“Gostaria de saber se é Litúrgico levantar a mão
direita para rezar o credo?”
Prezado leitor, Não. O que não está previsto, não se
deve fazer. Não há sentido litúrgico no ato, além disso.
A Paz!
Alex Camillo
Sacerdotes podem usar Solidéu? Há algum próprio para
eles? (Lucas Gabriel)
Prezado Lucas,
O solidéu é uma pequena calota que os clérigos usam na cabeça.
Sendo preto para os padres, para todos os monsenhores é preto com frisos
violáceos. Todo violeta para os bispos, vermelho para os cardeais e branco para
o papa. Comuns a todos os clérigos são: a sobrepeliz, o amito, a alva com
cordão, a capa de asperges, o barrete e o solidéu. Todos os
outros paramentos são próprios só dos clérigos de ordens maiores e , usados
principalmente na missa. Padre só pode usar solidéu na Missa se tiver indulto
da Santa Sé. Fora da
Missa pode.
Fique com Deus!
Rafael Vitola
“Quando um religioso, sendo apenas religioso, se
aproxima do presbitério e chegando diante do altar ele pode beijá-lo como o
sacerdote ou não?” (Frater Rodrigo Gibelato)
Prezado Rodrigo,
Não. Osculam o altar apenas os minitros ordenados; na
missa, são o celebrante, on concelebrantes e os diáconos que oficiam na missa.
A Paz!
Kairo Neves
“Gostaria de
tirar uma dúvida a respeito do Ato Penitencial. Como é uma parte mal entendida
por todos, desde sacerdotes a equipes de liturgia, gostaria de saber se existem
fórmulas alternativas além daquelas 3 conhecidas e o asperges. Temos visto
serem rezadas algumas com variações do texto da 3ª fórmula, que inclui o Senhor
tende piedade. Pergunto, isso é permitido?” (Carlos Santana)
Prezado Carlos,
Após uma breve pausa, utiliza uma das três fórmulas:
a) o Confiteor; b) o “Tende compaixão”; c) o Kyrie. Conclui com uma absolvição,
que, por ser desprovida de força sacramental, não possui a eficácia do
Sacramento da Penitência celebrado na confissão dos pecados ao sacerdote.
Podem ser cantadas músicas de Ato Penitencial, desde que a letra utilizada seja
de alguma das formas prescritas. Quaisquer outros cantos, ainda que implorem o
perdão de Deus e demonstrem arrependimento dos pecados, estão excluídos por não
se encaixarem no ordinário da Missa, do qual o Ato Penitencial é integrante.
O Ato Penitencial é omitido quando se celebra, no início da Missa, o rito do
Asperges, e também quando a celebração for imediatamente precedida de um ofício
da Liturgia das Horas com caráter penitencial. Nos demais casos, muito mais
comuns, é imprescindível!
Quando as invocações do Kyrie, “Senhor, tende piedade de nós...”, não forem
utilizadas no Ato Penitencial, devem ser proferidas após a absolvição que se
segue àquele. Isso significa que sempre que o Ato Penitencial consistir no
Confiteor (“Confesso a Deus todo-poderoso...”) ou no “Tende compaixão”, o Kyrie
é feito em um ato próprio.
“Depois do Ato Penitencial inicia-se sempre o ‘Senhor, tende piedade’, a não
ser que já tenha sido rezado no próprio ato penitencial. Tratando-se de um
canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é
executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de
cantores ou o cantor.” (Instrução Geral do Missal Romano, 52)
É possível que o Kyrie rezado seja substituído por uma música que tenha as
invocações na letra.
Na prática
1. Esqueça-se o folhetinho de Missa. Use-se o Missal. Uma das três
fórmulas, e só.
2. Não se use músicas de perdão. Diz-se o texto do Missal, quer
rezado quer cantado, mas só ele e nada mais. Querem música? Cante-se o texto
previsto no Missal, mas não “músicas de perdão”.
