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quarta-feira, 8 de abril de 2015

O Ofício romano do séc. VI aos nossos dias. Continuidade ou ruptura? Um ensaio de avaliação crítica

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Recebi do Pe. Jean-Pierre Herman e sacerdote da diocese de Namur (Bélgica).  Ele nasceu em 1959.  Exerceu até hoje diversos ministérios em Europa, nos Estados Unidos e no Brasil.  É autor de diversos artigos em língua francesa sobre a história da liturgia.

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O Ofício romano do séc. VI aos nossos dias

Continuidade ou ruptura?

Um ensaio de avaliação crítica

Pe Jean-Pierre Herman


Ofício Romano. Um breve percurso histórico

Em 1971 apareceu a primeira edição da Liturgia Horarum juxta ritum romanum[1], que substituiu o venerável Breviarium romanum. Um dos objetivos dos reformadores do Vaticano II era restituir ao Ofício divino seu estatuto de oração do povo de Deus. Hoje as edições em vernáculo do novo Ofício[2] são amplamente difundidas e utilizadas para a oração comunitária e individual dos cristãos, clérigos ou laicos. Pareceu-nos, contudo, conveniente arriscar uma avaliação após quarenta anos de prática. Apresentaremos aqui, portanto, duas questões cruciais: por um lado «O Ofício divino atual é realmente o digno herdeiro do Breviário romano, ou ele marca uma ruptura com uma tradição secular?» e de outro: «Os reformadores, preocupados em restituir ao povo cristão a oração das horas, alcançaram seu objetivo?» A breve reconstrução histórica a seguir ajudar-nos-á a responder.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Início da Novena do Santo Natal

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No dia 16 de dezembro tem início a Novena do Santo Natal, considerada a mais tradicional das novenas. De acordo com o Diretório sobre piedade popular e Liturgia, n. 103, ela originou-se do desejo de permitir que os fiéis vivenciassem às riquezas da Liturgia desta reta final de Advento, numa época em que o acesso à Liturgia era mais restrito aos fiéis, e ainda hoje guarda seu valor.

A recomendação do diretório, para uma "excelente novena de Natal plenamente litúrgica e atenta às exigências da piedade popular", é que sejam oferecidas aos fiéis, como parte da novena, as Vésperas dos dias 17 à 23, celebradas com maior solenidade: com o canto das Antífonas Maiores (ou Antífonas do Ó, das quais já falamos aqui), e com a presença de elementos facultativos já previstos na Liturgia das Horas, como uso de incenso, homilia, e adaptação das preces.

É com o início da novena que, em muitas igrejas e famílias, se dá o costume de montar o Presépio. Outros costumes são que a montagem aconteça com as Vésperas do I Domingo do Advento, ou então após a Solenidade da Imaculada Conceição. (Por falar nisso, já enviou a foto do presépio de tua paróquia para o nosso concurso?)

Para aqueles que desejarem complementar a novena acompanhando a Liturgia das Horas, ou mesmo realizá-la de outra forma, ofereço algumas outras novenas aos nossos leitores.





A versão livreto desta novena está disponível aqui

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Ofício de Trevas no Seminário da Administração Apostólica

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Ofício das Trevas da Sexta-feira Santa, celebrada no Seminário da Administração Apostólica.









Mais fotos aqui.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Ofício das Trevas em Cuiabá

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Do Ecclesia Una:
Em Cuiabá, foi celebrado, na noite da Quarta-Feira Santa (27), o tradicional Ofício de Trevas.
Compartilho com os leitores algumas fotos que tirei da cerimônia pública rezada no Santuário Eucarístico Nossa Senhora do Bom Despacho pelo reverendíssimo padre Kleberson Paes, reitor da igreja. Também participaram os reverendíssimos padre Bruno Costa, da comunidade Canção Nova, e padre Marcos Ferrucci, vigário da Catedral de Cuiabá.
Algumas fotos:





Mais fotos aqui.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Ofício das Trevas em Frederico Westphalen - RS

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Na noite da terça-feira da semana santa, juntamente com um grupo de paroquianos da Igreja Catedral, sendo o oficiante S.E.R. Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo diocesano, foi celebrado o Oficio das Trevas, como já tratado pelo salvem AQUI e AQUI.

