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sábado, 12 de outubro de 2013

Solenidade de Nossa Senhora de Aparecida, por Gabriel Frade

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Na solenidade da Padroeira de nossa nação, disponibilizamos um trecho do comentário de Gabriel Frade, publicado anteriormente no ZENIT, para a data de hoje.

12 de outubro: Solenidade de Nossa Senhora de Aparecida

Padroeira do Brasil

Leituras: Est 5, 1b-2;7,2b-3; Sl 44; Ap 12, 1.5.13a.15-16a; Jo 2, 1-11

Por Gabriel Frade* 
A história é bastante conhecida.

O conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da capitania, ao fazer uma viagem para o interior, em direção à terra das Minas, passa pelo vale do Paraíba.

Ao chegar em Guaratinguetá (SP), nas cercanias da atual cidade de Aparecida, se faz necessária a preparação de um banquete para toda a comitiva. Alguns pescadores, depois de várias tentativas infrutíferas, continuam lançando suas redes no rio Paraíba do sul no afã de buscar o pescado para a mesa de sua excelência.

Puxam a rede, mas é só desilusão: não há um peixe sequer, apenas a sujeira habitual do fundo do rio. Em determinado lance, em meio à sujeira na rede, os pescadores percebem algo pequenino que lhes chamou particularmente a atenção: era o corpo de uma estátua. Via-se claramente que era a imagem de uma santa.

Por respeito, resolvem guardar o fragmento no fundo do barco envolvido num lenço. Afinal a Igreja ensinava que era preciso dar um fim adequado às imagens religiosas, mesmo quando quebradas.

Lançam as redes mais uma vez. Desta vez, fato deveras intrigante, percebem algo um pouco menor: era a cabeça da mesma estátua.

Em seguida, ao lançar as redes mais uma vez, encontram uma superabundância de peixes. Isso só podia ser um sinal dos céus: aquela estatuazinha da Virgem apareceu-lhes, eles pobres trabalhadores, para lhes conceder alguma graça e algum consolo. A estátua é prontamente recolhida e levada carinhosamente para a casa dos pescadores, onde é colocada num pequeno oratório, tornando-se o centro do afeto das famílias daquela localidade.

Depois de tantos anos, a estátua enegrecida pelo fumo de tantas velas acendidas pelos devotos, se tornará nacionalmente conhecida pelo nome ligado ao evento de sua origem: Nossa Senhora de Aparecida.

Em linhas gerais, esta é a história dos inícios e que foi contada de geração em geração.

Algo semelhante havia ocorrido alguns séculos antes no México: lá, a Virgem aparece também a um pobre índio, e sua aparição, conhecida como Nossa Senhora de Guadalupe, está marcada por elementos que dialogaram profundamente com a cultura indígena, oprimida pela colonização de então.

Curiosamente, também o fato da aparição da Imaculada Conceição Aparecida, trará consigo elementos que dialogaram com as várias culturas presentes no Brasil de ontem e de hoje.

Da mesma forma como a mãe amorosa que tem muitos filhos, e deve lidar com a índole de cada um de forma diferenciada, no Brasil, a Virgem de Aparecida se mostrará ao seu povo com características tais, que cada cultura que compôs inicialmente o povo brasileiro provavelmente pôde enxergar elementos de identificação próprios, encontrando um particular consolo maternal na Virgem.

Nesse sentido, ao pensarmos na sociedade colonial, talvez os negros escravos encontrassem na Virgem negra uma consolação e uma proximidade tal, que só uma mãe negra poderia oferecer. Os índios, por outro lado, talvez vissem nessa Mãe surgida das águas do rio, uma linguagem evocativa de seus grandes mitos, como aquele de Iara, a Senhora d’água. Os brancos portugueses viam provavelmente nessa Senhora também a figura de suas mães brancas, presas numa pátria longínqua.

Dessas percepções particulares, se fez mais fácil a compreensão de Maria, a Mãe do Senhor e nossa Mãe.

Desde sua aparição, no início do século XVIII, Nossa Senhora de Aparecida continua consolando seu povo e intercedendo junto a Deus por nós: “Se ganhei as tuas boas graças, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida – eis o meu pedido! – e a vida do meu povo – eis o meu desejo!” (primeira leitura).

Assim como a estátua encontrada no fundo do rio, a segunda leitura do livro do Apocalipse, nos traz a imagem da mulher que está para ser submersa por um rio de água vomitado por uma serpente (v. 15). Essa imagem nos lembra como há sempre a possibilidade de algo querer submergir a mulher, imagem da Igreja, por causa do menino ao qual ela trazia no ventre e ao qual dera à luz.

Analogamente, assim como a terra veio em socorro da mulher (v. 16a), a estátua da Virgem está hoje conservada na basílica nacional de Aparecida, construída no alto de um morro, onde todos os seus filhos podem desfrutar de sua consolação maternal; encontrando aí, por meio de sua intercessão, a alegria da vida.

