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segunda-feira, 1 de junho de 2009

Erros litúrgicos e sugestões para coibi-los - VII

Modo de receber a Santa Comunhão Eucarística

O fiel deve receber a Comunhão com reverência e piedade. Para isso, a prática tradicional da Igreja é a de distribuir a Eucaristia aos fiéis estando eles de joelhos, e diretamente na língua. É permitido que, apesar dessa prática ser a normativa, o fiel receba a Comunhão de pé, desde que, antes de o fazer, demonstre respeito pelo sacramento, inclinando-se diante da Eucaristia. Estando de pé, e tendo se inclinado antes de receber a Comunhão, pode comungar diretamente na língua ou nas mãos, fazendo, se esse optar por esse modo, das mãos um trono. Nunca pode o fiel receber a Comunhão nas mãos em forma de pinça!

“A Igreja sempre pediu dos fiéis, respeito e reverência pela Eucaristia no momento de recebê-la. No que diz respeito à maneira de ir para a Comunhão, o fiel pode recebê-la de ambos os modos: ajoelhando-se ou ficando de pé, de acordo com as normas estabelecidas pela conferência episcopal: ‘Quando o fiel comunga ajoelhado, nenhum outro sinal de reverência pelo Santíssimo Sacramento é requerido, uma vez que ajoelhar é por si só um sinal de adoração. Quando se recebe a Comunhão estando em pé, é rigidamente recomendado que, ao vir em procissão, faça-se um sinal de reverência antes de receber o Sacramento. Isto pode ser feito no exato momento e lugar, de forma que a ordem das pessoas que vêm e voltam da Comunhão não fique interrompida.’” (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Instrução Inestimabile Donum, 11)

A Comunhão de joelhos e na língua é a forma tradicional de receber a Sagrada Eucaristia. Por isso, nenhum sacerdote pode proibir o fiel de fazer uso desse direito. Tampouco pode proibir que o receba na língua, se estiver de pé, e haja indulto para que receba de pé. Em casas de congregações religiosas, capelas e circunscrições eclesiásticas nas quais vige a disciplina sacramental do Missal de 1962, pode o Ordinário ou Superior determinar que a única forma de comungar seja a tradicional, de joelhos e na língua; em todas as outras, há liberdade para o fiel, não podendo o sacerdote negar-lhe a Comunhão por este preferir ajoelhar-se ou receber na língua.

“Jamais se obrigará algum fiel a adotar a prática da comunhão na mão.” (Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos. Notificação de 3 de abril de 1985)

De qualquer maneira, o sacerdote ou outro ministro que distribua a Comunhão Eucarística, tenha o máximo cuidado de não perder nenhum dos fragmentos do Santíssimo Corpo nem alguma gota do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme o sábio conselho dos Padres:

“Se algum fragmento vieres a perder, seja para ti como se estivesses perdendo um de teus membros.” (São Cirilo de Jerusalém. Catequeses Mistagógicas, 5,21: PG 33,1126)

Na prática

1. Coloque-se um genuflexório móvel entre o ministro que distribuirá a Comunhão e o fiel que a receberá, para que ele se sinta convidado a comungar de joelhos.
2. Incentive-se a que a Comunhão seja sempre distribuída na boca, e sobre tal procedimento sejam os fiéis alertados durante a Missa, em reparação pelos pecados do mundo inteiro e por tantas irreverências para com a Eucaristia.

2 comentários:

  1. Se o fiel receber a comunhão na mão em forma de trono, ele pode, em seguida, tomar a hóstia com uma das mãos (isso seria pecado?) ou deve levar a hóstia à boca para consumi-la?!
    Onde está que é proibido o fiel tomar a hóstia com as mãos em forma de pinça?
    E onde os sacerdotes ou o bispo obrigam os fiés a receberem a comunhão apenas na mão?! O que fazer?!
    Alex A.B.

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  2. O Sr. tem completa razão nas suas duas sugestões (já que está falando no Rito da Missa do Novus Ordo).

    Só por esses dois pormenores que sugere, que diferente seria essa Missa, cada Missa, cada "Missa Nova", (apesar de tudo).

    Mas estarei exagerando se disser que os principais "inimigos" da comunhão de joelhos são os próprios Sacerdotes?
    Eles vêem orgulho onde eu só vejo humildade?

    (ALGUNS Sacerdotes, que fique claro).

    E logo os Sacerdotes, que estudaram anos e anos para se formarem e depois recusam dar a comunhão a quem decide "adorar" antes de comungar, ajoelhando-se.

    Até se compreenderia se fosse por "excesso de zelo", mas não é, porque logo a seguir dão a comunhão a fieis que se apresentam vestidos (ou despidos), de qualquer maneira.

    Acredite que dá vontade de chorar ao ver um sacerdote negar a comunhão a quem se humilha, ajoelhando-se, fazendo-se NADA para receber o TUDO. É triste sim. Muito triste.
    Demasiado triste.

    Mas, tal como Santa Maria Goretti nos ensinou, tenhamos sobretudo compaixão pelo pecador e não dor pela ferida que o pecado provocou.

    Rezemos pela Santificação dos Sacerdotes.
    De TODOS os Sacerdotes, sem uma única excepção.
    Rezemos à quinta-feira, rezemos ao sábado. Rezemos todos os dias.
    Sei que não devemos julgar, porque Juiz há só um, DEUS.
    Por isso, rezemos.
    Rezemos porque Deus mais exigirá a quem mais deu.

    Deus Julga com Amor e Ama com Justiça num equilíbrio PERFEITO como só Ele "É".

    Rezemos, mas mais por estes Sacerdotes, para que Deus tenha compaixão e que lhes dê também a oportunidade que deu a Pedro, de ouvir o "galo cantar" antes que seja demasiado tarde, para que eles se arrependam (também), desta "negação".

    Tudo para Glória de Deus, Uno e Trino.

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