Foi feito numa terça-feira em virtude de que a Diocese de Frederico Westphalen é extensa territorialmente, logo não se poderia fazer na quarta pela noite, onde tem lugar a missa crismal, e assim por razões pastorais e para não deixar de lado este elemento da semana santa, se faz portando em forma para-litúrgica na terça-feira. 







sexta-feira, 1 de março de 2013

Sobre o dia e o horário para celebrar Tenebrae - Ofício de Trevas

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A Liturgia das Horas, ou Ofício Divino, condensada no livro denominado tradicionalmente breviário, é parte das ações litúrgicas da Santa Igreja. Pois bem, no Triduum, a recitação das Matinas (hoje denominadas Ofício de Leituras, na forma ordinária) e das Laudes, adquirem um colorido todo especial. De tal sorte, ambas as horas canônicas são unidas no que se chama de Ofício de Trevas, ou Tenebrae. Há o Tenebrae de Quinta-feira Santa, o de Sexta-feira Santa e o do Sábado Santo. Como são Matinas e Laudes, são ofícios próprios para a manhã de quinta, sexta e sábado. Tradicionalmente, porém, o de Quinta-feira Santa era celebrado na noite de Quarta-feira Santa, uma vez que a manhã da quinta era dedicada à Missa In Coena Domini, visto que antes de 1955, não tinha esta retornado ao seu horário natural à tardinha.

Com a reforma de Pio XII, acomodando a Missa da Ceia do Senhor segundo o veritas horarium, a manhã de Quinta-feira Santa pôde, então, ter seu Tenebrae celebrado no próprio dia, sem antecipar para o dia anterior. Corrigiu-se, pois, uma outra imperfeição lógica dos ritos de Semana Santa pré-1955, voltando à natureza das coisas, tal qual era séculos antes.O Ofício de Trevas da Quinta-feira Santa é, pois, celebrado na manhã da própria Quinta-feira Santa e não na noite da quarta. Uma exceção foi permitida pelas rubricas: nas Catedrais, como há, na manhã da quinta a Missa Chrismatis, o Tenebrae é celebrado na noite da quarta, exatamente como antes. Isso porque o motivo que autorizava, antes de 1955, o Ofício de Trevas da quinta ser celebrado na noite de Quarta-feira Santa, permanece, qual seja a Missa na manhã da quinta-feira.


Alguns argumentam contra esse tema do Tenebrae que celebrar à noite dá mais profundidade espiritual ao drama narrado no ofício, por conta das trevas, das luzes que se apagam. Ora, mas se fossem para ser celebrados à noite ou tardinha anterior seriam Completas ou, no mínimo, Vésperas. E são Matinas - oração da madrugada - e Laudes - oração da manhã. Ademais, o período para celebrar o Tenebrae não é necessariamente o dia claro, como se Laudes ou até Tércia fosse: é possível fazê-lo de manhã bem cedo, madrugada, sem o sol ter nascido, e até mesmo após a meia-noite, pois o dia litúrgico começa e termina nesse horário. Meia-noite já não é mais Quarta-feira Santa, mas Quinta-feira Santa, e a escuridão própria para o Tenebrae é a mesma da noite de quarta.

Obviamente, estamos falando do Ofício de Trevas litúrgico, não de celebrações para-litúrgicas inspiradas no Tenebrae. Assim, se um grupo de pessoas, um convento, ou uma igreja que não seja catedral, desejam celebrar o Tenebrae de Quinta-feira Santa, devem fazê-lo no próprio dia de quinta (ou seja, após a meia-noite, seja na madrugada, seja na manhã), não podendo antecipar para a quarta. Só o Tenebrae de quinta da Catedral pode ser celebrado na Quarta-feira Santa à noite. Isso na forma ordinária, de 1969, ou na forma extraordinária, de 1962. Já as ações devocionais inspiradas no Tenebrae, e que só levam esse nome por conta da inspiração mesma, podem ser celebrados em qualquer dia da Semana Santa.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Quando celebrar?: A Liturgia das Horas

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Dos estudos dos consultores do Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice

A seção litúrgica do Catecismo da Igreja Católica (CIC), dentro do parágrafo dedicado ao «Quando celebrar?», dedica algum espaço para o «Ofício divino», hoje chamado «Liturgia das Horas» (LdH). A LdH é parte integrante do Culto divino da Igreja, não um mero apêndice dos sacramentos. É sagrada Liturgia no sentido verdadeiro e próprio. Na LdH, como naquela sacramental (especialmente a Liturgia Eucarística, da qual o Ofício é como que uma extensão), cruzam-se duas dinâmicas: «do alto» e «do baixo».
Considerada «do alto», a LdH foi trazida à terra pelo Verbo, quando encarnou-se para redimir-nos. Por isso o Ofício divino define-se como «o hino que se canta no Céu por toda a eternidade», introduzido «no exílio terreno» pelo Verbo encarnado (cf. Pio XII, Mediator DeiEE 6/565; também: Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium [SC], n. 83). Podemos cantar os louvores de Deus porque Deus mesmo nos habilita a isso e nos ensina como fazê-lo. Neste primeiro significado, a LdH representa a reprodução, obrada pela Igreja peregrina e militante, do canto dos espíritos celestes e dos beatos, que formam a Igreja gloriosa do Céu. É por esta razão que o lugar onde os monges, os frades e os cónegos se reúnem para rezar o Ofício tomou o nome de «coro»: ele quer reproduzir visivelmente as ordens angelicais e os coros dos santos, que constantemente louvam a majestade de Deus (cf. Is 6,1-4; Ap 5,6-14). Portanto, o coro está estruturado de forma circular não para facilitar o olhar-se mutuamente enquanto se celebra a LdH, mas para representar «o Céu que desce à terra» (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, n. 35), que ocorre quando se celebra o Culto divino.
Em segundo lugar, a LdH reflete uma dinâmica que «de baixo» vai em direção «ao alto»: é um movimento com o qual a Igreja terrena louva, adora, agradece o seu Senhor e lhe pede favores, ao longo de todo o período do dia. A cada momento recebemos benefícios do Senhor, por isso é justo que agradeçamos por eles a cada hora do dia. É por isso que Santo Tomás de Aquino concebe a oração como um ato que, pertencendo à virtude da religião, está relacionada à virtude da justiça (cf. S. Th. II-II, 80, 1, 83, 3). Com o «Prefácio» da S. Missa, podemos dizer que «na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação» louvar o Senhor a cada momento do dia.
Primeiramente Cristo deu o exemplo de incessante oração, dia e noite (cf. Mt 14,23; Mc 1,35; Hb 5,7). O Senhor também recomendou orar sempre, sem nunca se cansar (cf. Lc 18,1). Fiel às palavras e ao exemplo do seu Fundador (cf. 1 Ts 5,17; Ef 6,18), desde a época apostólica a Igreja desenvolveu a própria oração cotidiana segundo um ritmo ordenado que cobrisse toda a jornada, assumindo de forma nova as práticas litúrgicas do templo de Jerusalém. É certo que as duas horas canônicas principais (Laudes e Vésperas) surgiram também com relação aos dois sacrifícios cotidianos do templo: o matutino e o vespertino. Também as orações da Terceira, Sexta e Nona correspondem a tantos outros momentos de orações da praxi judaica. No dia de Pentecostes, os apóstolos estavam reunidos em oração na Hora Terceira (At 2,15). São Pedro teve a visão da toalha de mesa que descia do céu, enquanto estava em oração sobre um terraço pela Hora Sexta (cf. At 10,9). Em outra ocasião, Pedro e João subiam ao templo para rezar na Hora Nona (cf. At 3,1). E não esqueçamos que Paulo e Silas, fechados numa prisão, oravam cantando hinos a Deus por volta da meia-noite (cf. At 16,25).
Não é de admirar, então, que já no final do I século, o Papa são Clemente conseguisse recordar: «Temos que fazer com ordem tudo aquilo que o Senhor nos ordenou fazer durante os períodos especificados. Ele nos prescreveu fazer as ofertas e as liturgias e não de forma aleatória ou sem ordem, mas nas circunstâncias e horários estabelecidos» (Aos Coríntios, XL, 1-2). A Didaquê (cf. VIII, 2) recomenda recitar o Pai Nosso três vezes por dia, algo que atualmente a Igreja faz nas Laudes, Vésperas e na S. Missa. Tertuliano interpreta assim tal tradição antiga: «Nós rezamos, no mínimo, pelo menos três vezes por dia, dado que somos devedores dos Três: do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (De oratione, XXV, 5). No Ocidente, o grande ordenador do Ofício divino foi São Bento de Núrsia, que aperfeiçoou o uso anterior da Igreja de Roma.
Do que foi dito, surgem pelo menos duas considerações fundamentais. A primeira é que a LdH, já que essencialmente cristocêntrica, é profundamente eclesial. Isto implica que, como Culto público da Igreja, a LdH está fora da arbitrariedade do indivíduo e é regulada pela hierarquia eclesiástica. Além disso, ela é uma leitura eclesial da Sagrada Escritura, porque os salmos e as leituras bíblicas são interpretadas pelos textos dos Padres, dos Doutores e dos Concílios, como também das orações litúrgicas compostas pela Igreja mesma(cf. CIC, 1177). Como Culto público, a LdH também tem um componente visível e não apenas interno. Ela é a união de oração e gestos. Se é verdade que «a mente tem que concordar com a voz» (cf. CIC, 1176), também é verdade que o Culto não se celebra somente com a mente, mas também com o corpo (cf. S. Th. II-II , 81, 7). Por isso a Liturgia inclui cantos, recitações verbais, gestos, genuflexões, prostrações, inclinações, incensações, paramentos, etc. Isto também se aplica ao Ofício divino. Além disso, o carácter eclesial da LdH é tal que por sua natureza ela «está destinada a se tornar a oração de todo o povo de Deus» (CIC, 1175). Neste sentido, se é verdade que o Ofício pertence especialmente aos ministros sagrados e aos religiosos – e a Igreja particularmente confia-lhes isso – sempre envolve toda a Igreja: os fiéis leigos (tanto quanto lhes seja possível participar), as almas do Purgatório, os beatos e os anjos nos seus diversos grupos. Cantando os louvores de Deus, a Igreja terrena se une àquela celeste e se prepara para alcançá-la. Assim, a LdH «é realmente a voz da mesma Esposa que fala ao Esposo, ainda mais, é a oração de Cristo, com o seu Corpo, ao Pai» (SC, n. 84, cit. no CIC, 1174).

