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segunda-feira, 29 de março de 2010

Semana Santa no Brasil com dignidade, sacralidade e respeito às rubricas - I (Domingo de Ramos em Frederico Westphalen - RS)

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"Saudemos com hosanas o Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas!" (da Antifona do dia).

No último dia 28 de março em toda a Igreja, celebramos o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, a primeira cerimônia de uma semana, da qual a seguir iremos participar. Com a Benção dos Ramos, a procissão e a Santa Missa, inicia-se a Semana Santa.

Na cidade de Frederico Westphalen - RS, a cerimônia da qual o povo pode participar em toda a cidade forá uma só, todo o povo a hora marcada estava reunido em frente a uma das capelas da cidade e então em frente a mesma capela S. E. R. Dom Antonio Carlos Rossi Keller abençoou os ramos e depois como podemos ver nas fotos abaixo, em procissão se foi até a Catedral Diocesana onde na frente se celebrou a Santa Missa.

O inicio da benção dos ramos, Dom Antonio exorta o povo.


Aspersão dos Ramos
Procissão
O Bispo, defronte a Catedral, observa e aguarda que o povo todo chegue para dar continuidade a cerimônia.

A incesação do Altar



(Podemos observar que desde a benção dos ramos, durante a procissão e até o momento da incenção do altar, vemos o Sr. Bispo usando a Capa Pluvial vermelha, o uso da mesma ao longo do tempo tornou-se facultativo, podendo o celebrante desde a benção já usar a casula vermelha, mas cada vez mais com a Graça de Deus vemos o retorno desde paramento, principalmente neste dia, no qual é clara e notoria, a beleza e a solenidade que o uso da mesma desperta numa cerimônia com tão grande importancia como a do Domingo de Ramos).



Proclamação da Paixão


Homilia

Incensação das Oferendas


Consagração





Benção Solene

domingo, 28 de março de 2010

Domingo de Ramos com o Papa

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Ele é o Sucessor de Pedro, o Vigário de Cristo, e o Pastor da Igreja. Não é a ele que devemos imitar, então?

Comparemos as fotos abaixo com as bagunças perpretradas em várias paróquias Brasil afora...

Evidentemente, nem todas as igrejas conseguem diáconos, coro gregoriano e polifônico, ou o facultativo pluvial vermelho etc. Mas um mínimo se consegue, sim. E o mínimo NÃO é esse canto popular chulo que escutamos por aí, nem padres só com estola sobre a alva (sem casula), nem a rejeição do incenso. Não é por não ter condições que se deve oferecer ao Senhor músicas pop, palmas ritmadas ao som das canções, nem minimalismo litúrgico.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Pope Benedict XVI attends Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Nuns show a banner reading 'hold up, Pope! We are with you!!!' during the Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.
O apoio ao Papa, nesta hora de trevas em que o mundo o persegue! Coragem, Santo Padre!

A view taken of St Peter's Cupola during the Palm Sunday mass on March 28, 2010 in St. Peter Square at the Vatican. The leader of Catholics in England and Wales, Archbishop of Westminster Vincent Nichols, said Sunday there was 'no strong reason' for the Pope Benedict XVI to resign over abuse scandals rocking the Church, adding he had taken action to tackle the problem. The Vatican has dismissed claims that Pope Benedict XVI was involved in a church-wide cover-up of clerical abuse of children, a scandal that has swept the United States and Europe.

Pope Benedict XVI waves to pilgrims as he arrives on Saint-Peter's Square at the Vatican to celebrate Palm Sunday mass on March 28, 2010. The pope voiced 'deep sadness' over clashes in the occupied east Jerusalem where Israel has defied international pressure with a plan to step up construction.

Pope Benedict XVI is helped by prelates to walk down the steps during Palm Sunday mass in St. Peter's square, at the Vatican, Sunday, March 28, 2010. Pope Benedict XVI opened Holy Week on Sunday amid one of the most serious crises facing the church in decades, with questions about his handling of cases of pedophile priests and the Vatican acknowledging its "moral credibility'' was on the line.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Pope Benedict XVI, flanked by his personal secretary Georg Ganswein, attends Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.

Bishops hold palm in a procession as they arrive for the Palm Sunday mass led by Pope Benedict XVI in Saint Peter's Square at the Vatican March 28, 2010.

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 28:  Pope Benedict XVI attends Palm Sunday Mass on March 28, 2010 in Vatican City, Vatican. The Pope is now facing pressure over abuse allegations which involved the German, the American and the Irish Catholic Church.

