Fotos de Lucilene Cristina Vieira, via Facebook:
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Forma extraordinária: Domingo de Ramos na Antiga Sé, Rio
Fotos de Lucilene Cristina Vieira, via Facebook:
A Liturgia, a Carta aos Hebreus e o Apocalipse, por Scott Hahn
domingo, 1 de abril de 2012
Domingo de Ramos em Frederico Westphalen, RS
D. Antonio Carlos Rossi Keller, Bispo de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, celebrando a procissão e Missa de Domingo de Ramos, na forma ordinária.
O sacerdote na celebração do Tríduo Pascal
DEPARTAMENTO DAS CELEBRAÇÕES LITÚRGICAS
DO SUMO PONTÍFICEO sacerdote na celebração do Tríduo PascalA Carta aos Hebreus é o único texto do Novo Testamento que atribui ao nosso Senhor Jesus Cristo os títulos de “Sacerdote”, “Sumo Sacerdote” e “Mediador da Nova Aliança”, graças à oferenda do sacrifício do seu corpo, antecipado na Ceia mística da Quinta-Feira Santa, consumado sobre a cruz e apresentado ao Pai com a ressurreição e a ascensão ao céu (cf. Hb 9,11-15). Este texto é meditado na Liturgia das Horas da quinta semana da Quaresma – ou da Paixão, como no calendário litúrgico da forma extraordinária do Rito Romano – e na Semana Santa.Nós, sacerdotes católicos, devemos sempre contemplar Cristo e ter os mesmos sentimentos d’Ele; esta ascese acontece com a conversão permanente. Como se realiza a conversão em nós, sacerdotes? No rito da ordenação nos é pedido o ensino da fé católica, não das nossas ideias; “celebrar com devoção dos mistérios de Cristo – isto é, a liturgia e os sacramentos – segundo a tradição da Igreja”, e não segundo o nosso gosto; sobretudo, “estar cada vez mais unidos a Cristo Sumo Sacerdote, que, como vítima pura, ofereceu-se ao Pai por nós”, isto é, conformar nossa vida segundo o mistério da Cruz.A Santa Igreja honra o sacerdote e o sacerdote deve honrar a Igreja com a santidade da sua vida – este foi o propósito de Santo Afonso Maria de Ligório no dia da sua ordenação –, com o zelo, com o trabalho e com o decoro. Ele oferece Jesus Cristo ao Pai Eterno e por isso deve estar revestido das virtudes de Jesus Cristo, para preparar-se para o encontro com o Santo dos Santos. Que importante é a preparação interior e exterior para a sagrada liturgia, para a Santa Missa! Trata-se de glorificar o Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo.Pois bem, tudo isso se realiza em grau máximo na Semana Santa, a Grande e Santa Semana, como dizem os orientais. Vejamos alguns dos seus principais atos, com base no cerimonial dos bispos.1. Com a Missa in Cena Domini, da Quinta-Feira Santa, o sacerdote entra nos principais mistérios – a instituição da Santíssima Eucaristia e do sacerdócio ministerial –, assim como do mandamento do amor fraterno, representado pelo lavatório dos pés, gesto que a liturgia copta realiza ordinariamente cada domingo. Nada melhor para expressá-lo que o canto do Ubi caritas. Após a comunhão, o sacerdote, usando o véu umeral, sobre ao altar, faz a genuflexão e, ajudado pelo diácono, segura a píxide com as mãos cobertas pelo véu umeral. É o símbolo da necessidade de mãos e corações puros para aproximar-se dos mistérios divinos e tocar o Senhor!2. Na Sexta-Feira Santa in Passione Domini, o sacerdote é convidado a subir ao Calvário. Às três da tarde, às vezes um pouco mais tarde, acontece a celebração da Paixão do Senhor, em três momentos: a Palavra, a Cruz e a Comunhão. Dirige-se em procissão e em silêncio ao altar. Depois de ter reverenciado o altar, que representa Cristo na austera nudez do Calvário, ele se prostra em terra: é a proskýnesis, como no dia da ordenação. Assim, expressa a convicção do seu nada diante da Majestade divina, e o arrependimento por ter se atrevido a medir-se, por meio do pecado, com o Onipotente. Como o Filho que se anulou, o sacerdote reconhece seu nada e assim tem início sua mediação sacerdotal entre Deus e o povo, que culmina na oração universal solene.Depois se faz a ostensão e a adoração da Santa Cruz: o sacerdote se dirige ao altar com os diáconos e lá, em pé, ele a recebe e a descobre em três momentos sucessivos – ou a mostra já descoberta – e convida os fiéis à adoração, em cada momento, com as palavras: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Em sua descarnada solenidade, aqui, no coração do ano litúrgico, a