Neste vídeo, o cavaleiro Michel Pagiossi Silva, membro e preceptor da Milícia de Santa Maria, e autor da série de livros "Entrarei no Altar de Deus", sobre a questão levantada pelo cardeal Sarah no Congresso Sacra Liturgia 2016 sobre a celebração versus Deum e, em seguida, à resposta do padre Lombardi.
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sábado, 16 de julho de 2016
quinta-feira, 14 de julho de 2016
10 elementos de Renovação da Liturgia segundo Dom Schneider
Por
Alex Camillo
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Trnscrevemos um excelente texto de Michel Pagiossi do site Movimento Litúrgico e autor do livro Entrarei no Altar de Deus com 10 elementos apontados por Dom Athanasius Schneider de Astana que são fundamentais para a renovação litúrgica.
Texto original: http://www.movimentoliturgico.org/10-elementos-de-renovacao-da-liturgia/
Texto original: http://www.movimentoliturgico.org/10-elementos-de-renovacao-da-liturgia/
- O tabernáculo, onde Jesus Cristo, o Deus encarnado, está realmente presente sob as espécies do pão deve ser colocado no centro do santuário, porque em nenhum outro sinal nesta terra é Deus, o Emmanuel, portanto, realmente presente e tão perto do homem como no tabernáculo. O tabernáculo é o sinal que indica e que contém a Presença Real de Cristo e, portanto, deve estar mais perto do altar e constituir com ele o sinal central, indicando o Mistério Eucarístico. O Sacramento do Tabernáculo e do Sacrifício do Altar não devem, portanto, estar em oposição ou separados, mas ambos em lugar central e juntos no Santuário (Presbitério). Toda a atenção daqueles que entram numa igreja deve espontaneamente ser direcionada para o tabernáculo e para o altar.
- Durante a Liturgia Eucarística – pelo menos durante a oração eucarística – quando Cristo, o Cordeiro de Deus é imolado, o rosto do padre não deve ser visto pelos fiéis. Mesmo os serafins cobrem seus rostos (Isaías 6, 2) quando adorando a Deus. Em vez disso, o rosto do padre deve ser voltada para a cruz, o ícone do Deus crucificado.
- Durante a liturgia, deve-se haver mais sinais de adoração – especificamente genuflexões – especialmente cada vez que o sacerdote toca a hóstia consagrada.
- Os fiéis que se aproximam para receber o Cordeiro de Deus na Sagrada Comunhão deve saudá-lo e recebê-lo com um ato de adoração, de joelhos. Que momento na vida dos fiéis é mais sagrado do que este momento de encontro com o Senhor?
- Deve haver mais espaço para o silêncio durante a liturgia, especialmente durante os momentos que expressam mais plenamente o mistério da redenção. Especialmente quando o Sacrifício da Cruz torna-se presente durante a oração eucarística.
- Deve haver mais sinais exteriores que expressem a dependência do sacerdote de Cristo, o Sumo Sacerdote, e mostrar mais claramente que as palavras que o sacerdote pronuncia (ie., “Dominus Vobiscum“) e as bênçãos que ele oferece aos fiéis dependem e fluem de Cristo, Sumo Sacerdote, não dele, a pessoa privada. Não “Saúdo-vos” ou “eu te abençoo”, mas “eu, o Senhor” faço essas coisas. Cristo. Esses sinais podem ser (como foi praticado por séculos) o beijo do altar antes de cumprimentar as pessoas para indicar que esse amor não flui do sacerdote, mas a partir do altar; e também diante de bênção, para beijar o altar, e depois abençoar as pessoas. (Isto foi praticado por milênio, e, infelizmente, no Novo Rito foi abolido). Além disso, curvando-se em direção à cruz do altar, para indicar que Cristo é mais importante do que o sacerdote. Muitas vezes na liturgia – no Rito Antigo – quando um sacerdote expressava o nome de Jesus, ele teria que voltar-se para a cruz e fazer uma reverência para mostrar que a atenção deve estar em Cristo, e não ele.
- Deve haver mais sinais que expressem o mistério insondável da redenção. Isto poderia ser alcançado através do véu dos objetos litúrgicos, porque o uso do véu é um ato da liturgia dos anjos. Velar o cálice, velar a patena com o véu umeral, o velamento do corporal, velar as mãos do bispo quando celebra-se uma solenidade, o uso de mesas de comunhão, também, para velar o altar. Também sinais – sinais da cruz pelo sacerdote e os fiéis. O sacerdote fazer sinais da cruz durante a oração eucarística e pelos fiéis durante outros momentos da liturgia; quando estamos benzendo-nos com a cruz é um sinal de bênção. Na antiga liturgia, três vezes durante a Gloria, o Credo, e o Sanctus, os fiéis faziam o sinal da cruz. Estas são expressões do mistério.
