Na liturgia, é preciso executar determinadas ações, fazer certos gestos, portar-se de uma maneira adequadamente disposta. Chamamos a tais procedimentos ações cerimoniais, pois se executa, por eles, uma dada cerimônia. Em alguns momentos, deve-se sentar, em outros ajoelharem-se ou ficar de pé. É necessário, igualmente, juntar as mãos ou elevá-las, falar em voz alta ou baixa, segurar objetos, ler, fazer o sinal-da-cruz etc.
Cada uma dessas ações cerimoniais reveste-se de fundamental importância para a correta celebração litúrgica, de vez que são permeadas de forte carga simbólicas. Mesmo as que não possuem significado mais profundo, sem embargo, têm a sua respeitabilidade e, dependendo do caso, são, no mais das vezes, preceptivas: servem para demonstrar, no mínimo, a unidade do rito romano, transmitir sua antiguidade, conectar-nos com a rica tradição da Igreja, explicitar beleza e elegância em cada detalhe.
Embora haja uma sadia diversidade na Igreja, que se reflete em certos aspectos da liturgia, ainda que em um mesmo rito, cumpre manter uma mínima unidade e, até mesmo, uniformidade nos gestos e ações, conforme nos mandam as rubricas de cada livro litúrgico. As ações cerimoniais uniformemente adotadas passam-nos a mensagem da universalidade da Igreja, da solidez do rito e da seriedade do culto católico. Por sua fiel observância, denotamos que o centro da liturgia é Jesus Cristo, não o homem. A Missa, a Liturgia das Horas, a celebração dos sacramentos, as procissões, enfim, cada ato de culto público instituído pela autoridade da Igreja, conquanto tenha por beneficiário o homem, têm por destinatário a Deus. Trata-se de atividades teocêntricas, nunca antropocêntricas. E, como é o Senhor quem está no centro e no fim da liturgia, importa a Ele agradar pela adoração “em espírito e verdade” (Jo 4,23), e não satisfazer nossas paixões ou gostos particulares. Nesse terreno, é a Igreja Católica, depositária da verdade e representante da vontade de Deus, quem deve regular, nunca nossas opiniões, muitas delas recheadas de subjetivismo e relativismo, tão em voga nos tempos hodiernos.
A possibilidade de eleger cerimônias, diálogos, ritos e gestos mais simples não seja invocada para sepultar o fausto da solenidade litúrgica.
Enfim, deve-se lembrar o princípio da nobre simplicidade, sobre o qual já discorremos, na execução de cada ação cerimonial. Um ar de distinção, de sobriedade unidade à beleza, de decoro e graciosidade, de elegância sem afetação, de gravidade, deve reinar no culto. As ações sejam simples, sem um desnecessário rebuscamento, que soe totalmente artificial, forçado.
Essa simplicidade, porém, seja nobre e grave, com a consciência de que estamos em local sagrado, diante do Deus Altíssimo, e celebrando com uma liturgia herdeira da riquíssima e bimilenar tradição eclesiástica, em que cada gesto deve demonstrar o que significa para melhor adoração a Deus e maior compreensão do próprio homem que O cultua. Impere, pois, além da acuidade na observância dos detalhes das rubricas, uma seriedade em sua execução. Esta acuidade e seriedade são, enfim, demonstrações de zelo pela liturgia e pelas normas da Igreja, o que, por sua vez, é fruto do amor a Deus e às almas.
Assim, de nada adianta termos uma Missa em que o padre use casula, tenha incenso, execute cantos em latim, a Comunhão seja dada na boca e de joelhos, etc, mas cujo celebrante seja desleixado em sua postura: caminha como quem está andando pela rua, sem solenidade; "descansa" as mãos sobre o altar; olha para qualquer lado ou fixa o olhar no povo; não tem a postura ereta, solene.
A naturalidade com que se deve celebrar não pode nunca vulgarizar o culto, como se estivéssemos diante de algo banal. Naturais devemos ser como quem está diante de um Pai amoroso, mas sem esquecer que se trata de uma celebração profundamente sobrenatural, na qual é o próprio Cristo quem celebra mediante Seus ministros sagrados. A liturgia não é algo do dia-a-dia, comum, porém um sair da normalidade, do ordinário: é criar o céu na terra, é sair da habitualidade e colocar-se diante do trono do Altíssimo e do Cordeiro, é refletir a adoração celebrada na corte celestial, é fazer presente o descrito no Apocalipse, é unir a Igreja Militante e a Padecente à Triunfante.
Celebrar a Missa de qualquer jeito – sem obedecer ao disposto nas rubricas, sem atender àqueles aspectos de solenidade e exuberância que embelezam o culto e demonstram o esplendor católico, e, mais ainda, sem aquele cuidado de observar até mesmo aquilo que não está descrito nas regras (mas que é absolutamente fiel ao senso litúrgico) – é não diferenciar entre as esferas material e espiritual, é banalizar o que há de mais espetacular no universo, é conceber a liturgia de maneira antropocêntrica.
