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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ordinariato para ex-anglicanos na Austrália já tem nome… E no Brasil?

O Ordinariato inglês tem por nome Nossa Senhora de Walsingham. Cogita-se que o americano será Nossa Senhora da Expiação (ou da Reparação, conforme outra tradução para Atonement). O australiano levará a denominação de Nossa Senhora do Cruzeiro do Sul, a constelação que figura na própria bandeira da Austrália.

E no Brasil? O Salvem a Liturgia tem notícia de alguns anglicanos de formação anglo-católica que estariam interessados em se converter e pedir plena comunhão com o Papa, mantendo seu patrimônio espiritual próprio, nos termos da Anglicanorum Coetibus. Comenta-se de membros da IEAB – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil –, que é a província brasileira da Comunhão Anglicana, ligada a Cantuária, mas também se sabe que há grupos chamados “continuantes” ou “independentes” que nutrem teologia, espiritualidade e liturgia anglo-católicas. A IEAB, no Brasil, é majoritariamente Broad Church – liberal –, com parcela considerável de Low Church – tendências mais protestantizadas – e mesmo os grupos High Church o são apenas em espiritualidade e liturgia, mantendo uma teologia que navega entre o liberalismo e o protestantismo: os High Church puros são poucos, e mais reduzidos ainda aqueles que poderiam se interessar em sair da IEAB e migrar para o catolicismo romano.

Mas e os incontáveis grupos anglicanos “fora de Cantuária”, como a Igreja Anglicana do Brasil (IAB)? Há, na IAB, inclusive um mosteiro de recente fundação (Arquiabadia de Santa Cecília), cujos monges e prior (hoje elevado a Bispo e Abade anglicano) eram católicos e, no tempo de sua comunhão com Roma, executaram peças gregorianas e polifônicas em meu casamento, em 2008, na Catedral Metropolitana de Pelotas. O que dizer da IAB? E da Igreja Anglicana Tradicional do Brasil (IATB)? E da Diocese do Japi, membro da Comunhão Anglicana Independente Mundial (The Anglican Independent Communion Worldwide - AICW)?

Um Ordinariato para ex-anglicanos brasileiros seria um bem enorme não só para as almas dos que entenderam que para seguir a Cristo é preciso estar submisso ao Vigário do mesmo Cristo, como para todos nós, sedentos de uma liturgia bem feita e conforme a sadia tradição eclesiástica…

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