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domingo, 5 de março de 2017

Mais de duzentos signatários publicam declaração internacional sobre a música sacra

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Coro da Capela Sistina

Foi publicada hoje a declaração sobre a música sacra "Cantate Domino Canticum Novum", assinada por diversos músicos, sacerdotes e acadêmicos, de entre outros, totalizando mais de 200 assinaturas.

A declaração está sendo lançada no quinqüagésimo aniversário da Instrução Musicam Sacram e disponível em seis idiomas (inglês, italiano, espanho, português, francês e alemão) no site da revista sobre liturgia e música sacra Altarei Dei (aqui).

Após relembrar brevemente a importância dedicada desde o século XIV pelos Papas à música sacra, a declaração resume a crítica situação atual que vive a música sacra em seis pontos, que podem ser resumidos da seguinte maneira:

  1. A perda do entendimento da "forma musical da liturgia";
  2. O secularismo que adentrou os templos sagrados por meio de estilos inapropriados de música popular;
  3. Uma falsa renovação da música sacra, sustentada por alguns grupos, que contradiz o ensinamento da Igreja sobre o assunto e acarreta no descarte da música litúrgica por primazia, o canto gregoriano;
  4. O desdém pela Tradição e, por consequência, do gregoriano e de nossa herança litúrgica;
  5. O abuso da parte de determinados clérigos (clericalismo), dificultando a redescoberta desta herança litúrgica;
  6. A falta de remuneração adequada àqueles que desempenham atividades musicais (e eu acrescento: por que não contratar profissionais, se necessário?).
Trago com destaque a citação de um parágrafo relacionado ao ponto 3, o gregoriano:
Hoje, esse “modelo supremo” [o gregoriano] é freqüentemente descartado, se não mesmo desprezado. Todo o Magistério da Igreja recorda-nos a importância de aderir a esse modelo, não como forma de limitar a criatividade, mas como fundamento sobre o qual pode florescer a inspiração. Se desejamos que as pessoas busquem a Jesus, precisamos preparar a casa com o melhor que a Igreja pode oferecer. Não convidaremos pessoas à nossa casa, a Igreja, para oferecer-lhes um subproduto de música e arte, se podem encontrar um estilo de música popular muito melhor fora da Igreja. A liturgia é um limen, um limiar que nos permite passar de nossa existência diária ao culto dos anjos: Et ídeo cum Angelis et Archángelis, cum Thronis et Dominatiónibus, cumque omni milítia cæléstis exércitus, hymnum glóriæ tuæ cánimus, sine fine dicéntes... 
Para contornar estes problemas, algumas propostas positivas são colocadas:
  1. Promoção da herança musical católica (gregoriano e polifonia sacra) e de composições sacras modernas (em latim ou vernáculo) que bebam dessa tradição, bem como do órgão de tubos;
  2. Educação das crianças na liturgia e na música pela via da beleza;
  3. Abertura de espaço aos leigos fiéis ao Magistério e, no caso da música e das artes, , com capacidade técnica nas áreas da arte e da música;
  4. Uma melhor qualidade de música litúrgica nas catedrais e basílicas, com incentivo direto do bispo diocesano;
  5. A celebração de uma Missa semanal em latim em toda basílica e catedral, para a manutenção do vínculo com nossa herança litúrgica, cultural, artística e teológica;
  6. Treinamento litúrgico e musical do clero como prioridade dos bispos;
  7. Uma maior adesão das editoras católicas ao ensinamento litúrgico-musical da Igreja, para o lançamento de obras conformes à nossa tradição musical;
  8.  A formação de liturgistas no canto gregoriano, polifonia e nossa tradição musical.

Por fim, recomendo a todos os nossos leitores que acessem o documento da declaração, que, embora breve (5 páginas), traça de modo objetivo o panorama atual da música sacra no orbe católico.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Novidades no "Inspirado no Gregoriano": Graduale Simplex e mais

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Um dos grandes projetos relacionados ao canto sacro em português foi retomado com todo vigor nos últimos meses. Trata-se do "Inspirado no Gregoriano", que já divulgamos aqui anteriormente.



Lincoln Haas Hein, seu autor, retomou o trabalho de adaptação ao português de melodias gregorianas, agora com uma novidade: além das partituras, estão sendo disponibilizados vídeos de algumas das peças.

Durante o ano passado foram publicadas algumas adaptações, como o Ofício de Trevas da Quinta-feira Santa, o responsório O Vos omnes (Canto de Verônica) e o Pai Nosso.

A partir do Advento, contudo, Lincoln começou a adaptar as antífonas de entrada, ofertório e comunhão do Graduale Simplex, mais simples do que o Gradual Romano, e, portanto, com possibilidade mais ampla de uso da parte dos fiéis com pouco contato com o gregoriano.

Ofício da Quinta-feira Santa


Missa de Angelis


Adaptação do Roráte Caeli


Não deixem de acompanhar o projeto pelo site e também pelo Facebook.



domingo, 15 de fevereiro de 2015

O canto por parte do Presidente da Assembleia Eucarística

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Por Dom Jerônimo Pereira Silva, OSB.

O canto por parte do Presidente da Assembleia Eucarística é apropriado, recomendado e louvado. A rigor o Rito Romano é também um rito cantado, para tal fim foi publicado pelos monges de Solesmes em 1975, como parte do Missale Romanum auctoritate Pauli PP VI promulgatum o Ordo Missae in Cantu (OMC), em forma manuscrita (caligrafado). No recente ano 2000 a Libreria Editrice Vaticana (LEV) havia se encarregado de tal publicação apresentando uma reedição do OMC “computadorizada” em 2012, em parceria com as Éditions de Solesmes

O Papa Emérito Bento XVI entoa o canto do Prefácio, na Santa Missa
durante a visita apostólica a República Tcheca, em
26 de Setembro de 2009
O Ordo Missae in Cantu iuxta editionem typicam tertiam, embora na presente edição não tenha ainda o caráter de livro litúrgico oficial, assume tal característica somente porque reproduz o quanto de oficial apresenta o Graduale Sacrosanctae Romanae Ecclesiae de Tempore, de Sanctis de 1979 (GR), páginas 798-802.809-821.

O atual OMC apresenta as seguintes formas musicais (notação gregoriana, texto, obviamente em latim, pois se trata de uma obra typica):

- Ritos Iniciais (Sinal da Cruz, 3 formulários para a Saudação Inicial, mais uma própria para o bispo, Ato Penitencial com uma única fórmula);
- Bênção da água (Introdução, duas fórmulas para uso fora do Tempo Pascal, uma fórmula para o Tempo Pascal, uma fórmula para bênção do sal, quando se mistura com a água e absolvição);
- Entoações do Glória (15 entoações, mais 4 dos Glórias ad libitum todos presentes no Kyriale);
- Entoações da Profissão de Fé (2 entoações);
- Preparação dos dons (sem notação musical);
- Prefácios (85 dos quais 41 apresentam as formas simples e solene);
- Orações Eucarísticas (as 4 OE mais 13 variações próprias da OE I);
- Rito da Comunhão (3 melodias para o Pai Nosso, com suas devidas introduções; o “Livrai-nos de todos os males...” com a sua resposta; o rito da paz: “Senhor Jesus Cristo, dissestes...” com o “Amém”; “A paz do Senhor...”, “Saudai-vos...”. As Secretas, a apresentação da eucaristia [“Felizes os convidados...], as fórmulas para a comunhão [presbítero e assembleia] e a oração de purificação, sem notação musical);
- Ritos Conclusivos ou Ritos Finais (Diálogo, também para a missa pontifical, Bênção e despedida);
- Bênçãos Solenes (27 formulários);
- Formulário da Oração Universal da Sexta-Feira Santa;
- Precônio Pascal.

