terça-feira, 9 de julho de 2013
Curso de iniciação à iconografia russo-bizantina
sábado, 17 de novembro de 2012
Liturgia ucraniana no Concílio Vaticano II
sábado, 20 de outubro de 2012
Convite: padre melquita brasileiro servindo no Egito em visita ao Brasil
Neste domingo, dia 21 de outubro, nossa Paróquia Melquita São Basílio receberá a ilustre presença do Arquimandrita ("Monsenhor") Mauricio Curi, o único padre católico melquita brasileiro com ascendência árabe da história dos melquitas no Brasil, atualmente Vigário Patriarcal do Cairo e Pároco da Igreja da Imaculada Concepção, no Cairo, servindo no Egito já há 26 anos. Monsenhor Maurício é também irmão da famosa Aída Curi, jovem cristã que preservou sua virgindade até a morte, no Rio de Janeiro dos anos 50, e escritor de uma biografia de Aída.Além disso, Monsenhor Maurício é um sacerdote de grande coração, cujo testemunho do Evangelho que dá em terras egípcias é tocante para todos.Convidamos todos para desfrutar da riqueza do patrimônio litúrgico do Oriente e mostrar também apoio à sofredora presença cristã em terras do Oriente Médio, muitas vezes perseguida pela grande maioria muçulmana.A Divina Liturgia de São João Crisóstomo (Santa Missa em rito bizantino) será celebrada pelo Monsenhor Maurício Curi, sendo assistido pelo pároco, Monsenhor George Khoury, às 11 horas deste domingo, dia 21 de outubro, na Paróquia Católica Greco-Melquita de São Basílio e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Rio de Janeiro. Endereço: Rua República do Líbano, 17 - Centro.Site da Igreja da Imaculada Concepção, no Cairo: http://www.freewebs.com/immaculee/
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Exaltação da Santa Cruz em códice bizantino
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Ordenação diaconal de um brasileiro em paróquia carioca da Igreja Ortodoxa Russa
O amigo Marcelo Wallace, hoje Diác. Marcelo Wallace, foi ordenado em 23 de outubro passado por Dom Platão, Metropolita do Brasil e de Toda a América do Sul da Igreja Ortodoxa Russa.
Embora nosso blog seja católico, as fotos bem refletem uma tradição que também é nossa, ainda que não latina. As fotos são um preito de louvor ao sacratíssimo rito bizantino, que tantos santos forjou (e cujo Ordinário foi composto por santos, como São João Crisóstomo e São Basílio Magno, além de vários Próprios, com suas odes, hinos, cânones, tropários e kontákions da lavra de tantos outros, como Santo André de Creta).
Chama a atenção também que a ordenação se deu em uma pequena paróquia AQUI NO BRASIL (Igreja Santa Zenaide, no Rio), mas não faltou solenidade, o que serve de lição para tantas paróquias latinas que alegam sua simplicidade para celebrar liturgias “de qualquer modo”, sem sacralidade.
Abaixo, um vídeo da ordenação:
sábado, 12 de novembro de 2011
São Josafá, o raptor de almas
São Josafá
Texto do Luís Augusto, da ARS.
Pax et bonum!
Passada já a conclusão da Assembleia Especial para o Oriente Médio, do Sínodo dos Bispos (10-24/10, n.e.: de 2010), celebramos hoje a memória de São Josafá. Tomemos o dia de hoje como um dia especial para implorar a Deus a unidade dos cristãos.
Nasceu em Wolodymyr, na Volynia (Ucrânia), em 1580, de pais ortodoxos, e é recordado como símbolo de uma Rússia ferida pelas lutas entre ortodoxos e uniatas. A diocese de Polock se encontrava na Rutênia, região que da Rússia passou em parte para o domínio do Rei da Polônia, Sigismundo III. A fé dos Polacos era católica romana, na Rutênia, pelo contrário, como no resto da Rússia, os fiéis pertenciam à Igreja Greco-Ortodoxa. Tentou-se uma união da Igreja grega com a latina. Manter-se-iam os ritos e sacerdotes ortodoxos, mas se restabeleceria a comunhão com Roma. Esta Igreja, dita "uniata", encontrou a aprovação do Rei da Polônia e do Papa Clemente VIII. Todavia, os ortodoxos acusavam de traição os uniatas, que não eram bem aceitos mesmo por católicos latinos. João Kuncevitz, que toma o nome de Josafá, foi o grande defensor da Igreja uniata. Aos 20 anos foi recebido entre os monges basilianos. Monge, prior, abade e finalmente arcebispo de Polock, empreendeu uma reforma dos costumes monásticos da região rutena, favorecendo assim a Igreja uniata. Mas em 1623, por causa de sua obra foi surpreendido por um grupo de ortodoxos que o assassinaram.