tradição resistiu tenazmente mais que em outros momentos do ano.O sacerdote, após ter depositado a casula, se possível descalço, aproxima-se primeiramente da Cruz, ajoelha-se diante dela e a beija. A teologia católica não teme em dar aqui à palavra “adoração” seu verdadeiro significado. A verdadeira Cruz, banhada com o sangue do Redentor, torna-se, por assim dizer, uma só coisa com Cristo e recebe a adoração. Por isso, prostrando-nos diante do lenho sagrado, nós nos dirigimos ao Senhor: “Nós vos adoramos, ó Cristo, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz redimistes o mundo”.3. A Páscoa do Reino de Deus se realizou em Jesus: oferecida e consumida a Ceia, “na noite em que ia ser entregue”; imolada sobre o Calvário na Sexta-Feira Santa, quando “houve escuridão sobre toda a terra”, mais uma vez à noite recebe a consagração da aprovação divina, na ressurreição de Cristo Senhor: por João, sabemos que Maria Madalena se aproximou do sepulcro “bem de madrugada”; portanto, aconteceu nas últimas horas da noite após o sábado pascal.No Novus Ordo, o sacerdote, desde o início da Vigília, está vestido de branco, como para a Missa. Ele abençoa a fogo e acende o círio pascal com o novo fogo, se procede, após ter aplicado, como na liturgia antiga, uma cruz. Depois grava sobre o lado vertical da cruz a letra grega alfa e, abaixo, a letra omega; entre os braços da cruz, faz a incisão de quatro algarismos para indicar o ano em curso, dizendo: Cristo ontem e hoje. Depois, feita a incisão da cruz e dos demais sinais, pode aplicar no círio cinco grãos de incenso, dizendo: Por suas santas chagas. Depois, cantando o Lumen Christi, guia a procissão rumo à igreja. O sacerdote está à cabeça do povo dos fiéis aqui na terra, para poder guiá-lo ao céu.É o sacerdote que entoa solenemente Eis a luz de Cristo!. Ele o canta três vezes, elevando gradualmente o tom da voz: o povo, depois de cada vez, repete-o no mesmo tom. Na liturgia batismal, o sacerdote, estando de pé diante da fonte, abençoa a água, cantando a oração: Ó Deus, por meio dos sinais sacramentais; enquanto invoca: Desça, Pai, sobre esta água, pode introduzir nela o círio pascal, uma ou três vezes.O significado é profundo: o sacerdote é o órgão fecundador do seio eclesial, simbolizado pela fonte batismal. Verdadeiramente, na pessoa de Cristo Cabeça, ele gera filhos que, como pai, fortifica com o crisma e nutre com a Eucaristia. Também em razão destas funções maritais com relação à Igreja esposa, o sacerdote não pode senão ser homem. Todo o sentido místico da Páscoa se manifesta na identidade sacerdotal, chegando à plenitude, o plếroma, como diz o Oriente. Com ele, a iniciação sacramental chega ao cume e a vida cristã se torna o centro.Portanto, o sacerdote, que subiu com Jesus à cruz na Sexta-Feira Santa e desceu ao sepulcro no Sábado Santo, no Domingo de Páscoa pode afirmar realmente com a sequência: “Sabemos que Cristo verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos”.
Homilia do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, por Pe. Paulo Ricardo
sexta-feira, 30 de março de 2012
Sermão de São Pedro Crisólogo, Bispo de Ravena, sobre a oração, o jejum e a esmola
Um grande texto espiritual do Bispo do séc. IV, muito apropriado para esta Quaresma:
Há três coisas, meus irmãos, três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude. São elas a oração, o jejum e a misericórdia. O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente.
O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas.
Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado, ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si.
Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia; deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te compadeças dos outros com generosidade e presteza.
Peçamos, portanto, destas três virtudes – oração, jejum, misericórdia – uma única força mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma única oração sob três formas distintas.
Reconquistemos pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus, como ensina o Profeta: “O sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado” (Sl 50,19).
Homem, oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos.
Mas, para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir as torrentes da misericórdia.