Cada uma dessas ações cerimoniais reveste-se de fundamental importância para a correta celebração litúrgica, de vez que são permeadas de forte carga simbólicas. Mesmo as que não possuem significado mais profundo, sem embargo, têm a sua respeitabilidade e, dependendo do caso, são, no mais das vezes, preceptivas: servem para demonstrar, no mínimo, a unidade do rito romano, transmitir sua antiguidade, conectar-nos com a rica tradição da Igreja, explicitar beleza e elegância em cada detalhe.
Embora haja uma sadia diversidade na Igreja, que se reflete em certos aspectos da liturgia, ainda que em um mesmo rito, cumpre manter uma mínima unidade e, até mesmo, uniformidade nos gestos e ações, conforme nos mandam as rubricas de cada livro litúrgico. As ações cerimoniais uniformemente adotadas passam-nos a mensagem da universalidade da Igreja, da solidez do rito e da seriedade do culto católico. Por sua fiel observância, denotamos que o centro da liturgia é Jesus Cristo, não o homem. A Missa, a Liturgia das Horas, a celebração dos sacramentos, as procissões, enfim, cada ato de culto público instituído pela autoridade da Igreja, conquanto tenha por beneficiário o homem, têm por destinatário a Deus. Trata-se de atividades teocêntricas, nunca antropocêntricas. E, como é o Senhor quem está no centro e no fim da liturgia, importa a Ele agradar pela adoração “em espírito e verdade” (Jo 4,23), e não satisfazer nossas paixões ou gostos particulares. Nesse terreno, é a Igreja Católica, depositária da verdade e representante da vontade de Deus, quem deve regular, nunca nossas opiniões, muitas delas recheadas de subjetivismo e relativismo, tão em voga nos tempos hodiernos.
A possibilidade de eleger cerimônias, diálogos, ritos e gestos mais simples não seja invocada para sepultar o fausto da solenidade litúrgica.
Enfim, deve-se lembrar o princípio da nobre simplicidade, sobre o qual já discorremos, na execução de cada ação cerimonial. Um ar de distinção, de sobriedade unidade à beleza, de decoro e graciosidade, de elegância sem afetação, de gravidade, deve reinar no culto. As ações sejam simples, sem um desnecessário rebuscamento, que soe totalmente artificial, forçado.
Essa simplicidade, porém, seja nobre e grave, com a consciência de que estamos em local sagrado, diante do Deus Altíssimo, e celebrando com uma liturgia herdeira da riquíssima e bimilenar tradição eclesiástica, em que cada gesto deve demonstrar o que significa para melhor adoração a Deus e maior compreensão do próprio homem que O cultua. Impere, pois, além da acuidade na observância dos detalhes das rubricas, uma seriedade em sua execução. Esta acuidade e seriedade são, enfim, demonstrações de zelo pela liturgia e pelas normas da Igreja, o que, por sua vez, é fruto do amor a Deus e às almas.
Assim, de nada adianta termos uma Missa em que o padre use casula, tenha incenso, execute cantos em latim, a Comunhão seja dada na boca e de joelhos, etc, mas cujo celebrante seja desleixado em sua postura: caminha como quem está andando pela rua, sem solenidade; "descansa" as mãos sobre o altar; olha para qualquer lado ou fixa o olhar no povo; não tem a postura ereta, solene.
A naturalidade com que se deve celebrar não pode nunca vulgarizar o culto, como se estivéssemos diante de algo banal. Naturais devemos ser como quem está diante de um Pai amoroso, mas sem esquecer que se trata de uma celebração profundamente sobrenatural, na qual é o próprio Cristo quem celebra mediante Seus ministros sagrados. A liturgia não é algo do dia-a-dia, comum, porém um sair da normalidade, do ordinário: é criar o céu na terra, é sair da habitualidade e colocar-se diante do trono do Altíssimo e do Cordeiro, é refletir a adoração celebrada na corte celestial, é fazer presente o descrito no Apocalipse, é unir a Igreja Militante e a Padecente à Triunfante.
Celebrar a Missa de qualquer jeito – sem obedecer ao disposto nas rubricas, sem atender àqueles aspectos de solenidade e exuberância que embelezam o culto e demonstram o esplendor católico, e, mais ainda, sem aquele cuidado de observar até mesmo aquilo que não está descrito nas regras (mas que é absolutamente fiel ao senso litúrgico) – é não diferenciar entre as esferas material e espiritual, é banalizar o que há de mais espetacular no universo, é conceber a liturgia de maneira antropocêntrica.