São Josafá, "mártir da unidade", foi apelidado por seus perseguidores de "raptor de almas", por pregar o amor à Sé de Pedro e conduzir muitos para a comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana. Infelizmente dizem hoje que a questão da igreja uniata tem perturbações políticas; falam de proselitismo e dizem que tem atrapalhado o diálogo entre Roma e o patriarcado de Moscou.
Diante de tantas coisas, cremos na santidade do intento deste santo pastor e pedimos a Deus que suscite novos pastores e fiéis desejosos da verdadeira unidade dos cristãos, que não se trata simplesmente de misturar pessoas, dogmas e práticas em diálogos superficiais, que não são realizados plenamente na caridade e na verdade.
Rezemos (as 6 Orações do Dia, das Missas pela Unidade dos Cristãos, do Missal Romano de 2002):
- Omnípotens sempitérne Deus, qui dispérsa cóngregas et congregáta consérvas, ad gregem Fílii tui placátus inténde, ut, quos unum sacrávit baptísma, eos et fídei iungat intégritas, et vínculum sóciet caritátis.
- Súpplices te rogámus, amátor hóminum, Dómine: pleniórem Spíritus tui grátiam super nos effúnde benígnus, et præsta, ut, digne qua nos vocásti vocatióne ambulántes, testimónium veritátis exhibeámus homínibus, et ómnium credéntium unitátem in vínculo pacis fidéntes inquirámus.
- Deus, qui diversitátem géntium in confessióne tui nóminis adunásti, da nobis et velle et posse quæ præcipis, ut pópulo ad regnum tuum vocáto una sit fides méntium et píetas actiónum.
- Preces pópuli tui, quæsumus, Dómine, placátus inténde, et præsta, ut fidélium corda in tua laude et commúni pæniténtia iungántur, quátenus, christianórum divisióne subláta, in perfécta Ecclésiæ communióne ad ætérnum tuum regnum properémus lætántes.
- Pópulum tuum, quæsumus, Dómine, propítius réspice, et Spíritus tui super ipsum dona cleménter effúnde, ut in veritátis iúgiter amóre succréscat, et perféctam christianórum unitátem stúdio perquírat et ópere.
- Ubertátem misericordiárum tuárum, Dómine, revéla super nos et, in virtúte Spíritus tui, christianórum divisiónes rémove, ut Ecclésia tua signum inter natiónes elevátum clárius appáreat, et mundus, tuo Spíritu illustrátus, in Christum credat quem misísti.
(Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que estava disperso e conservais o que está unido, atendei propício o rebanho de vosso Filho, para que os consagrados através do mesmo batismo sejam unidos pela integridade da mesma fé e pelo vínculo da caridade.)
(Suplicantes vos rogamos, Senhor, que amais os seres humanos: derramai, benigno, a plenitude da graça do vosso Espírito sobre nós e fazei que, perseverando dignamente na vocação que nos destes, possamos dar testemunho da verdade aos homens e procuremos confiantes a unidade de todos os crentes no vínculo da paz.)
(Ó Deus, que reunistes a diversidade dos povos na confissão do vosso nome, dai-nos desejar e possuir o que nos prometeis, para que haja a mesma fé nos corações e a mesma piedade nas ações do povo chamado ao vosso reino.)
(Atendei propício, Senhor, nós vos pedimos, as preces do vosso povo e fazei que os corações dos vossos fiéis se reúnam no vosso louvor e na penitência e, superada a divisão entre os cristãos, corramos com alegria, na perfeita comunhão da Igreja, rumo ao vosso reino eterno.)