Tu que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter guardado para ti, distribui aos outros,para que venhas a recolher; dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não o possuirás.
quinta-feira, 29 de março de 2012
A Santa Missa e a entrega pessoal - Pe. Francisco F. Carvajal
30. A SANTA MISSA E A ENTREGA PESSOAL– O sacrifício de Jesus Cristo no Calvário. Ofereceu-se a si mesmo por todos os homens. A entrega pessoal.– A Santa Missa, renovação do sacrifício da Cruz.– Valor infinito da Santa Missa. A nossa participação no Sacrifício. A Santa Missa, centro da vida da Igreja e de cada cristão.I. A PRIMEIRA LEITURA da Missa relata-nos como Moisés intercede diante de Javé para que não castigue a infidelidade do seu povo. Aduz argumentos comovedores: o bom nome do Senhor entre os gentios, a fidelidade à Aliança feita com Abraão e seus descendentes... Apesar das dificuldades e desvios do Povo eleito, o Senhor perdoa uma vez mais. Mais ainda, o amor de Deus pelo seu povo e, por meio dele, por todo o gênero humano alcançará a manifestação suprema: De tal modo amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna1.A entrega plena de Cristo por nós, que culmina no Calvário, constitui o apelo mais premente para que correspondamos ao seu grande amor por cada um de nós. Na Cruz, Jesus consumou a entrega plena à vontade do Pai e o amor por todos os homens, por cada um: Ele me amou e se entregou por mim2.Em todo o sacrifício verdadeiro, existem quatro elementos essenciais, e todos eles se encontram presentes no Sacrifício da Cruz:sacerdote, vítima, oferecimento interior e manifestação externa do sacrifício. A manifestação externa deve ser expressão da atitude interior. Jesus, ao morrer na Cruz, manifesta exteriormente – através das suas palavras e atos – a sua amorosa entrega interior. Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito3: a missão que me confiaste está concluída, cumpri a tua vontade.Ele é, então e agora, o Sacerdote e a Vítima: Tendo, pois, um sumo sacerdote, grande, que penetrou nos céus, Jesus, o filho de Deus, conservemos firme a nossa fé. Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas enfermidades; antes pelo contrário, ele passou pelas mesmas provações que nós, fora o pecado4. O Sacrifício da Cruz é único. Sacerdote e Vítima são uma só e a mesma pessoa divina: o Filho de Deus encarnado. Jesus não foi oferecido ao Pai por Pilatos ou Caifás, ou pela multidão reunida em torno do Calvário. Foi Ele que se entregou a si mesmo, em perfeita identificação com a vontade do Pai.Nós, que queremos imitar Jesus, que só desejamos que a nossa vida seja reflexo da sua, devemos perguntar-nos na nossa oração de hoje se sabemos unir-nos ao oferecimento de Jesus ao Pai, aceitando a vontade de Deus em cada momento, nas alegrias e nas contrariedades, nas coisas que nos ocupam diariamente, nos momentos mais difíceis, como podem ser o fracasso, a dor ou a doença, e nos momentos fáceis, em que sentimos a alma cheia de felicidade.“Minha Mãe e Senhora, ensina-me a pronunciar um sim que, como o teu, se identifique com o clamor de Jesus perante seu Pai: Non mea voluntas... (Lc 22, 42): não se faça a minha vontade, mas a de Deus”5.II. A SANTA MISSA e o Sacrifício da Cruz são o mesmo e único sacrifício, embora estejam distanciados no tempo; volta a fazer-se presente a total submissão amorosa do Senhor à vontade do Pai, embora não se repitam as circunstâncias dolorosas e cruentas do Calvário. Esse oferecimento interior é, pois, idêntico no Calvário e na Missa: é a oblação de Cristo. Estamos diante do mesmo Sacerdote, da mesma Vítima e da mesma oblação através da Paixão e Morte de Jesus; simplesmente, na Missa, a separação do Corpo e do Sangue de Cristo é sacramental, não cruenta, mediante a transubstanciação do pão e do vinho.O sacerdote que celebra a Missa é apenas o instrumento de Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote. Cristo oferece-se a si mesmo em cada uma das Missas, exatamente como o fez no Calvário, ainda que agora o faça através do sacerdote, que atua in persona Christi. Por isso “toda a Missa, ainda que celebrada privadamente por um