- Deve haver um sinal constante que expressa o mistério também por meio da linguagem humana – isto é, o latim é uma língua sagrada exigida pelo Concílio Vaticano II na celebração de cada Santa Missa e em cada lugar uma parte da oração eucarística deveria sempre ser dito em latim.
- Todos aqueles que exercem um papel ativo na liturgia, como leitores, ou aqueles que rezam a oração dos fiéis, devem estar sempre vestidos com paramentos litúrgicos; e somente os homens, sem as mulheres, porque este é um exercício no Santuário, próximo ao do sacerdócio. Mesmo ler o lecionário é direcionado à liturgia onde estamos a celebrar a Cristo. E, portanto, somente homens vestidos com vestes litúrgicas devem estar no santuário.
- A música e as canções durante a liturgia devem mais verdadeiramente refletir o caráter sagrado e devem se parecer com o canto dos anjos, como o Sanctus, a fim de serem realmente mais capazes de cantar a uma só voz com os anjos. Não só o Sanctus, mas toda a Santa Missa. Seria necessário que o coração, a mente e a voz do sacerdote e dos fiéis sejam direcionada para o Senhor. E que este seria manifestada por sinais e gestos exteriores também.
Para ler o artigo
completo clique aqui
quarta-feira, 13 de julho de 2016
Palestra: O que diz a Igreja sobre a liturgia
Por
Alex Camillo
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Palestra de Michel Pagiossi Silva, cavaleiro de Santa Maria, autor do livro Entrarei no Altar de Deus e presidente da Academia Internacional de Estudos Litúrgicos São Gregório Magno, na comunidade Shalom em São Paulo sobre a Liturgia e o que diz a Santa Igreja sobre ela.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
O Ofício romano do séc. VI aos nossos dias. Continuidade ou ruptura? Um ensaio de avaliação crítica
Por
Rafael Vitola Brodbeck
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Recebi do Pe. Jean-Pierre Herman e sacerdote da diocese de Namur (Bélgica). Ele nasceu em 1959. Exerceu até hoje diversos ministérios em Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. É autor de diversos artigos em língua francesa sobre a história da liturgia.
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O
Ofício romano do séc. VI aos nossos dias
Continuidade
ou ruptura?
Um
ensaio de avaliação crítica
Pe Jean-Pierre Herman
Ofício
Romano. Um breve percurso histórico
Em 1971 apareceu a primeira edição da Liturgia
Horarum juxta ritum romanum[1],
que substituiu o venerável Breviarium romanum. Um dos objetivos dos
reformadores do Vaticano II era restituir ao Ofício divino seu estatuto de
oração do povo de Deus. Hoje as edições em vernáculo do novo Ofício[2]
são amplamente difundidas e utilizadas para a oração comunitária e individual
dos cristãos, clérigos ou laicos. Pareceu-nos, contudo, conveniente arriscar
uma avaliação após quarenta anos de prática. Apresentaremos aqui, portanto,
duas questões cruciais: por um lado «O Ofício divino atual é realmente o digno
herdeiro do Breviário romano, ou ele marca uma ruptura com uma tradição
secular?» e de outro: «Os reformadores, preocupados em restituir ao povo
cristão a oração das horas, alcançaram seu objetivo?» A breve reconstrução
histórica a seguir ajudar-nos-á a responder.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
O canto por parte do Presidente da Assembleia Eucarística
Por
Cleiton Robsonn.
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Por Dom Jerônimo Pereira Silva, OSB.
O canto por parte do Presidente da Assembleia Eucarística é apropriado, recomendado e louvado. A rigor o Rito Romano é também um rito cantado, para tal fim foi publicado pelos monges de Solesmes em 1975, como parte do Missale Romanum auctoritate Pauli PP VI promulgatum o Ordo Missae in Cantu (OMC), em forma manuscrita (caligrafado). No recente ano 2000 a Libreria Editrice Vaticana (LEV) havia se encarregado de tal publicação apresentando uma reedição do OMC “computadorizada” em 2012, em parceria com as Éditions de Solesmes.
O Papa Emérito Bento XVI entoa o canto do Prefácio, na Santa Missa durante a visita apostólica a República Tcheca, em 26 de Setembro de 2009 |
O Ordo Missae in Cantu iuxta editionem typicam tertiam, embora na presente edição não tenha ainda o caráter de livro litúrgico oficial, assume tal característica somente porque reproduz o quanto de oficial apresenta o Graduale Sacrosanctae Romanae Ecclesiae de Tempore, de Sanctis de 1979 (GR), páginas 798-802.809-821.