(Olhai, Senhor, para o vosso povo, nós vos pedimos, e com clemência derramai sobre ele os dons do vosso Espírito, para que cresça continuamente no amor à verdade e procure com zelo e pelas obras a perfeita unidade dos cristãos.)
(Mostrai-nos, Senhor, a fecundidade das vossas misericórdias e, pela força do vosso Espírito, desfazei as divisões entre os cristãos, para que vossa Igreja apareça mais claramente como sinal elevado entre as nações e o mundo, iluminado pelo vosso Espírito, creia no Cristo que enviastes.)
Papa Bento XVI e o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I
Papa Bento XVI e o Patriarca de Constantinopla Bartolomeu I
Papa Bento XVI e o Patriarca de Moscou Cirilo I
Papa Bento XVI e o Patriarca de Moscou Cirilo I
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Divina Liturgia Pontifical em comemoração aos 60 anos do martírio do Beato Teodoro Romzha, Bispo
O vídeo pode ser visto aqui: http://ercf.blogspot.com/2011/09/pontifical-divine-liturgy-in.html
Fotos abaixo, tiradas do Eastern Rite Catholic Filipinos:
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Cores litúrgicas na tradição eslava do rito bizantino
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Carta do Patriarca Melquita, Gregório III, sobre a liturgia
A Eucaristia é o Mistério dos Mistérios assim como a Páscoa é a Festa das Festas
7. A comunidade dos fiéis vive pela fé no mistério de Cristo. Os sacramentos são facetas, transfigurações ou aparências do mistério de Deus que tomou forma humana para dar à humanidade sua forma divina. Uma vez que a Eucaristia é o sacramento de todos sacramentos, ela coroa todas as várias orações e serviços litúrgicos.A Eucaristia é como a Páscoa: não está no rol comumdas festas, poisé seu pináculo, como nossas orações litúrgicas costumam dizer, a "festa das festas e a celebração das celebrações"(Oitavo Ode do Cânon Pascal).Em verdade, existe um elo essencial entre a Páscoa ea Eucaristia, pois esta é o lugar sacramental em que a Páscoa de Cristo é dilatadae se torna a Páscoa da Igreja, "a oferta da ressurreição", segundo São Gregório Nazianzeno, no quarto século, ou ainda "o ícone da economia do Salvador", de acordo com a expressão de Nicolau Cabasilas, no décimo quarto século.Por isso, espiritualidade eucarística da Liturgia condensa-se e encontra a espiritualidade do ano litúrgico nestas três linhas principais:i. O serviço da Palavra corresponde à Teofania (ao Natal, Batismo e à pregação do Evangelho)
ii. O serviço da anáfora corresponde à Páscoa (à Paixão, Crucificação e Ressurreição)
iii. O serviço da Comunhão corresponde à theosis [NT: divinização, santificação].
A liturgia como um antegozo do Reino14. Na Divina Liturgia, vivemos de uma maneira especial, conquanto ainda na terra, a liturgia celeste, na qual as miríades de anjosrendem glória e louvor à Divina Trindade, indivisívelem essência, dizendo: "Santo, santo, santo é o Senhor Deus dos Exércitos. O céu ea terra estão cheios de vossa glória "(cf. Isaías 6, 3). É a canção celestial que ouvimos ressoar no coração da igreja. E a ela nós adicionamos o hino terreno, em que Jerusalém saúda o Rei vindo para salvar: "Bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas" (Mateus 21, 9b).15. A Divina Liturgia translada-nos para o céu, pois nos abre uma dimensão escatológica e faz com que assim "tomamos parte em uma antecipação da liturgia celeste, que é celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual caminhamos como peregrinos" (Vaticano II Constituição sobre a Sagrada Liturgia, no. 8).16. A Divina Liturgia traz-nos também o próprio céu eproporciona a entradadele em nossa vida cotidiana. A Igreja ou comunidade eucarística é o lugar do novo nascimento através do Espírito Santo, o nascimento que o nosso Senhor Jesus Cristo entregou-nos no mistério de sua morte e ressurreição. É uma comunidade do Evangelho e da Eucaristia. É o Corpo de Cristo o lugar de Pentecostes, onde o Espírito Santo descee torna o pão eo vinho Corpo e Sangue de Cristo, assim como Ele torna os fiéis outros Cristos, e transforma toda a criação no templo vivo de Deus, em que, em suas câmaras, são repetidoscânticos e hinos de agradecimento e louvor, pois toda a criação "geme... esperandoredenção..." (Romanos 8,22-23)17. Então, a terra torna-se céu ea vida torna-se, na visão cristã, uma DivinaLiturgia universal, cósmica. É por essa razão que se diz que a Divina Liturgia é o céu na terra.
