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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Na Cruz...no Altar!

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A Tradição e o Magistério nos ensinam que o sacerdote age na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, penso que outra reflexão pode nascer desta perspectiva. Cristo na ara da Cruz estava acompanhado de sua Santíssima Mãe e do Fiel Discípulo, como estariam essas figuras presentes junto ao sacerdote no altar? Muitos fiéis reclamam hoje por uma maior "participação" junto ao Santos Mistérios, se a presença silenciosa da Virgem Maria e a de São João junto ao Redentor fosse meditada e seriamente pensada, muitos silenciariam e perceberiam o quão estranho é o pedido.

Jamais poderia a Virgem subir ao madeiro, jamais poderia o apóstolo derramar o sangue pela redenção dos homens, através do silêncio a participação é muito mais estreita e eficaz. A Liturgia nos apresenta estas duas figuras também junto ao altar e ao sacerdote; nas santas mulheres que assistem ao Santo Sacrifício e nos jovens, tal qual o Evangelista, que sobem junto com o sacerdote ao altar e ali podem escutar o bater próximo do Divino Coração. As mulheres que em muitas situações cuidam dos paramentos sacerdotais, preparam as flores e arranjos para o altar, zelam pela limpeza e ordem do templo, mas acima de tudo auxiliam o ministério sacerdotal através de suas orações e preces, baseadas no exemplo da Virgem Maria que com certa respeitosa distância acompanhava o anúncio evangélico de seu amado Filho.

Como não se lembrar as piedosas senhoras que constantemente aos pés do altar rezam pelos sacerdotes que exercem seu apostolado e cuidado das almas e não podem passar, infelizmente, horas diante do Santíssimo Sacramento? Como não lembrar das mulheres que correndo ao sepulcro para cuidarem do corpo de Nosso Senhor encontram a notícia de sua Ressurreição e o próprio Ressuscitado? Aquelas que como a Filha de Sião, preparam e cuidam das sagradas alfaias, o mesmo cuidado que a Virgem tinha ao cuidar dos cueiros do Menino-Deus e a tristeza ao ver a mortalha, provavelmente tecida por ela, cobrir o chagado corpo. As mesmas que como Maria sofrem ao ver o santo sacerdócio sendo alvo de ataques, o Santíssimo tão profanado e o santo altar alvo de desleixo e falta de carinho.

Penso que o mais próximo exemplo para os acólitos e coroinhas seja o de São João Evangelista, o jovem e fiel discípulo de Nosso Senhor. Estes jovens que sobem ao altar com a coragem e confiança daquele santo rapaz, sem saber bem ao certo o mistério que ali encontrarão, sobem com a mais jovial alegria e simplicidade e podem ficar aos pés da Cruz e sentir o Amor Divino derramando-se sobre suas vidas. Podem como João, reclinar a cabeça durante a Santa Ceia e ouvir o bater do Sagrado Coração que se derrama continuamente em amor e misericórdia para com todos mediante as mãos do sacerdote no Altar e nos Sacramentos. Como não perceber que é justamente ao jovem que reclinado ouviu os mais íntimos segredos do Coração de Deus que Nosso Senhor entrega sua amada Mãe?

O Santo Altar é o campo aberto onde as sementes da vocação são plantadas e regadas pelo cálice elevado, as moças que vendo o exemplo da Madalena decidem correr atrás do Divino Esposo e deixando tudo aceitam as núpcias da fé, ou então, os jovens que percebendo que o Coração Divino pulsante e amoroso no santo altar é pouco perscrutado e pouquíssimos desejam reclinar-se sobre o peito de Jesus Cristo entregam sua juventude e correm ao encontro da Cruz.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Dedicação da igreja e do altar da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes / Rodeio Bonito - RS

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No último dia 18 de outubro, em missa solene foi dedicada a Igreja e o Altar da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes na cidade de Rodeio Bonito - RS. Na ocasião também foi comemorado os 60 anos da mesma paróquia.

