quinta-feira, 31 de maio de 2012
Visitação de Nossa Senhora - Pe. Francisco F. Carvajal
Pe. Jacson, amigo do Salvem, é nomeado cônego em Frederico Westphalen, RS
No último dia 13 de maio, na Catedral Santo Antonio, de Frederico Westphalen (RS), o Revmo. Pe. Jacson Rodrigo Pinheiro, do presbitério da Diocese, recebeu, de minhas mãos o título de Cônego Honorário do Capítulo da Catedral.
Cônego Jacson é Pároco de Seberi, Chanceler do Bispado, Diretor Espiritual do Seminário Maior, Juiz Auditor da Câmara Eclesiástica e também Diretor Espiritual do Cursilho de Cristandade e do Movimento Emaús.
Todos temos uma grande estima pelo mais novo Cônego da Diocese, por sua dedicação, profundo senso eclesial e por ser sempre um bom amigo de todos.
Desejo ao Cônego Jacson toda a alegria e paz no Senhor, agradecendo muito sua presença tão dedicada em nossa Diocese.
Dom Antonio Carlos Rossi Keller
Bispo de Frederico Westphalen
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Cadê o espírito da liturgia?
II Encontro Consagra-te! Em Cuiabá
terça-feira, 29 de maio de 2012
Arcebispo de Goiânia chama à fidelidade litúrgica e proíbe "orações de cura" durante a Missa
Arcebispo de Goiânia não permite inserção de"orações de cura" na Missa
O arcebispo de Goiânia (GO), Dom Washington Cruz, assinou decreto, no início de abril último, não permitindo a inserção de "orações de cura" durante a celebração da missa. O arcebispo lembra, no Decreto, que as orações de cura litúrgicas se celebrem segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum.
Dom Washington Cruz |
Veja a íntegra do Decreto:
Considerando
• a Instr. Ardens felicitatis, da Congregação para a Doutrina da Fé (14 de setembro de 2000), na qual se afirma que «a própria Igreja na sua liturgia pede ao Senhor pela saúde dos enfermos» (n. 2);
• o documento n. 53 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (27 de novembro de 1994), no qual se estabeleceu que «Nas celebrações, observe-se a legislação litúrgica [ ..] Não se introduzam elementos estranhos à tradição litúrgica da Igreja ou que estejam em desacordo com o que estabelece o Magistério ou aquilo que é exigido pela própria índole da celebração» (n. 40);
• a competência do Bispo diocesano de «dar normas relativas à liturgia, às quais todos são obrigados» (cân. 838, § 4),DECRETA
- que as orações de cura litúrgicas se celebrem segundo o rito prescrito e com as vestes sagradas indicadas no Ordo benedictionis infirmorum do Rituale Romanum;
- que o uso de instrumentos de comunicação social, durante as orações de cura, tanto litúrgicas como não litúrgicas, seja submetido à vigilância do Bispo, conforme o cân. 823;
- que não se insiram orações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, na celebração da Santíssima Eucaristia, dos Sacramentos e da Liturgia das Horas.
Consciente que "A intervenção da autoridade do Bispo diocesano é obrigatória e necessária, quando se verificarem abusos nas celebrações de cura, litúrgicas ou não litúrgicas, em caso de evidente escândalo para a comunidade dos fiéis ou quando houver grave inobservância das normas litúrgicas e disciplinares» (art. 10, Instr. Ardens felicitatis), estabelece que o presente decreto seja publicado e notificado no território da Arquidiocese.
Dado em Goiânia, na sede da Cúria Metropolitana, aos 05 dias do mês de abril de 2012.
