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segunda-feira, 29 de junho de 2009

Vídeos: Missa na forma ordinária, mas versus Deum

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Quem disse que só a Missa tridentina pode ser solene, cantada em latim, e celebrada versus Deum (com o padre de costas à congregação, e de frente ao sacrário)?

Eis alguns vídeos que testemunham a favor de uma Missa muito bem celebrada, com latim e padre versus Deum, no rito atual, posterior ao Concílio, tal como temos - ou deveríamos ter - em nossas paróquias.











domingo, 28 de junho de 2009

Solenidade na Missa

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Tivemos, tempos atrás, um Ano da Eucaristia, e pouco em nossas igrejas brasileiras foi feito de realmente visível e significativo para a promoção do adequado culto litúrgico. Convocado por João Paulo II para renovar a observância às normas que regem a celebração da Missa – as quais, em muitos lugares, são esquecidas e contrariadas, conforme o Pontífice mesmo denuncia na Ecclesia de Eucharistia, especialmente nos números 10 e 52 –, pela maioria o evento só foi comentado “da boca para fora”.


Na Missa Pro Ecclesia, encerramento do Conclave que o elegeu, Bento XVI ordenou que essa comemoração fosse marcada “pela solenidade e retidão das celebrações.” Noutras palavras: rigoroso seguimento das rubricas do Missal (e falo do novo, de Paulo VI); cessação de qualquer invencionice por parte dos sacerdotes; decoro e circunspeção; paramentos corretos; proibição de cantos estranhos à tradição católica e de não menos estranhas palmas e demonstrações efusivas de alegria, nada apropriadas para quem assiste, na Missa, a renovação do sacrifício da Cruz. “Peço isso de modo especial aos sacerdotes.”


Não sou eu ou algum grupo quem pede obediência ao Missal. É a lei da Igreja. É o Papa. Se alerto para esse descuido, é por grave dever de consciência, pois minha alma de católico não me deixa inerte ante os incontáveis abusos na liturgia Brasil afora, em franca oposição a Roma. Estas linhas são movidas por caridade cristã!


A casula foi quase abandonada; certos padres inserem numa ou noutra parte da Missa gestos, símbolos (cartazes, plantas, fantasias, fogo etc) e palavras que são criações suas (em total desacordo com as regras vigentes); o povo reza orações reservadas aos sacerdotes e até por eles, às vezes, é incentivado a proferi-las (o “Por Cristo, com Cristo...”, a oração da paz, v.g.); os fiéis são convidados a atos não previstos (fechar os olhos, erguer as mãos, direcioná-las ao altar no “Por Cristo”, abri-las “para receber a bênção”, e outras provas bizarras de inesgotável e anticatólica criatividade, já atacada pelo então Cardeal Ratzinger em seu “A fé em crise?”); nem sempre as músicas são apropriadas; o incenso é raro; e os ministros extraordinários – leigos – são usados na proclamação do Evangelho e, ordinariamente, na distribuição da Comunhão (contrariando a Ecclesiae de Mysterio). Exemplos de um claro desrespeito às normas litúrgicas e ao Ano da Eucaristia.


A Missa, em vários rincões da pátria, não é celebrada como deveria, como manda o Papa, como prescreve o Missal. E isso é fato! Não há o que discutir! Compare-se o texto oficial com o que é feito e tem-se o resultado.


Claro, todos dizem obedecer ao Santo Padre. Não passa disso, infelizmente. Forçoso é reconhecer que uma parte do clero desconhece ou não aplica a recente Redemptionis Sacramentum. É ela sumariamente ignorada, como se valor não tivesse. Aprovada pelo Papa, a maioria não a segue. De nada adianta falar em obediência. São precisos atos concretos. Quando o Papa manda “x” e se faz “y”, não se o está obedecendo. Não vale muita coisa dizermos que o amamos e protestarmos obediência, se não fazemos o que ele ordena. “Será abençoado por Deus quem demonstrar seu amor à Eucaristia pela fidelidade às normas da Igreja” (Cardeal Sales), e não às inovações das equipes de liturgia e dos párocos.


O discurso dê lugar à prática. É hora de estudarmos os documentos e corrigirmos as muitas falhas em nossas celebrações. Com urgência! Esse o meu apelo, essa a minha súplica.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Missa versus Deum no rito novo em vernáculo, em Rio Grande/RS

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O Fr. José Francisco Giribone Cardoso, OCD, fundou, na cidade de Rio Grande, no extremo sul do Rio Grande do Sul, a Obra Missionária Virgem do Carmo Peregrina. Em sua capela, que se encontra em reformas, celebrou, com muita coisa improvisada, mas com igualmente muito amor e fazendo o máximo possível para obedecer às rubricas, na forma ordinária, em vernáculo, só que versus Deum. Tudo isso com a orientação do seu cerimoniário, Felipe Silva.