Domingo de Ramos - "os filhos dos hebreus"

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Entre as glórias da música escrita para a Liturgia Católica estão as composições do padre espanhol Tomás Luís de Victoria, que viveu de 1548 a 1611. Quem procurar seu nome perceberá que Victoria está muito longe de ser um obscuro personagem. Suas obras são muito estudadas e gravadas, tendo reconhecimento não só dos que amam a Liturgia, dentro da Igreja, como daqueles interessados somente na música em si e na História da Música.

Hoje trago ao leitor uma composição do padre Victoria destinada à Liturgia do Domingo de Ramos. Trata-se de uma antífona para a procissão dos ramos, chamada Pueri Hebræorum (“os filhos dos hebreus”). Como já vimos anteriormente, este nome vem das primeiras palavras do texto. Em português:

Os filhos dos hebreus estendiam suas vestimentas no caminho e clamavam dizendo: “Hosana ao filho de David, bendito o que vem em nome do Senhor”.

Em latim:

Pueri Hebræorum vestimenta prosternebant in via, et clamabant dicentes: “Hosanna filio David: benedictus qui venit in nomine Domini”.



Victoria, naturalmente, utiliza o texto latino. Esta antífona é prescrita pela Liturgia tanto no Novus Ordo como no Rito Tridentino.

A música do padre Tomás Luís de Victoria é polifônica. Isto significa que o coro é dividido em grupos, conforme o tipo de voz dos cantores, e cada grupo canta uma linha melódica diferente.

O canto gregoriano é monódico: o coro não se divide e todos os integrantes cantam a mesma linha melódica. Por esta razão, é escrito numa única pauta de quatro linhas.

Já a música polifônica é escrita em tantas pautas quantos forem os grupos de vozes (a que chamamos “naipes”), e cada pauta tem cinco linhas – notação moderna. Esta composição de Victoria que abordamos hoje utiliza um coro dividido em quatro “naipes”. Dizemos “quatro vozes”, mas não são quatro cantores (embora isso seja possível): cada “voz” (ou “naipe”) é cantada por diversos cantores.

Aqui os naipes são identificados como Cantus, Altus, Tenor e Bassus. As designações modernas seriam Soprano, Contralto, Tenor e Baixo. As duas primeiras vozes são femininas, e as outras duas, masculinas. Entretanto, na época de Victoria, as vozes agudas eram cantadas por meninos. Mesmo hoje existem coros que fazem assim. Porém, já é comum que as vozes mais agudas sejam cantadas por mulheres também.



Na música polifônica são utilizadas inúmeras repetições imediatas de palavras e grupos de palavras do texto – diferentemente do gregoriano. Por exemplo: se lermos a parte da voz mais aguda, o texto aparece, no início:

Pueri Hebræorum, pueri Hebræorum, Hebræorum, Hebræorum, vestimenta...

Entretanto, esta simples transcrição das repetições nos pode transmitir uma sensação de repetição inútil e despropositada. Não é o que ocorre na música; muito pelo contrário: estas repetições são necessárias pela própria estrutura da composição. São uma forma de adornar e embelezar o texto, própria da música polifônica, assim como gregoriano tem a sua, os melismas (que já vimos em outro texto: sílabas de longa duração, à qual são cantadas numerosas notas). [Execução: Coro da Igreja de São Clemente, Filadélfia]




Abaixo, em canto gregoriano, as duas antífonas Pueri Hebræorum oferecidas pelo Graduale Romanum. [Execução: Gadium Nostrum]



Finalmente, o gregoriano Pueri Hebræorum com os Meninos Cantores do Núcleo Los Teques, da Venezuela.

sexta-feira, 26 de março de 2010

É possível, sim, uma liturgia sóbria e bela!

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É possível, sim uma liturgia sóbria e bela, com tudo o que se pode ter. Exemplo disso, neste vídeo, podemos assistir uma cerimônia em que noviços recebem o hábito da Ordem dos Frades Menores. Deu-se na atual maior Província OFM do mundo, em Guadalupe, Zacatecas, México.