Por causa da sua forma silábica o canto do Ordo Missae pode ser adaptado para muitas línguas. O português é uma das línguas que muito se presta para tal fim. Infelizmente, às vezes, encontramos adaptações mal feitas ou erros melódicos. 

Abaixo apresento a Doxologia Final da Oração Eucarística em português com notação gregoriana em tom simples e tom solene (de acordo com as melodias presentes no OMC e no GR), com a correção melódica do erro que muitos de nós aprendemos quase por intuição. 

Com a ajuda de um instrumento, um pouco de paciência e desejo de solenizar o centro da nossa fé, que é a celebração do Mistério Pascal de Cristo, um presbítero pode fazer o culto a Deus se tornar mais sutilmente refinado. Recordemo-nos que o canto da presidência é sempre a cappella.





segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

"Miados inafáveis", pelo professor Carlos Ramalhete

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Recebemos do professor Carlos Ramalhete um artigo de sua autoria para publicação no Salvem a Liturgia, o que nos honra e alegra. Como de hábito, seu texto é muito instrutivo e interessante. Temos certeza da grande importância destas palavras para todos os católicos.

*   *   *

Miados inafáveis 

Há algumas décadas eu digo que a minha impressão é que o estado da liturgia de hoje na imensa maior parte das paróquias é semelhante ao que teria acontecido se os adultos houvessem morrido e deixado às crianças tomar conta de tudo. Quem tem filhos sabe como é quando eles resolvem preparar um lanche para os pais, de surpresa: a mesa está posta, mas com tudo no lugar errado, faltando coisas essenciais e com quantidades enormes de coisas desnecessárias. Isto decorre de as crianças não dominarem os códigos desenvolvidos ao longo de séculos, que determinam como a mesa deve ser posta. O que eles fazem é reproduzir a impressão deles, desordenada e incompleta por falta de compreensão, do que é uma mesa de lanche. Tudo, evidentemente, com muito amor. 
O mesmo ocorre na liturgia: coisas que chegam a ser farsescas (como a colher de arroz que as crianças acham que deve ser boa para servir mingau), misturadas com mensagens fora de lugar (como os cartazes pendurados no presbitério), mas tudo com muito amor. E é neste sentido que eu vejo um site como o Salvem a Liturgia: é uma tentativa de educar estas amorosas crianças para que aprendam a botar a mesa do lanche. Faz parte da nossa civilização, e, no caso da liturgia, da nossa religião. 
No caso, escrevo devido a um acontecimento engraçado – como são engraçados os esforços amorosos das crianças – que testemunhei há alguns dias. Um padre da Administração Apostólica, que só celebra a Missa na Forma Extraordinária, fez 39 anos de ordenação. Um rapaz amigo dele, que costuma tocar teclado e cantar, divinamente, canto gregoriano nas suas Missas, compareceu à festa acompanhado de duas mocinhas da paróquia de origem dele. Mais ainda: duas mocinhas do coral da paróquia dele. Na hora da festa, as mocinhas resolveram cantar uma música em homenagem ao padre, acompanhadas no teclado pelo rapaz. Abriram as boquinhas e soltaram um daqueles miados melismáticos pseudo-gospel que estão na moda, em que não é incomum que se glisse dois ou três tons, indo e voltando, com um tremolo soando a compungido no final. 
Ora, para elas, pobrezinhas, aquilo era música religiosa. A cara do padre, que daria um bom jogador de pôquer, conseguiu esconder parte do seu espanto: ele não conhece a horrenda mania que acomete muitas paróquias de, especialmente no Salmo Responsorial, botar lá na frente uma moça para miar como um gato sendo estrangulado, numa demonstração de talento vocal absoluta e completamente alheia ao espírito da liturgia. 
Notem que o problema não é o melisma (termo técnico para a ocorrência de várias notas numa só sílaba – pense na canção americana “I’ll Always love you”, em que o “I” se estende por vários compassos), mas o próprio estilo destes salmos pseudo-gospel, que é contrário aos princípios da música litúrgica católica. Alguns podem ser boa música, mas não música litúrgica. Na igreja, infelizmente, em geral nem isso ocorre. O que se tem é um miado oscilante e sincopado, com glissandi passando por microtons completamente fora de qualquer escala ocidental. 
O uso de melismas na música litúrgica – de que o canto gregoriano é a forma mais perfeita – é uma longa tradição. Na verdade, é uma tradição não apenas no nosso Rito mas, mais ainda, nos ritos orientais. Os melismas do gregoriano, contudo, caracterizam-se pela perfeita pertença à escala própria àquele canto. Esta pertença é tão perfeita que, quando um instrumento temperado é usado para acompanhar os cantores, é comum que diminua a qualidade e a afinação, pois não se trata de uma escala temperada, sim de uma escala natural.
Em outras palavras: no canto gregoriano – a fortiori, no canto litúrgico católico – o canto salta limpa e claramente de uma nota a outra da escala, sem glissar e, principalmente, sem oscilar. Isto permite que o coro cante em uníssono perfeito, preservando – mesmo através de longos melismas – a compreensão do texto litúrgico. Afinal, o que se tem na liturgia é o texto litúrgico cantado, não uma “letra de música” que pode perfeitamente não ser compreendida para que a melodia seja apreciada.
Já no pseudo-gospel que assola nossas paróquias (e no seu irmão mais velho e mais agradável aos ouvidos, o gospel verdadeiro, tipo de música que não condiz com a liturgia mas pode e deve ser apreciada fora da igreja, bem como seus descendentes – soul, blues, etc.), o que seria o texto litúrgico praticamente desaparece, em uma demonstração de virtuosismo que consiste principalmente na capacidade de cantar fora da escala. Na música negra americana tradicional, bemolizam-se (abaixa-se meio tom) algumas notas, para dar à melodia um jeitão inesperadamente “triste”, forçando um tom menor onde normalmente se esperaria um maior. Nas demonstrações de virtuosismo que se tornaram parte das formas mais novas deste tipo de música, contudo, em que um solista massacra a melodia ao ponto de torna-la mera referência, o que se faz é muito mais do que isso: a voz do cantor oscila, glissa de uma nota a outra, criando uma outra melodia em microtons que faz de cada melisma não uma sequência de notas distintas, mas um longo glissando oscilante digno de um trombone de vara tocado por um trombonista com mal de Parkinson. Dizem que é o que ocorre no programa de TV “The Voice”, que nunca assisti. Mas é possível; é uma moda que, se não estivesse presente, não teria invadido e depreciado a música sacra.
O resultado disto é que o texto do salmo é, na prática, substituído por uma mera desculpa para uma demonstração de virtuosismo que nada tem de litúrgica. Mais ainda: os habituados a este tipo de coisa frequentemente propõem, como melodia para o responsório do salmo, algo no mesmo estilo, o que o torna simplesmente incantável pela multidão.
Outro problema sério deste tipo de invasão é o ritmo sincopado que têm, tradicionalmente, as melodias gospel em que se inspiram os invasores. Ora, uma seita protestante nada mais tem que a oralidade: é a oração (frequentemente cantada) entremeada com oratória, e nada mais. Um culto protestante é basicamente um falatório, sem que nada de sobrenatural possa ali acontecer.
Isto faz com que seja necessário, para que os frequentadores continuem voltando semana após semana para cantar e ouvir alguém explicando o que a teologia deles afirma não ser necessário explicar (a Escritura), que haja algo mais. No caso das seitas compostas por negros no Sul americano, onde se originou o gospel, este “algo mais” é a dança, além de fenômenos histéricos pseudo-pneumatológicos. O ritmo sincopado das músicas gospel (em geral em 16/8) foi desenvolvido justamente para levar as pessoas à movimentação física, ao requebro que as torna mais propensas a aceitar sem racionalizar o que lhes é dito do púlpito (é a mesma função da tradição protestante de responder ao que o “pastor” diz com brados teoricamente espontâneos de “amém”, etc.).
Ora, na liturgia católica, tudo o que não se quer é que as pessoas tenham vontade de requebrar. A Santa Missa é o Sacrifício do Calvário, tornado novamente presente de forma incruenta. Estar na Missa é como estar aos pés da Cruz, na companhia excelsa de Maria Santíssima e São João. Quem estaria requebrando, ali? Creio que nem mesmo os judeus e romanos teriam tamanha desfaçatez!
Há quem se dedique a transpor para o vernáculo as melodias gregorianas; é possível, hoje em dia, baixar o próprio de cada Missa em melodias gregorianas e em português (ainda que o Concílio Vaticano II tenha determinado que os fiéis devam aprender a cantar suas partes no canto gregoriano original, em latim). É uma opção para quando, por alguma razão, não se considera adequado usar a língua da Santa Madre Igreja. 
Outra opção é simplesmente ler os salmos, em voz pausada, para que, como deve ser, o texto litúrgico – não o talento, ou ausência de talento, do cantor – sobressaia.
Em todo caso, urge eliminar, o quanto antes, os miados pseudo-gospel que assolam nossas igrejas.
Na Quinta São Tomás, em Carmo de Minas, na festa de São Rugero,