A cerimônia foi presidida por S. E. R. Dom Antonio Carlos, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen, contava-se com a presença de vários presbiteros que vieram concelebrar, e numerosos fieis, vindos das cidades que fazem parte da paróquia.






















quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Missa de Casamento na forma extraordinária, no Rio de Janeiro

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Missa celebrada após o rito do casamento. Ambos na forma extraordinária do rito romano (rito antigo, uso tradicional, rito tridentino ou de São Pio V). Celebração feita dia 25 de abril de 2009 pelo Pe. Demétrio Gomes, diretor do Instituto Filosófico e Teológico e também diretor espiritual do Seminário da Arquidiocese de Niterói, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé do Rio de Janeiro. Canto pelo Coro da Arquidiocese do Rio, com regência de Benedito Rosa e orgão de Claudia Feitosa.



























sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Das Premissas

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Lógica não é uma das áreas que mais me atrai na Filosofia, mas sou tentado a usá-la neste momento para explicar certos conceitos presentes neste apostolado os quais algumas vezes passam despercebidos da grande maioria que nos acompanha.

O famoso silogismo aristotélico é constituído de premissas e conclusão, as premissas são juízos o
u fatos que obrigatoriamente tendem para uma conclusão; felizmente este blog é sobre Liturgia e não Lógica, explico-me.

O apostolado exercido pelo Salvem a Liturgia é o da glorificação de Deus Altíssimo e salvação das almas, através da divulgação e defesa do Sacro Rito Romano. Qualquer um que considerasse o apostolado como somente crítica a certas posturas litúrgicas ou exaltação de outras, estaria desconsiderando as importantes premissas deste apostolado.


O fiel que deixasse de participar de uma Santa Missa pelas rendas não serem as melhores ou os candelabros sem polimento deveria rever diante de si e do Senh
or os motivos que o motivam ao "torto zelo" pela Liturgia. Cuidar da Liturgia e descuidar das almas e da adoração ao Senhor seria tornar a conclusão premissa e inverter a ordem correta entre as mesmas.

A própria palavra APOSTOLADO compreende a preocupação com as almas e com a glória de Deus. Infelizmente, certas posturas adquiridas de forma automática fundamentam aqueles que nos acusam de ausência de pastoralidade e anacronismo.


Os que nos acusam de possuirmos uma "visão superficial" das realidades eclesiais brasileiras ou internacionais não possui fundamentação, sabemos que discutir a validade da comunhão na mão ou na boca torna-se relevante diante da constatação de que muitos não conhecem o real valor da Sagrada Eucaristia, não podemos contudo, esquecer que o fato apresentado como "superficial" possui sua repercussão direta no problema anterior.


É de nosso conhecime
nto o bem que tal apostolado tem causado aos fiéis que procuram a reta doutrina, e como consequência, a perda que causamos aos anjos rebeldes retirando de suas mãos cada vez mais almas, os quais possuem somente como forma de ataque fazer com que este apostolado seja mal entendido.

Proteja-nos a Mãe de Deus e São Miguel Arcanjo nesta difícil tarefa que nos foi confiada pelo próprio Deus e pela Santa Igreja.

"Quando Lúficer não pode agir por seus meios, os homens o fazem"
(São Vicente de Paula)

domingo, 4 de outubro de 2009

Forma ordinária (Novus Ordo, pós-conciliar), em latim e versus Deum, nas Filipinas

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Em 2008, no dia 13 de dezembro, memória de Santa Luzia, virgem e mártir, o Bispo Emérito de Catarman, nas Filipinas, D. Angel Hobayan, DD, celebrou, na Igreja de São João, em Manila, a Missa Pontifical em latim e versus Deum, de acordo com a forma ordinária do rito romano (ou seja, no uso atual, rito novo, pós-conciliar, segundo o Missal de Paulo VI e João Paulo II). As leituras foram feitas em vernáculo.

O evento foi o encerramento da Convenção Católica de Apologética nas Filipinas, com a graduação de vários alunos que participaram de um seminário, com duração de treze sábados, sobre apologética. Um centro do Opus Dei providenciou o belíssimo missal de altar.

O coro cantou o Próprio da Missa de acordo com a versão atual do Graduale Romanum.

A Sagrada Comunhão foi distribuída aos fiéis, de joelhos, em sua língua.














quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Palminha-de-são-tomé-pra-quando-papai-vier

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Alguns nos questionam de nossa verdadeira cruzada contra as palmas na Missa.