41. A Instrução ["Aplicação das prescrições litúrgicas do Código dos Cânones das Igrejas Orientais", Congregação para as Igrejas Orientais, 1996 - em inglês, aqui] menciona a importância de se orar voltado para o Oriente no No. 107, "Desde antigostempos que tem sido habitual na oração das Igrejas Orientais prostrar-se até o chão, voltando-se para o oriente; os próprios edifícios foram construídos de tal forma que o altar estivesse virado para o oriente. São João Damasceno explica o significado dessa tradição: "Não é por simplicidade, nem por acaso, que oramos voltados para as regiões do Oriente .... Uma vez que Deus é luz inteligível (1 João 1, 5), e nas Escrituras, Cristo é chamado o Sol da justiça (Malaquias 3, 20) e do Oriente (Zacarias 3,8 da LXX [NT: Septuaginta]), é necessário dedicar o Oriente a ele, a fim de render-lhe adoração. A Escritura diz: "Então o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, no oriente, e colocou ali o homem que tinha formado" (Gênesis 2: 8). ... Em busca da pátria antiga e tendendo para ela, nós adoramos a Deus. ... Esperando por ele, nós nos prostramos em direção ao Oriente. É uma tradição tácita, decorrente dos Apóstolos" .Esta rica e fascinante interpretação também explica o motivo pelo qual o celebrante que preside a celebração litúrgica rezavoltado para o leste [NT: que nem sempre pode coincidir com o Oriente geográfico], assim como as pessoas participantes. Não é uma questão, como se costuma afirmar, de presidir a celebração com as costas viradas para o povo, mas sim de orientar as pessoas em peregrinação rumoao Reino, que é invocado em nossa oração até o retorno do Senhor.Tal prática, ameaçada em tantas Igrejas Orientais Católicas por uma influência latina nova e recente, é, portanto, de profundo valor e deveria ser preservada como verdadeiramente coerente com a espiritualidade oriental litúrgica.
43. A Instrução destaca a importância da fidelidade à tradição. Lemos no. 109, "Não se pode negar que as Igrejas católicas orientais foram expostas, em tempos bastante recentes, à influência dos estilos de arte sacra completamente estrangeiros a sua herança, tanto na forma externa dos edifícios sagrados, quanto à organização do espaço interior e às imagens sacras. Ainda, das observações precedentes,emerge uma unidade harmoniosa entreas palavras, gestos, espaço e os objetos próprios e específicos de cada uma das liturgias orientais. A este aspecto, deve-se referir continuamenteplanejar de novos lugares de culto. E naturalmente exige-seda parte do clero um conhecimento aprofundado da sua própria tradição, alémde um plano de formação para os fiéis que seja constante, bem estabelecido e sistemático, para que eles sejam plenamente capacitados a perceber a riqueza dos sinais que lhes foram confiados. Fidelidade não implica fixação anacrônica, como a própria evolução da arte sacra -- até mesmo no Oriente --demonstra, mas sim uma desenvolvimento que seja totalmente coerente com o significado profundo e imutável atribuído pela celebração a tais sinais."