De fato, é o que encontramos no Evangelho do dia: pela intercessão da Mãe, a água, símbolo de nossa vida oprimida pelo pecado, torna-se vinho fino, símbolo inebriante da alegria da vida eterna concedida a nós gratuitamente pelo Cristo Senhor.
* Natural de Itaquaquecetuba (São Paulo), Gabriel Frade é leigo, casado e pai de três filhos. Graduado em Filosofia e Teologia pela Universidade Gregoriana (Roma), possui Mestrado em Liturgia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora D’Assunção (São Paulo). Atualmente é professor de Liturgia e Sacramentos no Mosteiro de São Bento (São Paulo) e na UNISAL – Campus Pio XI. É tradutor e autor de livros e artigos na área litúrgica. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Entrega das alfaias da I Promoção Salvem a Liturgia & Ars Sacra

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Trazemos o relato da entrega das alfaias de nossa primeira promoção ao sacerdote para quem elas foram presenteadas:
Boa noite,

Entreguei as alfaias no domingo (15/09) para o Padre Faustino. Ele ficou muito emocionado e gostou muito das alfaias. E quando eu disse que o sorteio foi realizado pelo site do Salvem a Liturgia ele sorriu, pois muitos dos nossos seminaristas usam o site como forma de compreender a  reforma da reforma e creio eu que o Padre costuma acessar o site de vocês.

Padre Faustino é o Vigário da minha paróquia e o primeiro sacerdote do Instituto dos Servos da Divina Misericórdia, ele pode ser considerado um sacerdote jovem, pois foi ordenado no dia 04 de agosto deste ano. Estou te enviando a foto que tirei junto ao Padre quando entreguei as alfaias para ele e algumas fotos que foram tiradas no dia de sua ordenação sacerdotal, entre as quais uma foto tirada junto com o nosso bispo Dom Francisco e com o fundador do Instituto, Padre Sérgio.

Muito obrigada pelas alfaias,
Em Cristo
Ana Urbano

Muito nos alegra saber que este nosso simples apostolado recebe a confiança de tantos seminaristas e sacerdotes. Pedimos aos nossos leitores que não deixem de rezar por nós e por todos aqueles que lutam pela restauração da Liturgia.

Como já foi mencionado, haverá um segundo sorteio, com data ainda por definir. Aguardem!

Por fim, eis as demais fotos mencionadas no relato:






terça-feira, 8 de outubro de 2013

Papa Francisco: A Missa não é um evento social

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Fonte: ACI Digital

Foto: Rodrigo Balladares Muñoz (CC BY-NC-SA 2.0)

VATICANO, 04 Out. 13 / 12:50 am (ACI/EWTN Noticias).- Na homilia da Missa que presidiu ontem na Casa Santa Marta onde reside, o Papa Francisco afirmou que a Missa não é um evento social, mas uma festa em que se faz presente Deus e não pode ser "domesticada" pelo hábito.

O Papa afirmou que "toda semana vamos à igreja, ou quando alguém morre vamos ao funeral… e essa memória, muitas vezes, nos aborrece porque não é próxima. É triste, mas a Missa muitas vezes se transforma em um evento social e não estamos próximos da memória da Igreja, que é a presença do Senhor diante de nós".

O Papa Francisco se inspirou na passagem do Livro do Neemias, na primeira leitura de ontem, para centrar sua homilia no tema da memória. O Povo de Deus, observou, "tinha a memória da Lei, mas era uma memória distante", aquele dia, por outro lado, "a memória se fez próxima" e "isto toca o coração". Choravam "de alegria, não de dor", disse o Santo Padre, "porque tinham a experiência da proximidade da salvação":

"E isso é importante não somente nos grandes momentos históricos, mas nos momentos da nossa vida: todos temos a memória da salvação, todos. Mas, pergunto-me: esta memória está perto de nós, ou é uma memória um pouco distante, um pouco difusa, um pouco arcaica, um pouco de museu? Pode ir longe… E quando a memória não está próxima, quando não temos esta experiência de proximidade da memória, esta entra em um processo de transformação, e a memória se transforma em uma simples recordação".

Quando a memória se torna distante, acrescentou o Papa, "transforma-se em lembrança; mas quando se faz próxima, transforma-se em alegria e esta é a alegria do povo". Isto, disse também, constitui "um princípio da nossa vida cristã". Quando a memória se faz próxima, reafirmou, "faz duas coisas: aquece o coração e dá alegria".

"E esta alegria é nossa força. A alegria da memória próxima. Por outro lado, a memória domesticada, que se afasta e se converte em uma simples lembrança, não aquece o coração, não nos dá alegria e não nos dá força. Este encontro com a memória é um evento de salvação, é um encontro com o amor de Deus que fez historia conosco e nos salvou; é um encontro de salvação. E é tão bom ser salvos, que é preciso festejar".