Dom Washington CruzArcebispo Metropolitano de Goiânia
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Padres e Seminaristas da FSSPX – “Um reconhecimento é desejável”
Do blog da Una Voce Brasil:
O canal de comunicação da Conferência Episcopal dos Estados Unidos lançou recentemente um pequeno vídeo no portal “Youtube” com as palavras do Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Dom Bernard Fellay, onde ele expõe suas considerações sobre Roma, sobre um reconhecimento e uma regularização canônica por parte da Santa Sé e sobre a fraternidade em si. Nesse mesmo vídeo o bispo deixa claro que o movimento vem do Papa Bento XVI e apenas deles, o que nos faz subentender que há dentro do próprio círculo próximo do Papa pessoas que não querem a FSSPX endossadas por Roma.
Ontem, entretanto, o mesmo canal da Conferência Episcopal lançou dois pequenos vídeos. No primeiro temos novamente Dom Fellay, sendo uma pequena continuação do vídeo anterior. Este vídeo mostra que o Superior Geral está consciente do perigo de divisão interna na fraternidade. O segundo vídeo mostra seminaristas de Écône (Suíça) – o primeiro seminário fundado pelo arcebispo Marcel Lefebvre – e padres professores do mesmo seminário dando suas considerações. Neste segundo vídeo vemos que o coração da Fraternidade (Écône) não foi abalado pela divisão e deseja sim um reconhecimento da parte da Santa Sé, que seria uma espécie de satisfação da justiça, uma vez que estes padres foram tratados com extrema hostilidade nessas duas décadas.
A Una Voce Brasil, procurando apresentar informações aos seus membros e leitores, colocou o mais rápido possível estes dois novos vídeos em seu Canal do Youtube (http://www.youtube.com/user/unavocebrasil), traduzidos e legendados para que todos os brasileiros tenham a oportunidade de acompanhar as importantes declarações dos mesmos, já que nenhum conteúdo com mesma qualidade é produzido originalmente em língua portuguesa.
Parte II — Dom Fellay, Roma e divisões internas
Seminaristas e Padres falam sobre um reconhecimento da Fraternidade
domingo, 27 de maio de 2012
A Vinda do Espírito Santo - Pe. Francisco F. Carvajal
O AMOR DE DEUS foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que habita em nós. Aleluia1. Pentecostes era uma das três grandes festas judaicas; muitos israelitas iam nesses dias em peregrinação a Jerusalém, para adorar a Deus no Templo. A origem da festa remontava a uma antiquíssima celebração em que se davam graças a Deus pela safra do ano, em vésperas de ser colhida. Depois acrescentou-se a essa comemoração, que se celebrava cinqüenta dias depois da Páscoa, a da promulgação da Lei dada por Deus no monte Sinai. Por desígnio divino, a colheita material que os judeus festejavam com tanto júbilo converteu-se, na Nova Aliança, numa festa de imensa alegria: a vinda do Espírito Santo com todos os seus dons e frutos. Quando chegou o dia de Pentecostes, estavam todos juntos num mesmo lugar. E sobreveio de repente um ruído do céu, como de um vento impetuoso, que encheu toda a casa em que se encontravam2. O Espírito Santo manifestou-se por meio dos elementos que costumavam acompanhar a presença de Deus no Antigo Testamento: o vento e o fogo3. O fogo aparece na Sagrada Escritura como imagem do amor que penetra todas as coisas e como elemento purificador4. É uma imagem que nos ajuda a compreender melhor a ação que o Espírito Santo realiza nas almas: Ure igne Sancti Spiritus renes nostros et cor nostrum, Domine... Purificai, Senhor, com o fogo do Espírito Santo as nossas entranhas e o nosso coração... O fogo também produz luz, e significa o novo resplendorcom que o Espírito Santo faz compreender a doutrina de Jesus Cristo. Quando vier o Espírito de verdade, guiar-vos-á para a verdade completa... Ele me glorificará, porque tomará do que é meu e vo-lo dará a conhecer5. Numa ocasião anterior, Jesus havia comunicado aos seus: O Advogado, o Espírito Santo... vos ensinará tudo e vos trará à