70. Já tivemos de ouvir o bastante sobre uma Divina Liturgia longa ou curta, sobre um serviço longo ou curto. Esse comentário só ouvimos quando o assunto concerne à Liturgia ou ao serviço de oração. Nunca ouvimos falar de uma visita longa ou curta,deuma mais ou menos demoradasessão diante da televisão ou do computador, nem sobre a duração de um encontro com amigos numa praça, bar oudanceteria. Pensamos, pois, que tais observações sobreos serviços de oração são fúteis e sem valor. Tiremosdo pulso nossos relógios quando entrarmosna atmosfera de oração [sugestão do tradutor: façamos isso literalmente!]. Deixemos os nossos relógios e horários terrenos quando penetrarmos na casa de Deus. "É tempo para o Senhor agir". É assim que a Divina Liturgia começa[i]: completamente voltada para o Senhor. Para isso,nossas orações litúrgicas muitas vezes nos exortam: "Ponhamos de lado toda apreocupação temporal ...", "ninguém que está vinculado a preocupações terrenas e materiais ..." e, ainda, "elevemos nossos corações ao Senhor ... fiquemos atentos ". São Basílio, o Grande diz: "Não apresse-te durantetua oração. Não a abrevie para gerar tempo para os negócios mundanos. Não preste atenção aos rostos das pessoas, mas direciona totalmente teu coração para o Rei entronizado diante de ti,cercado de anjos que lhe tem atenção completamente dedicada”.
sábado, 22 de outubro de 2011
Rito bizantino: Entronização do brasileiro D. Daniel Kozlinski Netto como Administrador da Santa María del Patrocinio de Buenos Aires, da Igreja Greco-Ucraniana Católica
sábado, 21 de maio de 2011
Calendário bizantino, 21 de maio: festa de São Constantino, o Grande, e Santa Helena, Imperadores, Iguais-aos-Apóstolos
O calendário litúrgico bizantino celebra hoje o Imperador São Constantino, o Grande, e sua mãe, Santa Helena, com o título de Iguais-aos-Apóstolos.
Tal calendário é adotado não só pelos ortodoxos cismáticos, como também pelos melquitas, ucranianos greco-católicos, rutenos, russos, e fiéis de outras Igrejas Católicas Orientais de rito bizantino em plena comunhão com Roma e obedientes ao Papa. A tradição de Constantinopla não é privilégio dos que se separaram da Cátedra de Pedro!
Para os latinos, sua mãe, Santa Helena, é comemorada no dia 18 de agosto, ao passo que não há festa litúrgica de Constantino no rito romano. Entre os bizantinos, todavia, os dois são comemorados juntos no dia de hoje, 21 de maio.
Imagem de Santa Helena na Basílica de São Pedro, no Vaticano
Diz a Wikipedia sobre São Constantino:
Nascido em Naissus, na Mésia (actual Niš na Sérvia), filho de Constâncio Cloro (ou Constâncio I Cloro) e da filha de um casal de donos de uma albergaria na Bitínia, Helena de Constantinopla,[2] Constantino teve uma boa educação — especialmente por ser filho de uma mulher de língua grega e haver vivido no Oriente grego, o que facilitou-lhe o acesso à cultura bilíngue própria da elite romana — e serviu no tribunal de Diocleciano depois do seu pai ter sido nomeado um dos dois césares, na altura um imperador júnior, na Tetrarquia em 293. Embora sua condição junto a Diocleciano fosse em parte a de um refém, Constantino serviu nas campanhas do césar Galério e de Diocleciano contra os Sassânidas e os sármatas. Quando da abdicação conjunta de Diocleciano e Maximiano em 305, Constâncio seria proclamado augusto, mas Constantino seria descartado como césar em proveito de Flávio Severo (também conhecido modernamente como Severo II, título que jamais usou, para não ser confundido com o grande imperador do século anterior, Septímio Severo).
Pouco antes da morte de seu pai, em 25 de julho de 306, Constantino conseguiu a permissão de Galério para reunir-se a ele no Ocidente, chegando a fazer uma campanha juntamente com Constâncio Cloro contra os pictos, estando junto do leito de morte do seu pai em Eburacum (atual York) na Britânia,[3] o que lhe permitiu impor o princípio da hereditariedade em seu proveito, proclamando-se "césar" e sendo reconhecido como tal por Galério, então feito "augusto" do Oriente.[4] Desde o início de seu reinado, assim, Constantino tinha o controle da Britânia,Gália, Germânia e Hispânia, com sua capital em Trier, cidade que fez embelezar e fortificar.