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Uma liturgia das horas "parva"

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Chamam-se de "parvos" versões simples ou simplificadas de orações e liturgias. Assim, por exemplo, há um Ofício Parvo de Nossa Senhora, ou o Missal Parvo (pequeno, com uma liturgia simplificada, para que padres que viajam muito possam andar sempre com ele).



Padre Sérgio Muniz, pároco da Paróquia da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Antiga Sé, no centro do Rio de Janeiro, compilou uma espécie de "Ofício divino parvo", baseado na Liturgia das Horas. É composto de um ciclo semanal de leituras dos salmos em três horários, correspondentes às três principais horas litúrgicas: Laudes, Vésperas e Completas, chamado "Na Presença dos Anjos" (In Conspectu Angelorum).

Da resenha de lançamento:
A idéia do livro "Na presença dos Anjos" surgiu a partir da preocupação em fornecer aos Anjos do Altar [coroinhas e acólitos de três escalões, todos rapazes, que servem o altar de acordo com sua idade e capacidades, donde são fomentadas vocações sacerdotais], às Martinhas [moças que ajudam a liturgia fora do altar, como fazendo leituras e procissões] e suas respectivas famílias, um subsídio prático, consistente e belo para sua oração cotidiana. Contém uma versão simplificada da Liturgia das Horas, orações devocionais aos santos Anjos, algumas das principais orações cristãs, várias com texto bilíngue (latim/português), orações para antes e depois da Missa e um pequeno guia prático para a Confissão. É um livro útil a todo fiel cristão que deseja alimentar sua vida de oração de modo simples e sólido. Organizado pelo Padre Sérgio Muniz, que estará presente na ocasião para apresentar o livro e dedicar/assinar os exemplares aí adquiridos.