Cabe salientar, antes de tudo, que não nos referimos às palmas como um aplauso em um momento específico de Missas determinadas. É evidente que, na posse de um pároco, pode-se aplaudi-lo; quando de um casamento, aplaudir o novo casal; etc. Mas daí a considerar correto acompanhar músicas com palmas ritmadas? Isso foge completamente à tradição litúrgica do rito romano, e tira o aspecto de sacralidade que a Missa requer. O ambiente não propicia.

Ainda que não existam, nas rubricas, disposições proibindo expressamente as palmas, elas não deixam de ser abusos litúrgicos, erros, violações. Quando as rubricas silenciam, devemos ter cuidado. Só se pode fazer o que, no silêncio das rubricas, é adequado à tradição litúrgica.

É bem verdade que não há documento legislando a respeito. Mas esperá-lo e só então obedecê-lo pode ser legalismo.

Não se deve fazer apenas “o que está na lei”, como, se enquanto não houver lei clara, o terreno fique livre para o que se quiser. É preciso adequar-se à tradição litúrgica que, embora não sendo Tradição, tem uma continuidade a dar como que a alma de nosso rito. Os diferentes discursos do Papa e dos consultores em liturgia da Santa Sé têm andando nesse sentido.

Vemos certas pessoas alegando que sentar-se em bancos separados os homens e as mulheres, e o uso de véu por parte das últimas, eram costumes, e, como tais, foram caindo em desuso. Da mesma forma, continuam, as palmas são meros costumes. Será?

Sentar-se em bancos separados não é parte de nossa herança litúrgica, e sim um costume isolado que logo foi superado. O véu apenas caiu em desuso, mas nunca foi abolido oficialmente. Não há, pois, nesses dois exemplos qualquer similitude para com as palmas ritmadas acompanhando música “alegrinha” (aliás, esse tipo de música, em si, fere a riqueza de nossa tradição e a regra de que quanto mais próxima do gregoriano for a música, melhor) e para com o Pai Nosso de mãos dadas.

Palmas ritmadas nas músicas e Pai Nosso de mãos dadas são ações, não omissões. Não são um deixar de fazer o que era tradição ou costume, mas introdução de costumes novos, e essa introdução não foi feita por quem de direito nem autorizada. Além disso, são costumes introduzidos não para expressar o caráter sacrifical da Missa, nem para valorizar algum ponto da rica tradição litúrgica romana, e sim justamente quando se perdeu o sentido do que é a Missa.

É inegável que as palmas ritmadas nas músicas são a conseqüência como que obrigatória de quem não vê a Missa como sacrifício. E elas são costumes próprios de uma época que quer romper com o passado, com a tradição litúrgica. Não se trata aqui de novos costumes embasados, todavia, em uma tradição anterior, em um desenvolvimento orgânico. Palmas ritmadas são rupturas. São inserções justamente quando não se tem presente o caráter essencial da Missa: ser a Cruz.

Impossível tais aberrações no Vaticano. E lá está nosso modelo.

Aqueles que, em nova leva, resolvem levantar a bandeira das palmas na Missa prestam um desserviço à Igreja.

Justo agora em que o povo católico, principalmente os internautas, começa a respirar novos ares de liturgia, a aceitar o rito tridentino, a assistir o rito moderno bem celebrado (até mesmo em latim e versus Deum), a ter o gregoriano e a polifonia mais presentes em suas Missas, a ter consciência dos abusos litúrgicos, a estar plenamente convencido de que o Pai Nosso de mãos dadas e as palmas ritmadas nas músicas são aberrações em nosso rito, a esperar a “reforma da reforma”, a ver o Papa Bento XVI só dar a Comunhão de joelhos e na boca, a ver o mesmo Papa celebrar versus Deum… Enfim, justo agora que as coisas começam a melhorar, uma discussão como essa é um banho de água fria, quase um incentivo a que se continue com a baderna litúrgica no Brasil, uma bandeira – ainda que sem essa intenção – do relativismo litúrgico, da política – tão brasileira quanto detestável – do “não é bem assim”.

Palmas ritmadas NÃO estão em conexão com a tradição litúrgica, não são adequadas à noção de sacrifício. E isso é pacífico entre os liturgistas fiéis ao Papa.

O que passa disso é invencionice.