Carlos Ramalhete

domingo, 6 de outubro de 2013

A primeira Missa cantada do Pe. Rodrigo da Rosa Cabrera

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Trazemos algumas fotos da primeira Missa cantada (na Forma Extraordinária) celebrada pelo Pe Rodrigo da Rosa Cabrera na Capela São Miguel, Santa Maria, RS, que foram publicadas por ele em uma rede social.

Pe. Rodrigo também nos deixou a seguinte mensagem:

Prezado Daniel, a Missa na forma extraordinária acontece na capela S. Miguel aos segundos e quartos domingos, às 18hs sempre. É possível afirmar que tivemos um singelo aumento na participação. Algumas pessoas vieram e se tornaram assíduas. Há um grupo de seminaristas que ajudam no órgão e nos cantos. Queremos ainda melhorar a divulgação. Temos a alegria de ser a única (SUMMORUM PONTIFICUM) do estado do RS. Já celebrados noutra ocasião numa paróquia, S. José de Pinhal Grande e estamos preparando uma celebração aqui em Quevedos. Interessante notar que na capela S. Miguel a maior parte dos interessados são jovens e adultos jovens. Deixo minha saudação e benção.





quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Livro-chave da Reforma da Reforma agora em tradução brasileira

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O clássico da Reforma da Reforma, "Introdução ao Espírito da Liturgia", foi finalmente publicado em tradução brasileira.

O famoso livro do então Cardeal Ratzinger (Papa Bento XVI) - já foi citado diversas vezes em nosso site - é certamente o livro-base do novo movimento litúrgico iniciado pelo Papa Bento XVI.

Esperamos que esta tradução, publicada pelas Edições Loyola, sane alguns problemas de tradução da edição portuguesa.

Mais informações no site da editora.






quinta-feira, 13 de junho de 2013

Responsório de Santo Antônio

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Treze de Junho, memória de Santo Antônio (de Pádua ou de Lisboa, como preferirem). É costume em muitas igrejas, mesmo não franciscanas, que se reze ou cante neste dia, bem como nas terças-feiras do ano todo, o Responsório de Santo Antônio. 

Esta oração de louvor - ou responso - em honra de Santo António foi redigida por frei Giuliano da Spira. O responso faz parte do "Officium rhythmicum s. Antonii" (Ofício rítmico em honra de Santo Antônio"), que surgiu em 1233, dois anos depois da morte do Santo.
Para deleite dos nossos leitores, segue uma belíssima versão do responsório em gregoriano, cantada pelo Gruppo vocale Famiglia Sala, bem como sua partitura e a oração em latim e em português.


Responsório em latim
Si quaeris miracula
mors, error, calamitas,
daemon, lepra fugiunt
aegri surgunt sani.

Cedunt mare, vincula;
membra, resque perditas,
petunt et accipiunt
juvenes et cani.

Pereunt pericula,
cessat et necessitas,
narrent hi qui sentiunt,
dicant Paduani.

Cedunt mare, vincula...

Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto...

Cedunt mare, vincula…




Responsório em português

Se milagres desejais, recorrei a Santo António
Vereis fugir o demónio e as tentações infernais.

Recupera-se o perdido. / Rompe-se a dura prisão, 
e no auge do furacão / cede o mar embravecido.

Pela sua intercessão, foge a peste, o erro, a morte, 
O fraco torna-se forte, e torna-se o enfermo são.

Recupera-se o perdido ...

Todos os males humanos se moderam, se retiram,
Digam-no aqueles que o viram, e digam-no os paduanos.

Recupera-se o perdido ...

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Recupera-se o perdido ...

Rogai por nós, bem-aventurado Antônio
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Música na liturgia: orientada ao canto gregoriano

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Publicamos tradução e adaptação de trechos do artigo “'Oriented toward gregorian chant'? What does this phrase mean?”, da Irmã Joan L. Roccasalvo, C.S.J.*, publicado na Catholic News Agency. Os grifos são nossos.

Foto: Gabriel Gilder (FutureFashion)

Características da Música Orientada ao Canto Gregoriano

Para começar, música da liturgia deve soar diferente de música da rua, música de um show de rock, música cantada em uma discoteca ou música para filmes. Ela difere dos sons tipicamente associados com música romântica. É oração que se canta, oração que carrega a marca do silêncio. A orientação para o canto gregoriano envolve melodia, ritmo, tipos de som e harmonização.