O lançamento se dará no Colégio Santo Amaro em Botafogo, no Rio de Janeiro, nesta quarta. A todos os cariocas faz-se o convite para que prestigiem o lançamento e comprem o livro, para aprofundarem sua vida de oração e se aproximarem da Liturgia das Horas.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Vésperas no Rito Ambrosiano antigo

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Trazemos alguns vídeos de Vésperas solenes celebradas no Rito Ambrosiano tradicional por Mons. Angelo Amodeo, Cônego do Cabido da Catedral de Milão, falecido no último dia 14.

Mons. Amodeo foi um grande defensor dos Ritos Ambrosiano e Romano em sua forma tradicional. Por sua alma oferecemos nossas orações e convidamos os leitores a fazerem o mesmo.

REQUIEM æternam dona ei, Domine, et lux perpetua luceat ei. Requiescat in pace. Amen.



Fonte: New Liturgical Movement

terça-feira, 29 de maio de 2012

Arcebispo de Goiânia chama à fidelidade litúrgica e proíbe "orações de cura" durante a Missa

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Do site da CNBB:

Arcebispo de Goiânia não permite inserção de"orações de cura" na Missa  
O arcebispo de Goiânia (GO), Dom Washington Cruz, assinou decreto, no início de abril último, não permitindo a inserção de "orações de cura" durante a celebração da missa. O arcebispo lembra, no Decreto, que as orações de cura litúrgicas se celebrem segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum.
Dom Washington Cruz
Veja a íntegra do Decreto:
Considerando 
• a Instr. Ardens felicitatis, da Congregação para a Doutrina da Fé (14 de setembro de 2000), na qual se afirma que «a própria Igreja na sua liturgia pede ao Senhor pela saúde dos enfermos» (n. 2); 
• o documento n. 53 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (27 de novembro de 1994), no qual se estabeleceu que «Nas celebrações, observe-se a legislação litúrgica [ ..] Não se introduzam elementos estranhos à tradição litúrgica da Igreja ou que estejam em desacordo com o que estabelece o Magistério ou aquilo que é exigido pela própria índole da celebração» (n. 40); 
• a competência do Bispo diocesano de «dar normas relativas à liturgia, às quais todos são obrigados» (cân. 838, § 4),

DECRETA 
- que as orações de cura litúrgicas se celebrem segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum;
- que o uso de instrumentos de comunicação social, durante as orações de cura, tanto litúrgicas como não litúrgicas, seja submetido à vigilância do Bispo, conforme o cân. 823; 
- que não se insiram orações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, na celebração da Santíssima Eucaristia, dos Sacramentos e da Liturgia das Horas. 
Consciente que "A intervenção da autoridade do Bispo diocesano é obrigatória e necessária, quando se verificarem abusos nas celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, em caso de evidente escândalo para a comunidade dos fiéis ou quando houver grave inobservância das normas litúrgicas e disciplinares» (art. 10, Instr. Ardens felicitatis), estabelece que o presente decreto seja publicado e notificado no território da Arquidiocese. 
Dado em Goiânia, na sede da Cúria Metropolitana, aos 05 dias do mês de abril de 2012. 
Dom Washington Cruz
Arcebispo Metropolitano de Goiânia
**

Que mais e mais bispos possam, como nossos pastores que são, repetir esta bela atitude de Dom Washington. Vivemos num tempo em que se tornou comum ouvir falar de "missa de cura", "missa disso" e "missa daquilo". Mas a Santa Missa não é entretenimento, e o centro da Liturgia deve ser Cristo. Essa corrida pela "(pseudo-)criatividade" litúrgica já levou a que padres disputem fiéis um com o outro. Isso é um fato!

Cristo deve voltar a ser o centro e, para que isso aconteça de forma mais eficaz, precisamos mortificar nossa vontade de atrair os fiéis de outras formas que não pelo próprio Cristo presente no Santo Sacrifício da Missa. Basta que sirvamos a Igreja como ela quer ser servida!

terça-feira, 10 de abril de 2012

No Tempo Pascal, algumas particularidades da Liturgia das Horas

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Assim como na Missa, no Ofício Divino, durante todo o Tempo Pascal, a palavra Alleluia se repete generosamente, compensando e mesmo ultrapassando a medida de sua ausência durante a Quaresma.