Vale ressaltar e elogiar o uso pelos sacerdotes de paramentos sobre os hábitos, alvas, casulas; as sobrepelizes que os que servem o altar estão usando. Como afirmado em um comentário, este "movimento de retorno" ao que é próprio da Igreja e da Ordem Franciscana - não somente Conventual e Capuchinha, mas também dos Frades Menores é fato de geração! Gradualmente, percebemos o retorno do correto uso dos paramentos, o decoro na preparação e na execução dos ofícios litúrgicos. É um exemplo para nós e que nos leva mais uma vez a bradar: "Salvem a Liturgia!"

quinta-feira, 25 de março de 2010

As igrejas estacionais e a Quaresma - do site da Pontifícia Academia para o Culto dos Mártires, da Santa Sé

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ESTAÇÕES QUARESMAIS

S. Lorenzo in Lucina S. Maria in Domnica, "La Navicella"

SS. Giovanni e Paolo S. Lorenzo in Panisperna

PERÍODO QUARESMAL

IGREJAS ESTACIONAIS



Quarta-feira de Cinzas

S. Sabina no Aventino

Quinta-feira

S. João no Velabro

Sexta-feira

Ss. João e Paulo no Célio

Sábado

Sto. Agostinho em Campo Marzio

Domingo I de Quar.

S. João de Latrão



Segunda-feira

S. Pedro in Vincoli no Colle Oppio

Terça-feira

S. Anastásia (S. Teodoro) no Palatino

Quarta-feira

S. Maria Maior

Quinta-feira

S. Loureço em Panisperna

Sexta-feira

Ss. XII Apóstolos no Foro Traiano

Sábado

S. Pedro no Vaticano

Domingo II de Quar.

S. Maria em Domenica alla Navicella



Segunda-feira

S. Clemente junto ao Coliseu

Terça-feira

S. Balbina no Aventino

Quarta-feira

S. Cecilia em Trastevere

Quinta-feira

S. Maria em Trastevere

Sexta-feira

S. Vitale em Fovea (via Nazionale)

Sábado

Ss. Marcelino e Pedro no Latrão (via Merulana)

Domingo III de Quar.

S. Lourenço fora dos Muros



Segunda-feira

S. Marco no Campidoglio

Terça-feira

S. Pudenciana no Viminale

Quarta-feira

S. Sixto (SS. Nereu e Aquileu)

Quinta-feira

Ss. Cosme e Damião na Via Sacra (Foro Imperial)

Sexta-feira

S. Lourenço em Lucina

Sábado

Sta. Susana nas Termas de Diocleciano

Domingo IV de Quar.

Sta. Cruz em Jerusalém



Segunda-feira

Ss. Quattro Coronati no Célio

Terça-feira

S. Lourenço em Dâmaso

Quarta-feira

S. Paulo fora dos Muros

Quinta-feira

Ss. Silvestre e Martinho ai Monti

Sexta-feira

S. Eusébio no Esquilino

Sábado

S. Nicolau em Cárcere

Domingo V de Quar.

S. Pedro no Vaticano



Segunda-feira

S. Crisógono em Trastevere

Terça-feira

S. Ciríaco (S. Maria em via Lata al Corso)

Quarta-feira

S. Marcelo al Corso

Quinta-feira

Sto. Apolinário em Campo Marzio

Sexta-feira

S. Estêvão no Célio

Sábado

S. João em Porta Latina



SEMANA SANTA


Domingo de Ramos

S. João de Latrão

Segunda-feira

S. Praxede no Esquilino

Terça-feira

Sta. Prisca no Aventino

Quarta-feira

S. Maria Maior

Quinta-feira

S. João de Latrão

Sexta-feira

Sta. Cruz em Jerusalém

Sábado

S. João de Latrão

Domingo de Páscoa

S. Maria Maior



PERÍODO PASCAL


Segunda-feira

S. Pedro no Vaticano

Terça-feira

S. Paulo fora dos Muros

Quarta-feira

S. Lourenço fora dos Muros

Quinta-feira

Ss. XII Apóstolos no Foro Traiano

Sexta-feira

S. Maria ad Martyres em Campo Marzio (Pantheon)

Sábado

S. João de Latrão

Domingo II de Páscoa (in Albis)

S. Pancrácio

A Academia está preparando o relativo livro litúrgico que, com a breve história de cada estação, será completado com a guia das Preces em latim e em italiano para poder seguir melhor o caminho estacional.

http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_academies/cult-martyrum/documents/rc_pa_martyrum_20020924_stazioni_po.html

terça-feira, 23 de março de 2010

Trechos do Ofício de Trevas de Sexta-feira, na forma extraordinária

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O Magistério da Igreja sobre a sagrada liturgia

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Dois Papas se sobressaem nesse magistério: São Pio X e Venerável Pio XII.