memória tudo quanto eu vos disse6. É Ele quem nos conduz à plenacompreensão da verdade ensinada por Cristo: “Tendo enviado finalmente o Espírito de verdade, completou, culminou e confirmou a revelação com o testemunho divino”7. No Antigo Testamento, a obra do Espírito Santo é freqüentemente sugerida pela palavra “sopro”, a fim de exprimir ao mesmo tempo a delicadeza e a força do amor divino. Não há nada mais sutil que o vento, que penetra por toda a parte, que parece até percorrer os corpos inanimados e dar-lhes vida própria. O vento impetuosodo dia de Pentecostes exprime a nova força com que o Amor divino irrompe na Igreja e nas almas. São Pedro, diante da multidão de pessoas que se encontravam nas imediações do Cenáculo, fez-lhes ver que se estava cumprindo o que fora anunciado pelos Profetas8: E sucederá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne...9 Os que receberem a efusão do Espírito não serão já uns poucos privilegiados, como os companheiros de Moisés10, ou como os Profetas, mas todos os homens, na medida em que se abrirem a Cristo11. A ação do Espírito Santo deve ter produzido tal assombro nos discípulos e nos que os escutavam que todos estavam fora de si, cheios de amor e de alegria. II. A VINDA DO ESPÍRITO SANTO no dia de Pentecostes não foium acontecimento isolado na vida da Igreja. O Paráclito san-tifica-a continuamente, como também santifica cada alma, através das inúmeras inspirações que se escondem em “todos os atrativos, movimentos, censuras e remorsos interiores, luzes e conhecimentos que Deus produz em nós, prevenindo o nosso coração com as suas bênçãos, pelo seu cuidado e amor paternal, a fim de nos despertar, mover, estimular e atrair para as santas virtudes, para o amor celestial, para as boas resoluções, para tudo aquilo que, numa palavra, nosconduz à nossa vida eterna”12. A sua ação na alma é “suave e aprazível [...]; Ele vem salvar, curar, iluminar”13. No dia de Pentecostes, os Apóstolos foram robustecidos na sua missão de testemunhas de Jesus, a fim de anunciarem a Boa Nova a todos os povos. Mas não somente eles: todos os que crerem nEle terão o doce dever de anunciar que Cristo morreu e ressuscitou para nossa salvação. E sucederá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e profetizarão os vossos filhos e as vossas filhas, e os vossos jovens verão visões, e os vossos anciãos sonharão sonhos. E sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei o meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão14. Assim pregou São Pedro na manhã de Pentecostes, que inaugurava a época dos últimos dias, os dias em que o Espírito Santo foi derramado de uma maneira nova sobre aqueles que crêem que Jesus é o Filho de Deus e põem em prática a sua doutrina. Todos os cristãos têm desde então a missão de anunciar, de cantar as magnalia Dei15, as maravilhas que Deus fez no seu Filho e em todos aqueles que crêem nEle. Somos agora um povo santo para publicar as grandezas dAquele que nos transferiu das trevas para a sua luz admirável16. Ao compreendermos a grandeza da nossa missão, compreendemos também que ela depende da nossa correspondência às moções do Espírito Santo, e sentimo-nos necessitados de pedir-lhe freqüentemente que lave o que está manchado, regue o que está seco, cure o que está doente, acenda o que está morno, retifique o que está torcido17. Porque sabemos bem que no nosso interior há manchas, e partes que não dão todo o fruto que deveriam porque estão secas, e partes doentes, e tibieza, e também pequenos desvios, que é necessário retificar. III. PARA SERMOS MAIS FIÉIS às constantes moções e inspirações do Espírito Santo na nossa alma, “podemos atentar para três realidades fundamentais: docilidade [...], vida de oração e união com a Cruz. Em primeiro lugar, docilidade, “porque é o Espírito Santo quem, com suas inspirações, vai dando tom sobrenatural aos nossos pensamentos, desejos e obras. É Ele quem nos impele a aderir à doutrina de Cristo e