Nos dezoito anos seguintes, combateu uma série de batalhas e guerras que o fizeram o governador supremo do Império Romano. Como Maximiano desejava retomar sua posição de augusto, da qual havia-se afastado a contragosto junto com Diocleciano, Constantino recebeu-o na sua corte e aliou-se a ele por um casamento em 307 com a filha de sete anos de Maximiano, Fausta, o que lhe permitiu ser reconhecido tacitamente como augusto em 308 por Galério, numa conferência dos tetrarcas em Carnuntum (atual Petronell-Carnuntum na Áustria). Em 309, no entanto, Constantino enfrentaria seu sogro, que tentava recuperar abertamente o poder, capturando-o em Marselha e fazendo assassiná-lo. Em 310, Constantino seria formalmente reconhecido como Augusto por Galério.[5] Severo havendo sido entrementes eliminado, em 307, por Magêncio, filho de Maximiano que havia-se proclamado imperador em Roma, Constantino deveria acabar por enfrentrar seu cunhado para conseguir o domínio completo do Ocidente romano. Após uma série de mediações fracassadas e lutas confusas, Constantino, após apoiar o usurpador africano Lúcio Domício Alexandre, cortando o suprimento de trigo de Roma, de 308 a 309, desceu em 312 até a Itália para eliminar Magêncio.
Essas guerras civis constantes e prolongadas fizeram de Constantino, antes de mais nada, um reformador militar, que, para aumentar o número de tropas a sua disposição imediata, constituiu o cortejo militar do imperador (comitatus) num corpo de tropas de elite autosuficiente - um verdadeiro exército de campanha — principalmente pelo recrutamento de grande número de germanos que se apresentavam ao exército romano nos termos de diversos tratados de paz, a começar pelo chefe dos alamanos Chrocus, que teve um papel decisivo na aclamação de Constantino como Augusto.[6]
Notas:
2 Cf. Jean-Michel Carrié & Aline Roussele, L'Empire romain en mutation: des Sévéres à Constantin, 192-337, Paris Seuil,1999, ISBN 2.02.025819.6, pgs.219/220 3 Cf. Carrié & Roussele, ibid., pg.220 4 Carrié & Roussele, ibid., pg.743 5 Carrié & Roussele, ibid., pgs. 221/222 e 744; M. Christol & D. Nony, Rome et son Empire, Paris, Hachette, 2003,pg.236 6 M. Christol & D. Nony, ibid.,pgs.235/236
Estátua de São Constantino, em York, Inglaterra, onde foi proclamado Augusto
Outras fontes, a nosso ver, mais confiáveis, dizem que Santa Helena não era filha de donos de uma albergaria na Bitínia, e sim filha do rei Coel, na Britânia ocupada pelos romanos e lá conheceu o então Tribuno (mais tarde Legado e, então, César) Constâncio Cloro. Daí que São Constantino seja herdeiro de duas casas reais: a romana e a bretã.
São Constantino e Santa Helena foram chamados “Iguais-aos-Apóstolos” pela proteção que deram à Igreja e pelo zelo apostólico que os levou a construir igrejas e fomentar a evangelização. De fato, tal é a importância do Imperador que Eusébio de Cesaréia, o grande escritor eclesiástico que era seu contemporâneo, chamava-o de “Novo Moisés”.
Ainda na Wikipedia lemos:
Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Magêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão. Segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz, e nela estava escrito em latim: “In hoc signo vinces” - — "Sob este símbolo vencerás".
De manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu uma vitória esmagadora sobre o inimigo. Esta narrativa tradicional não é hoje considerada um fato histórico, tratando-se antes da fusão de duas narrativas de fatos diversos encontrados na biografia de Constantino pelo bispo Eusébio de Cesareia.
O restante do artigo está com muitos equívocos, pelo que deixamos de citá-lo.
São Constantino demorou para se converter de fato, sendo batizado, mas passa, a partir de 317, a adotar cada vez mais frequentemente símbolos cristãos, como o "chi-rô", emblema que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo ("X" e "P" superpostos). Sua mãe, Santa Helena, o influenciava em uma conversão que não era motivada por política, mas prudente, serena e convicta. Helena é quem encontrou a relíquia da Verdadeira Cruz (a “Vera Cruz”, que por primeiro deu nome ao Brasil), em Jerusalém, e também quem, com seu filho, construiu a magnífica Igreja do Santo Sepulcro, bem como a Basílica da Natividade, em Belém.
