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sábado, 1 de agosto de 2009

Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento - modo correto de realizar

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Convém, antes de tudo, notar que a adoração ao Santíssimo NÃO é um ato litúrgico. Ela pode ser INSERIDA em um ato litúrgico, isso sim.

Tanto é verdade que se pode adorar o Santíssimo no tabernáculo, em uma visita eucarística etc.

Pois bem, passemos aditante.

O Rito da Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, previsto no Ritual Romano, consta de duas formas: a exposição simples e a exposição solene. Diferem-se porque a simples é feita com o Santíssimo no cibório, enquanto a solene é feita com o Santíssimo no ostensório, e também porque a solene pede pluvial, enquanto a simples não. Na forma solene, o incenso é obrigatório. Na simples, facultativo.

Em ambas as formas, segue-se o mesmo esquema: exposição, adoração, bênção, reposição.

A exposição simples pode ser feita por um sacerdote, por um diácono, ou, em casos extraordinários, por um leigo. Sendo feita por um leigo, não dá a bênção, terminando o rito com a mera reposição.

Já a exposição solene só pode ser feita por sacerdote e diácono.

Servem ao ministro da exposição alguns acólitos, idealmente, na forma solene, em número de três (podendo ser dois ou até um, em caso de necessidade).

O sacerdote e o diácono, ministros ordinários da Exposição do Santíssimo, usarão ou ALVA (com ou sem CÍNGULO, com ou sem AMITO), caso não estejam de veste talar, ou, quando com ela estiverem, vestirão por cima a SOBREPELIZ. Quer usem alva, quer usem veste talar com sobrepeliz, sempre estarão com a ESTOLA de cor branca. A veste talar do Bispo pode ser tanto a violeta quanto a preta com faixa violeta.

No fim da adoração, o sacerdote e o diácono vestirão o PLUVIAL de cor branca e, se for Exposição Solene, i.e., com ostensório, usarão o VÉU UMERAL, também branco, para segurá-lo ao dar a bênção. Na Exposição Simples, com cibório, não estará o ministro ordinário de pluvial, apenas com o véu umeral. Também se usa véu umeral para buscar o Santíssimo Sacramento quando se encontrar em outro local que não o da Exposição. Em qualquer procissão com o Santíssimo Sacramento no ostensório, o sacerdote ou diácono usará o pluvial.

O acólito, quer atue como auxiliar do ministro ordinário, quer como ministro extraordinário – nos casos previstos pela lei litúrgica –, usará ou a alva (e o cíngulo e o amito) ou a sobrepeliz sobre a veste a talar. Os demais leigos podem tanto vestir-se como o acólito, quanto se apresentar com sua roupa civil comum, mas adequada à solenidade da celebração litúrgica, ou ainda usar uma veste litúrgica aprovada pelo Ordinário.

Com base na Exposição Solene, sabe-se como fazer a simples, eis que basta tirar a obrigatoriedade do incenso, não usar pluvial, e mudar o ostensório pelo cibório.

Rito explicado da Exposição Solene

1. Exposição: O ministro, de alva e estola (ou batina, sobrepeliz e estola) abre o sacrário, com toda a reverência, e todos se ajoelham, em adoração ao Santíssimo Sacramento. Os acólitos vão ao seu lado. Entoa-se um canto eucarístico (exemplo: Ave verum Corpus, ou as primeiras estrofes do Pange Lingua, ou o Adoro te devote etc), enquanto o ministro coloca o Santíssimo Sacramento no ostensório, e este no local apropriado (um trono ou sobre o corporal que estará aberto no altar). O Santíssimo Sacramento é incensado, conforme o rito aprovado no Ritual Romano. O ministro, com o ministro e os acólitos versus Deum.

2. Adoração: O ministro e os acólitos podem ficar em adoração, mas sempre versus Deum, não "escondidos" atrás do altar, versus populum. Podem também se retirar. A adoração é livre: pode-se rezar o terço, ficar em silêncio, ler o Evangelho, fazer uma meditação, pregar, cantar, louvar etc. Geralmente é a parte do rito em que as características próprias de uma espiritualidade específica são postas "em prática". Pode-se também rezar um ofício da Liturgia das Horas, mas nunca, no rito romano moderno, a Santa Missa. Finda a adoração, o ministro e os acólitos se aproximam para rezar em silêncio. O ministro estará com o pluvial por cima das demais vestes.