Ponto para o frade carmelita descalço e seu ajudante. Uma prova viva de que o versus Deum não é exclusivo do rito antigo, nem mesmo tem a ver com o latim quando celebrada a Missa no rito novo.

Ah, se a reforma litúrgica até tivesse autorizado o vernáculo, mas não a posição versus populum...

Vejam fotos a seguir:









segunda-feira, 22 de junho de 2009

Entrevista com Dom Antonio Carlos Rossi Keller

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Segue abaixo uma entrevista feita a Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen - RS, sobre alguns aspectos da liturgia.

Vale a pena conferir o que diz este grande Bispo, que em palavras, bem como em gestos nos demonstra o seu zelo e amor pela Igreja e pela liturgia.


1. Como V. Excia. vê hoje a questão da liturgia no Brasil e no mundo?

Vejo que estamos em um momento crucial, onde se deparam duas visões: a da continuidade, na fidelidade à longa Tradição Litúrgica da Igreja e a da descontinuidade, defendida por grande parte dos liturgistas em exercício. Esta segunda visão, a meu ver, constitui em um grave risco para a "lex orandi", já que, em geral fundamenta-se em posturas inaceitáveis em relação à "lex credendi". Ou seja, a meu ver o grande problema da Liturgia hoje é, antes de tudo, um problema de fé, ou melhor, da falta de fé.

2. João Paulo II, em sua Ecclesia de Eucharistia, falava de "sombras" no modo como a Missa é celebrada. Como interpretar a expressão de Sua Santidade?

A meu ver, o Servo de Deus, o Papa João Paulo II referia-se ao absurdo da idéia de uma liturgia "a ser construída pela comunidade local" como ainda hoje propugnam muitos leigos, sacerdotes e bispos. Esta visão outorga à comunidade local (pior ainda, a alguns ou a alguém desta comunidade) a suprema autoridade em decidir o "como deve ser a celebração litúrgica", favorecendo às aberrações já tão sobejamente conhecidas. O resultado de tudo isto, que popularmente leva o nome de uma liturgia "inculturada", é, na verdade, simples e pura aberração, violência às normas mais elementares da autêntica liturgia da igreja, o predomínio de um subjetivismo que pretende utilizar a Liturgia como um instrumento para impor visões ideológicas de pessoas ou grupos.

3. Qual a importância do latim na celebração litúrgica? E do canto gregoriano?

O latim tem seu lugar na vida litúrgica da Igreja como garantia da integridade da fé, manifestada nas celebrações litúrgicas. Não é a toa que todos os livros litúrgicos tem como ponto de referência as edições chamadas de "typica". O gregoriano, por sua vez, constitui um rico patrimônio espiritual que não pode ser, simplesmente, jogado pela janela. Tanto o latim como o gregoriano nos servem como elo em relação à riquíssima Tradição Espiritual e Litúrgica da Igreja

4. É possível resgatar um uso mais regular do idioma latino mesmo na forma ordinária do rito romano, no chamado "rito moderno” esse que usamos em nossas paróquias? Como dar os passos para isso?´

Penso que sim, dêsde que se fuja da pura visão folclórica, ou de um saudosismo, a meu ver tão prejudicial como são os abusos cometidos na liturgia. O latim expressa a universalidade da Igreja, sua catolicidade, que é mais do que uma simples questão geográfica: a Igreja é a Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja de Cristo, aberta a todas as geografias, a todas as culturas, a todas as épocas. Ora, isso exige, da parte de quem integra a Igreja, uma visão universal, aberta, não "paroquial". O latim abre esta perspectiva de universalidade. O grande problema será sempre não uma simples questão de pronunciar bem, corretamente o latim, mas de abrir-se à catolicidade da igreja, sentir-se cidadão universal dela, pronto a aceitar em seu seio todas as realidades espirituais e humanas dignas. O uso do latim faz-nos compreender como nós, católicos, onde quer que estejamos, temos a mesma fé e celebramos os mesmos sacramentos.
Praticamente, penso que, antes de se começar a celebrar em latim, nas Paróquias, seria preciso deixar bem claro, para o povo, a razão disso... Senão, tudo não passa de uma simples questão de estética linguística, de uma busca de um "purismo" litúrgico que cria a mentalidade se fazer parte de uma casta especial na igreja (os que entendem latim...), que seriam aqueles que participam da Santa Missa em latim...: o restante dos comuns católicos continuariam na ignorância e na mediocridade litúrgicas...