Pio X se distinguiu pelo seu interesse litúrgico já antes de chegar ao supremo pontificado. Três meses após ascender ao trono de Pedro, o Pontífice publica o motu proprio Tra le sollecitudini (22.10.1903), sobre a música e o canto na Igreja, destinado a renovar a música religiosa e restaurar o gregoriano. Este documento foi um ponto de partida na questão da participação litúrgica. Nele, assim se expressa o Papa: "Sendo nosso vivíssimo desejo que o verdadeiro espírito cristão refloresça totalmente e se mantenha em todos os fiéis, é necessário prover, antes de tudo, a santidade e a dignidade do templo, onde precisamente os fiéis se reúnem para beber este espíritode sua primeira e indispensável fonto, que é a participação ativa nos sacrossantos mistérios e na oração pública e solene da Igreja". Dois anos depois, promulgou o decreto Sacra tridentina synodus (1905), para a fomenar a comunhão frequente e, cinco anos mais tarde, o decreto Quam singulari (1910), para promover a admissão das crianças à comunhão em tenra idade. Em novembro de 1911, publicava a Constituição apostólica Divino Afflato , onde tratou da reforma do breviário e a revalorização da liturgia dominical.

Três linhas claras aparecem no magistério litúrgico de São Pio X:

1- a renovação da música sacra, porque 'nao devemos cantar na Missa, mas cantar a Missa',
2- a aproximação entre os batizados e a comunhão eucarística que rompeu um distanciamento de séculos entre os fiéis e o comungatório - é sabido que historicamente vivemos tempos de rarefação da recepção da Comunhão.
3- aplainou o caminho para a participação sacramental na SSma Eucaristia, mesmo que a catequese oferecida ainda devesse ser aperfeiçoada, a reforma do ano litúrgico e do breviário.

A partir de Pio X, participação ativa será o objeto de inúmera produção de textos, alguns justos; muitos, porém, exagerados. Ademais, o movimento litúrgico também reivindicará uma 'maior' participação dos fiéis nos sacrossantos mistérios, evidentemente que, com algumas argumentações legítimas; outras, infelizmente bastante exageradas, o que motivou Pio XII fazer algumas críticas, basta ler a alocução de Pio XII - carregada de reservas - no Congresso Litúrgico- Pastoral de Assis, em 1956.

No amplo magistério de Pio XII, dois documentos se destacaram: a Encíclica Mediator Dei, considerada a carta magna do movimento litúrgico e o discurso aos participantes do Congresso Internacional de Pastoral Litúrgcia celebrado em Assis (1956).

Alguns dados da renovação litúrgica efetuada por Pio XII: Instrução sobre a formação do clero no of´cioos divino (1945), a extensão ao sacerdote, em alguns casos, da faculdade de confirmar (1946), a multiplicação dos rituais bilíngues, sobretudo a partir de 1947, a determinação da matéria e a forma da ordem do diaconato, do presbiterato e do episcopado (1948), a reforma da vígilia pascal (1951) e do jejum eucarístico (1953 e 1957); nas mesmas datas, a introdução das missas vespertinas, a reforma da Semana Santa (1955), lecionários bilíngues a partir de 1958. A obra do Papa Eugenio Pacelli é coroada, em 1958, com a Instrução sobre a música sagrada e a liturgia, nos termos das encíclicas Musicae sacrae disciplinae e Mediator Dei.

Destaco, a seguir os principais conteúdos da Mediator Dei:

a) A teologia da liturgia como culto público integral do Corpo Místico de Cristo, da Cabeça e dos membros, e como presença privilegiada da mediação sacerdotal de Cristo-Cabeça;
b) A espiritualidade da liturgia, a dimensaõ interior e profunda do culto da Igreja: "Estão inteiramente equivocados aqueles que consideram a liturgia como mero lado exterior e sensível do culto divino ou como cerimonial decorativo; e não estão menos aqueles que pensam ser a liturgia o conjunto de leis e preceitos com os quais a hierarquia esclesiástica configura e ordena os ritos".
c) O equilíbrio teológico, não oportunista entre panliturgismo e subestimação do culto; piedade objetiva e subjetiva, comunitarismo e individualismo; celebração e culto da Eucaristia, progressismo e tradição.
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