O atual OMC apresenta as seguintes formas musicais (notação gregoriana, texto, obviamente em latim, pois se trata de uma obra typica):
- Ritos Iniciais (Sinal da Cruz, 3 formulários para a Saudação Inicial, mais uma própria para o bispo, Ato Penitencial com uma única fórmula);
- Bênção da água (Introdução, duas fórmulas para uso fora do Tempo Pascal, uma fórmula para o Tempo Pascal, uma fórmula para bênção do sal, quando se mistura com a água e absolvição);
- Entoações do Glória (15 entoações, mais 4 dos Glórias ad libitum todos presentes no Kyriale);
- Entoações da Profissão de Fé (2 entoações);
- Preparação dos dons (sem notação musical);
- Prefácios (85 dos quais 41 apresentam as formas simples e solene);
- Orações Eucarísticas (as 4 OE mais 13 variações próprias da OE I);
- Rito da Comunhão (3 melodias para o Pai Nosso, com suas devidas introduções; o “Livrai-nos de todos os males...” com a sua resposta; o rito da paz: “Senhor Jesus Cristo, dissestes...” com o “Amém”; “A paz do Senhor...”, “Saudai-vos...”. As Secretas, a apresentação da eucaristia [“Felizes os convidados...], as fórmulas para a comunhão [presbítero e assembleia] e a oração de purificação, sem notação musical);
- Ritos Conclusivos ou Ritos Finais (Diálogo, também para a missa pontifical, Bênção e despedida);
- Bênçãos Solenes (27 formulários);
- Formulário da Oração Universal da Sexta-Feira Santa;
- Precônio Pascal.
Por causa da sua forma silábica o canto do Ordo Missae pode ser adaptado para muitas línguas. O português é uma das línguas que muito se presta para tal fim. Infelizmente, às vezes, encontramos adaptações mal feitas ou erros melódicos.
Abaixo apresento a Doxologia Final da Oração Eucarística em português com notação gregoriana em tom simples e tom solene (de acordo com as melodias presentes no OMC e no GR), com a correção melódica do erro que muitos de nós aprendemos quase por intuição.
Com a ajuda de um instrumento, um pouco de paciência e desejo de solenizar o centro da nossa fé, que é a celebração do Mistério Pascal de Cristo, um presbítero pode fazer o culto a Deus se tornar mais sutilmente refinado. Recordemo-nos que o canto da presidência é sempre a cappella.
domingo, 12 de outubro de 2014
Rito e Santa Missa de Posse do novo Arcebispo Militar do Brasil, Dom Fernando José Monteiro Guimarães
Por
Cleiton Robsonn.
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(Clique nas Fotos para ampliá-las)
A Arquidiocese Militar.
A Arquidiocese Militar responde pelo atendimento pastoral das Capelanias militares católicas espalhadas por todo o território brasileiro, tendo como seus diocesanos os militares católicos pertencentes às Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e às Forças Auxiliares (Polícias Militares estaduais e Corpos de Bombeiros Militares), juntamente com os seus familiares, não excetuados os militares da reserva remunerada e reformados, com seus respectivos dependentes. O Clero da Arquidiocese é constituído por padres e diáconos pertencentes às próprias Forças Armadas ou Forças Auxiliares, como também por padres e diáconos civis, que prestam serviço nas Capelanias. Possui também seu quadro próprio de seminaristas.
A Constituição brasileira de 1988 prevê, no art. 5, inciso VII, que é “assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. A Lei 6.293, de 29 de junho de 1981, alterada pela Lei 7.672, de 23 de setembro de 1988, organizou o Serviço de Assistência Religiosa (SAR) nas Forças Armadas, que tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares e aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.
O Ordinariado Militar do Brasil foi erigido a 6 de novembro de 1950, pelo Papa Pio XII, como Vicariato Castrense do Brasil. Por força da Constituição Apostólica Spirituali Militum Curae, de 21 de abril de 1986, passou a ser Ordinariado Militar, depois do acordo diplomático entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil, assinado em 23 de outubro de 1989. O atual estatuto da Arquidiocese Militar brasileira foi homologado pelo Vaticano, com o decreto “Cum Apostolicam Sedem”, de 2 de janeiro de 1990, emanado pela Congregação para os Bispos.
O Arcebispo deve ser brasileiro nato e está vinculado administrativamente ao Estado-Maior das Forças Armadas, sendo nomeado pelo Papa, após consulta ao Governo brasileiro.
O novo Arcebispo Militar.
Filho de Antônio Monteiro Guimarães e
Judith Bacelar Guimarães, Fernando José Monteiro Guimarães, foi batizado aos 27
de outubro de 1946 na
Igreja da Torre, em Recife. Em 1958 ingressou no Seminário Menor dos
Redentoristas em Garanhuns, onde permaneceu até 1961; no ano seguinte, até 1963 completou
os estudos no Seminário Redentorista de Campina
Grande. Depois do noviciado, emitiu a profissão religiosa na Congregação do Santíssimo Redentor no dia 25 de janeiro de 1965,
cursando posteriormente as faculdades de Filosofia e Teologia no Seminário Maior Redentorista em Juiz de Fora, até 1969.
Foi ordenado presbítero aos 15
de agosto de 1971 no
Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade de Campos. De 1972 a 1980 exerceu o seu sacerdócio na Arquidiocese do Rio de Janeiro como assessor do Cardeal Dom Eugênio Sales; foi ainda
membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral da Arquidiocese.
