sobre os túmulos é realizar um caminho marcado pela esperança de eternidade.

Mas perguntamo-nos: por que sentimos medo diante da morte? Por que motivo uma boa parte da humanidade nunca se resignou a acreditar que para além dela não existe simplesmente o nada? Diria que as respostas são múltiplas: temos medo diante da morte, porque temos medo do nada, este partir rumo a algo que não conhecemos, que nos é desconhecido. E então em nós existe um sentido de rejeição, porque não podemos aceitar que tudo quanto de belo e grande foi realizado durante uma existência inteira seja repentinamente eliminado e precipite no abismo no nada. Sobretudo, nós sentimos que o amor evoca e exige a eternidade, e não é possível aceitar que ele seja destruído pela morte num só instante.

Além disso, temos medo diante da morte porque, quando nos encontramos próximos do fim da existência, há a percepção de que existe um juízo sobre as nossas obras, sobre o modo como conduzimos a nossa vida, principalmente sobre aqueles pontos de sombra que, com habilidade, muitas vezes sabemos anular ou tentamos remover da nossa consciência. Diria que precisamente a questão do juízo está com frequência subjacente ao cuidado do homem de todos os tempos pelos finados, a atenção pelas pessoas que foram significativas para ele e que não estão mais ao seu lado no caminho da vida terrena. Num certo sentido, os gestos de carinho e de amor que circundam o defunto constituem um modo para o proteger, na convicção de que eles não permaneçam sem efeito na hora do juízo. Podemos ver isto na maior parte das culturas que caracterizam a história do homem.

Hoje o mundo tornou-se, pelo menos aparentemente, muito mais racional, ou melhor, difundiu-se a tendência a pensar que cada realidade deve ser enfrentada com os critérios da ciência experimental, e que também à grandiosa interrogação da morte é necessário responder não tanto com a fé, mas a partir de conhecimentos experimentais, empíricos. Porém, não nos damos conta de modo suficiente, de que precisamente desta maneira terminamos por cair em formas de espiritismo, na tentativa de manter algum contato com o mundo para além da morte, quase imaginando que existe uma realidade que, no final, seria uma réplica da vida presente.

Caros amigos, a Solenidade de Todos os Santos e a Comemoração de todos os fiéis defuntos dizem-nos que somente quem pode reconhecer uma grande esperança na morte, pode também levar uma vida a partir da esperança. Se nós reduzirmos o homem exclusivamente à sua dimensão horizontal, àquilo que se pode sentir de forma empírica, a própria vida perde o seu profundo sentido. O homem tem necessidade de eternidade, e para ele qualquer outra esperança é demasiado breve, é demasiado limitada. O homem só é explicável, se existir um Amor que supere todo o isolamento, também o da morte, numa totalidade que transcenda até o espaço e o tempo. O homem só é explicável, só encontra o seu sentido mais profundo, se Deus existir. E nós sabemos que Deus saiu do seu afastamento e fez-se próximo, entrou na nossa vida e diz-nos: «Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá» (Jo 11, 25-26).

Pensemos por um momento na cena do Calvário e voltemos a ouvir as palavras que Jesus, do alto da Cruz, dirige ao malfeitor crucificado à sua direita: «Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso» (Lc 23, 43). Pensemos nos dois discípulos no caminho de Emaús quando, depois de terem percorrido um trecho da estrada com Jesus Ressuscitado, O reconhecem e, sem hesitar, partem rumo a Jerusalém para anunciar a Ressurreição do Senhor (cf. Lc 24, 13-35). Voltam à mente com clareza renovada as palavras do Mestre: «Não se turve o vosso coração: credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, ter-vo-lo-ia dito; pois vou preparar-vos um lugar?» (Jo 14, 1-2). Deus revelou-se verdadeiramente, tornou-se acessível e amou de tal modo o mundo, «que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3, 16), e no supremo gesto de amor da Cruz, mergulhando no abismo da morte, venceu-a, ressuscitou e abriu também para nós as portas da eternidade. Cristo sustém-nos através da noite da morte que Ele mesmo atravessou; é o Bom Pastor, a cuja guia podemos confiar sem qualquer temor, porque Ele conhece bem o caminho, até através da obscuridade.

Cada domingo, recitando o Credo, nós confirmamos esta verdade. E visitando os cemitérios para rezar com afeto e com amor pelos nossos defuntos, somos convidados, mais uma vez, a renovar com coragem e com força a nossa fé na vida eterna, aliás, a viver com esta grande esperança e testemunhá-la ao mundo: por detrás do presente não existe o nada. E é precisamente a fé na vida eterna que confere ao cristão a coragem de amar ainda mais intensamente esta nossa terra e de trabalhar para lhe construir um futuro, para lhe dar uma esperança verdadeira e segura. 


sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Papa Francisco celebra ad orientem

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Ontem (31/10) o Papa Francisco celebrou uma missa versus deum no altar sob o qual está o túmulo do Beato João Paulo II na Basílica de São Pedro no Vaticano. Ao que tudo indica, trata-se da primeira vez que o Santo Padre reza uma missa pública ad orientem, enquanto Papa.


Embora esta seja a única orientação que aquele altar permita, posto que está fixo à parede, é interessante perceber que um altar móvel poderia ter sido preparado ali e não o foi. Não nos cabe fazer extrapolações apressadas do fato, mas o que certamente se pode depreender é que o Papa não é ideologicamente contrário a esta orientação litúrgica.

Por outro lado, lembremos que na missa com os cardeais após o Conclave em que foi eleito, na Capela Sistina, Sua Santidade optou por utilizar um altar móvel ao invés do altar fixo da capela, de modo que não sabemos os motivos pastorais que motivaram sua decisão em ambas as ocasiões.

Seguem outras fotos da missa, publicadas numa rede social:













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