Clique na imagem para comprar esta fundamental e monumental obra sobre o desenvolvimento do rito romano e comentário de cada parte da Missa (no rito anterior à reforma litúrgica, quando foi escrito), pela Editora Paulus:
que maravilha!!! reeditaram esse livro, não podería ter surgido melhor novidade; tenho-o em espanhol e o guardo com o maior carinho, conhece-lo e conhecer uma fonte sigura a cerca da evolução do ritual da Santa Missa semcontradições e invencionices. Pe. Donisete
Você que é um conhecedor do rito romano, ou talvez até o livro fale algo, tenho uma questão. Li num artigo que a forma extraordinaria do rito romano foi muito influenciada pelo rito galiano (liones), que seria responsabel pelo "excesso" de formalidades do rito antigo e que os padres conciliares teriam purificado o rito destas influencias, assim hoje o rito romano estaria mais fiel ao que era antes. Há alguma verdade nisto?
Sim, o rito romano foi se desenvolvendo naturalmente. E, com a mescla da população ocidental, introduzindo-se o elemento germano/galicano, é igualmente natural que a forma antiga, "pura" diríamos, do rito romano tenha sofrido influência. O rito fala a uma cultura, e bebe nessa cultura. Daí que o rito romano para os romanos seja um, e o rito romano para os romanos e germanos seja outro.
A reforma de Paulo VI realmente retirou os elementos galicanos. A pergunta é: isso foi justo? Lícito foi, pois o Papa não legisla contra o Direito. Mas foi justo? Uns dizem que não. Eu penso assim também, ainda que seja perfeitamente lícito achar o contrário. Considero que a retirada dos elementos galicanos foi equivocada. Uma reforma não se faz na "canetada", de modo abrubto. É verdade que algumas coisas deveriam ser corrigidas no rito romano, mas a correção e a reforma devem ser graduais, e pautar-se pelo princípio do desenvolvimento harmônico. Cortar cerimônias de uma hora para outra parece-me tremendamente inadequado. E tanto foi assim que a reação não tardou e até hoje temos crescentes grupos que querem manter o rito romano como era antes, a ponto de ser chamado de "forma extraordinária do rito romano".
Sim, havia elementos galicanos. Entretanto, isso não é um mal. Qual o problema? Os "puristas" ignoram que os elementos galicanos não foram parar no rito romano de modo artificial, mas se incorporando na liturgia harmoniosamente, gradualmente, no decurso do tempo, e aceitos pelas mentalidades da época. Os elementos galicanos PRECISAVAM sair? Creio que não. Não ganhamos nada com isso!
A reforma litúrgica trouxe aspectos positivos: um maior uso da Escritura, com mais leituras, três ciclos dominicais, uma valorização teológica da Liturgia da Palavra, mais prefácios antigos que não eram usados desde a Idade Média, a possibilidade do uso do incenso em Missas meramente rezadas, a possibilidade da concelebração, o uso do vernáculo, a simplificação da gradação das festas etc.
Todavia, ao lado disso, a retirada dos elementos galicanos e outros que se acrescentaram HARMONIOSAMENTE no decurso do tempo, foi uma perde inestimável: perdemos as orações ao pé do altar, algumas preces que se diziam ao beijar o altar e ao usar o incenso, o modo tradicional de fazer o Asperges, o uso da pluvial no Asperges e Vidi Aquam, o Último Evangelho, as complicadas (mas profundamente significativas) normas para a Missa Pontifical, a distinção entre Missa rezada, cantada, solene e Pontifical etc.
Ademais, é "engraçado" que a reforma quis purificar o rito romano dos elementos galicanos, mas tenha deixado alguns: continuam os ritos da Missa da Apresentação do Senhor, a Procissão de Ramos etc, que são galicanos! E, por outro lado, elementos claramente romanos caíram, como o ofertório tradicional, o modo de rezar o Cânon em voz baixa, e as palavras tradicionais da Consagração. Enfim, junto de tudo isso, tiraram o que é COMUM A TODOS OS RITOS: obrigatoriedade de versus Deum.
Sugiro a leitura do seguinte artigo: http://www.salvemaliturgia.com/2009/08/formacao-historica-do-rito-romano-e.html
Adoraria esse livro para minha monografia... o problema é o preço das nossas caríssimas (sem trocadilho, por favor) irmãs Paulinas!
ResponderExcluirSem. Gian Paulo Ruzzi
que maravilha!!! reeditaram esse livro, não podería ter surgido melhor novidade; tenho-o em espanhol e o guardo com o maior carinho, conhece-lo e conhecer uma fonte sigura a cerca da evolução do ritual da Santa Missa semcontradições e invencionices.
ResponderExcluirPe. Donisete
Ele é em português?
ResponderExcluirSim, é em português, e já estou quase na metade do meu, que ganhei de um amigo do RC para nossas pesquisas no Salvem.
ResponderExcluirPromoção na Paulus: Até 10 de abril está saindo de R$203 por R$ 120,00.
ResponderExcluirhttp://bit.ly/d0L0QS
Rafael
ResponderExcluirVocê que é um conhecedor do rito romano, ou talvez até o livro fale algo, tenho uma questão. Li num artigo que a forma extraordinaria do rito romano foi muito influenciada pelo rito galiano (liones), que seria responsabel pelo "excesso" de formalidades do rito antigo e que os padres conciliares teriam purificado o rito destas influencias, assim hoje o rito romano estaria mais fiel ao que era antes.
Há alguma verdade nisto?
Grato,
Sidnei
Caro Sidnei,
ResponderExcluirEstimado em Cristo,
Sim, o rito romano foi se desenvolvendo naturalmente. E, com a mescla da população ocidental, introduzindo-se o elemento germano/galicano, é igualmente natural que a forma antiga, "pura" diríamos, do rito romano tenha sofrido influência. O rito fala a uma cultura, e bebe nessa cultura. Daí que o rito romano para os romanos seja um, e o rito romano para os romanos e germanos seja outro.
A reforma de Paulo VI realmente retirou os elementos galicanos. A pergunta é: isso foi justo? Lícito foi, pois o Papa não legisla contra o Direito. Mas foi justo? Uns dizem que não. Eu penso assim também, ainda que seja perfeitamente lícito achar o contrário. Considero que a retirada dos elementos galicanos foi equivocada. Uma reforma não se faz na "canetada", de modo abrubto. É verdade que algumas coisas deveriam ser corrigidas no rito romano, mas a correção e a reforma devem ser graduais, e pautar-se pelo princípio do desenvolvimento harmônico. Cortar cerimônias de uma hora para outra parece-me tremendamente inadequado. E tanto foi assim que a reação não tardou e até hoje temos crescentes grupos que querem manter o rito romano como era antes, a ponto de ser chamado de "forma extraordinária do rito romano".
Sim, havia elementos galicanos. Entretanto, isso não é um mal. Qual o problema? Os "puristas" ignoram que os elementos galicanos não foram parar no rito romano de modo artificial, mas se incorporando na liturgia harmoniosamente, gradualmente, no decurso do tempo, e aceitos pelas mentalidades da época. Os elementos galicanos PRECISAVAM sair? Creio que não. Não ganhamos nada com isso!
A reforma litúrgica trouxe aspectos positivos: um maior uso da Escritura, com mais leituras, três ciclos dominicais, uma valorização teológica da Liturgia da Palavra, mais prefácios antigos que não eram usados desde a Idade Média, a possibilidade do uso do incenso em Missas meramente rezadas, a possibilidade da concelebração, o uso do vernáculo, a simplificação da gradação das festas etc.
Todavia, ao lado disso, a retirada dos elementos galicanos e outros que se acrescentaram HARMONIOSAMENTE no decurso do tempo, foi uma perde inestimável: perdemos as orações ao pé do altar, algumas preces que se diziam ao beijar o altar e ao usar o incenso, o modo tradicional de fazer o Asperges, o uso da pluvial no Asperges e Vidi Aquam, o Último Evangelho, as complicadas (mas profundamente significativas) normas para a Missa Pontifical, a distinção entre Missa rezada, cantada, solene e Pontifical etc.
Ademais, é "engraçado" que a reforma quis purificar o rito romano dos elementos galicanos, mas tenha deixado alguns: continuam os ritos da Missa da Apresentação do Senhor, a Procissão de Ramos etc, que são galicanos! E, por outro lado, elementos claramente romanos caíram, como o ofertório tradicional, o modo de rezar o Cânon em voz baixa, e as palavras tradicionais da Consagração. Enfim, junto de tudo isso, tiraram o que é COMUM A TODOS OS RITOS: obrigatoriedade de versus Deum.
Sugiro a leitura do seguinte artigo: http://www.salvemaliturgia.com/2009/08/formacao-historica-do-rito-romano-e.html
E também:
http://www.salvemaliturgia.com/2009/12/diversos-grupos-e-solucoes-diante-da.html
http://www.salvemaliturgia.com/2009/12/o-erro-racionalista-e-reforma-liturgica.html
http://www.salvemaliturgia.com/2009/12/ainda-reforma-da-reforma.html
http://www.salvemaliturgia.com/2009/12/o-racionalismo-na-liturgia-mysterium.html
Em Cristo,
Acho que já achei meu presente de natal ^^
ResponderExcluirComo ler o Missarum? Que livros servem de base (requisitos mínimos) para acompanhar e entender o raciocínio do M.S.?
ResponderExcluirGrato!