Em 1980 chamado
a Roma desempenhou diversas funções na Santa Sé. Em 1989 obteve
o doutorado em Teologia
Moral pelo Instituto
Alfonsianum de Roma, e o mestrado em Direito
Canônico pelo Ateneo Romano della Santa Croce.
A partir do ano 2000 foi chefe do Departamento responsável
pelo setor que se ocupa da vida e do ministério dos presbíteros no mundo da Congregação para o Clero, no Vaticano. Foi perito no Sínodo dos Bispos de 1990, sobre a Formação sacerdotal nas atuais
circunstâncias.
Em 12 de março de 2008,
foi nomeado Bispo de Garanhuns,
pelo Papa Bento XVI. Foi ordenado
bispo em 31 de março de 2008
pelas mãos do Cardeal Cláudio
Hummes,OFM, Prefeito da Congregação para
o Clero, na Igreja de Santo Afonso
de Ligório na Via Merulana em Roma. Foram concelebrantes dessa
cerimônia o Cardeal Crescenzio
Sepe, Arcebispo de Nápoles e Dom
Mauro Piacenza, Secretário da Congregação
para o Clero. Tomou posse na Diocese
de Garanhuns no dia 1 de junho de 2008.
No dia 25 de janeiro de 2010,
o Papa Bento XVI, nomeou Dom
Fernando José membro do Supremo
Tribunal da Assinatura Apostólica. Também exerce as seguintes funções: é membro
da Comissão Especial para o estudo das causas de declaração de nulidade da Sacra Ordenação e da dispensa das obrigações do
diaconato e do presbiterato; é consultor da Congregação
para as Causas dos Santos e é
juiz externo do Tribunal de Apelação do Vicariato
de Roma.
No dia 06 de agosto de 2014,
foi nomeado Arcebispo do Ordinariado
Militar do Brasil, pelo Papa
Francisco.
O Brasão e lema Episcopal.
COR NOSTRUM ARDENS (Nosso coração ardia): O
lema é tirado do Evangelho de São Lucas, que descreve o encontro de dois
discípulos com o Ressuscitado, no caminho de Emaús. Após ter Jesus se revelado
na partilha da Palavra e na fração do Pão, os discípulos se interrogaram e
constataram que seu coração ardia pelo caminho enquanto ele conversava conosco
(nonne cor nostrum ardens erat in nobis, dum loqueretur nobis... Lc
24, 32). A escolha destas palavras identifica a experiência pascal que o Bispo é
chamado a viver como pastor: caminhar com a sua Igreja, partilhando a
Palavra e repartindo a Eucaristia, revelando a presença do Cristo ressuscitado,
que percorre conosco as estradas da vida, até o Emaús do céu. O coração da
Igreja deve arder, porque Ele caminha conosco!
O coração ardente é, também, uma referência a Santa
Teresinha, que escreveu: No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o
Amor (Ms B, 3v).
BRASÃO: O Brasão azul, com escalão de prata,
carregado com três rosas vermelhas, acompanhado por um monte de três cumes de
ouro e uma estrela de sete pontas, de ouro, no cantão direito.
1. O azul simboliza o caminho das Virtudes
que, através da renúncia ao que passa, impulsionam a Igreja rumo à realidade do
Céu, dando testemunho da transcendência de Deus e da eternidade à qual somos
todos chamados. Vejamos os elementos do Brasão:
2. O escalão é uma figura heráldica antiga
que provavelmente simbolizava a trave principal do teto do edifício sob o qual
se reunia a coletividade. Para os cristãos, ele representa a Igreja. O escalão
é de prata, cor da transparência e, portanto, símbolo da Verdade revelada,
transmitida pela Igreja. As três rosas simbolizam Santa Teresinha do
Menino Jesus. Colocadas no centro do escalão, recordam as palavras da Santa: no
coração da Igreja eu serei o Amor.
3. O monte é tirado do escudo da Congregação
dos Missionários Redentoristas, na qual Dom Fernando Guimarães emitiu sua
profissão religiosa. É de ouro, o metal mais nobre, símbolo portanto da Fé.
Com efeito, é graças à Fé que podemos compreender a mensagem de Amor e de
Redenção que brota do Monte Calvário.
Sobre todo o escudo esplende radiosa a
estrela da Virgem Maria, nossa Mãe Celeste, cuja luz ilumina o caminho da Igreja. A
estrela de sete pontas encontra-se no véu que cobre a cabeça da Virgem, no
ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, entregue pelo Beato Papa
Pio IX aos Missionários Redentoristas. À proteção desta Mãe, Dom
Fernando confia o seu ministério pastoral e a sua Diocese.
Os preparativos.