Fique com Deus!
Rafael Vitola
“Gostaria de
saber se o véu de cálice preto pode ser usado na Forma Ordinária?”
Prezado leitor,
Para a Missa na Forma Extraordinária o véu é
orbigatório e tem sempre a cor litúrgica usada.
Para a Missa na Forma Ordinária, o uso véu é louvável,
embora não obrigatório no texto latino, e pode ser sempre da cor branca: "Calix
laudabiliter cooperiatur velo, quod potest esse aut coloris diei aut
coloris albi" - "o cálice, como convém, seja coberto com um
véu, que pode ser da cor do dia ou de cor branca" (IGMR 80, no texto
da segunda edição, ou 118, no texto da terceira edição).
A paz!
Alex Camillo
“Gostaria de
saber onde está previsto que a Santa Missa pode ser celebrada junto com as
Laudes ou as Vésperas (Hino como Cântico de entrada, Salmodia como Ato
Penitencial e Cântico Evangélico após a Comunhão). É que isso é comum em vários
Seminários e gostaria de saber se é correto.”
Prezado Leitor,
Não simultaneamente, usando partes do Ofício como se
fossem partes da Missa. O que pode é fazer uma celebração contínua, por
exemplo, Vésperas e Missa.
A Introdução Geral da Liturgia das Horas diz:
93. Em casos particulares, quando as circunstâncias o
pedirem, na celebração pública ou comunitária, pode-se fazer uma ligação
mais estreita da Missa com uma Hora do Ofício, dentro das normas
a seguir indicadas, contanto que a Missa e a Hora pertençam ao mesmo Ofício.
Evitar-se-á, porém, que isto redunde em prejuízo do bem pastoral, mormente
aos domingos.
94. Quando a Missa é precedida imediatamente das
Laudes, celebradas no coro ou em comum, a ação litúrgica pode começar
ou pelo versículo introdutório e o hino das Laudes, sobretudo nos
dias feriais, ou pelo canto e procissão de entrada e saudação
do celebrante, principalmente nos dias festivos. Num e noutro
caso, omitir-se-á um destes dois ritos iniciais. Segue-se a salmodia
das Laudes, na forma habitual, até à leitura breve exclusive. Terminada a
salmodia, omitido o ato penitencial e eventualmente o Kýrie, diz-se o
Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a oração da Missa.
Segue-se a Liturgia da palavra, como de costume.
A oração universal faz-se na devida altura e na
forma acostumada para a Missa. Contudo, nos dias feriais, na
Missa matutina, em vez dos formulários quotidianos da oração
universal, podem-se dizer as preces matinais próprias de
Laudes. Depois da comunhão, com o respectivo cântico, diz-se
o Benedictus com sua antífona das Laudes. Segue-se a oração depois da
comunhão, e tudo o mais como de costume.
95. No caso de a Missa ser precedida imediatamente da
celebração pública da Hora Média, quer dizer, Oração das Nove, das Doze e
das Quinze Horas, a ação litúrgica pode igualmente começar ou
pelo versículo introdutório e o hino da respectiva Hora, sobretudo nos
dias feriais, ou pelo canto e procissão de entrada e saudação
do celebrante, mormente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitirse-á
um destes dois ritos iniciais.
Segue-se a salmodia da respectiva Hora, como
de costume, até à leitura breve exclusive. Terminada a
salmodia, omitido o ato penitencial e eventualmente o Kýrie, diz-se o
Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a oração da Missa.
96. Quando a Missa é precedida imediatamente das
Vésperas, estas ligam-se à Missa da mesma forma que Laudes. Note-se,
porém, que não se podem celebrar as primeiras Vésperas das
solenidades, domingos e festas do Senhor que ocorram ao domingo, senão
depois de celebrada a Missa do dia anterior ou sábado.
97. No caso de a Hora Média, quer dizer, Oração das
Nove, das Doze e das Quinze Horas, ou as Vésperas, se seguirem à Missa,
esta será celebrada na forma habitual até à oração depois da
comunhão inclusive.