5. E quanto à forma extraordinária do rito romano, o "rito tridentino"? Como vê V. Excia. esse aumento dos pedidos dos leigos para que se a celebre?

Vejo o rito extraordinário como êle o é: extraordinário. Não posso aceitar que as bases colocadas pelo episcopado do mundo todo, reunido em Concílio, tenham sido inválidas ou injustas. Quando criança, ajudei muitas vezes a Santa Missa no atual rito extraordinário. E algumas vezes, infelizmente, não saia edificado da Missa: muita pressa, palavras engolidas, atropeladas, distrações, etc. Ora, isto leva-me a pensar que a questão não está tanto no Rito usado (apesar que o rito ordinário poderia, talvez ser um pouco melhorado, favorecido), mas o que conta mesmo é o espírito com o qual deve-se celebrar, seja lá em que rito for... Penso que os pedidos suscitados pela abertura oferecida pelo Santo Padre, são, em sua imensa maioria, justos, já que as pessoas não suportam mais tantos abusos... Penso também que o aumento dos pedidos de celebrações na forma extraordinária não deve diminuir as exigências para que se celebre dignamente na forma ordinária.

6. Dizem que em dioceses e instituições que prezam a liturgia bem celebrada, de acordo com as rubricas, com incentivo ao canto gregoriano, à polifonia sacra, a um canto popular mais sóbrio, ao latim, às celebrações mesmo em vernáculo bem sacrais, há um aumento de vocações. Isso é verdade? Como V. Excia. analisa esse fenômeno?

Não posso ainda afirmar categoricamente isto. Estou fazendo por aqui um grande esforço para que não somente na Catedral Diocesana, ou onde o Bispo estiver se celebre bem, mas que em todas as Paróquias exista este princípio. Para poder responder de forma taxativa e afirmativa a esta questão, preciso de mais tempo. Estou aqui tão somente há menos de um ano. Mas, pessoalmente, acredito piamente nesta realidade.

7. O episcopado brasileiro percebe a importância do latim, da posição "versus Deum", do canto gregoriano?

Não. Gostaria de salientar que não compartilho com esta oposição entre "versus populum" e "versus Deum". Sinceramente, não vejo esta oposição na forma ordinária do Rito Romano. A meu ver, toda a Missa "versus populum" será sempre, fundamentalmente, "versus Deum".

8. Há ainda muita confusão no clero, no episcopado e o laicato, achando que "Missa em latim" é apenas a Missa "tridentina"?

Absoluta confusão. Pior que isto, há um forte preconceito generalizado entre os padres e os senhores bispos do Brasil em relação ao uso do latim, na liturgia.

9. V. Excia. tem se destacado na promoção do adequado culto litúrgico. Tem enfrentado resistências? Como resolvê-las? Vê algum sinal de esperança?

Não enfrento nenhuma resistência em relação aos meus padres, que são todos muito bons e dedicados, desejosos de fazerem o que é certo. Estamos em constante diálogo, fundamentado na paciência e no respeito mútuo. Penso que este deva ser sempre o princípio normativo, não só em relação à liturgia, mas em todas as questões: a caridade e o respeito por aqueles que generosamente servem a Cristo,à Igreja e ao Povo Santo de Deus. A meu ver, se mais não conseguem oferecer, é porque pouco receberam. Cabe, pois, ao bispo, além de dar exemplo, proporcionar os meios para que as coisas melhorem, mas sempre com respeito e caridade. Recuso-me a governar a Diocese por meio de Decretos, que só servem para, na maioria dos casos, fazer o Bispo cair na tentação da vanglória e de imaginar que todos o obedecem na Diocese. Prefiro o caminho do exemplo e do diálogo.

10. O que V. Excia. pensa da tão falada "reforma da reforma"? Considera que as duas formas do rito romano irão, um dia, se fundir, com os melhores pontos positivos de cada uma? O que V. Excia. sugere em um eventual "rito romano unificado"? O que, da forma extraordinária, consideraria por bem estar presente também na forma ordinária? Alguma sugestão para a implementação da "reforma da reforma"?