Desde a nomeação, o Arcebispo Emérito, seu auxiliar, o clero castrense, seminaristas, forças militares e demais fiéis empenharam-se em receber o seu novo Pastor com todo afeto e dignidade que lhe é devido. Para tanto, na data escolhida para a posse, 07 de Outubro de 2014 - Memória de Nossa Senhora do Rosário - a Catedral Militar Nossa Senhora Rainha da Paz, no Eixo Monumental, em Brasília, estava repleta de fiéis, que acorreram pressurosos para a acolhida bendita daquele que veio em nome do Senhor.
Catedral Militar Nossa Senhora Rainha da Paz |
Foram convidados muitos Bispos, muitos deles, amigos de longa data de Sua Excelência Reverendíssima, Dom Fernando Guimarães, bem como Sacerdotes que lhe são próximos e queridos, assim como todo o clero militar e alguns Padres de sua ex-Diocese, Garanhuns. Da mesma forma, estiveram presentes muitos outros religiosos, como Monges Beneditinos, Franciscanos Conventuais, Menores e Capuchinhos, da Imaculada, entre outros. Sacerdotes famosos como o Padre Eduardo Dougherty, SJ (Edward John Dougherty), da Associação do Senhor Jesus (TV Século 21), Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior e, do próprio clero militar, Padre Alessandro Campos, o famoso "Padre Cowboy".
Os Bispos que estiveram presentes:
Dom Adair José Guimarães, Diocese de Rubiataba-Mozarlândia-GO.
Dom Augustinho Petry, Diocese de Rio do Sul-SC.
Dom Bernardino Marchió, Diocese de Caruaru-PE.
Dom Francisco Canindé Palhano, Diocese de Bonfim-BA.
Dom Frei João Wilk, OFMConv., Diocese de Anápolis-GO.
Dom Frei Magnus Henrique Lopes, OFMCap., Diocese de Salgueiro-PE.
Dom Frei Mário Marquez, OFMCap., Diocese de Joaçaba-SC.
Dom Genival Saraiva de França, Emérito da Diocese de Palmares-PE.
Dom Gil Antônio Moreira, Arquidiocese de Juiz de Fora-MG.
Dom Jaime Vieira Rocha, Arquidiocese de Natal-RN.
Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, Auxiliar da Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, Auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza-CE.
Dom Karl Josef Romer, Auxiliar Emérito da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ.
Dom Marcony Vinícius Ferreira, Auxiliar da Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom Roque Costa Souza, Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ.
Dom Valdir Mamede, Auxiliar da Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom Washington Cruz, CP, Arquidiocese de Goiânia-GO.
Dom Frei José Ruy Gonçalves Lopes, OFMCap., Diocese de Jequié-BA.
Dom Mathias Tolentino Braga, OSB, Abade do Mosteiro de São Bento-SP.
Dom Messias dos Reis Silveira, Diocese de Uruaçu-GO.
Dom Fernando Arêas Rifan, Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Campos-RJ
Dom Antônio Fernando Saburido,OSB, Arquidiocese de Olinda e Recife-PE.
Dom Sergio da Rocha, Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom Osvino José Both, Emérito da Arquidiocese Militar do Brasil.
Dom José Francisco Falcão de Barros, Auxiliar da Arquidiocese Militar do Brasil.
Dom Giovanni d’Aniello, Núncio Apostólico no Brasil.
Os paramentos utilizados (casulas) foram os confeccionados para o XVI Congresso Eucarístico Nacional, ocorrido em Brasília, em 2010, sob a guarda da sacristia da Arquidiocese de Brasília. O Mestre de Cerimônias principal foi o Padre-Major Júlio César Silva Mônaco.
Casulas para os Bispos Concelebrantes |
Paramentos (da esq. para a dir.) para Dom José Francisco Falcão de Barros, Dom Giovanni d'Aniello, Dom Fernando José Monteiro Guimarães e Dom Osvino José Both. |
Mitra Pretiosa, de Dom Fernando José Guimarães. |
Detalhe do seu brasão nas ínfulas da Mitra. |
Credência |
Cálices |
Presbitério e Altar |
Nova Cátedra, com o Brasão esculpido em madeira e pintado de bronze-dourado |
O Comentarista, Capitão Medeiros, solenemente fardado a caráter com as indumentárias da Ordem Equestre Pontifícia de São Gregório Magno, da qual é Cavaleiro. |
Na Sacristia, enquanto o Arcebispo Emérito e seu Auxiliar recepcionavam os Bispos que chegavam, outros concediam entrevistas à imprensa presente.
Dom Osvino e Dom Rifan |
Dom Karl Josef Romer e Dom Osvino |
Pe. Wendell Mendonça, Dom Giovanni d'Aniello, Dom Messias dos Reis e Dom Rifan |
Dom José Francisco Falcão |
Dom Giovanni d'Aniello |
Dom Gil Antônio Moreira, Ordinário de Juiz de Fora-MG, aproveitando o tempo na sacristia para rezar o Terço. |
Na nave da Catedral, os Sacerdotes já aguardam o início do Ritual de Posse e Santa Missa |
No lado oposto, militares das três forças armadas, devidamente fardados e sentados hierarquicamente, também aguardam o início da Cerimônia |
Fora da Catedral, Comandantes das três forças armadas, o Arcebispo Emérito e o Auxiliar, aguardam a chegada do novo Ordinário Militar |
Dom Osvino e Dom José Francisco |
A chegada à sua nova igreja Catedral.