a assimilá-la com profundidade; quem nos dá luz para tomarmos consciência da nossa vocação pessoal e força para realizarmos tudo o que Deus espera de nós”18. O Paráclito atua sem cessar na nossa alma: não dizemosuma só jaculatória se o Espírito Santo não nos move a dizê—la19, como nos mostra São Paulo na segunda leitura da Missa. Ele está presente e inspira-nos quando lemos o Evangelho, quando oramos, quando descobrimos uma luz nova num conselho recebido, quando meditamos uma verdade de fé que talvez já tivéssemos considerado antes muitas vezes. Percebemos que essa luz não depende da nossa vontade. Não é coisa nossa, mas de Deus. É o Espírito Santo quem nos move suavemente a abeirar-nos do sacramento da Penitência, a levantar o coração a Deus num momento inesperado, a realizar uma boa obra. É Ele quem nos sugere um pequeno sacrifício ou nos faz encontrar a palavra adequada que anima uma pessoa a ser melhor. Vida de oração, “porque a entrega, a obediência, a man-sidão do cristão nascem do amor e para o amor se orientam.E o amor leva à vida de relação, à conversa assídua [...]. A vida cristã requer um diálogo constante com Deus Uno e Trino, e é a essa intimidade que o Espírito Santo nos con-duz [...]. Acostumemo-nos a procurar o convívio com o Espírito Santo, que é quem nos há de santificar; a confiar nEle, a pedir a sua ajuda, a senti-lo perto de nós. Assim se irá dilatando o nosso pobre coração, teremos mais ânsias de amar a Deus e, por Ele, a todas as criaturas”20. União com a Cruz, “porque na vida de Cristo, o Calvário precedeu a Ressurreição e o Pentecostes, e esse mesmo processo se deve reproduzir na vida de cada cristão [...]. O Espírito Santo é fruto da Cruz, da entrega total a Deus, da procura exclusiva da sua glória e da completa renúncia a nós mesmos”21. Podemos terminar a nossa oração fazendo nossas as súplicas contidas no hino que se canta na Seqüência da Missa deste dia de Pentecostes: Vinde, Espírito Santo, e enviai do céu um raio da vossa luz. Vinde, Pai dos pobres; vinde, dador de graças; vinde, luz dos corações. Consolo ótimo, doce hóspede da alma, doce refrigério, vinde! Vós sois descanso no trabalho, na aflição remanso, no pranto consolo. Ó luz santíssima, enchei o mais íntimo do coração dos vossos fiéis [...]. Dai aos vossos fiéis, que em Vós confiam, os vossos sete dons. Dai-lhes o mérito da virtude, dai-lhes o porto da salvação, dai-lhes a eterna alegria22. Para chegarmos a um convívio mais íntimo com o Espírito Santo, nada tão eficaz como aproximar-nos de Santa Maria, que soube secundar como ninguém as inspirações do Espírito Santo. Os Apóstolos, antes do dia de Pentecostes, perseveravam unânimes na oração, com algumas mulheres e com Maria, a Mãe de Jesus23. (1) Rom 5, 5; 8, 11; Antífona de entrada da Missa da vigília; (2) At 2, 1-2; (3) cfr. Ex 3, 2; (4) cfr. M. D. Philippe, Mistério de Maria, Rialp, Madrid, 1986, págs. 352-355; (5) cfr. Jo 16, 13-14; (6) Jo 14, 26; (7) Conc. Vat. II, Const. Dei Verbum, 4; (8) Jl 2, 28; (9) At 2, 17; (10) cfr. Num 11, 25; (11) cfr. Jo 7, 39; (12) São Francisco de Sales, Introdução à vida devota, II, 18; (13) São Francisco Sales,Catequese 16 sobre o Espírito Santo, 1; (14) At 2, 17-18; (15) At 2, 11; (16) 1 Pe 2, 9; (17) cfr. Missal Romano, Seqüência da Missa de Pentecostes; (18) Josemaría Escrivá, É Cristo que passa, n. 135; (19) cfr. 1 Cor 12, 3; (20) Josemaría Escrivá, op. cit., n. 136; (21) ib., n. 137; (22) Missal Romano, Seqüência da Missa de Pentecostes; (23) cfr. At 1, 14. |
sábado, 26 de maio de 2012
Ex-anglicanos: ordenações diaconais de 17 clérigos do Ordinariato de Nossa Senhora de Walsingham, na Inglaterra
Um dos fatos mais importantes dessa leva de novos diáconos é a ordenação de John Hunwicke, ex-padre anglicano e um dos maiores conhecedores de liturgia (inclusive rito romano) em língua inglesa, grande incentivador do latim e do versus Deum mesmo na forma ordinária e entusiasta da forma extraordinária e do uso de Sarum.