Os dois construíram também a primeira Basílica de São Pedro em Roma, sobre o túmulo do primeiro Papa, a qual hoje se encontra substituída, no mesmo lugar, pela igreja renascentista onde o Sumo Pontífice celebra suas Missas de maior importância.
Até mesmo o Concílio Ecumênico de Nicéia I, em 325, o primeiro concílio universal da Igreja, foi convocado pelo Imperador São Constantino, interessado em acabar com as disputas teológicas, e fazer reinar a ortodoxia contra a heresia.
Entretanto, muito da atuação do santo foi controversa até que tenha definitivamente se arrependido de seus pecados pelo Batismo no fim da vida. Como pertencente ao espírito próprio daquela época e sendo, de origem, pagão, ocupando o cargo de Imperador Romano, Constantino cometeu crimes abomináveis, como o sufocamento de sua esposa e a morte de seu filho. Sem embargo, a graça de Deus é impressionante e o Imperador, abjurando os erros, pode hoje ser considerado modelo de virtude.
São Constantino e Santa Helena, Iguais-aos-Apóstolos
O site Ecclesia, da Igreja Ortodoxa Grega no Brasil traz o seguinte:
O imperador Constantino, o Grande, era filho de santa Helena e de Constâncio Cloro que administrava a parte ocidental do Império Romano (Gália e Britânia). Por ordem do imperador Diocleciano, aos 18 anos, Constantino foi retirado dos pais, passando a viver na corte de Nicomédia.
Após a abdicação do Diocleciano, Constantino voltou para a Gália e, depois da morte do seu pai Constâncio, no ano de 306, foi proclamado imperador. Graças à sua mãe, Santa Helena, ele foi benevolente ao cristianismo. Seu pai, apesar de pagão, protegia os cristãos, pois percebeu que eram cidadãos fiéis e honestos.
Quando Diocleciano ainda não perseguia os cristãos, na sua corte havia muitos deles ocupando os mais variados cargos. Constantino teve a oportunidade de convencer-se de sua lealdade. Depois, viu todos os horrores da perseguição e a firmeza invulgar dos confessores de Cristo, o que também influenciou na sua tolerância e benevolência para com eles. Mais tarde, disse que a sua permanência na corte de Diocleciano contribuiu muito para a sua conversão ao cristianismo: “Eu comecei a me afastar dos administradores, pois percebi a selvageria dos seus temperamentos”.
Constantino era trabalhador e muito ativo, acessível a todos, generoso, previdente e perspicaz, podemos dizer que era um gênio universal e, por todas estas suas qualidades a Providencia Divina o escolheu para empreender a maior reviravolta no seu império e em todo mundo.
Durante o seu reinado, lutava principalmente com três inimigos e, nesta luta, aos poucos mas, decididamente, resolveu se converter ao cristianismo.
No ano 308, foi vitorioso na luta contra o imperador Maximiano Hércules e se apressou a expressar a sua gratidão na forma de ricas oferendas à um ídolo no templo do Apolo. Neste ato revelou seu traço característico: embora sendo ainda pagão, era uma pessoa piedosa e estava convencido de que venceu só com a ajuda do céu.
No ano 312, uma nova guerra põe em confronto o imperador Constantino com o imperador Maxêncio, filho do Maximiano. Durante esta guerra, um pouco antes da batalha final, ao cair da tarde, quando o sol já começava a se por, Constantino viu com os seus próprios olhos no céu uma cruz luminosa com a inscrição: «Com isto vencerás» (em grego: NIKA).
Durante a noite, Jesus apareceu à ele num sonho com a mesma cruz e lhe disse que, com a cruz, ele venceria o inimigo. No dia seguinte Constantino mandou fazer em todos os lábaros e estandartes do seu exército a imagem da santa cruz. Vencendo Maxêncio, Constantino entrou em Roma com grande triunfo e, na praça principal, mandou colocar a sua estátua com uma cruz na mão tendo a inscrição: «Com esta cruz salvei a cidade do jugo do tirano.»