Melodia. Melodias baseadas no paradigma do canto apresentam as seguintes características. Primeiro, a melodia se move para cima ou para baixo, de forma gradual. Ela quase não tem saltos mais amplos do que uma terça. Segundo, se os intervalos maiores do que uma terça são usados ​​para intensificar um texto, eles são seguidos por uma subida ou descida gradual. Um amplo intervalo ascendente de uma quinta é seguido por progressão escalar descendente; um amplo intervalo descendente de uma quinta é seguido por uma progressão escalar ascendente. Esta estrutura melódica foi quase sempre seguida por J. S. Bach. O perfil de uma linha melódica parece-se com uma onda suave. Melodias cantadas com afetação ou maneirismo peculiar não são compatíveis com a orientação para o canto gregoriano.

Ritmo. O Ritmo baseado no paradigma do canto é flexível e não tem batida vertical, por exemplo: 1-2; 1-2-3; 1-2-3-4; 1-2-3 4-5-6. Esses acentos caem verticalmente na primeira batida, ou, se não, em uma batida sincopada, algo similar ao jazz. Ritmos bruscos, pesados e frenéticos encontrados na cultura popular não são compatíveis com a orientação para o canto gregoriano. O ritmo que mais se aproxima do canto gregoriano é o padrão de subidas e quedas de ondas suaves. A batida ou tactus sobe e desce, e move-se direcionadamente, mas sem uma batida sobe-desce cadenciada.

Som. A voz é o instrumento natural que expressa os sentimentos do coração de forma mais significativa do que um instrumento musical. O órgão, o rei de todos os instrumentos, é preferível se suporta levemente as vozes. Os instrumentos de metal que, por sua própria natureza, clamam proeminência, devem ser usados ​​com moderação ou em ocasiões especiais. Nem eles nem qualquer instrumento musical devem sobrepor as vozes. Na Missa da Ressurreição, de Randall DeBruyn, os instrumentos de metal sobrepõem-se as vozes com seu barulhento som percussivo, o que a torna uma composição de missa inapropriada.

Harmonia. A maioria do canto é monofônico, cantado sem instrumentação. Mas alguns cânticos se prestam bem à harmonização. Hoje, até mesmo o canto gregoriano foi colocado em harmonias simples. As harmonias não devem assemelhar-se ao complexo estilo contrapontístico que foi banido na época da Contra-Reforma. Em conclusão, a música orientada para o canto gregoriano é a música que foi reduzida e purificada a partir do som secular.

Música Litúrgica Contemporânea: os Ordinários e os Próprios da Missa

Hoje ninguém advocaria que o canto gregoriano seja a única música cantada nas comunidades paroquiais. Esperemos que os mosteiros de clausura permitam que suas 3.000 ou mais melodias floresçam para o bem de seus hóspedes e para os tempos. A continuidade do tesouro musical da Igreja não reclama meramente o passado, também acolhe a música contemporânea que carrega a marca do transcendental.

Há uma ênfase renovada em duas direções, ambas essenciais para a participação plena dos fiéis na Missa. Primeiro, estamos testemunhando uma renovação no cantar a Missa. Ou seja, cantar as partes do Ordinário: Kyrie, Gloria, Sanctus e o Agnus Dei. Existem 18 Missas com ordinários em canto gregoriano no Liber Usualis, o livro litúrgico contendo as peças completas de canto gregoriano em latim para cada Missa do ano [NdT.: em se tratando do Ordinário da Missa, as missas em gregoriano estão tanto no Liber Usualis como no Graduale Romanum. Contudo, este último é o livro de hinos litúrgicos próprios da Missa, trazendo também os hinos em gregoriano para o Próprio, tendo sido reeditado em 1974, conforme a reforma litúrgica. Já o primeiro é mais abrangente, traz também hinos para o Ofício Divino, e não foi reeditado após a reforma litúrgica]. As Missas mais fáceis são a XVI e a XVIII, que podem ser cantadas durante a Quaresma e o Advento.

Segundo, há um interesse renovado em cantar o Próprio (as partes móveis) da Missa em vernáculo, devido aos ricos textos retirados do Velho e do Novo Testamentos. Nos anos pós-conciliares testemunhou-se muitas paróquias abandonarem as partes do Próprio prescritas para a Missa: a Entrada (ou Intróito), o Gradual [NdT.: e mesmo o Salmo Responsorial, que durante muito tempo foi substituído por um “canto de meditação”], a Antífona de Comunhão.
***

O artigo termina mencionando alguns compositores que seguem esta orientação ao gregoriano, que mencionaremos a seguir. 

Para composições em inglês, a Irmã Roccasalvo destaca os compositores do Corpus Christi Watershed, um apostolado dedicado à difusão da bela música litúrgica, bem conforme a orientação ao gregoriano retratada neste artigo. Dentre os compositores de música “moderna, acessível e bela” cita: Kevin Allen, Fr. Samuel Weber Bruce E. Ford, Jeff Ostrowski, Aristotle A. Esguerra, Arlene Oost-Zinner, Brian Michael Page, Richard Rice, Ian Williams, Kathy Pluth, David Frill, Chris Mueller, Richard Clark, Noel Jones, Charles Culbreth, Jacob Brancke e outros. 

Mas a influência do canto gregoriano vai muito além. A irmã também lembra a música da comunidade monástica francesa ecumênica de Taizé, “que criou música de silêncio e encanta aqueles que a cantam - ou melhor, rezam-na”, com hinos de ritmo livre como “Jesus, remember me when you come into your kingdom.” e “Stay here, remain with me, watch and pray”. Bem como os salmos do Pe. Joseph Gelineau, S.J., que “expressam uma pureza cristalina que é absoluta beleza, se cantadas adequadamente, e a música de Richard Proux, “que merece menção, bem como sua adorável revisão da The Community Mass” [NdT: é um arranjo de missa originalmente de 1971, bem conhecido nos Estados Unidos, revisado por Proux para a nova tradução do Missal Romano. É possível ouvi-la aqui].

“Toda música apropriada à igreja - polifonia, motetos, saltérios protestantes e outros hinos encontraram modos de adaptar seus próprios estilos às melodias e ritmos do cantochão. A música sacra das escolas Elizabetana e Anglicana, da Ucrânia e da Rússia, hinódia Protestante Reformada e muitos compositores contemporâneos também pertencem ao tesouro ampliado da Igreja, porque a sua estrutura assemelha-se a do canto gregoriano”. Hinos protestantes clássicos como “Old One Hundredth”, “For All the Saints”, “Lift High the Cross”, e muitos outros, todos beberam do gregoriano.

Mesmo grandes compositores também sofreram grande influência do gregoriano, como David Wilcox, Lucien Deiss, Leo Sowerby, Noël Goemanne, Flor Peters, e Healy Willan. E também compositores como JohnTavener e Arvo Pärt, que basearam quase todas suas composições em cantochão.


***

Dito isto, podemos dizer que também visualizamos esta mesma ênfase aqui no Brasil, embora o processo não esteja tão adiantado. Podemos citar como exemplo o trabalho sendo feito pela Arquidiocese de Campinas.