O Pontífice ressaltou que "quando Deus vem e se aproxima sempre há festa". E "muitas vezes –constatou– nós os cristãos temos medo de festejar: esta festa simples e fraterna que é um dom da proximidade do Senhor".

A vida, acrescentou, "nos leva a afastar esta proximidade, e a manter somente a lembrança da salvação, não a memória que está viva". A Igreja, destacou, tem a "sua memória" que é a "memória da Paixão do Senhor". "Também conosco, advertiu o Papa, acontece que afastamos esta memória e a transformamos em uma lembrança, em um evento habitual".

Para concluir o Papa Francisco alentou a pedir ao Senhor "a graça de ter sempre a sua memória perto de nós, uma memória próxima e não domesticada pelo hábito, por tantas coisas, e distanciada numa simples lembrança" 

domingo, 6 de outubro de 2013

A primeira Missa cantada do Pe. Rodrigo da Rosa Cabrera

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Trazemos algumas fotos da primeira Missa cantada (na Forma Extraordinária) celebrada pelo Pe Rodrigo da Rosa Cabrera na Capela São Miguel, Santa Maria, RS, que foram publicadas por ele em uma rede social.

Pe. Rodrigo também nos deixou a seguinte mensagem:

Prezado Daniel, a Missa na forma extraordinária acontece na capela S. Miguel aos segundos e quartos domingos, às 18hs sempre. É possível afirmar que tivemos um singelo aumento na participação. Algumas pessoas vieram e se tornaram assíduas. Há um grupo de seminaristas que ajudam no órgão e nos cantos. Queremos ainda melhorar a divulgação. Temos a alegria de ser a única (SUMMORUM PONTIFICUM) do estado do RS. Já celebrados noutra ocasião numa paróquia, S. José de Pinhal Grande e estamos preparando uma celebração aqui em Quevedos. Interessante notar que na capela S. Miguel a maior parte dos interessados são jovens e adultos jovens. Deixo minha saudação e benção.





sábado, 5 de outubro de 2013

Fotos Exclusivas da Santa Missa do Papa Francisco em Assis

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No dia do Santo Padroeiro da Itália, São Francisco de Assis, aniversário Onomástico de Sua Santidade, o Papa Francisco, realizou a visita prometida e querida desde o início do seu pontificado à terra do Santo que inspirou a escolha do seu nome e inspira os rumos do seu reinado.

Como lhe é costume, de modo sóbrio, celebrou a Santa Missa na parte externa da Basílica e Sacro Convento de São Francisco, assistido por uma multidão de mais de 100 mil fiéis. Após esta, seguiu-se um dia inteiro de visitações e peregrinações aos principais lugares franciscanos: Porciúncula, Basílica de Santa Clara (São Damião), Rivotorto, Cárceres, São Rufino... Sempre acompanhado dos Ministros Gerais da Ordem Franciscana, em seus ramos: OFM, OFMConv. e OFMCap., assim como o Ministro Geral da TOR e outros seculares consagrados (OFS).

A seguir, algumas fotos exclusivas, feitas pelos frades que lá estiveram, aos quais agradecemos a gentileza do envio das mesmas. Muitas delas, dispensam legendas. Noutras constam os devidos créditos.

Mais informações sobre a visitação à Basílica e breve história do "Pobrezinho de Assis", pode-se acessar AQUI.

À chegada do Santo Padre, os frades mostram e explicam alguns dos afrescos
de Giotto, na Basílica Superior

(Foto: cantonuovo.eu)


Um dos momentos mais marcantes: A oração do Papa Francisco diante do
túmulo de São Francisco ou, como ficou conhecido, "Francisco encontra São Francisco"
ou ainda, "Francisco de Roma encontra Francisco de Assis"
(Foto: RaiNews)

Saída da Basílica para o seu Pátio
Detalhe para o uso da Férula do Papa Paulo VI,
como parece ser o gosto do Papa Francisco fora da Basílica de São Pedro

(Foto: sanfrancescopatronoditalia.it)





Composição do "Presbitério" e Saudação do Bispo de Assis

Os dois Diáconos Assistentes são Permanentes

Detalhe da Lamparina com o óleo que queima em honra do Santo,
oferecido pelos cidadãos da Úmbria e seus representantes políticos
                                
                                                                         (Foto: cantonuovo.eu)







(Foto: sanfrancescopatronoditalia.it)
Homilia: "De onde começa o caminho de Francisco para Cristo?
Começa do olhar de Jesus na cruz.
Deixar-se olhar por Ele no momento em que dá a vida por nós e nos atrai para Ele."
(Foto: cantonuovo.eu)
Oração Universal
Procissão e entrega dos Dons para o Sacrifício










(Foto: cantonuovo.eu)
Após ser abençoado, o óleo que queima diante do túmulo de São Francisco
(Foto: sanfrancescopatronoditalia.it)


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