Conforme a referência nº 6, do artigo 94, do Decreto nº 70.274, de 09 de Março de 1972, sobre as Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de Precedência, como Arcebispo Militar (ou Castrense), Dom Fernando Guimarães, detém as seguintes patentes militares e, pelas quais, recebe a devida continência ou auto:
Vale afirmar que o Arcebispo do Ordinariado Militar não é remunerado e não usa farda, diferentemente dos Capelães.
Às 15:50hs, Dom Fernando Guimarães chegou à sua nova Catedral, recebendo as devidas honras militares.
© Créditos desta foto: Ministério da Defesa |
A Guarda Presidencial, os Dragões da Independência, lhe formam cortejo |
Dom Fernando passa em revista à Guarda, que lhe presta continência solene |
Dom Fernando é recepcionado por seu Predecessor, Dom Osvino Both |
Recepcionado e saudado calorosamente por seu Bispo Auxiliar, Dom José Francisco Falcão |
Os três Bispos Militares sobem a rampa, para adentrarem na igreja Catedral |
Desde a chegada e o encontro dos três Bispos, até sua entrada na Catedral, a Banda Marcial da Marinha toca o Hino Pontifício |
Exatamente conforme prescreve o Cerimonial dos Bispos, nº 1142, o Arcebispo foi recebido à porta da igreja Catedral pela
primeira dignidade do cabido, ou, no caso, não havendo cabido, pelo reitor da mesma
igreja, revestido de pluvial (Padre Silas Viana). Este, apresentou-lhe o Crucifixo para beijar, e a
seguir, o aspersório da água benta, com o qual o Bispo aspergiu a si mesmo e
aos presentes. Depois, foi conduzido ao Santíssimo Sacramento,
que adorou, de joelhos, por alguns momentos. Em seguida, dirigiu-se para a
sacristia, onde o mesmo Bispo, presbíteros concelebrantes, diáconos e restantes
ministros se paramentaram para a Santa Missa, que foi celebrada segundo o rito estacional.
O Pároco da Catedral, Pe. Silas Viana, recebe Dom Fernando, de Pluvial e lhe oferece o Crucifixo para ser osculado |
Após o beijo do Crucifixo, aspersão com água benta |
Dentro da Catedral, é acolhido pelo Núncio Apostólico no Brasil |
Um breve momento de adoração ao Santíssimo Sacramento |
A Paramentação.
Auxiliado pelo Seminarista castrense Matheus Fellipe, o novo Arcebispo foi revestido com os paramentos que lhe são próprios, exceto a Dalmática, da qual não fez uso, por não haver uma do conjunto da casula.
"A casula prateada e galão em veludo azul foram confeccionados pela alfaiataria D&A Paramentos. A mitra, segundo a classificação do rito antigo, é 'preciosa', dada a composição.
O prateado (e o dourado), na Liturgia, não é cor litúrgica ordinária, mas substitui o branco, o verde e o vermelho nos dias mais festivos. Esta foi a cor dos paramentos em virtude da memória de Nossa Senhora do Rosário. Por isso o azul no galão da casula, cor restrita no Brasil a detalhes porque o país não detém o privilégio papal de usá-la integralmente nos paramentos.
Devido ao fato de o Arcebispo Militar não ser Metropolitano, ou seja, não possuir dioceses sufragâneas, não solicita ao Papa o Pálio pastoral e, portanto, não o usa. Isto fica mais claro quando se observa seu brasão, que é desprovido deste." (Colaboração textual, deste trecho, de Erick Marçal / Direto da Sacristia).
Depois de paramentado, o Bispo concedeu uma brevíssima entrevista aos repórteres presentes, na qual falou dos sentimentos que tinha naquele momento, ao assumir o Ordinariado: "de alegria por servir a Igreja e a Pátria, em obediência ao Papa".
Enquanto Dom Fernando concedia a entrevista, Dom Osvino falava ao Núncio Apostólico sobre a história do Báculo que foi utilizado naquela Missa |
O Rito de Posse.
Por volta das 16:08hs, teve início a procissão para o rito de Posse do novo Arcebispo Militar. Trata-se de uma liturgia à parte da Santa Missa, prevista no Cerimonial dos Bispos, dos números 1143 ao 1148. O ritual foi presidido pelo Núncio Apostólico, que o empossou.
