Recebi do Pe. Jean-Pierre Herman e sacerdote da diocese de Namur (Bélgica). Ele nasceu em 1959. Exerceu até hoje diversos ministérios em Europa, nos Estados Unidos e no Brasil. É autor de diversos artigos em língua francesa sobre a história da liturgia.
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O
Ofício romano do séc. VI aos nossos dias
Continuidade
ou ruptura?
Um
ensaio de avaliação crítica
Pe Jean-Pierre Herman
Ofício
Romano. Um breve percurso histórico
Em 1971 apareceu a primeira edição da Liturgia
Horarum juxta ritum romanum[1],
que substituiu o venerável Breviarium romanum. Um dos objetivos dos
reformadores do Vaticano II era restituir ao Ofício divino seu estatuto de
oração do povo de Deus. Hoje as edições em vernáculo do novo Ofício[2]
são amplamente difundidas e utilizadas para a oração comunitária e individual
dos cristãos, clérigos ou laicos. Pareceu-nos, contudo, conveniente arriscar
uma avaliação após quarenta anos de prática. Apresentaremos aqui, portanto,
duas questões cruciais: por um lado «O Ofício divino atual é realmente o digno
herdeiro do Breviário romano, ou ele marca uma ruptura com uma tradição
secular?» e de outro: «Os reformadores, preocupados em restituir ao povo
cristão a oração das horas, alcançaram seu objetivo?» A breve reconstrução
histórica a seguir ajudar-nos-á a responder.