Dita a oração depois da comunhão, começa imediatamente
a salmodia da respectiva Hora. Na Hora Média, terminada a
salmodia, omite-se a leitura breve e diz-se logo a oração; e faz-se a
despedida tal e qual como na Missa. Nas Vésperas, terminada a
salmodia, omite-se a leitura e diz-se logo o cântico Magnificat com a
respectiva antífona; e, omitidas as preces e a oração dominical, diz-se a
oração conclusiva e dá-se a bênção ao povo.
98. Com exceção do Natal do Senhor, não é permitido,
regra geral, juntar a Missa com o Ofício das Leituras, pois a Missa tem já
o seu ciclo de leituras que se deve distinguir do Ofício. Todavia,
nalgum caso excepcional, se se vir que pode haver nisso vantagem,
então, logo depois da segunda leitura do Ofício, com seu responsório, omitindo
tudo o mais, inicia-se a Missa com o hino Gloria, caso se deva dizer;
aliás, com a oração.
99. No caso de o Ofício das Leituras se rezar
imediatamente antes de outra Hora, pode-se dizer o hino da respectiva Hora
a iniciar o Ofício das Leituras. No fim do Ofício da Leitura, omite-se a
oração e a conclusão; e, na Hora que vier a seguir, omite-se o
versículo introdutório e o Glória ao Pai.
Fique com Deus!
Alfredo Votta
“Uma dúvida:
se um padre falta a uma missa, então um dos ministros pode fazer a celebração
da palavra, certo!? E as hóstias consagradas em outro momento e guardadas no
sacrario podem ser usadas!?!? E ainda assim são o corpo e o sangue de cristo!?
Ouvi dizer que só realmente é corpo e sangue no momento da missa...podem
explicar isso!? “(Caroline Sampaio)
Prezada Caroline,
Bem, entende-se que a liturgia celebrada na paróquia
deve ser devidamente autorizada pelo padre. Se se entende que por conta do
imprevisto o padre não pode comparecer e, ao menos supondo-se sua autorização,
pode-se sim realizar uma celebração da palavra com distribuição da comunhão eucarística.
Todavia se, por outro lado, isto causaria estranhamento ou confusão aos fiéis,
se ninguém está previamente autorizado a proceder de tal forma ou sem
autorização do pároco, não é conveniente realizar tal celebração.
As hóstias consagradas em outra celebração podem ser
usadas; sendo que uma vez consagradas, as sagradas espécies são enquanto se
mantiverem o aspecto de pão e de vinho, Corpo e Sangue de Nosso Senhor.
Fique com Deus!
Kairo Neves
“Olá, sou
Pedro Henrique do Ceará, tenho uma curiosidade e se vocês puderem me responder
ficaria muito grato. Vejo na TV, que logo após a oração pela paz se reza o
"Cordeiro de Deus". Porque não acontece o momento do aperto/abraço da
paz entre as pessoas? Isso é errado, é correto?”
Prezado Pedro Henrique,
Sim. O Rito da Paz consta de duas partes, uma é a
oração "Senhor Jesus Cristo dissestes aos vossos apóstolos" e "A
paz do Senhor esteja sempre convosco". A saudação entre os presentes faz
parte da segunda parte deste rito, sendo esta opcional.
A paz!
Kairo Neves
“Bom dia! Eu
gostaria que vcs pudessem me tirar uma dúvida. No presbitério da minha
paróquia, além do altar quase fixo, existe ainda o altar fixo, colado à parede,
o altar-mor. Se eu fosse celebrar a Missa Tridentina, poderia ser no altar-mor
mesmo tendo a outra mesa presente?” (Giovanni Morais)
Prezado Giovanni,
Em qualquer uma das formas do rito romano se pode usar
quaisquer um dos dois altares, dado que são altares dedicados.
Fique com Deus!
Kairo Neves