Após esta vitória, o imperador Constantino juntamente com o seu genro Licínio, publicou em Milão o primeiro edito, permitindo a todos se converterem a cristianismo. O segundo edito, assinado por ele no mesmo ano de 313, ordenava que fossem devolvidos aos cristãos todos os lugares de seus cultos, assim como os seus bens materiais, seqüestrados durante as perseguições.
Ao mesmo tempo, a relação amigável entre Constantino e Licínio começou a deteriorar, passando a uma luta aberta. Esta guerra deveria decidir o destino dos cristãos no Império Romano, pois Licínio achava que os cristãos orientais eram mais dedicados a Constantino do que à ele. Assim Licínio começou oprimi-los, passando a uma aberta perseguição. Constantino, porém, posicionou-se como defensor dos cristãos. Ambos os imperadores preparavam-se para uma guerra, cada qual, conforme a sua religião. Os oráculos profetizavam vitória ao Licínio, no entanto, os cristãos rezavam por seu imperador Constantino. Deus deu a vitória a Constantino na batalha de Adrianópolis (322). Licínio perdeu o trono e a vida. Constantino tornou-se o único monarca do Império e o cristianismo venceu.
O Imperador Constantino dedicou toda a sua vida ao bem da Igreja, pelo que mereceu o nome de «igual-aos-apóstolos». Desde o seu tempo, todas as instituições, leis, serviço militar, eram dirigidos conforme os preceitos cristãos.
Pode-se mencionar, além dos editos acima referidos, as seguintes medidas e atos do imperador Constantino em favor do cristianismo:
• Aboliu os jogos pagãos (314);
• Libertou o clero dos deveres cívicos e as terras da igreja dos impostos (313-315);
• Aboliu a crucificação e promulgou uma lei muito severa contra os judeus, que se revoltavam contra a Igreja (315);
• Permitiu libertar sem maiores formalidades os escravos que trabalhavam para as igrejas, o que antigamente era muito complicado (316);
• Proibiu às pessoas particulares fazer oferendas aos ídolos pagãos bem como chamar oráculos para a sua casa, deixando este direito somente às associações (319);
• Mandou em todo o Império festejar o dia de Domingo (321);
• Defendendo as virgens celibatárias, aboliu as leis romanas contra o celibato;
• Conferiu à Igreja o direito de receber bens conforme o testamento das pessoas;
• Permitiu aos cristãos o acesso às altas posições no governo;
• Mandou construir igrejas cristãs e proibiu colocar lá estátuas dos imperadores, como era comum nos templos pagãos (325).
O imperador Constantino encontrava forte oposição em Roma, onde o paganismo era ainda muito forte. Esta oposição dos pagãos foi manifestada especialmente durante os festejos do vigésimo aniversário do seu reinado, o que resultou num esfriamento de seu interesse pela antiga capital do Império, Roma, até que, finalmente, deixou-a definitivamente fundando uma nova capital cristã junto ao estreito de Bósforo que foi, a seu pedido, abençoada pelos bispos cristãos, recebendo o nome de Constantinopla.
Nesta nova capital, no lugar dos templos pagãos, começaram a ser construídas igrejas cristãs e no lugar das estátuas de ídolos pagãos eram colocados os santos ícones.
O imperador Constantino revelou um grande interesse nas controvérsias causadas pelas heresias dos donatistas, principalmente de Ário, buscando de todos os modos reconciliar os que estavam divididos.
Um de seus maiores méritos foi a convocação do Primeiro Concílio Ecumênico na cidade de Nicéia em 325.
Apesar de sua grande devoção à santa Igreja, Constantino, de acordo com o costume daquela época, adiou seu batismo até os últimos dias de sua vida. Ao sentir a aproximação da morte, demonstrando uma grande devoção por este importante sacramento, foi batizado e morreu em paz, quando orava, em 21 de maio de 337.
A história o agraciou com o epíteto «Grande». Por seus muitos serviços prestados ao cristianismo, a Igreja o honra com o título «igual-aos-apóstolos».
Terminamos com um tropário rcantado aos dois santos na liturgia bizantina: