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domingo, 28 de março de 2010

Domingo de Ramos com o Papa

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Ele é o Sucessor de Pedro, o Vigário de Cristo, e o Pastor da Igreja. Não é a ele que devemos imitar, então?

Comparemos as fotos abaixo com as bagunças perpretradas em várias paróquias Brasil afora...

Evidentemente, nem todas as igrejas conseguem diáconos, coro gregoriano e polifônico, ou o facultativo pluvial vermelho etc. Mas um mínimo se consegue, sim. E o mínimo NÃO é esse canto popular chulo que escutamos por aí, nem padres só com estola sobre a alva (sem casula), nem a rejeição do incenso. Não é por não ter condições que se deve oferecer ao Senhor músicas pop, palmas ritmadas ao som das canções, nem minimalismo litúrgico.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Pope Benedict XVI attends Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Nuns show a banner reading 'hold up, Pope! We are with you!!!' during the Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.
O apoio ao Papa, nesta hora de trevas em que o mundo o persegue! Coragem, Santo Padre!

A view taken of St Peter's Cupola during the Palm Sunday mass on March 28, 2010 in St. Peter Square at the Vatican. The leader of Catholics in England and Wales, Archbishop of Westminster Vincent Nichols, said Sunday there was 'no strong reason' for the Pope Benedict XVI to resign over abuse scandals rocking the Church, adding he had taken action to tackle the problem. The Vatican has dismissed claims that Pope Benedict XVI was involved in a church-wide cover-up of clerical abuse of children, a scandal that has swept the United States and Europe.

Pope Benedict XVI waves to pilgrims as he arrives on Saint-Peter's Square at the Vatican to celebrate Palm Sunday mass on March 28, 2010. The pope voiced 'deep sadness' over clashes in the occupied east Jerusalem where Israel has defied international pressure with a plan to step up construction.

Pope Benedict XVI is helped by prelates to walk down the steps during Palm Sunday mass in St. Peter's square, at the Vatican, Sunday, March 28, 2010. Pope Benedict XVI opened Holy Week on Sunday amid one of the most serious crises facing the church in decades, with questions about his handling of cases of pedophile priests and the Vatican acknowledging its "moral credibility'' was on the line.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Pope Benedict XVI, flanked by his personal secretary Georg Ganswein, attends Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.

Bishops hold palm in a procession as they arrive for the Palm Sunday mass led by Pope Benedict XVI in Saint Peter's Square at the Vatican March 28, 2010.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Pope Benedict XVI attends Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.

Domingo de Ramos - "os filhos dos hebreus"

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Entre as glórias da música escrita para a Liturgia Católica estão as composições do padre espanhol Tomás Luís de Victoria, que viveu de 1548 a 1611. Quem procurar seu nome perceberá que Victoria está muito longe de ser um obscuro personagem. Suas obras são muito estudadas e gravadas, tendo reconhecimento não só dos que amam a Liturgia, dentro da Igreja, como daqueles interessados somente na música em si e na História da Música.

Hoje trago ao leitor uma composição do padre Victoria destinada à Liturgia do Domingo de Ramos. Trata-se de uma antífona para a procissão dos ramos, chamada Pueri Hebræorum (“os filhos dos hebreus”). Como já vimos anteriormente, este nome vem das primeiras palavras do texto. Em português:

Os filhos dos hebreus estendiam suas vestimentas no caminho e clamavam dizendo: “Hosana ao filho de David, bendito o que vem em nome do Senhor”.

Em latim:

Pueri Hebræorum vestimenta prosternebant in via, et clamabant dicentes: “Hosanna filio David: benedictus qui venit in nomine Domini”.



Victoria, naturalmente, utiliza o texto latino. Esta antífona é prescrita pela Liturgia tanto no Novus Ordo como no Rito Tridentino.

A música do padre Tomás Luís de Victoria é polifônica. Isto significa que o coro é dividido em grupos, conforme o tipo de voz dos cantores, e cada grupo canta uma linha melódica diferente.

O canto gregoriano é monódico: o coro não se divide e todos os integrantes cantam a mesma linha melódica. Por esta razão, é escrito numa única pauta de quatro linhas.

Já a música polifônica é escrita em tantas pautas quantos forem os grupos de vozes (a que chamamos “naipes”), e cada pauta tem cinco linhas – notação moderna. Esta composição de Victoria que abordamos hoje utiliza um coro dividido em quatro “naipes”. Dizemos “quatro vozes”, mas não são quatro cantores (embora isso seja possível): cada “voz” (ou “naipe”) é cantada por diversos cantores.

Aqui os naipes são identificados como Cantus, Altus, Tenor e Bassus. As designações modernas seriam Soprano, Contralto, Tenor e Baixo. As duas primeiras vozes são femininas, e as outras duas, masculinas. Entretanto, na época de Victoria, as vozes agudas eram cantadas por meninos. Mesmo hoje existem coros que fazem assim. Porém, já é comum que as vozes mais agudas sejam cantadas por mulheres também.



Na música polifônica são utilizadas inúmeras repetições imediatas de palavras e grupos de palavras do texto – diferentemente do gregoriano. Por exemplo: se lermos a parte da voz mais aguda, o texto aparece, no início:

Pueri Hebræorum, pueri Hebræorum, Hebræorum, Hebræorum, vestimenta...

Entretanto, esta simples transcrição das repetições nos pode transmitir uma sensação de repetição inútil e despropositada. Não é o que ocorre na música; muito pelo contrário: estas repetições são necessárias pela própria estrutura da composição. São uma forma de adornar e embelezar o texto, própria da música polifônica, assim como gregoriano tem a sua, os melismas (que já vimos em outro texto: sílabas de longa duração, à qual são cantadas numerosas notas). [Execução: Coro da Igreja de São Clemente, Filadélfia]




Abaixo, em canto gregoriano, as duas antífonas Pueri Hebræorum oferecidas pelo Graduale Romanum. [Execução: Gadium Nostrum]



Finalmente, o gregoriano Pueri Hebræorum com os Meninos Cantores do Núcleo Los Teques, da Venezuela.

sexta-feira, 26 de março de 2010

É possível, sim, uma liturgia sóbria e bela!

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É possível, sim uma liturgia sóbria e bela, com tudo o que se pode ter. Exemplo disso, neste vídeo, podemos assistir uma cerimônia em que noviços recebem o hábito da Ordem dos Frades Menores. Deu-se na atual maior Província OFM do mundo, em Guadalupe, Zacatecas, México.

Vale ressaltar e elogiar o uso pelos sacerdotes de paramentos sobre os hábitos, alvas, casulas; as sobrepelizes que os que servem o altar estão usando. Como afirmado em um comentário, este "movimento de retorno" ao que é próprio da Igreja e da Ordem Franciscana - não somente Conventual e Capuchinha, mas também dos Frades Menores é fato de geração! Gradualmente, percebemos o retorno do correto uso dos paramentos, o decoro na preparação e na execução dos ofícios litúrgicos. É um exemplo para nós e que nos leva mais uma vez a bradar: "Salvem a Liturgia!"

quinta-feira, 25 de março de 2010

As igrejas estacionais e a Quaresma - do site da Pontifícia Academia para o Culto dos Mártires, da Santa Sé

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ESTAÇÕES QUARESMAIS

S. Lorenzo in Lucina S. Maria in Domnica, "La Navicella"

SS. Giovanni e Paolo S. Lorenzo in Panisperna

PERÍODO QUARESMAL

IGREJAS ESTACIONAIS



Quarta-feira de Cinzas

S. Sabina no Aventino

Quinta-feira

S. João no Velabro

Sexta-feira

Ss. João e Paulo no Célio

Sábado

Sto. Agostinho em Campo Marzio

Domingo I de Quar.

S. João de Latrão



Segunda-feira

S. Pedro in Vincoli no Colle Oppio

Terça-feira

S. Anastásia (S. Teodoro) no Palatino

Quarta-feira

S. Maria Maior

Quinta-feira

S. Loureço em Panisperna

Sexta-feira

Ss. XII Apóstolos no Foro Traiano

Sábado

S. Pedro no Vaticano

Domingo II de Quar.

S. Maria em Domenica alla Navicella



Segunda-feira

S. Clemente junto ao Coliseu

Terça-feira

S. Balbina no Aventino

Quarta-feira

S. Cecilia em Trastevere

Quinta-feira

S. Maria em Trastevere

Sexta-feira

S. Vitale em Fovea (via Nazionale)

Sábado

Ss. Marcelino e Pedro no Latrão (via Merulana)

Domingo III de Quar.

S. Lourenço fora dos Muros



Segunda-feira

S. Marco no Campidoglio

Terça-feira

S. Pudenciana no Viminale

Quarta-feira

S. Sixto (SS. Nereu e Aquileu)

Quinta-feira

Ss. Cosme e Damião na Via Sacra (Foro Imperial)

Sexta-feira

S. Lourenço em Lucina

Sábado

Sta. Susana nas Termas de Diocleciano

Domingo IV de Quar.

Sta. Cruz em Jerusalém



Segunda-feira

Ss. Quattro Coronati no Célio

Terça-feira

S. Lourenço em Dâmaso

Quarta-feira

S. Paulo fora dos Muros

Quinta-feira

Ss. Silvestre e Martinho ai Monti

Sexta-feira

S. Eusébio no Esquilino

Sábado

S. Nicolau em Cárcere

Domingo V de Quar.

S. Pedro no Vaticano



Segunda-feira

S. Crisógono em Trastevere

Terça-feira

S. Ciríaco (S. Maria em via Lata al Corso)

Quarta-feira

S. Marcelo al Corso

Quinta-feira

Sto. Apolinário em Campo Marzio

Sexta-feira

S. Estêvão no Célio

Sábado

S. João em Porta Latina



SEMANA SANTA


Domingo de Ramos

S. João de Latrão

Segunda-feira

S. Praxede no Esquilino

Terça-feira

Sta. Prisca no Aventino

Quarta-feira

S. Maria Maior

Quinta-feira

S. João de Latrão

Sexta-feira

Sta. Cruz em Jerusalém

Sábado

S. João de Latrão

Domingo de Páscoa

S. Maria Maior



PERÍODO PASCAL


Segunda-feira

S. Pedro no Vaticano

Terça-feira

S. Paulo fora dos Muros

Quarta-feira

S. Lourenço fora dos Muros

Quinta-feira

Ss. XII Apóstolos no Foro Traiano

Sexta-feira

S. Maria ad Martyres em Campo Marzio (Pantheon)

Sábado

S. João de Latrão

Domingo II de Páscoa (in Albis)

S. Pancrácio

A Academia está preparando o relativo livro litúrgico que, com a breve história de cada estação, será completado com a guia das Preces em latim e em italiano para poder seguir melhor o caminho estacional.

http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/cult-martyrum/documents/rc_pa_martyrum_20020924_stazioni_po.html

terça-feira, 23 de março de 2010

Trechos do Ofício de Trevas de Sexta-feira, na forma extraordinária

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O Magistério da Igreja sobre a sagrada liturgia

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Dois Papas se sobressaem nesse magistério: São Pio X e Venerável Pio XII.

Pio X se distinguiu pelo seu interesse litúrgico já antes de chegar ao supremo pontificado. Três meses após ascender ao trono de Pedro, o Pontífice publica o motu proprio Tra le sollecitudini (22.10.1903), sobre a música e o canto na Igreja, destinado a renovar a música religiosa e restaurar o gregoriano. Este documento foi um ponto de partida na questão da participação litúrgica. Nele, assim se expressa o Papa: "Sendo nosso vivíssimo desejo que o verdadeiro espírito cristão refloresça totalmente e se mantenha em todos os fiéis, é necessário prover, antes de tudo, a santidade e a dignidade do templo, onde precisamente os fiéis se reúnem para beber este espíritode sua primeira e indispensável fonto, que é a participação ativa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja". Dois anos depois, promulgou o decreto Sacra tridentina synodus (1905), para a fomenar a comunhão frequente e, cinco anos mais tarde, o decreto Quam singulari (1910), para promover a admissão das crianças à comunhão em tenra idade. Em novembro de 1911, publicava a Constituição apostólica Divino Afflato , onde tratou da reforma do breviário e a revalorização da liturgia dominical.

Três linhas claras aparecem no magistério litúrgico de São Pio X:

1- a renovação da música sacra, porque 'nao devemos cantar na Missa, mas cantar a Missa',
2- a aproximação entre os batizados e a comunhão eucarística que rompeu um distanciamento de séculos entre os fiéis e o comungatório - é sabido que historicamente vivemos tempos de rarefação da recepção da Comunhão.
3- aplainou o caminho para a participação sacramental na SSma Eucaristia, mesmo que a catequese oferecida ainda devesse ser aperfeiçoada, a reforma do ano litúrgico e do breviário.

A partir de Pio X, participação ativa será o objeto de inúmera produção de textos, alguns justos; muitos, porém, exagerados. Ademais, o movimento litúrgico também reivindicará uma 'maior' participação dos fiéis nos sacrossantos mistérios, evidentemente que, com algumas argumentações legítimas; outras, infelizmente bastante exageradas, o que motivou Pio XII fazer algumas críticas, basta ler a alocução de Pio XII - carregada de reservas - no Congresso Litúrgico- Pastoral de Assis, em 1956.

No amplo magistério de Pio XII, dois documentos se destacaram: a Encíclica Mediator Dei, considerada a carta magna do movimento litúrgico e o discurso aos participantes do Congresso Internacional de Pastoral Litúrgcia celebrado em Assis (1956).

Alguns dados da renovação litúrgica efetuada por Pio XII: Instrução sobre a formação do clero no of´cioos divino (1945), a extensão ao sacerdote, em alguns casos, da faculdade de confirmar (1946), a multiplicação dos rituais bilíngues, sobretudo a partir de 1947, a determinação da matéria e a forma da ordem do diaconato, do presbiterato e do episcopado (1948), a reforma da vígilia pascal (1951) e do jejum eucarístico (1953 e 1957); nas mesmas datas, a introdução das missas vespertinas, a reforma da Semana Santa (1955), lecionários bilíngues a partir de 1958. A obra do Papa Eugenio Pacelli é coroada, em 1958, com a Instrução sobre a música sagrada e a liturgia, nos termos das encíclicas Musicae sacrae disciplinae e Mediator Dei.

Destaco, a seguir os principais conteúdos da Mediator Dei:

a) A teologia da liturgia como culto público integral do Corpo Místico de Cristo, da Cabeça e dos membros, e como presença privilegiada da mediação sacerdotal de Cristo-Cabeça;
b) A espiritualidade da liturgia, a dimensaõ interior e profunda do culto da Igreja: "Estão inteiramente equivocados aqueles que consideram a liturgia como mero lado exterior e sensível do culto divino ou como cerimonial decorativo; e não estão menos aqueles que pensam ser a liturgia o conjunto de leis e preceitos com os quais a hierarquia esclesiástica configura e ordena os ritos".
c) O equilíbrio teológico, não oportunista entre panliturgismo e subestimação do culto; piedade objetiva e subjetiva, comunitarismo e individualismo; celebração e culto da Eucaristia, progressismo e tradição.

Entrevista com os Missionários Franciscanos do Verbo Eterno

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Por Shawn Tribe, Tradução de frei Cleiton Robson, OFMConv.

Como parte da nossa exploração contínua de comunidades dedicadas à “Reforma da Reforma”, o NLM (New Liturgical Movement), junto com o Salvem a Liturgia tem o prazer de apresentar a seguinte entrevista com os Missionários Franciscanos do Verbo Eterno - que podem ser melhor conhecido por muitos simplesmente como os "MFVA" ou "frades EWTN – Rede de Televisão Palavra Eterna".

Dentro desta entrevista, exploramos um pouco sobre a missão dos MFVA, a história de sua aproximação da liturgia romana moderna, num espírito de continuidade, a sua formação, suas recentes experiências de formação no antiquior usus, E explorar a questão em que São Francisco de Assis, no princípio da Ordem, tendo por princípio a pobreza, ressaltou a beleza dentro de nossas igrejas e da liturgia.

* * *

Pode começar por dizer-nos um pouco sobre o caráter particular e da missão dos frades MFVA?

Primeiramente, MFVA significa Missionários Franciscanos do Verbo Eterno ou Missionárias Franciscanas do Verbo Eterno, em Inglês. Madre Angelica, que foi quem fundou a Rede de TV EWTN, também criou nossa comunidade religiosa, em 2 de maio de 1987.

Nossa missão é a buscar os perdidos, trazer de volta os extraviados, e fortalecer e desafiar os fiéis a viverem a sua vocação com fidelidade e perseverança. Fazemos isso principalmente através de nossa consagração a Deus e através do nosso apostolado (EWTN, por exemplo, fornecendo os sacramentos às nossas Irmãs, Internet, peregrinação, etc.) Como nossa profissão de votos é particular, nós nos dedicamos a pregar e ensinar a fé católica através das obras de apostolado, de modo a “trazer a ovelha perdida” no coração da Igreja, perto de Jesus na Eucaristia, a Nossa Senhora e ao Santo Padre, o Papa. Temos uma preocupação particular e especial com os muitos católicos afastados lá fora, embora não nos limitemos apenas a ajudá-los a voltar para a Igreja, mas também a conduzir os não-crentes e não-cristãos, bem como conhecer a beleza da Igreja Católica, a fim de conhecer e se apaixonar por seu Esposo, Jesus Cristo, a Sabedoria Eterna Encarnada e, que é “o Caminho, a Verdade e a Vida”.

Onde os frades MFVA têm sua formação seminarística?

Nossa comunidade religiosa é constituída por Padres e Irmãos religiosos. Atualmente, todos nós começamos nossa formação no Mosteiro da Anunciação, em Birmingham, Alabama. Esta é a nossa casa principal.


Nós também temos nossa própria Casa de São José, de Estudos para o nosso programa de “pré-teologia”. Nossa Casa de Estudos é credenciada pela Pontifícia Universidade em Ponce, Porto Rico. Para o programa de teologia, enviamos os que exercem o sacerdócio para Mount St. Mary's Seminary, em Emmitsburg. Atualmente, temos um frade no primeiro ano de Teologia e três frades no segundo ano de Teologia.

Vocês são franciscanos e, às vezes, a pessoa de São Francisco sugere que a Sagrada Liturgia em nossas igrejas deve ser executada sem a beleza e magnificência. Como você responderia a essa questão?

Sim, isso é uma conclusão muito triste que as pessoas fazem de São Francisco, o santo homem de Deus, apaixonado por Jesus, verdadeiramente presente no Santíssimo Sacramento. As biografias de São Francisco dizem que pesou-lhe quando ele descobriu uma igreja que estava suja. Ele pessoalmente começou a limpá-la, convocando o clero e instruindo-os sobre a limpeza das igrejas, os altares e totalmente preocupado com a celebração da Missa.

São Francisco também teve um grande amor para com o Santíssimo Sacramento e queria que seus seguidores proporcionassem o melhor para Nosso Senhor. “Houve um tempo em que até quis mandar por todas as regiões frades com píxides, e onde encontrassem o Corpo de Cristo não convenientemente guardado, nelas O guardassem com dignidade." (Compilação de Assis, 108,13). São Francisco influenciou tremendamente na obtenção de uma calorosa devoção e apreciação da beleza de nossa fé católica. Santa Clara, da mesma forma, passou seus últimos anos fazendo lençóis para os altares de todas as igrejas da região.

Além disso, seguir e observar as diferentes leis e práticas litúrgicas, de acordo com o pensamento da Igreja ,está muito mais em harmonia com o verdadeiro espírito franciscano. Na realidade, estar em união com a Igreja é o que São Francisco exortou seus seguidores a fazer. Para alguns, isso não pode ser considerado um aspecto "muito importante". Há o princípio da opção preferencial pelos pobres na justiça social, mas isso não significa que somos ignorantes ou não estamos preocupados com a liturgia, porque os pobres participam da liturgia, também (os pobres de espírito e os pobres de fato). Eles merecem ser alimentados com as riquezas da Igreja. Se nós não as fornecemos com uma bela liturgia, então estamos tirando dos pobres aquilo com o que Jesus quer enriquecê-los, através da liturgia da Igreja. Assim, eles se tornam mais pobres. Nos velhos tempos, era muito comum que os pobres fossem os que construíam a igreja. Eles foram os que sacrificaram seu tempo, materiais, dinheiro, etc. A beleza de algumas das igrejas mais antigas era por causa da devoção da fé dos pobres, que não estava morta.

Além disso, São Francisco é um verdadeiro homem santo de Deus, que ama a Igreja e quem quer ser seu seguidore também a ama, deve ser obedientes a Ela, e pensar com a mente da Igreja. Isto está bem claro em seu Testamento (Testamento de Sena, 4). Portanto, tudo o que ele contém, tem que ser entendido nesse contexto. Portanto, celebrar a liturgia com devoção e com a beleza, de acordo com o pensamento da Igreja e do espírito da Igreja é fazê-lo segundo a vontade de São Francisco, que ama a Jesus Crucificado apaixonadamente, porque a mente da Igreja é a mente de Cristo.

Durante alguns anos, os frades MFVA foram vistos celebrando missas na EWTN e sempre foram caracterizadas pela continuidade da nossa tradição litúrgica, você pode nos dar um pouco da história de fundo disso?

Frei Brian Mulady, OP, veio para EWTN fazer uma série de televisão na década de 1990. A Missa televisionada começou em 1991, e ele sugeriu a Freiras aprender o canto gregoriano. Elas concordaram e ele lhes deu algumas instruções. Começaram com a Missa de Angelis e, ao longo dos anos continuou a acrescentar outras missas e polifonia sacra em seu repertório. Logo em seguida, começamos a usar o livrinho pouco conhecido, Jubilate Deo.

Em abril de 1974, o Papa Paulo VI enviou para todos os Bispos do mundo um livreto de algumas das seleções mais simples do canto gregoriano, muitas delas retiradas da Graduale Romanum. Este livreto, chamado Jubilate Deo, foi concebido como um repertório mínimo "do canto gregoriano." É, em outras palavras, um repertório oficial do núcleo latino para o rito romano. Foi preparado, disse o Papa, a fim de "tornar mais fácil para os cristãos alcançar a unidade e a harmonia espiritual com seus irmãos e com a tradição viva do passado. Por isso, é que aqueles que estão tentando melhorar a qualidade do canto congregacional não pode recusar o canto gregoriano no lugar que é devido a ele". Uma edição ampliada de Jubilate Deo mais tarde foi emitida pela Congregação para o Culto Divino, em 1987.

Quanto a uma "Reforma da Reforma" da liturgia na paróquia, quais os elementos que você vê como particularmente importantes para o projeto?

Maior reverência na liturgia e uma maior utilização do nosso patrimônio da música sacra. Deve ser verdadeiramente um "sentido do sagrado". A liturgia deve facilitar um encontro com Deus, daí, ele deve, através da beleza da música, arte, arquitetura, atos litúrgicos, etc, nos ajudar a "manter as nossas mentes nas coisas do alto, em vez de coisas da terra" (Cl 3,1-2).


Recentemente, alguns dos frades também tiveram formação dos Cônegos Regulares de São João Câncio, na celebração da Missa segundo os livros litúrgicos do antiquior usus, ou de forma extraordinária. Como foi essa experiência?

Foi uma experiência muito boa! Passamos três semanas consecutivas com eles. E, com a graça de Deus, e as orações de todos, que sobreviveram à "formação litúrgica do pontapé inicial" lá! Ao final das três semanas, fomos capazes de celebrar a Missa Baixa, a Missa Cantada sem incenso, a Missa Cantada com incenso, a Missa Baixa de Requiem, e a Missa Solene com a assistência do sacerdote celebrante e com a assistência do diácono. Ficamos muito satisfeitos com o quanto que nós fomos capazes de realizar. A graça de Deus realmente nos ajudou a tornar isso possível.

Evidentemente, o Cônegos Regulares de São João Câncio fizeram tudo o que puderam, para que pudéssemos realizar também da mesma forma. Fomos formados principalmente pelo Pe. Scott Haynes, SJC, no entanto, os Cônegos (incluindo os Irmãos, através do seu serviço nas Missas) contribuíram para nos ajudar a ser treinados na forma extraordinária.

Nós realmente recomendamos a qualquer sacerdote ou seminarista, a formação dos Cônegos Regulares de São João Câncio, para aprender a celebrar na forma extraordinária. Eles oferecem ambas as formas da Missa (Ordinária e Extraordinária). Eles têm um equilíbrio muito bom de estar verdadeiramente com a Igreja, especialmente no que diz respeito à antiga e à nova liturgia.