Igreja dos Arautos do Evangelho é elevada à condição de Basílica
A Sequência de Pentecostes, Veni Sancte Spiritus
Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete donsDai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna!Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
Veni, Sancte Spiritus,et emitte caelituslucis tuae radium.
Veni, pater pauperum,veni, dator munerumveni, lumen cordium.
Consolator optime,dulcis hospes animae,dulce refrigerium.
In labore requies,in aestu temperiesin fletu solatium.
O lux beatissima,reple cordis intimatuorum fidelium.
Sine tuo numine,nihil est in homine,nihil est innoxium.
Lava quod est sordidum,riga quod est aridum,sana quod est saucium.
Flecte quod est rigidum,fove quod est frigidum,rege quod est devium.
Da tuis fidelibus,in te confidentibus,sacrum septenarium.
Da virtutis meritum,da salutis exitum,da perenne gaudium. Amen. Alleluia.
A sequência se compõe de cinco estrofes duplas, feita cada de uma de três versos espondaicos. De acordo com investigações recentes, sua autoria deve ser atribuída a Stephen Langton, chanceler da Universidade de Paris (+1228). [Nascido em 1150, Stephen Langton foi Arcebispo da Cantuária, em inglês "Canterbury", a sé episcopal que foi católica até o rompimento de Henrique VIII com a Igreja, no século XVI.]
Em seu primeiro verso a primeira estrofe usa o material melódico do segundo Alleluia, sendo, portanto, sua continuação melódica; em conteúdo, é um desenvolvimento da fervorosa súplica do Alleluia. Assim, temos aqui uma Sequentia (continuação) no sentido exato desta palavra. Do fundo de nossa indigência o motivo ascende, é ouvido uma quarta acima no segundo verso, e com uma mudança de intervalo no terceiro verso, apresentando assim uma forma a - a1 - a2. O intervalo de sexta entre o segundo e o terceiro versos é muito raro no cantochão. Surpreendente é, também, o movimento ascendente da última sílaba da palavra no fim do verso. O mesmo ocorre em alguns dos seguintes pares de estrofes.
O primeiro par de estrofes canta o Espírito Santo como fonte de luz e das riquezas da alma:
1a - Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz!
1b - Vinde, Pai dos pobres, dai aos corações vossos sete dons.
O segundo par de estrofes se estabelece na dominante e, com jubilosa confiança, ascende uma oitava acima da tônica. Elas louvam o Espírito Santo como fonte da consolação nas provações e nos sofrimentos. A execução se deve aqui dotar de mais força:
2a - Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde!
2b - No labor descanso, na aflição remanso, no calor aragem.
O terceiro par de estrofes se estabelece na oitava, aspecto sem precedente no período clássico de composição de cantochão e difícil de encontrar antes do século XI. Quão animador é este apelo pela luz salvadora! A passagem ddcbcdc, no começo foi tomada, parece, de (in La)-bore requies. No terceiro verso, b[b] a g f corresponde a d c b a do primeiro:
3a - Sem a luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele.
3b - Ao sujo lavai, ao seco regai, curai o doente.