O 3º Cerimoniário dá as orientações práticas aos Bispos de como procederem após a procissão e chegada aos devidos lugares |
Detalhe: Apenas 3 Bispos usaram a Mitra correta para a Concelebração: a Simples, toda Branca, sem adorno algum. |
Após a acolhida do Núncio Apostólico e a Proclamação da Palavra de Deus, deu-se a leitura das "Letras Apostólicas", isto é, da Bula de Nomeação canônica.
Proclamação da Palavra de Deus (At 20,17-18a.28-32.36) |
Apresentação e Leitura das Letras Apostólicas, pelo encarregado dos Negócios da Nunciatura Apostólica no Brasil |
Seguiram-se as palavras (discursos), respectivamente: do Núncio Apostólico, do Arcebispo Militar Emérito, do Excelentíssimo representante do Ministro de Estado da Defesa, do representante do clero do Ordinariado Militar do Brasil e do Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB.
Coube ao Padre Adilson da Costa, como representante do clero militar, dar as boas vindas a Dom Fernando, em nome de todos os Capelães militares do Brasil. Afirmou que "Dedicação e Alegria" são as duas palavras que resumem o ministério de Dom Osvino, enquanto seu ex-Pastor e concluiu com a mesma fala do Núncio: "Ad Majorem Dei Gloriam!" (Para a Maior Glória de Deus!) |
O Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Messias dos Reis Silveira, Ordinário de Uruaçu-GO, enfatizou que Dom Fernando "chegou como que enviado por Deus a cada um de nós, sendo bendito, pois vem em nome do Senhor!" |
Durante as falas, Dom Fernando Guimarães e todos os demais presentes, ouviram atentamente cada palavra, que expressaram o tamanho apreço e prestígio que ele tem de cada um.
Estiveram também presentes, o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, José Elito Siqueira, os Comandantes da Marinha, Almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, General Enzo Martins Peri; o Brigadeiro Luiz Carlos Teciotti (todos na foto acima), representando o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito; além de oficiais e generais das Forças Armadas, militares das Forças Auxiliares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), e demais autoridades civis e eclesiásticas. © Créditos desta foto: Ministério da Defesa |
Entrega do Báculo Pastoral.
O Báculo foi utilizado por todos os Arcebispos que precederam o novo Ordinário em seu Pastoreio Militar, isto é, por Dom José Newton de Almeida Baptista, Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila, Dom Osvino José Both e agora por Dom Fernando José Monteiro Guimarães, como 4º Arcebispo Castrense do Brasil.
Um momento simbólica e liturgicamente belo: a transmissão do Pastoreio, por meio do Báculo |
© Créditos desta foto: Ministério da Defesa |
Dom Fernando José Monteiro Guimarães, 4º Arcebispo Militar (ou Castrense) do Brasil |
Cumprimento dos Arcebispos e Bispos ao novo Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil.
Como em todos os ritos, há um momento de saudação e alegria. Aqui, os que são iguais no Episcopado, saúdam a este que acabara de desposar a Igreja Militar no Brasil como sua Esposa.
Palavras de Dom Fernando José Monteiro Guimarães.
As palavras do novo Ordinário Militar foram breves e diretas: "Venho, em obediência e alegria e peço a todos que rezem por mim!" |
Leitura da Ata de Posse Canônica e Assinatura da Ata.
Seguiu-se a leitura da Ata de Posse Canônica, assinada por todos os Arcebispos e Bispos presentes, assim como pelos chefes maiores de Estado Militar, das três Forças Armadas.
Mesa preparada à frente do altar, para as assinaturas, como deveria acontecer por ocasião de Matrimônios, isto é, nada se assina sobre o altar. |
Terminadas as assinaturas, Dom Fernando proferiu a oração de conclusão do rito e a bênção final, com a qual fez também a despedida. Com o canto final, ficou claro para todos que não se tratava ainda da Santa Missa, que foi celebrada em seguida.
A Santa Missa.
Com o canto "Imaculada, Maria de Deus", teve início a Santa Missa, em ação de graças pelo novo Arcebispo Militar, celebrando a memória de Nossa Senhora do Rosário, data oportunamente bem escolhida por Dom Fernando para o início do seu pastoreio militar, pois em 1571, quando aconteceu a "batalha de Lepanto", foi justamente um fato militar. Além do mais, o modo como celebra (e celebrou) demonstrou seu estilo de pastoreio que ora se inicia.
Como é o correto e seu costume, fez tudo como tinha que ser: ato penitencial completo e em ordem: Confesso a Deus..., Absolvição, Senhor, Cristo, Senhor, tende piedade e, por fim, o Glória. Toda a Liturgia da Palavra foi própria da Mãe de Deus.