Sou um pastor, não um liturgista ou um teólogo, no sentido próprio destes termos. Portanto, como Bispo, obedeço aquilo que a Igreja me indica. Não sei dizer qual será o futuro da liturgia: procuro viver e ensinar a viver com fidelidade as Normas Liturgicas atuais. Aquilo que a Santa Igreja, através de suas legítimas autoridades indicar neste sentido, terá sempre minha pronta e absoluta adesão.

11. Como V. Excia. enxerga a grande migração que muitos leigos, inclusive jovens, fazem em direção a grupos que, embora conservem a liturgia tradicional, a forma extraordinária, não estão em plena comunhão com Roma? O que fazer para solucionar o problema?

A razão desta migração, certamente, em alguns casos é uma sincera busca de algo mais consistente do que simples agitação, batucadas e bailes impropriamente tidos como litúrgicos. As pessoas que buscam a Deus não querem viver experiências que podem dar ou não dar certo. Ninguém gosta de ser cobaia... Assim, quando se oferece algo de qualidade, com garantia de que de fato funciona, as pessoas sentem-se mais seguras em buscá-las.
Contudo, a meu ver, nem todos aqueles que buscam estes ambientes tradicionalistas, tem retidão de intenção. Há muita gente desequilibrada por aí, buscando experiências místicas não corretas. Muitos destes que buscam este universo tradicionalista, aí não permanece... não é um fato, por exemplo, o número crescente também de sedevacantistas nestes ambientes?

12. O Cardeal Castrillón Hoyos insiste na chamada "ars celebrandi", expressão que é frequentemente utilizada também por Bento XVI. Em que ela consiste, em sua opinião? Como colocá-la em prática?

A meu ver a "ars celebrandi" consiste, antes de tudo, na capacidade de interiorização do Mistério que se celebra, ou seja, na capacidade de "conectar-se", para usar uma linguagem mais atual, à realidade litúrgica celebrada. Consiste na consciência de que se está diante de Deus, e de que toda a ação litúrgica a Ele é dirigida, exigindo este princípio um esforço consistente, que envolve a totalidade do ser. A "ars celebrandi" envolve toda uma atitude que, a meu ver, exige um antes, um durante e um depois de cada celebração, ou seja, uma preparação anterior fundamentada sempre que possível no silêncio, no diálogo com Deus; uma atitude de respeito e de atenção durante a celebração, vestes dignas, postura respeitosa, diria uma elegância no porte que revele a dignidade daquilo que se realiza; e uma ação de graças sentida e piedosa, para que a celebração repercuta nos demais atos sacerdotais. A "ars celebrandi" portanto não se constitui simplesmente em uma atitude respeitosa externa, mas tem raízes na alma...: a meu ver, a "ars celebrandi" mais do que na estética, é fundada na oração.

13. É visível o abandono da casula por boa parte do clero brasileiro. A que causas V. Excia. atribui a interpretação, deveras "benigna", da norma que a dispensa em situações extremas, invocada pelos padres?
O abandono da casula nada mais é do que a expressão de uma mentalidade "minimalista" em relação à Liturgia. Faz-se o mínimo necessário, usa-se o mínimo necessário, etc..., tudo justificado pela idéia de se simplificar as celebrações, fugir-se da pompa e do ritualismo. Vai-se assim, procurando-se fugir de uma visão extrema de suntuosidade ao outro extremo, hoje mais comum, que é o do relaxo e do empobrecimento litúrgico.

14. Aliás, quais são as causas, na visão de V. Excia., de tanto desleixo para com a liturgia no Brasil? A teologia da libertação e o modernismo, condenado por São Pio X, têm que parcela de culpa?

A causa está, antes de tudo, em uma visão dessacralizadora da Liturgia. A idéia de se pretender uma Liturgia que tem como centro o homem, e não Deus. O resto, é consequência disto... Ou seja, a crise é, antes de tudo, de fé.

15. Alguns padres mais novos começam a vestir batina, a usar clergyman, a celebrar com decoro, a se interessar pelo latim, a usar tanto a forma ordinária bem celebrada (inclusive com latim e gregoriano) como a forma extraordinária. Também leigos bem formados estão despertando e tomando iniciativas apostólicas para promover a liturgia de acordo com o que nos manda Roma e conforme a tradição da Igreja. O que diz V. Excia. disso tudo?

Digo que também isto me preocupa. Tenho visto fotos e mais fotos de seminaristas de batina, faixa, barrete, peregrineta, capote, etc... e que, depois de ordenados sacerdotes, deixam tudo isto de lado, ou usam estas vestimentas tão somente "quando estão exercendo o ministério", como se, para um sacerdote, fosse possível ter duas vidas, dois princípios norteadores para a própria vida. Minha opinião é a de que "o hábito não faz o monge, só o reveste". Assim, para que tudo isto tenha sentido, é necessária autêntica busca da santidade, que, para um sacerdote, é a plena identificação com o Cristo Jesus, com seus sentimentos, com seus valores, com suas palavras, com seus amores, etc... Sem autêntica vida espiritual, ou seja, para a Liturgia, sem a autêntica interioridade, a Liturgia torna-se tão somente ritualismo farisáico. Metros e metros de pano, quilos e quilos de incenso, etc.. não servem para nada quando não existe um apaixonado amor a Cristo, a Sua Igreja e a Seu Povo. Vejo com esperança toda esta movimentação em relação à busca de uma Liturgia mais fiel à normativa da Igreja, mas penso que isto só não seja suficiente para uma autêntica renovação eclesial: precisamos não somente de gente que celebre ou que participe da Liturgia bem celebrada... Precisamos de gente SANTA que celebre e participe bem da Liturgia bem celebrada.

16. Aos que querem a Missa mais sóbria, de acordo com as normas, com incenso, latim, paramentos bonitos, logo se lhes acusam de "rubricistas" ou de "obtusos", "antiquados" e até de "fariseus". Dizem que a Missa tem que ser "alegre", com palmas, pop-rock, improvisação, abraços nos irmãos, sem se prender a fórmulas. Alegam que Jesus quer animação, que o que importa é o coração, é o interior. Como responder a tudo isso?

Deve-se responder coma exemplareidade de celebrações bem realizadas. Mas também é preciso cuidar de que a parte humana, nas Comunidades onde se celebra decentemente, seja cuidada... As pessoas tem necessidades humanas de afeto, de encontro, de até festejar junto, ou de chorar junto. O erro não é a necessidade de fraternidade, de acolhida, de comemorações, etc.... O erro é querer fazer isto na Santa Missa, usando-a com finalidades incoerentes com os seus verdadeiros fins. A santa Missa não pode ser instrumentalizada. mas cada Comunidade cristã deve ter seus espaços de acolhida humana, sempre fundamentados na caridade do Senhor.

17. V. Excia. há poucos dias conferiu o canonicato a alguns de seus sacerdotes. Como vê a instituição do Cabido Diocesano, sua perda em várias dioceses, e a importância dele para a liturgia?

Quando cheguei à Diocese de Frederico Westphalen, imediatamente solicitei, por meio da Nunciatura Apostólica em Brasília, a Instauração do Colendo Capítulo de Cônegos de nossa catedral Diocesana.
A razão é dupla: em primeiro lugar, para que pudesse ter um Grupo seleto de presbíteros da Diocese que pudesse auxiliar-me e secundar-me para que as Celebrações Litúrgicas oficiais, na Catedral Diocesana de Santo Antonio assumissem uma maior dignidade e fossem sempre celebradas de acordo com as Normas Litúrgicas vigentes. Em segundo lugar, a ereção do Capítulo de Cônegos é também uma forma de expressar o respeito e o afeto do Bispo pelo Presbitério Diocesano, que, graças a Deus, é valoroso e sempre me dá muitas alegrias. A meu ver o descaso com os Capítulos deve-se ao fato de que canonicamente, o mesmo tenha perdido sua função de "senado do bispo", sendo substituído por outras realidades de Comunhão.


18. Pode V. Excia. nos dar um exemplo concreto desse "governar com diálogo", principalmente no campo da liturgia? Como, para usar suas palavras, "proporcionar os meios para que as coisas melhorem" na liturgia, na Missa, na beleza das celebrações, na correção dos equívocos?

Em relação à Liturgia, tenho, em primeiro lugar, dado o exemplo, ou seja, celebrado sempre na Catedral Diocesana de acordo com as regras litúrgicas vigentes, mas sempre com solenidade e dignidade. O resultado é o de ter sempre muita gente participando das Missas semanais celebradas pelo Bispo Diocesano, na Catedral, sempre nos domingos às 19,00 h. Além disso, celebro diariamente a Santa Missa, de 2a a 6a feira às 8,00 h, na Cripta da Catedral Diocesana. Naturalmente, uma Missa mais simples, mas sempre de acordo com as Normas Litúrgicas. Minha intenção é a da exemplaridade: que os padres celebrem bem, e que celebrem todos os dias, algo inusitado para esta última questão, por estes lados do Rio Grande do Sul. Além disso, tenho enviado mensalmente a todos os padres uma correspondência pessoal: uma carta amiga e fraterna, de pai e de pastor, tratando sempre de uma aspecto prático da vida e da espiritualidade presbiteral. Além disso, segue, junto à carta (chama-se "Carta aos Padres") artigos específicos de temas práticos de pastoral. Ultimamente tenho enviado sempre temas de Liturgia, especificamente, sobre a "ars celebrandi". O interessante é que já sente-se o resultado. Por aqui, não temos grandes abusos. Os mais visíveis são aqueles que dizem respeito à música litúrgica, já que a Diocese edita um "Livro de Cantos" (a última edição tem quase 10 anos) e neste livro foram colocados cantos que não estão adequados à Liturgia. Assim, estamos preparando uma revisão do livro. Em um ou outro lugar escutam-se, em alguns momentos, algumas palmas... etc.. mas, repito, nada que demonstre abusos mais graves, que digam respeito, por exemplo, à fé. Muitas das estranhezas litúrgicas que vejo, devem-se à passagem de alum liturgista (na verdade ALGUMA...) que espalhou algumas idéias estranhas, mas que, de fato, não penetraram com muita profundidade. Nosso presbitério é bem diferente do de São Paulo, por exemplo, onde predomina em muitos ambientes, a idéia de "inventar" a liturgia. Assim, mudando os cantos do livro, e procurando manter sempre esta atitude de enviar bom material etc.. aos padres, além de oferecer aos seminaristas a possibilidade de ajudarem nas cerimônias da Catederal (coisa que antes não existia), vejo que em breve teremos uma liturgia muito mais cuidada e adequada por aqui.

19. Um futuro promissor para a liturgia no Brasil é visto por V. Excia. a curto prazo? Quais os erros que devem ser evitados nesse trabalho de "reforma da reforma"?

Sou realista, mas tenho fé. Minha vida inteira de padre dediquei-me a formar seminaristas e a procurar celebrar sempre bem. Não digo isto como honra, mas como algo feito com consciência. Deus tem Seus tempos e Suas razões. Vivemos um período de purificação, na Igreja. Assim, não tenho noção a respeito de prazos, etc. Penso que cabe-nos sempre ser muito fiéis, especialmente em relação à Liturgia, e ter a paciência em saber esperar. Mesmo que Nosso Senhor não me dê a alegria de ver as coisas mudarem de fato, penso que, de alguma maneira, colaborei para que as coisas, de alguma maneira, em um dia que Deus sabe qual será, as coisas voltem ao eixo. Nós passamos, inclusive aqueles que organizaram ou mantiveram ou ainda mantém toda esta confusão. A Igreja permanece.

20. Por fim, uma palavra de incentivo aos leitores do Salvem a Liturgia, e seu pensamento acerca de nosso apostolado.

Quero dizer aos leitores que procurem, antes de tudo, viver a Liturgia, com interioridade e atenção. Repito o que já anteriormente disse: a autêntica participação na Liturgia exige interioridade, alma, amor a Deus. Vivamos a Liturgia não só na sua exterioridade tão bonita e necessária mas, principalmente, no que ela realiza de ato de amor a Deus.


Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen (RS)

Lindas casulas para a paróquia comprar

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Apresento abaixo belíssimas casulas (góticas e romanas). Todos são produção brasileira: da D&A e da ArteSacro, principalmente, exceto a rósea da Loyola.

Quanta diferença dessas casulas em relação ao simplório túnica-com-estola...


http://www.deaparamentos.com.br/produtos/paramentos/casulas/casulas-douradas/ca01/

Solenidades, Festas e Memórias do Senhor; Páscoa e sua Oitava; Natal; Missas rituais solenes

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Solenidades, Festas e Memórias do Senhor; Páscoa e sua Oitava; Natal; Missas rituais solenes

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Solenidades, Festas e Memórias do Senhor; Páscoa e sua Oitava; Natal; Missas rituais solenes

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Especialmente indicado para Solenidades, Festas e Memórias da Virgem, embora possa ser usado nas mesmas condições acima.

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Domingo de Ramos; Sexta-feira Santa; Pentecostes; Solenidades e Festas dos Apóstolos e Evangelistas; Solenidades, Festas e Memórias dos Mártires

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Serve para os mesmos dias das casulas douradas acima, mas se pode indicar especialmente para Domingos do Tempo Pascal; Tempo do Natal; Solenidades, Festas e Memórias dos Anjos e dos Santos não-mártires; Todos os Santos; Natividade de São João Batista; São João Evangelista; Cátedra de São Pedro; Conversão de São Paulo

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http://www.deaparamentos.com.br/produtos/paramentos/casulas/casulas-brancas/ca61/

Serve para os mesmos dias das casulas douradas acima, mas se pode indicar especialmente para férias do Tempo Pascal; Tempo do Natal; Festas e Memórias dos Anjos e dos Santos não-mártires; Cátedra de São Pedro; Conversão de São Paulo

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Advento; Quaresma; Quatro Têmporas

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Domingo Gaudete; Domingo Laetare

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Tempo comum em geral, mas eu indicaria para os dias feriais

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Tempo comum em geral, mas eu indicaria para os Domingos

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http://www.deaparamentos.com.br/produtos/paramentos/casula-romana/cr08/

Solenidades, Festas e Memórias do Senhor; Tempo Pascal; Tempo do Natal; Solenidades, Festas e Memórias dos Anjos e dos Santos não-mártires; Todos os Santos; Natividade de São João Batista; São João Evangelista; Cátedra de São Pedro; Conversão de São Paulo

domingo, 21 de junho de 2009

Ordenações em latim e versus Deum, mas na forma ORDINÁRIA!!!

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Os Cônegos Regulares de São João Câncio são uma congregação religiosa dedicada ao restabelecimento e preservação da sacralidade na Igreja, notadamente na liturgia.

Um dos modos de realizar isso é pela correta observação das rubricas e organização de Missas solenes, esteticamente atraentes, e com profunda piedade, com canto litúrgico exemplarmente executado, paramentos lindíssimos, e todo o esplendor do culto católico. Suas Missas são nas duas formas do rito romano (forma ordinária ou rito moderno, atual, novo, normativo, de Paulo VI/João Paulo II, 1969/2002; e forma extraordinária ou rito antigo, tradicional, tridentino, clássico, de São Pio V/Beato João XXIII, 1570/1962). E mesmo a Missa na forma ordinária/rito moderno é celebrada geralmente em latim e versus Deum. O idioma da Igreja e a celebração "de costas" não são privilégios da forma extraordinária/rito tridentino: para os cônegos em questão, a ortodoxia litúrgica é posta em ação nas duas formas.

Recentemente, dois irmãos da congregação foram ordenados sacerdotes nos Estados Unidos. As fotos abaixo retratam a belíssima celebração. Foi com canto gregoriano e polifonia, com paramentos góticos, celebrada integralmente em latim, e versus Deum - algo raro de se encontrar. Mas o rito é o atual, o moderno, esse mesmo que temos em nossas paróquias - ou deveríamos ter, se não fossem tão dessacralizadas.

Vejam como a forma ordinária - embora se possa licitamente objetar que não explicita tão eficazmente os dogmas eucarísticos quanto a extraordinária/tridentina, e que representa, por outro lado, uma ruptura com o desenvolvimento orgânico da liturgia -, vejam como a forma ordinária, dizíamos, pode ser celebrada com todos esses elementos "tradicionais":



























sexta-feira, 19 de junho de 2009

Semana Santa com Arautos do Evangelho na Itália

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Abaixo, algumas fotos das celebrações da Semana Santa conduzidas pelos Arautos do Evangelho na Igreja San Benedetto in Piscinula, na Diocese de Roma. Essa Igreja foi confiada ao cuidado deles pelo Papa João Paulo II. Nosso leitor poderá ver a beleza e a suntuosidade das ceremônias, feitas na forma ordinária do rito romano.

Nova prova de que o rito pós-conciliar, moderno, atual, que temos em nossas paróquias, em sua maioria, quando celebrado com todo o rigor das normas e o amor pela liturgia, pode ser esplendoroso também. Sacralidade não pode ser privilégio do rito antigo, tradicional. Também o uso moderno deve refletir a Tradição, e é isso que nos mandam as rubricas! Pena que nem todos as seguem e um triste espetáculo de dessacralidade (músicas piegas e inadequadas, com bandas de pop-rock, sacerdotes sem casula, mudança desautorizada no Ordinário, palmas ritmadas durante os cantos, uso excessivo de ministros leigos etc) tomou conta da Terra de Santa Cruz.

Apreciemos as fotos e trabalhemos para que aqui tenhamos mais e mais Missas piedosas e obedientes, sejam no rito tridentino, sejam no rito novo.

Missa na Quinta-feira Santa da Ceia do Senhor





Solene Ação Litúrgica na Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor





Solene Vigília Pascal




Missa no Domingo da Páscoa da Ressurreição do Senhor


quinta-feira, 18 de junho de 2009

«Missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum», diz Adélia Prado.

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Escritora brasileira defende resgate da beleza na celebração da liturgia

Por Alexandre Ribeiro

APARECIDA, domingo, 2 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).- Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».

«A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso», enfatiza.

Poeta e prosadora, uma das mais renomadas escritoras brasileiras da atualidade, Adélia Prado, 71 anos, falou sobre o tema da linguagem poética e linguagem religiosa essa quinta-feira, em Aparecida (São Paulo), no contexto do evento «Vozes da Igreja», um festival musical e cultural.

Ao propor a discussão do resgate da beleza nas celebrações litúrgicas, Adélia Prado reconheceu que essa é uma preocupação que a tem ocupado «há muitos anos». «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão», disse.

«Olha, gente – comentou com um tom de humor e lamento –, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar.»

Como um primeiro ponto a ser debatido, Adélia colocou a questão do canto usado na liturgia. Especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».

«O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.

Adélia Prado reforçou as observações, enfatizando que «o canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».

Segundo a poeta, «a palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».

«Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui», comentou.

«Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério», disse.

De acordo com a escritora mineira (natural de Divinópolis), «muitos procedimentos nossos são uma tentativa de domesticar aquilo que é inefável, que não pode ser domesticado, que é o absolutamente outro».

«Porque a coisa é tão indizível, a magnitude é tal, que eu não tenho palavras. E não ter palavras significa o quê? Que existe algo inefável e que eu devo tratar com toda reverência.»

Adélia Prado fez então críticas a interpretações equivocadas que se fizeram do Concílio Vaticano II na questão da reforma litúrgica.

«Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza.»

«A liturgia celebra o quê?» – questionou –. «O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»

Segundo Adélia, o erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.

«Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco», – disse –. «Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».

«O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério», enfatizou.

«Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»

Segundo a escritora brasileira, barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».

«E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»

«Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando», afirmou.

Para Adélia Prado, «linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».

Com esse espírito, enfatizou, «nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».

Ao destacar que a missa é como um poema e que não suporta enfeites, Adélia Prado afirmou que a celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.

«Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»

«A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada», disse Adélia.

E encerrou declamando um poema seu, cujo um fragmento diz:

"Ninguém vê o cordeiro degolado na mesa,

o sangue sobre as toalhas,

seu lancinante grito,

ninguém”.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Missa Solene com Ato de Ereção Do Cabido Dos Cônegos

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Institucionalmente ligado à Catedral, o Capitulo (ou Cabido), tem como primeira atribuição assegurar a vida litúrgica da mesma, considerando que é nas celebrações, sobretudo na Eucaristia concelebrada pelo Bispo e o seu Presbitério, com a participação do povo de Deus, que se há de realizar a principal manifestação da Igreja Diocesana (cf. S.C., 41).


No dia 14 de junho passado, Dom Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo Diocesano de Frederico Westphalen - RS, presidiu missa solene com ato de ereção do cabido dos cônegos da Catedral Santo Antonio desta diocese.

O Cabido dos Cônegos fora aprovado por Decreto iuxta preces emanado pelo Eminentíssimo Senhor Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Dom Cláudio Hummes, OFM, datado de 8 de dezembro de 2008.

Na missa solene, se fizeram presentes os presbíteros da diocese, provenientes das diversas localidades, bem como numerosos fieis vindos de paróquias da região, e das paróquias onde são párocos os que foram elevados ao cabido.

Dom Antonio Carlos, em sua homilia, ressaltou a importância deste ato, dizia ele: “O Cabidos dos Cônegos, é antes de tudo uma maneira de honrar os nossos padres diocesanos, eles que são as riquezas da diocese...”

Terminada a homilia, o Chanceler do Bispado Monsenhor José Vilmar, leu o decreto pelo qual era eregido o cabido dos cônegos, e depois de modo simplório, Dom Antonio Carlos impôs o barrete capitular a cada um dos seis cônegos catedráticos.

Como se pode ver nas fotos abaixo, foi uma missa solene, na forma ordinária (moderna) do rito romano, bem celebrada, como já característica do episcopado de D.Antonio.












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