O Alleluia está presente em todas as antífonas, tanto nas dos salmos quanto nas dos cânticos evangélicos (Benedictus em Laudes, Magnificat nas Vésperas, Nunc Dimittis nas Completas). Também os responsórios são adornados desta palavra hebraica que, em insuficiente tradução, equivale a "Louvai o Senhor", mas adquiriu, ao longo dos séculos, um significado de louvor e adoração propriamente ditos, sendo conhecida em toda a Cristandade.

Além destas particularidades do Tempo Pascal, existem as particularidades ainda mais especiais da sua primeira semana, a Oitava da Páscoa. Durante esta semana o Glória está presente em todas as Missas. No Ofício Divino, é o venerável hino Te Deum que se canta ou recita, todos os dias, no Ofício das Leituras, sendo que nos outros tempos litúrgicos só aparece aos Domingos (fora da Quaresma), Festas e Solenidades. Podemos perceber com clareza que a Oitava da Páscoa é um grande Domingo com oito dias de duração, por assim dizer.

Nas Completas, o Responsório é substituído. O que normalmente se diz:
Senhor, em vossas mãos, * Eu entrego o meu espírito.
Senhor, em vossas mãos, * Eu entrego o meu espírito.
Vós sois o Deus fiel que salvastes vosso povo. * Eu entrego o meu espírito
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Senhor, em vossas mãos, * Eu entrego o meu espírito.
...na Oitava da Páscoa dá lugar à antífona Haec dies:
Este é o dia que o Senhor fez para nós;
alegremo-nos e nele exultemos. Aleluia.
Em latim:
Haec dies quam fecit Dominus
exultemus et laetemur in ea, alleluia.
Um Alleluia se adiciona ao texto desta antífona conforme a partitura aqui mostrada

Em todas as Missas da Oitava da Páscoa o Gradual se constitui destas mesmas palavras, acrescentando em cada dia um versículo diferente tomado dos Salmos. No Sábado, o Gradual dá lugar a um Alleluia, cujo versículo é o próprio texto Haec dies.

Essas palavras, de modo especial, nos levam a viver todos os dias da Oitava da Páscoa como um só, ajudando-nos a também ampliar nossa celebração pascal durante todos os dias até Pentecostes. Assim é na Forma Ordinária. Na Forma Extraordinária, continuamos com a Oitava de Pentecostes (que gostaríamos de ver trazida à Forma Ordinária...). Como nunca terminássemos de celebrar a Páscoa, e verdadeiramente não terminaremos nunca: não só na própria eternidade, como também já aqui nesta Terra, todo Domingo, a "Páscoa semanal".

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ofício das Trevas em Pouso Alegre, MG, no portal G1

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Hoje tive a feliz surpresa de me deparar com uma matéria muito completa do portal de notícias G1, com fotos e vídeo, sobre o Ofício das Trevas rezado no mosteiro beneditino de Pouso Alegre, MG. O prior, Dom Bento Albertin, OSB, já apareceu no Salvem.

Coloco aqui apenas as fotos e os vídeos. O texto da matéria pode ser conferido no portal G1:

















Crédito das fotos e do vídeo: G1

Ofício das Trevas em Campo Grande, MS

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Relato e fotos do leitor Ewerton Sanches:
Trazemos ao Salvem a Liturgia as fotos da celebração do  Officium Tenebrae na Paroquia São Sebastião  em Campo Grande-MS.  Celebramos na noite da Quarta Maior o Ofício das Trevas onde recordamos a traição de Judas. Na Forma Antiga [Extraordinária], o Rito foi presidido pelo Rvmo. Pe. Expedito Tenorio. Rezaram-se as Matinas e Laudes da Quinta Maior, com as Lamentações do Profeta Jeremias cantadas pelo  Revmo.  Pe. Marcelo Tenorio, as Lições de Santo Agostinho por Diácono José Carlos e Salmos cantados pelo Coral da Paróquia.















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