Ninguém aqui está dizendo que há documentos da Santa Sé proibindo as palmas. Mas esperar por tais documentos antes de classificar esses costumes como abuso, para só então dizer que o são, é legalismo. Não somos robôs, máquinas de rubricas. Precisamos interpretar as normas sistematicamente, estudar o ambiente litúrgico, o senso, a cultura. E, por tudo isso, sou enfático: palminhas ritmadas e dar as mãos no Pai Nosso são ABUSOS LITÚRGICOS. Não foram expressamente proibidos, mas também, por outro lado, a Igreja também não proibiu que os fiéis assistissem Missa pelados ou plantando bananeira. É o bom senso que indica que isso está errado.

Aliás, esperar que a Igreja se pronuncie sobre tudo é fruto de uma mentalidade burocrática, nada católica, que não consegue interpretar as coisas em seu contexto, que não consegue extrair aplicações práticas dos princípios postos.

As palminhas ritmadas, outrossim, não encontram eco em nenhum momento da história litúrgica de nosso rito – nem de outros.

Compreender a Missa como sacrifício é uma excludente necessária das palminhas ritmadas e dos cantos alegrinhos.

Ficar alegre não significa bater palmas. Quem bate palminhas sempre que está alegre ou é bebê ou tem problemas mentais.

Manifesto, sim, minha alegria por ter a Cristo na Missa, mas essa manifestação é contida, sóbria, adequada ao momento. Estamos diante da Cruz, não nos esqueçamos. A alegria pela nossa salvação deve ser equilibrada pela contrição pelos nossos pecados que levaram Cristo à morte.

Nem se advogue a inculturação. A inclusão de elementos culturais dos povos na liturgia se faz com a devida autorização EXPRESSA da Santa Sé. Como não houve essa inclusão, as palmas estão proibidas. Lógico. O que não se permite, está proibido. Assim funciona a liturgia. As rubricas não possuem uma linguagem negativa, mas positiva. Não está nelas descrito tudo o que não se deve fazer, mas exposto o que se deve. E, diante do que se deve, se infere o que não se deve.

Ainda que estivéssemos em início de evangelização, os elementos culturais que se poderiam introduzir no rito dependem de Roma. Ou seja, pra bater palminha-de-são-tomé-pra-quando-papai-vier, só com o placet do Papa!

Dois erros, pois. Um, o erro de misturar países com recente evangelização e que precisam de inculturação, com o Brasil, que tem 500 anos de cristianismo. Dois, o “esquecer-se” que não se pode, a título de inculturação, introduzir elementos no rito ao bel-prazer.

Como disse meu amigo Pedro Ravazzano, meu irmão de apostolado, referindo-se aos defensores das palmas e outros abusos, só porque “não estão explicitamente proibidos”:

Sinceramente, vocês não têm idéia das conseqüências desse raciocínio que defendem. Claro que creio nas boas intenções, mas, querendo ou não, tal argumentação parte de um certo relativismo litúrgico que se choca com a identidade tradicional católica. Aqui na Bahia muitos seguem essa mesma linha para justificar atabaque, pandeiro, ofertório com danças etc, tudo é inculturação, tudo é adaptável, contanto que o missal esteja ali no altar sendo falsamente seguido – afinal o missal vai além de um livro, é um espírito, uma expressão de piedade e mística. Dentro da cabeça desse povo, se não há uma diretriz que proíba a utilização de pipoca na procissão de entrada, ou o uso de temáticas africanas na aclamação do Evangelho, então é lícito. Ora, quer dizer que eu posso colocar hamsters amestrados para acender as velas do altar ou malabaristas hindus para tocar o sino na consagração só porque não há uma determinação da Santa Sé a respeito dessas irreverências?!

Quando caímos nesse papo de inculturação, de expressão popular, incindimos numa análise meramente pessoal. Para fulano bater palma é bom, assim como para sicrano, na Bahia, o uso de atabaque é emocionante. Na prática, tanto as palmas como o atabaque não são condenados pela Igreja – assim como os hamsters e os malabaristas -, mas isso seria sinal de licitude? Óbvio que não, afinal, acima das normas – quase sempre positivas – se encontra o ethos responsável pela formação e estruturação do rito.

Aos que tanta questão fazem de bater palminhas na Missa, deixo um conselho: procurem uma festinha de aniversário de criança. Dessas com bastante brigadeiro, guaraná, língua-de-sogra e balão-surpresa.

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