sacerdote, não é ação privada, mas ação de Cristo e da Igreja. Esta, no sacrifício que oferece, aprende a oferecer-se a si mesma como sacrifício universal, e aplica à salvação do mundo inteiro a única e infinita eficácia redentora do Sacrifício da Cruz”6.A nossa oração de hoje é um bom momento para ver como assistimos e participamos da Santa Missa. “Estais ali com as mesmas disposições com que a Virgem Maria esteve no Calvário, já que se trata da presença do mesmo Deus e da consumação do mesmo sacrifício?”7Amor, identificação plena com a vontade de Deus, oferecimento de si mesmo, ânsia de corredimir.III. SENDO ESSENCIALMENTE IDÊNTICO ao Sacrifício da Cruz, o Sacrifício da Missa tem um valor infinito. Em cada Missa, oferece-se a Deus Pai uma adoração, uma ação de graças e uma reparação infinitas, independentemente das disposições concretas dos que assistem e do celebrante, porque o Ofertante principal e a Vítima que se oferece são o próprio Cristo. Portanto, não existe um modo mais perfeito de adorar a Deus que o oferecimento da Missa.Também não existe um modo mais perfeito de dar graças a Deus por tudo o que Ele é e pelas suas contínuas misericórdias para conosco: nada na terra pode ser mais grato a Deus que o Sacrifício do altar. E, ao mesmo tempo, de cada vez que se celebra a Santa Missa, dada a infinita dignidade do Sacerdote e da Vítima, repara-se por todos os pecados do mundo: a Missa é a única perfeita e adequadareparação, e a ela devemos unir os nossos atos de desagravo; ela é realmente “o coração e o centro do mundo cristão”8. Neste Santo Sacrifício, “está gravado o que há de mais profundo na vida de cada um dos homens: a vida do pai, da mãe, da criança, do ancião, do jovem e da jovem adolescente, do professor e do estudante, do homem culto e do homem simples, da religiosa e do sacerdote. De todos, sem exceção. É assim que a vida do homem se insere, mediante a Eucaristia, no mistério do Deus vivo”9.Os frutos de cada Missa são infinitos, mas, em nós, estão condicionados pelas nossas disposições pessoais. É por isso que a nossa Mãe a Igreja nos convida a participar de uma forma consciente, ativa e piedosa10 nesse ato que é o mais sublime que acontece em cada dia. De modo especial, temos de procurar estar atentos e recolhidos no momento da Consagração; nesses instantes, devemos procurar penetrar na alma dAquele que é ao mesmo tempo Sacerdote e Vítima, na sua amorosa oblação a Deus Pai, como sucedeu no Calvário.Este Sacrifício será então o ponto central da nossa vida diária, como o é de toda a liturgia e da vida da Igreja. A nossa união com Cristo no momento da Consagração será tanto mais plena quanto maior for a nossa identificação com a vontade de Deus, ao longo das nossas jornadas. Em união com o Filho, não só oferecemos ao Pai a Santa Missa como nos oferecemos a nós mesmos por Ele, com Ele e nEle. Este ato de união deve ser tão profundo e verdadeiro que influa decisivamente no nosso trabalho, nas nossas relações com os outros, nas nossas alegrias e fracassos, em tudo.Contamos com muitas ajudas para viver bem a Santa Missa. Entre outras, a dos anjos, que “sempre estão ali presentes em grande número para honrar este santo mistério. Unindo-nos a eles e animados da mesma intenção, receberemos necessariamente muitas influências favoráveis dessa companhia. Os coros da Igreja triunfante unem-se e juntam-se a Nosso Senhor, neste ato divino, para cativarem, nEle, com Ele e por Ele o coração de Deus Pai, e para tornarem eternamente nossa a sua misericórdia”11. Recorramos a eles para evitar as distrações e esforcemo-nos por cuidar com mais amor desse tempo único em que participamos do Sacrifício da Cruz.(1) Jo 3, 16; (2) Gal 2, 20; (3) Lc 23, 46; (4) Hebr 4, 14-15; (5) Josemaría Escrivá,Via Sacra, IVª est., n. 1; (6) Paulo VI, Enc. Mysterium Fidei, 3-IX-1965, n. 4; (7) Cura d’Ars, Sermão sobre o pecado; (8) João Paulo II, Homilia no Seminário de Venegono, 21-V-1983; (9) idem, Homilia no encerramento do XX Congresso Eucarístico Nac. da Itália, 22-V-1983; (10) cfr. Conc. Vat. II, Const. Sacrossanctum Concilium, 48 e 11; (11) São Francisco de Sales, Introdução à vida devota.