Até aqui a Seqüência estava quase continuamente ascendendo e se expandindo. No par subseqüente de estrofes a melodia descreve uma curva e se dota de mais ternura. Uma harmonia graciosa marca as linhas do primeiro e do segundo versos: bab cbag – fefgfed.
O terceiro verso é quase o mesmo do motivo inicial da Seqüência de Corpus Christi (Lauda Sion). Este é o único par de estrofes de termina no tenor. Deve-se tomar cuidado para que a primeira nota de cada verso não seja prolonga; do contrário, resultará num mero compasso 3/8:
4a - Dobrai o que é duro, guiai no escuro, o frio aquecei.
4b - Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons.
Depois desta diminuição em registro e volume, o vigor anterior retorna no último par de estrofes, e está mesmo aumentado. Abrasador e turbulento como o brilho das línguas de fogo é o anel do primeiro e do último membros; podem bem ser cantados forte. Há quintas descendentes no começo, e terminações que correspondem uma à outra (acba = dfed). O verso intermediário é mais quieto. A estrofe sinal novamente de estabelece na oitava.
Assim como a primeira estrofe ora insistentemente Veni quatro vezes, o último par tem quatro vezes da: dai, ó Espírito Santo!
5a - Dai em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna!
5b - Enchei, luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!
O compositor deste canto era uma verdadeira harpa de Deus tocada pelo próprio Espírito Santo. Seus sons permanecerão por tanto tempo quanto a humanidade recorrer, em oração sincera, ao “Pai dos pobres”. Quem quer que perceba a carência de seu próprio coração, quem quer que simpatize com tudo aquilo que move o seu coração e o coração de seus irmãos, quem quer que reflita, enquanto medita o texto e seu desenvolvimento melódico, sobre a obra do Espírito Santo nas almas e na Igreja, alcançará a mais adequada interpretação deste canto magnífico.
quinta-feira, 24 de maio de 2012
O apagar do Círio Pascal e mais acerca da Solenidade de Pentecostes
- O bispo deve celebrar a Missa Estacional e presidir a Liturgia das Horas (Cerimonial dos Bispos, n. 376).
- A cor litúrgica, tanto na missa da vigília, como na missa do dia, é o vermelho.
- A principal missa do Domingo de Pentecostes deve ser marcada por maior solenidade.
- A sequência própria de Pentecostes, Veni Sancte Spiritus, deve ser cantada (ou ao menos recitada) antes do Evangelho em todas as missas.
- A Oração Eucarística I, se escolhida, possui comunicante próprio (“Communicantes, et diem sacratissimum Pentecostes celebrantes...” em latim, e “Em comunhão com toda a Igreja celebramos o dia santo de Pentecostes...” em português).
- Como se trata da conclusão do "Grande Domingo", que compreende os cinquenta dias do Tempo Pascal, o Missal prescreve o duplo Aleluia na despedida (assim como na Oitava da Páscoa) da Missa do Domingo de Pentecostes (mas não para a da Vigília) e das Horas maiores.
- Em alguns lugares, manteve-se o costume de que a segunda e terça-feira após Pentecostes sejam dias de devoção ao Espírito Santo. Este costume tem relação com a Oitava de Pentecostes, do calendário da Forma Extraordinária. Por conta disso, a missa votiva do Espírito Santo costuma ser oferecida nestes dias.
“Após a despedida, o incenso é preparado e abençoado. O diácono (ou, em sua falta, o celebrante) leva o Círio Pascal, e, precedido pelo turiferário, cruciferário e ceroferários (preferencialmente sem as velas), carrega-o até o batistério, onde é colocado em seu castiçal ou suporte. O celebrante pode incensá-lo com três ductos; então a procissão retorna à sacristia ou sala das vestimentas, como de costume. O Círio deverá ser apagado quando todo o povo tiver saído da igreja.”
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Santa Missa em Latim e Consagração à Nossa Senhora
Local: Capela de Santa Teresa D´Avila em Currais Novos/RN, Diocese de Caicó