Certamente a nova tradução do Missal para o português, que ansiosamente aguardamos, será o ponto de partida para uma nova e renovada safra de música adequada à liturgia, pois orientada ao canto gregoriano.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Graduale Simplex disponível para download

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Conforme noticiado pela Associação Redemptionis Sacramentum, um de nossos parceiros, o Graduale Simplex foi disponibilizado para download pela Church Music Association of America (CMAA). Já falamos do Simplex aqui, mas não custa lembrar que este livro de música litúrgica foi produzido pelo Vaticano como forma de incentivar, após o Concílio Vaticano II, o uso do canto gregoriano em igrejas menores, que não dispõem de um coro dos mais preparados. Seus hinos, portanto, são, como o próprio nome diz, mais simples e fáceis de cantar, ideais para grupos que pretendem começar a cantar o cantochão.

O Graduale Simplex, edição de 1975, para a Forma Ordinária do Rito Romano, pode ser baixado aqui, ou pela seção de Downloads na barra lateral do blog.

Esperamos que seja de grande valia para nossos leitores. E pedimos que fotos e vídeos que mostrem o uso deste livro sejam enviados para nós, para divulgação e incentivo da Reforma da Reforma no âmbito da música litúrgica.

terça-feira, 26 de março de 2013

Convite: Missa Cantada na forma extraordinária

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Recebemos o convite via Facebook:

A Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano é realizada de forma mensal em São Luís/MA desde janeiro/2012, com a organização da Associação "Ad Maiorem Dei Gloriam", tendo como celebrante o Rev. Frei Valdo Nogueira OFMConv.. A Missa Tridentina do próximo dia 31 de março será cantada (a segunda Missa Cantada realizada pela Associação "Ad Maiorem Dei Gloriam".

De forma sucinta, a Missa Cantada é toda cantada, não só pelo sacerdote, mas pela Schola Cantorum, podendo cada vez mais demonstrar a profundidade do mistério que mergulhamos quando participamos do Santo Sacrifício.

No mais, gostaria de pedir a colaboração de todos para a promoção deste tesouro tão antigo e tão novo ao mesmo tempo, para que todos nós, cristãos, possamos nos nutrir da riqueza que a Tradição Católica nos mostra. Também peço para que, aqueles que querem se dispor a ajudar de forma mais direta a Associação, seja com homens aptos a serem acólitos, seja com cantores para a Schola Cantorum, seja com um sacerdote para ajudar o Frei Valdo, enfim... Toda ajuda será muito bem-vinda!!!

Que possamos fazer tudo para a maior glória de Deus, bem das almas e nossa salvação!!!

Pax et Bonum!

quarta-feira, 20 de março de 2013

Aclamação ao Evangelho na Quaresma no Início do Pontificado do Papa Francisco

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Foto AFP Filippo Monteforte - Rádio Vaticana

Os leitores do Salvem a Liturgia estão familiarizados com o fato de que nas Missas da Quaresma não existe o Alleluia. E já de início sou obrigado a abrir aqui um parêntese e dizer que, escrevendo este texto na Quinta Semana da Quaresma, eu até desejaria nem escrever essa palavra ou, quem sabe, abreviá-la; parece um exagero beirando a superstição, mas ainda assim um reflexo litúrgico num simples texto sobre a própria Liturgia.

Um segundo parêntese: é muito comum ouvirmos perguntar, na Quaresma, por que se canta o Gloria na Missa deste dia. De fato, o Gloria desaparece das Missas dominicais, durante este tempo, mas é cantado (ou recitado), sim, se ocorre uma Solenidade. A celebração de São José tem esse grau de Solenidade, requerendo assim o Gloria. Mas Alleluia, nunca, durante a Quaresma, por mais festiva que seja a celebração.

Existem, na Quaresma, três opções para aquilo comumente chamado “Aclamação ao Evangelho”:

1) Uma peça musical composta sobre a Aclamação dada pelo Missal, constante de um refrão e um versículo bíblico.

2) A peça musical gregoriana prescrita pelo Graduale Romanum, constante unicamente de versículos bíblicos, chamada Tractus.

3) A peça musical gregoriana prescrita pelo Graduale Simplex, constante de versículos bíblicos ou de algum outro texto; algumas delas são “Antífonas de Aclamação”, outras também com a designação Tractus.

Na Missa de Início de Pontificado do Santo Padre o Papa Francisco foi utilizada a primeira opção. A melodia é gregoriana, no modo VIII. A Liturgia foi aquela própria do dia 19 de Março, da Solenidade de São José. O refrão se alterna com o versículo 5 do Salmo 83:

Louvor a vós, ó Cristo, Rei da eterna glória.
Felizes os que habitam vossa casa, para sempre eles hão de vos louvar. (Sl 83, 5)
Louvor a vós, ó Cristo, Rei da eterna glória.

A Aclamação foi cantada em latim, como todo o Próprio da Missa (o Introito, o refrão do Salmo Responsorial, esta Aclamação, o Ofertório e a Comunhão) e também o Ordinário (o Kyrie, o Gloria, o Credo, o Sanctus e o Benedictus). O leitor pode ver abaixo como a Aclamação aparece no livreto da celebração:



Dá-se a partitura gregoriana para o refrão, cantado pela schola (os cantores) e repetido pela assembléia. O versículo é cantado apenas pelos cantores.

O Evangelho foi cantado em grego por um diácono oriental, o que é muito comum nas Missas celebradas pelo Santo Padre. O diácono pode ser visto na primeira foto deste texto, à esquerda, na qual se vêem também o Santo Padre e o Monsenhor Guido Marini. O mais comum é que o Evangelho seja proclamado duas vezes: uma vez em latim, e uma vez em grego. Nesta Missa se o fez somente em grego.

O vídeo abaixo mostra a Aclamação ao Evangelho e o próprio Evangelho. Apesar dos locutores do canal de TV dificultarem um tanto a audição da música, é possível ter uma idéia desta cerimônia de grande beleza.



Eis o texto do Santo Evangelho desta Missa:
Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo. Eis como nasceu Jesus Cristo: Maria, sua mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, aconteceu que ela concebeu por virtude do Espírito Santo. José, seu esposo, que era homem de bem, não querendo difamá-la, resolveu rejeitá-la secretamente. Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. Despertando, José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa.
Se o leitor desejar ler a homilia do Sumo Pontífice em português, poderá fazê-lo ao visitar este link:

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O uso do órgão no Advento

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Pode-se facilmente notar que o órgão perdeu sua importância como instrumento litúrgico. Em muitas igrejas ele até ainda existe, mas está escondido ou colocado em algum canto. A Reforma da Reforma passa também pela música, e, logo, pelo reuso do órgão bem como de outros instrumentos de sopro que, por sua natureza, são mais apropriados ao canto por permitirem que este seja sustentado adequadamente.

Com o intuito de fomentar o retorno destes instrumentos trazemos o artigo que segue, recentemente publicado no ZENIT:


ROMA, sexta-feira, 23 de novembro de 2012 (ZENIT.org) - Um dos nossos leitores de língua Inglesa fez a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:
Ainda é correto usar unicamente o órgão para acompanhar os cantos durante o Advento? - S.M., Lismore, Austrália.
Padre Edward McNamara deu a seguinte resposta: Diversos documentos tratam deste argumento. A instrução de 1967 sobre a música sacra, Musicam Sacram, aborda a questão do órgão e de outros instrumentos nos números 62-67. Isto é: O nº 62 diz: "Os instrumentos musicais podem ser de grande utilidade nas sagradas celebrações, seja que acompanhem o canto seja que se utilizem sozinhos”.
"Na Igreja Latina tenha-se em grande estima o órgão de tubos,  instrumento musical tradicional, cujo som é capaz de alcançar uma notável grandiosa solenidade nas cerimônias da Igreja e de elevar poderosamente as mentes a Deus e às coisas celestiais”.
"Outros instrumentos, depois, podem ser admitidos no culto divino, a juízo e com o consentimento da competente autoridade eclesiástica territorial, desde que eles sejam adequados para o uso sagrado e favoreçam realmente a edificação dos fiéis”.
O texto continua no nº 63, dizendo: "Ao permitir o uso de instrumentos musicais e na sua utilização deve-se ter em conta a índole e as tradições dos povos particulares. No entanto os instrumentos que, de acordo com o juízo e o uso comum, são próprios da música profana, sejam mantidos completamente fora de toda ação litúrgica e dos exercícios piedosos e sagrados. Todos os instrumentos musicais, admitidos ao culto divino, sejam utilizados a fim de atender as necessidades da ação sagrada e servir ao decoro do culto divino e à edificação dos fiéis".
No parágrafo 64 diz: "O uso de instrumentos musicais para acompanhar o canto, pode apoiar as vozes, facilitar a participação da assembleia e fazer mais profunda a assembleia. Porém o seu som não deve cobrir as vozes, dificultando a compreensão do texto; de fato, os instrumentos musicais calam quando o sacerdote celebrante ou um ministro, no exercício do seu cargo, dizem em alta voz um texto próprio deles”.
O n º 65 acrescenta: "(...) os mesmos instrumentos musicais, sozinhos, podem soar no início, antes que o sacerdote chegue ao altar, no ofertório, na comunhão e no final da Missa”.
"O som, sozinho, desses mesmos instrumentos musicais não é permitido no Advento, na Quaresma, durante o Tríduo Sagrado, nas missas e nos ofícios dos mortos", especifica o n º 66.
Depois no n º 67, o documento afirma: "É indispensável que os órgãos e os outros músicos, além de possuir uma adequada perícia ao usar o seu instrumento, conheçam e penetrem intimamente o espírito da sagrada liturgia de modo que, tendo que improvisar, assegurem o decoro da sagrada celebração, segundo a verdadeira natureza das suas várias partes, e favoreçam a participação dos fiéis”.
De acordo com este documento, por conseguinte, o som, por si só, do órgão, é proibido durante o período do Advento.
No entanto, enquanto os critérios acima mencionados são essencialmente ainda válidos, parece que haja uma pequena abertura para o som sozinho durante o Advento na nova Instrução Geral do Missal Romano (IGMR), que essencialmente repete uma norma adotada no Cerimonial dos Bispos de 1984 .
O n º 313 diz: "No tempo do Advento o órgão e outros instrumentos musicais devem ser utilizados com aquela moderação que convém à natureza deste tempo, evitando antecipar a alegria plena do Natal do Senhor".
"Durante a Quaresma é permitido o som do órgão e de outros instrumentos musicais somente para apoiar o canto. São exceções, porém, o domingo Laetare (IV da Quaresma), as solenidades e as festas”.
Isto significa que a pura proibição do som expressado sozinho in Musicam Sacram é limitado agora à Quaresma enquanto que durante o período do Advento parece possível fazê-lo, ainda que com moderação e escolhendo música apropriada para este período.
(Trad.TS)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Missa Estacional em Frederico Westphalen - RS

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Publicamos abaixo algumas fotos da missa estacional do 30º Domingo do Tempo Comum, celebrada por S.E.R. Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo diocesano, em sua catedral, concelebraram Mons. Leonir Fainello (Pároco da Catedral e Cônego Penitenciário) Cônego Jackson Pinheiro (Chanceler do Bispado) e outros dois sacerdotes dos Arautos do Evangelho

A missa marcou o período no qual foram realizadas Missões Marianas na Diocese de Frederico Westphalen   em diversas paróquias sendo estas conduzidas pelos Arautos do Evangelho.

Podemos notar alguns elementos visíveis nesta celebração: O uso da casula romana, dalmática e luvas episcopais por Sua Excelência, os padres concelebrantes de casula e também o uso do barrete (por aqueles que detém esta dignidade) a comunhão distribuída na boca e recebida de joelhos pelos fieis.

Além de convir destacar que sempre as músicas entoadas pelos Arautos são sempre litúrgicas e possuem boa polifonia.




















sábado, 3 de novembro de 2012

Antífonas eucarísticas e de aspersão, em português

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Já há alguns meses o Salvem a Liturgia publicou um anúncio oferecendo a seus leitores partituras gregorianas de melodias para antífonas de Comunhão em português, cujo texto é o das sete antífonas eucarísticas ad libitum, previstas pelo Graduale Romanum de 1974.

Voltamos a oferecê-las aos leitores que ainda não as tenham pedido, por e-mail, ao autor deste texto, no endereço alfredo [arroba] salvemaliturgia [ponto] com.

Temos, agora, também as duas antífonas de aspersão, ambas em português, equivalentes ao Asperges me e ao Vidi aquam, que se usam, respectivamente, fora do Tempo Pascal e no próprio Tempo Pascal.

Uma segunda novidade é que dispomos agora de quatro antífonas de Comunhão do Comum de Nossa Senhora, isto é, antífonas que se podem utilizar nas comemorações da Santíssima Virgem.

Repetimos que as melodias se encontram escritas na notação gregoriana, e que o texto está em português; ademais, todas as melodias foram compostas recentemente (exceto a de uma das antífonas marianas).

Estas melodias têm sido utilizadas por leitores do Salvem a Liturgia, e esperamos noticiar, oportunamente, tais ocasiões.

Se, tendo recebido as partituras, o leitor as utilizar na Liturgia, pedimos que nos comunique. Por quê? Para que saibamos que o trabalho está sendo útil, e que multipliquemos nossos esforços litúrgico-musicais.

Repetimos: para receber as partituras, o leitor as pedirá em e-mail a alfredo [arroba] salvemaliturgia [ponto] com. O uso das peças é livre para fins litúrgicos e didáticos, e sua cópia e difusão se permite com a menção ao apostolado Salvem a Liturgia.

Finalmente, pedimos aos leitores que rezem pela Liturgia, pela Música Litúrgica e pelos músicos litúrgicos!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Breves perguntas e respostas sobre a música na Missa

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Obviamente, nos referimos à forma ordinária do rito romano.

1. O que é a Missa?

É a renovação do sacrifício de Cristo oferecido na Cruz, o qual, por sua vez, foi antecipado na Última Ceia. Ceia, Cruz e Missa são uma só realidade substancial. O que ocorreu no Calvário, ocorre na Missa: Cristo se oferecendo por nós. Todavia, a Missa, como a Última Ceia, se distingue da Cruz quanto ao modo de oferecimento: na Cruz, o sacrifício foi cruento, enquanto na Missa é incruento.

2. O que é Missa cantada? E Missa rezada?

Missa cantada é aquela, na tradição litúrgica romana, que tem todas as partes cantadas (com exceção de uma ou outra parte que, no rito anterior, era feita em voz submissa, ou de recente introdução). Nela, o padre e o coro se alternam no canto da Missa em si mesma. Não se trata de executar cantos durante as ações sacras apenas, mas de verdadeiramente cantar as partes que normalmente se recita.

A Missa rezada se entende justamente como o antônimo da cantada. Tradicionalmente, e isso permanece para aqueles que observam a forma extraordinária do rito romano, a Missa rezada era toda rezada, ainda que acompanhada de cantos. Mas as normas da forma ordinária permitem que na Missa rezada atual haja não apenas acompanhamento de cantos, e sim que trechos da Missa em si mesma sejam cantados. Não todos, pois assim seria Missa cantada.

3. Cantar na Missa ou cantar a Missa?

Depende. Cantar NA Missa é executar cantos que acompanhem as funções sacras, como a Entrada, o Ofertório, a Comunhão. Tem a ver com a Missa rezada, quando acompanhada de cantos. Já cantar A Missa é dizer as partes audíveis que o padre e o povo normalmente falam, só que cantando, não rezando. Tem a ver com a Missa cantada, embora se possa cantar trechos na Missa rezada.

4. O que é Ordinário e o que é Próprio? O que isso tem a ver com o canto na Missa?

Ordinário é a parte fixa da Missa, aquilo que nunca - ou raramente - muda: o Sinal-da-cruz, o Ato Penitencial, o Kyrie, o Glória, o Credo, o Ofertório, o diálogo antes do Prefácio, o Santo, a Consagração, o Pai Nosso etc.

Próprio é a parte variável, aquilo que muda conforme o dia, o tempo e as intenções: a Coleta (Oração do Dia), as leituras da Liturgia da Palavra, a Oração sobre as Oferendas, o Prefácio, a Oração depois da Comunhão. Daí que o conjunto desses elementos de uma determinada Missa se chame "Próprio da Missa". Assim, há o Próprio da Missa do III Domingo do Advento, o Próprio da Missa de Defuntos, o Próprio da Missa de Pentecostes, o Próprio da Missa da Noite de Natal, o Próprio da Missa pelo Papa, o Próprio da Missa de Batismo etc.

Pode-se cantar A Missa: no Ordinário e no Próprio. Bem como cantar NA Missa: em algumas partes do Próprio que admitam alteração, como a Entrada, a procissão das oferendas, a Comunhão.

O Próprio tem elementos não só que variam conforme o dia, o tempo etc, mas também são facultativos. A Entrada, por exemplo: se pode rezar ou cantar o texto do Missal, ou cantar o texto do Gradual, ou cantar uma música apropriada que tenha a ver com o momento. A procissão do Ofertório a mesma coisa. A Comunhão idem. Outros trechos, como as leituras da Liturgia da Palavra, não podem ser alterados nunca: a Aclamação ao Evangelho é sempre e exatamente aquela disposta no Lecionário, a mesma coisa o Salmo etc.

O Ordinário, por sua vez, não só está sempre presente, como suas palavras não podem ser alteradas, nem quando se o reza, nem quando se o canta. Nesse sentido, o Pai Nosso, que é parte do Ordinário, é sempre rezado ou cantado conforme está no Missal, sem mutilar nem acrescentar ou modificar. Da mesma forma, o Ato Penitencial, o Sinal-da-cruz, o Glória etc, devem ser exatamente os previstos no Missal, quer se recite, quer se cante. Alterar o texto do Ordinário, mesmo que seja com boa intenção, para executar um canto em seu lugar, é proibido e atenta contra as regras da liturgia, mesmo que um padre ou um Bispo permitam - pois eles não podem mudar a lei da Igreja.

5. Quais os tipos de canto que a Igreja permite na Missa? Qual o lugar do canto gregoriano?

A Igreja permite cantos que sejam sóbrios e adequados ao espírito da liturgia. A Missa é um culto, não uma baderna. Há lugar para músicas agitadas com conteúdo religioso fora da Missa.

O parâmetro é o canto gregoriano. Ele é, em igualdade de condições, o ideal. Não o podendo executar, ou havendo justas razões para não o fazer, pode-se escolher outro tipo, e quanto mais esse outro tipo de canto se aproxime do gregoriano, melhor.

Assim, além do gregoriano, há a polifonia sacra e o canto popular sacro. Algumas vezes, a polifonia, por ser bem solene, pode ser melhor para uma Missa especial. Em outras, por causa do povo que se reúne para a Missa ou pela falta de um coral treinado, o canto popular pode ser a alternativa. Mas sempre tendo em vista o lugar de excelência do gregoriano e inspirando-se nele para as melodias e para o "ethos" de sobriedade e seriedade da música litúrgica.

A Missa cantada pode ter partes em gregoriano e partes em polifonia, conforme o tipo.

6. Como é o canto na Entrada?

A Entrada, ou Intróito, é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Missal traz uma Antífona de Entrada para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, essa antífona do Missal. Ou cantar em gregoriano a antífona prevista no Gradual, ou uma polifonia ou canto popular com essa letra. Ou, então, escolher um canto popular adequado. É um momento livre para se cantar "o que quiser" - com bom senso, claro.

7. Como é o canto no Ato Penitencial? E no Kyrie?

O Ato Penitencial é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa. Todavia, o Missal nos dá três opções que o padre pode escolher: a) ou reza ou canta o "Confesso a Deus todo-poderoso..."; b) ou reza ou canta o "Tende compaixão..."; c) ou reza ou canta o "Senhor, que viestes salvar... tende piedade de nós" (ou suas fórmulas apropriadas para cada tempo). Essa terceira opção é chamada de "Kyrie com tropos" ou "com tropários". Se é usada a primeira ou a segunda fórmulas, após a absolvição, se reza ou canta o "Kyrie" (sem os tropos), ou seja, o "Senhor, tende piedade de nós". Já se é usada a terceira fórmula, por já ter o "Kyrie", ele é dispensado após a absolvição.

Como dissemos, o Ato Penitencial é parte do Ordinário. E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Ato Penitencial não é o momento para meros "cantos de perdão" ou "cantos de arrependimento". Assim, o "Misericórdia, Senhor, misericórdia..." ou o "Pai, fechei a porta atrás de mim..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Ato Penitencial.

8. Como é o canto no Glória?

O Glória é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa. Todos os Domingos fora da Quaresma e Advento, nas solenidades e nas festas, ele é rezado ou cantado, e em outras ocasiões propícias também pode ser rezado ou cantado.

Como dissemos, o Glória é parte do Ordinário. E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Glória não é o momento para meros "cantos de glória" ou "cantos de louvor". Assim, o "Gló-ó-ria, gló-ó-ria, ao Pai o Criador..." ou o "Glória, glória, aleluia" e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Glória.

9. Como é o canto no Salmo?

O Salmo é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Lecionário traz um Salmo Responsorial para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, esse Salmo Responsorial do Lecionário. Ou cantar em gregoriano o Salmo Gradual previsto no Gradual, ou uma polifonia com essa letra. Todavia, diferentemente das antífonas, por ser parte da Liturgia da Palavra, e haver uma unidade entre o salmo e as leituras, ele não pode ser alterado.

10. Como é o canto no Aleluia ou no Trato (Aclamação ao Evangelho)?

A Aclamação ao Evangelho pode ser o Aleluia ou o Trato.

O Aleluia é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Lecionário traz um Aleluia para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, esse Aleluia do Lecionário. Ou cantar em gregoriano o Aleluia previsto no Gradual, ou uma polifonia com essa letra. Todavia, diferentemente das antífonas, por ser parte da Liturgia da Palavra, e por ser uma preparação ao Evangelho, tendo a mesma mensagem dele, ele não pode ser alterado. Embora parte do Próprio, ele não pode ser alterado. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Lecionário ou no Gradual. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Aleluia não é o momento para meros "cantos de aclamação ao Evangelho". Assim, o "Aleluia, a minh'alma abrirei..." ou o "Buscai primeiro o Reino de Deus..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Aleluia.

Na Quaresma, o Aleluia é substituído pelo Trato, mas as regras são as mesmas.

11. Como é o canto no Credo?

O Credo é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa. Todos os Domingos e nas solenidades, ele é rezado ou cantado. Pode ser usado o texto do Apostólico ou do Niceno-constantinopolitano.

Como dissemos, o Credo é parte do Ordinário. E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Credo não é o momento para meros "cantos de fé" ou "cantos de creio". Assim, o "Creio, Senhor, mas aumentai a minha fé..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Credo.

12. Como é o canto no Ofertório?

O Ofertório consiste em uma procissão facultativa, nas orações que são o Ofertório em si mesmo, e na Oração sobre as Oferendas.

Durante a procissão, se pode cantar a Antífona de Ofertório - que é do Próprio - prevista no Gradual, em gregoriano, ou usar sua letra para uma melodia inspirada no gregoriano, uma polifonia ou um canto popular. Ou, então, escolher um canto popular adequado. É um momento livre para se cantar "o que quiser" - com bom senso, claro.

As orações do Ofertório são ditas pelo padre em voz submissa enquanto se canta, ou em voz alta quando não se canta ou quando cessa o canto. A Oração sobre as Oferendas é parte do Próprio, havendo uma para cada Missa.

13. Como é o canto no Santo?

O Santo é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa.E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Santo não é o momento para meros "cantos de Santo". Assim, o "Santão" ou o "Santo dos Anjos" ou o "Santo é, Deus do Universo, ó, Senhor Javé" e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Santo.

14. Como é o canto no Pai Nosso?

O Pai Nosso é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa.E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Pai Nosso não é o momento para meros "cantos de Pai Nosso". Assim, o "Ó, Pai Nosso tu que estás" ou o "Pai Nosso que estais nos céus, Pai Nosso que estais aqui..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Pai Nosso. Tampouco um piegas, ridículo, sentimentalóide e circense "Vamos dar as mãos, vamos dar as mãos, vamos dar e vamos juntos cantar..."

15. Como é o canto no Cordeiro de Deus?

O Cordeiro de Deus é parte do Ordinário, sendo fixo na Missa.E, por isso, ele não se altera. Quer cantar? Cante, mas cante o que está no Missal. Não interessa se outra coisa está "no folheto". Folheto não é documento da Igreja! O Cordeiro de Deus não é o momento para meros "cantos de Cordeiro". Assim, o "Jesus Cristo, Cordeiro de Deus..." e outros, por mais belos que sejam, não cabem no Cordeiro de Deus.

16. Como é o canto na Comunhão?

A Comunhão é parte do Próprio, variando conforme a Missa. Assim, o Missal traz uma Antífona de Comunhão para cada Missa do ano, do tempo, da circunstância. Pode-se rezar ou cantar, em polifonia, ou em melodia inspirada no gregoriano, ou em canto popular, essa antífona do Missal. Ou cantar em gregoriano a antífona prevista no Gradual, ou uma polifonia ou canto popular com essa letra. Ou, então, escolher um canto popular adequado. É um momento livre para se cantar "o que quiser" - com bom senso, claro.

17. Como é o canto depois da Comunhão?

A Igreja diz que esse momento serve para a adoração silenciosa, podendo, conforme o costume, a comunidade recitar fórmulas de oração em comum. Se for costume, isso se extende ao canto. Uma música piedosa, calma, mas livre, não prevista em normas, e que tenha o sentido do que se acabou de fazer (agradecendo a Cristo na Eucaristia, por exemplo).

18. Como é o canto no Recessional?

A Igreja não fala nada, mas da tradição das Missas cantadas em que se entoava um hino livre, geralmente gregoriano ou polifonia, se pode cantar algo: gregoriano, polifonia ou popular, mas decente.

19. Podem-se inserir cantos em outras partes?

Não. Não existe "canto de Paz", nem "canto pra cumprimentar o irmão do lado", nem "canto pra abençoar quem está de aniversário".

O que existe é que todas as partes que não mencionamos aqui podem (e na Missa cantada devem) ser cantadas: a Oração do Dia (Coleta), as Preces, as Leituras, o Sinal-da-cruz, o Prefácio, a Oração sobre as Oferendas, a Oração Eucarística, a Oração depois da Comunhão, a Bênção, o Ide em paz etc. Mas sempre com a letra prevista no Missal ou Lecionário. Nada de "Em nome do Pai, em nome do Filho... para louvar e agradecer" ou outras cantos correlatos.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rio: Missa com canto gregoriano tradicional marca a chegada das Relíquias dos Pastorinhos de Fátima

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A Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Pechinhca, em Jacarepaguá, Rio de Janeiro recebeu do Santuário de Fátima, em Portugal, as Relíquias dos Pastorinhos de Fátima, Beatos Francisco e Jacinta.

O Pároco, Revmo Monsenhor Jan Kaleta, solicitou-as ao Postulador da Causa de Canonização dos Beatos e em 23 de setembro elas chegaram à Paróquia pelas mãos do Revmo Pe. José Augusto Pedroza da Silva, da Diocese de Évora, Portugal.




















Uma Solene Missa com Canto Gregoriano tradicional, mesclado com cantos marianos tradicionais cantados em vernáculo, marcou a intronização das Relíquias dos Pastorinhos. Antes da Missa, foi realizado o Rito de Apresentação e Entronização das Relíquias.












 




























Após o Rito de Entronização das Relíquias, teve início a Solene Missa com as partes fixas cantadas em latim (Missa De Angelis). Destaque para o belo arranjo beneditino e a Liturgia celebrada de acordo com a normativa litúrgica, sempre procurando seguir o exemplo do Papa Bento XVI, na hermenêutica da continuidade.


























































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