Com a grande ajuda dos Cônegos, estamos agora em condições de celebrar na forma extraordinária da Missa; e isto, no Santuário do Santíssimo Sacramento, em Hanceville e em qualquer outro lugar em que somos solicitados e estivermos disponíveis. Por uma questão de fato, as Clarissas da Adoração Perpétua decidiram pedir-nos [aos frades MFVA] para utilizar o formulário extraordinário da Missa televisionada, a partir de agora (pelo menos para este ano de 2010). A seguir será a programação televisiva quando estaremos celebrando a Missa na forma extraordinária:

PRIMAVERA: 8 de maio de 2010 (Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças) – Missa Cantada.
VERÃO: 7 de agosto de 2010 (Votiva ao Imaculado Coração de Maria) – Missa Solene.
OUTONO: 2 de outubro de 2010 (Santos Anjos da Guarda) – Missa Cantada.
INVERNO: 8 de janeiro de 2011 (Votiva ao Imaculado Coração de Maria) – Missa Cantada.

Evidentemente, a MFVA celebram nas duas formas da liturgia romana, e nós vemos as duas formas na EWTN; você acredita que uma "dupla" abordagem no que se refere às duas formas da liturgia romana seja importante, e você pode explicar por quê?

No que se refere às duas formas da liturgia romana, nós acreditamos que uma "dupla abordagem" seja importante. Uma das razões é porque, para ser um verdadeiro católico ortodoxo é preciso abraçar as duas abordagens. Muitas heresias que nasceram na história da Igreja surgiram porque um ou mais indivíduos aderiram a uma ou a outra abordagem. Os hereges tentaram enfatizar um determinado ponto de nossa fé, mas, infelizmente, desenfatizaram os outros, ao mesmo tempo.


Liturgia Romana Moderna

Forma Antiga

Praticamente falando, não se tem muita paciência e disciplina para aprender algo "novo" ou para usar algo que foi parte do tesouro da Igreja por anos, se nunca foi criado dessa forma. No entanto, com Deus tudo é possível. Muitas pessoas que nunca foram educadas na fé católica têm respondido à graça especial de Deus que lhes convida a abraçar a plenitude da verdade entrando na Igreja Católica. Refletindo sobre o seu processo de aprendizagem, a nossa fé (não apenas doutrinariamente, mas também liturgicamente), com muita paciência e disciplina levou-os a aprender e a se acostumarem com as nossas práticas na Missa (ou seja, de pé, ajoelhado, sentado, etc.) Da mesma forma, nós, que já somos católicos, mas que nunca fomos acostumados com a forma extraordinária podemos ficar frustrados no começo, porque não sabemos o que está acontecendo durante a forma extraordinária da Missa, ou se nós sabemos o que está acontecendo, nós podemos ficar frustrados porque parece que nunca podemos "acompanhar" as orações que o sacerdote faz durante a Missa, ou vemos que é um tipo diferente de "participação ativa", em comparação com a participação na forma ordinária da Missa. Todas estas razões são razões legítimas para nos sentirmos frustrados, mas temos que ter em mente que não existem respostas para cada pergunta que possam fazer.

Se algum jovem está interessado em discernir a vocação com a MFVA, ou as se as moças com as Clarissas da Adoração Perpétua, como devem proceder?

Qualquer homem católico, de 21 a 35 anos, que estiver interessado em descobrir mais sobre o nosso modo de vida, ele pode entrar em contato pelo nosso site: http://www.franciscanmissionaries.com/ ou por e-mail vocations@ewtn.com.

Se alguma jovem se interessa pelas Clarissas da Adoração Perpétua, ela pode acessar o seguinte site: http://www.olamshrine.com/ (Hanceville). Algumas das Monjas de Hanceville podem ter sido transferidas ou iniciado uma nova fundação em outro lugar; para conhecê-las, pode-se verificar os seguintes sites http://www.stjosephmonastery.com/ (Charlotte, North Carolina anteriormente em Portsmouth, Ohio), ou http://www.desertnuns.com/ (Black Canyon City, Arizona), ou http://www.texasnuns.com/ (San Antonio, Texas).

Disponível no Original em:
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