3. Bênção: Todos cantam, de joelhos, diante do Santíssimo Sacramento, um hino eucarístico, de preferência o Tantum Ergo (i.e., as duas últimas estrofes do Pange Lingua), quer uma das suas melodias gregorianas, quer uma versão do mesmo hino em polifonia, quer ainda sua versão popular (em latim ou vernáculo). Na segunda estrofe, o ministro levanta-se e incensa o Santíssimo Sacramento, com o auxílio do acólito, se houver. Os demais fiéis permanecem de joelhos. Depois de incensar e cantar o Tantum Ergo, o ministro diz: "Do céu lhes destes o pão." E todos respondem: "Que contém todo o sabor." E o ministro: "Oremos: Senhor Jesus Cristo, que neste admirável sacramento...", terminando com "Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos", ao que todos respondem: "Amém." O acólito coloca o véu umeral no ministro, por cima do pluvial. Segurando o ostensório com o véu umeral, o ministro, auxiliado pelo acólito, abençoa a todos com o Santíssimo Sacramento, que é incensado segundo as rubricas. Em seguida, podem-se rezar preces conforme a devoção pessoal ou estiver estabelecido a conferência episcopal: no Brasil, reza-se o "Bendito seja Deus", em português ou latim. Nessas preces, o ministro fica, novamente, ajoelhado.

4. Reposição: O ministro e os acólitos se levantam. O ministro, então, abre a luneta do ostensório, e pega o Santíssimo, colocando-o no cibório, e guardando-o no tabernáculo, enquanto se pode cantar um canto eucarístico (por exemplo, o Adoremus in aeternum)

Velas

No mínimo duas, mas o normal são quatro para a exposição simples e seis para a solene.

Pode-se apagar a luz, mas vejo sentido e vai contra a tradição litúrgica romana, além de criar um clima "emocional" demais. As trevas são características do Ofício de Leituras e Laudes celebrados conjuntamente na Quinta, Sexta e Sábado Santos, não da Exposição. Mas, se for pastoralmente conveniente, as rubricas não proíbem.

Presença do ministro durante a adoração no Rito

A exposição solene (i.e., com ostensório) é feita SEMPRE por diácono ou sacerdote. Mas ele não precisa ficar todo o tempo na adoração. O diácono ou sacerdote expõe, depois pode se retirar, e volta só na hora da reposição. Na adoração perpétua, essa reposição é feita por ocasião da Missa, se houver, ou quando não tiver mais ninguém em oração, ou ainda em momento determinado pelos costumes locais.

Procissão com o Santíssimo

Se houver procissão do Santíssimo, ela é feita antes da bênção, como forma de adoração, ou mesmo depois da bênção. O primeiro caso é o mais comum. Se o Santíssimo está em outro local, a procissão é o tempo que decorre de sua retirada até a colocação em exposição para adoração. Todas essas formas são lícitas.

Mas é preciso atentar para uma coisa. Se na exposição sem procissão, o padre vai até o tabernáculo que está no próprio local e retira o Santíssimo para colocar no ostensório, sem estar com pluvial nem umeral (apenas alva e estola, ou batina, sobrepeliz e estola), no caso de estar o Santíssimo em outro local, já que há procissão, ele estará, desde o início dela, com pluvial e umeral. Não basta só um deles. Nem se pode deixar os dois. O mesmo para procissões antes ou depois da bênção: procissão eucarística sempre é com pluvial e umeral.

Pode-se fazer em locais fechados ou abertos.

Umbela e baldaquino

A sombrinha é a umbela (isso, sem o "r", mas a origem etimológica é a mesma), também chamada pequeno pálio. Já a cobertura maior, com as hastes laterais, é o baldaquino móvel, dossel ou grande pálio.

É obrigatório quando a procissão é feita em local aberto. Facultativa em local fechado.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Santa Missa em Honra de São Josemaria Escrivá - Frederico Westphalen - RS / 2009

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No dia 26 de junho, na cripta da Catedral Diocesana, Sua Excelência Dom Antonio Carlos, Bispo de Frederico Westphalen, presidiu a missa em honra de São Josemaria Escrivá de Balagüer, Fundador do Opus Dei.

Contava-se com certo número de fieis na ocasião, tendo-se em vista que em Frederico Westphalen pouco se sabe e se conhece sobre São Josemaria, mas assim, tal dia, com esta missa bem celebrada pelo Bispo, fora ocasião de apostolado e assim de dar a conhecer aos fieis quem foi São Josemaria e suas obras.

(pala utilizada na Santa Missa)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Fotos da ordenação diaconal em Senhor do Bonfim - BA

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Fotos da ordenação diaconal na diocese de Senhor do Bonfim - BA, celebrada por D. Francisco Canindé Palhano, Bispo diocesano.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Fotos da Primeira Missa de Pe. D. Gregório, OSB

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A Preparação do Ministro do Sacrifício

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Sendo a missa o sacrifício mais santo, "o sacrifício tremendo" (Con. Trid. de observandis...in Missa) por causa da imolação mística do próprio Filho de Deus, é mister preparar-se o sacerdote para este ato. A preparação remota negativa abrange a imunidade de pecado grave, de censura eclesiástica e de irregularidade. A positiva exige a oração. Em primeiro lugar como meio mais eficaz de nutrir a devoção do celebrante está o ofício litúrgico, matinas e laudes. Deveria ser rara exceção, motivada por ocupação inadiável, o dizer-se a missa sem ter absolvido o breviário.

A preparação próxima deveria incluir a meditação (quanto possível de meia hora). Em todo caso não se omita a preparação contida nos livros litúrgicos. Não haverá outra melhor.

Orações preparatórias acham-se em todas as Liturgias Orientais. A Liturgia Romana não prescreve uma preparação oficial. Nem a que traz o missal é obrigatória. Os seus vestígios remontam ao século IX. Foi inserida no missal por Pio V.

A preparação do missal, que consiste em procurar a fórmula da missa e as orações prescritas (in sacristia...perquirit Missam, perlegit et signacula ordinat, Rit. Cel. 1,1) se faz na sacristia e não no altar. A loção das mãos, desde o século IX. A preparação do cálix, convenientemente feita pelo celebrante. O ato de vestir os paramentos com as orações próprias, para despertar os sentimentos de devoção pelas razões místicas aduzidas.

Para acender as velas começa-se do lado da Epístola pela que está próxima à cruz, e continua-se na mesma ordem. Para apagá-las observa-se a ordem inversa. Começa-se ao lado do Evangelho pela que está mais afastada da cruz.

ORDEM PARA ACENDER AS VELAS

6 5 4 + 1 2 3

ORDEM PARA APAGAR AS VELAS

1 2 3 + 6 5 4

REUS, PE. João Batista. Curso de Liturgia.

terça-feira, 28 de julho de 2009

The New Liturgical Movement

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Hoje acessando o famoso blog NLM, mantido por um grupo de sérias pessoas e reconhecida integridade, nos deparamos com algo que encheu de alegria a equipe do Salvem a Liturgia.

A Santa Missa, organizada via orkut e celebrada na Paróquia do Pe. Tiago (São Joaquim e Sant'Ana), estava em destaque no blog e com um comentário postado aqui no Salvem escrito pela Juliana Fragetti Ribeiro Lima.

Este fato é mais que um incentivo aos católicos brasileiros para que não pensem que lutam sozinhos por uma liturgia como ela realmente deve ser.

Agradecemos assim as constantes contribuições e comentários que auxiliam cada vez mais no aprimoramento do blog e na divulgação de seu conteúdo. Com este pequeno fato, fica evidente a responsabilidade do SL e de todos os que fazem parte deste apostolado.

Salvem a Liturgia! no The New Liturgical Movement

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Missa Tridentina? Não, é a missa nova

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Por Juliana Fragetti Ribeiro Lima

Dia 26 de Julho de 2009, 10h30 da manhã, região de Interlagos, zona sul de São Paulo – SP. Um local simples, humilde, periferia, havia todos os fatores que alguém possa elencar “com autoridade” para não celebrar em latim. Afinal, falam, somente pessoas cultas entenderiam o latim, etc. Nesse dia tivemos a prova cabal e concreta da falácia desse pseudo-argumento.

Em uma bela iniciativa pastoral, o Pe. Tiago Roney Sanxo, pároco da Igreja de S. Joaquim e Sta. Ana, se propôs a celebrar uma vez ao mês em latim. A princípio ele usará o rito romano reformado (pós-Vaticano II, ou o rito de Paulo VI). Pretende futuramente alternar entre as duas formas do rito romano (reformada e tridentina).

No dia dos padroeiros, ele fez a missa inaugural. Tendo ela sido celebrada pelo Pe. Renato Leite (padre diocesano de Sto. Amaro também) em latim e versus Deum - ou ad Orientem -, essa missa foi um primor litúrgico. Tendo o Kyriale cantado em canto gregoriano e diversas partes também (o Pai Nosso, as respostas ao sacerdote), ela primou pela beleza.

Essa missa teve tudo o que teria direito. Usando uma linda casula romana toda dourada, ele entra com uma comitiva de acólitos. O perfume do incenso toma toda a igreja. Vimos as leituras e a oração dos fiéis e após o Evangelho ser lido, fomos premiados com um lindo sermão sobre o valor do sofrimento. Algo raro hoje. Enquanto muitos (ou quase todos) querem regar um “evangelho” adocicado, o Pe. Renato teve o brio de não maquiar a real mensagem de Cristo.

Depois cantamos o Credo e começou a consagração. Foi usado o Cânon Romano (Oração Eucarística I). Após a consagração, teve lugar a comunhão. Todos comungaram de joelhos e na boca – antiga tradição da Igreja e jamais abandonada – em profunda reverência. Não houve profanações ali, ao contrário, viu-se ali um resgate da identidade litúrgica da Igreja.

Ah, mas e o argumento de que as pessoas não participam, que não entendem o latim, etc? Ficou provado que era falso. As pessoas amaram a missa, participaram sim. Porém participar não é igual a sair dançando. Que o Pe. Tiago seja muito abençoado nessa iniciativa dele para seus paroquianos, levando-os a conhecer a real tradição litúrgica da Igreja.

Vídeo da Oração Eucarística I (Cânon Romano):



Fotos:



















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