Proclamação do Evangelho (Lc 1, 26-38) |
Em sua Homilia (que pode ser lida integralmente AQUI), Dom Fernando abraçava a todo instante o seu Báculo, ora para suster-se, ora para manifestar claramente que ele é o Pastor deste seu novo rebanho. Falou da importância dos Padres que gastaram suas vidas lhe formando e, dirigindo-se ao seu novo clero, disse: "Somos chamados à santidade de vida! Prossigam comigo pelas vias da santificação sacerdotal! Sejam castos, homens de oração e guias seguros do povo de Deus, na vida militar!" Suas palavras eram imbuídas de firmeza e doçura de uma paternidade que gera vida. E afirmou: "As melhores vocações deverão brotar do próprio ambiente militar, quero dizer, o militar evangelizará os militares".
Dom Fernando proferindo sua Homilia |
Dirigindo-se aos Diáconos Permanentes e Seminaristas, disse: "A vocação é exigente. Ela exige tudo de nós: o amadurecimento, a doação do nosso coração e da nossa existência." Citava os Concílios de Trento e Vaticano II com a maestria, que lhe é própria. E continuava: "A autêntica renovação da Igreja passa pelo Seminário, porque o Seminário deve estar no centro das atenções do Bispo!"
Ao recordar-se de seu pai, chorou, não de forma contida, mas com um quê de saudade e um sentimento de que ele cumpriu sua missão paterna, ao lembrar de sua história e do desejo que seu pai tinha que ele fosse um militar. E falou em plural majestático: "Nós precisamos ter sempre a lembrança de que nos pequenos e simples, Deus realiza grandes coisas." Finda a homilia, deu sequência à Santa Missa.
Após as preces, a Liturgia Eucarística teve início, normalmente, com o canto da procissão das oferendas. Há que se notar a preparação piedosa dos dons e do oferecimento destes mesmos, por Dom Fernando:
O Mestre de Cerimônias, Pe. Mônaco, orienta Dom Fernando sobre as próximas ações |
Sobre o modo de incensação, Dom Fernando fez jus à forma do Rito Tradicional, como pode ser vista e baixada AQUI.
O Prefácio - que foi cantado - foi o I da Virgem Maria e a Oração Eucarística III, com a leitura do seu nome já como Ordinário, nas intercessões. Observe-se que no início do diálogo no Prefácio, o Mestre de Cerimônias (ou, na falta dele, o Diácono, apesar da norma reger o oposto) retira o solidéu do Arcebispo e convida os concelebrantes principais a se aproximarem do altar e colocarem-se à volta dele, como prevê o Cerimonial dos Bispos, no número 153.
No memento pelos defuntos, uma curiosidade do mundo militar: um trompetista entoou a "Marcha fúnebre", enquanto todos permaneciam em silêncio.
Ao canto do Sanctus, uma procissão com 6 candelabros, turíbulo, naveta e Diácono, adentraram em marcha e, sincronizadamente, se puseram, cada qual do seu lado, prontos para a elevação do Corpo e Sangue do Senhor. Como prevê o Cerimonial dos Bispos (número 391 c, seguindo a tradição de "acompanhar com velas o Santíssimo Sacramento"). "As luzes foram consideradas desde sempre como um tributo de honra prestado às personagens ilustres. Os imperadores romanos nos cortejos triunfais faziam-se preceder de sete círios acesos. Este costume foi adotado pela Igreja na sua Liturgia. Os sete círios que antigamente abriam o cortejo pontifical eram colocados diante do altar durante o Sacrifício." (Dom António Coelho, Curso de Liturgia Romana. Braga: 1943. p. 217).
É o Diácono quem incensa durante a consagração. Somente na falta dele é que o turiferário incensa (Cerimonial dos Bispos, nº 155 c; Instrução Geral do Missal Romano, nº 179 b).
Na elevação do Cálice, após a Consagração, a banda marcial, de fora da catedral, tocou uma música em adoração... Outra curiosidade do mundo militar.
Após a Consagração os que levavam as tochas, permaneceram em frente ao altar, até o final da Doxologia.
O Abraço da Paz foi sem canto e brevíssimo. O Cordeiro, rezado.
Pós-Comunhão |
Após a Oração Depois da Comunhão, seguiram-se algumas falas de homenagens e agradecimentos finais, como a do Padre Marcelo, representante do clero de Garanhuns e de Dom Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife, em nome do Regional Nordeste 2, do qual Dom Fernando Guimarães fazia parte.
Dom Fernando Guimarães ouvindo as palavras do Pe. Marcelo, da Diocese de Garanhuns-PE. |
Pe Marcelo: "Dom Fernando é um verdadeiro Bispo, pai, amigo e 'chorão'!" |
Dom Fernando Guimarães ouvindo as palavras de Dom Fernando Saburido |
Dom Fernando Saburido: "...além de tudo, Dom Fernando Guimarães é um grande canonista!" |
Por volta das 18:50hs, deu-se a bênção final da Santa Missa e seguiu-se um coquetel para os convidados, no salão de festas do Hotel de Trânsito dos Oficiais do Exército, no Quartel próprio.
Bênção Final |
O "Bendigamos ao Senhor!" |
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Fotos e reportagem: Cleiton Robsonn.
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