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quinta-feira, 18 de março de 2010

Próprio da Missa de São José

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O Próprio da Missa de São José encontra-se abaixo com gravações mp3 e partituras gregorianas. Usa-se o mesmo Próprio quer na forma ordinária (rito moderno) quer na extraordinária (rito tridentino).

Die 19 martii
Sancti Ioseph, sponsi B. Mariæ Virginis

Introitus: Ps. 91, 13.14 et 2 Iustus ut palma (2m45.8s - 2594 kb)

Graduale: Ps. 20, 3.4 Domine, prævenisti eum (2m42.9s - 2548 kb)

Tractus: Ps. 111, 1-3 Beatus vir (2m16.4s - 2134 kb)

Offertorium: Ps. 88, 25 Veritas mea (1m03.8s - 998 kb)

Communio: Mt. 1, 20 Ioseph, fili David (58.3s - 914 kb)

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O Ordinário pode ser o da Missa De Angelis.

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Por exemplos!

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Algumas imagens de franciscanos pelo mundo, celebrando a Santa Missa, na "forma extraordinária":

Frade Franciscano Conventual, na Romênia, paramentando-se
(Detalhe do Amito sobre a cabeça)


Franciscanos Anglicanos da Itália, celebrando um culto (embora dêem o nome de Missa, mas serve para ilustrar a estética)


Franciscanos Anglicanos da Itália
(Detalhe dos paramentos e dos pés descalços)


Frade Menor (OFM), de Boston-EUA


Antiga foto de um sacerdote da OFM, paramentado e com as "oblatas"
(Detalhe do Amito sobre a cabeça)


Frades Franciscanos da Imaculada - Itália, que adotaram o Motu Proprio
(Procissão de Entrada)


Frades Franciscanos da Imaculada - Itália



Frades Franciscanos da Imaculada
(Celebrando na Basílica de São João do Latrão)

É de se notar que esses costumes de celebrar de pés descalços e com o amito sobre a cabeça podem ser usados também na forma ordinária, ou seja, no rito moderno, pois são costumes e não rubricas, e se inserem na tradição da Ordem. Claro que a inserção do nome de São Francisco no Confiteor não se pode fazer fora da forma extraordinária, por ser uma mudança na norma: o privilégio papal valia para o rito antigo, não havendo no rito novo nada semelhante.

"Sobriedade, Solenidade e Sacralidade!"



quarta-feira, 17 de março de 2010

Ofício das Trevas, em português, no rito moderno - Quinta-feira da Semana Santa

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Como foram muitos os pedidos, colocamos aqui o Ofício das Trevas, no rito novo (forma ordinária), em português.

Podem baixar usando os seguintes links:

Quinta-feira Santa

Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor

Sábado Santo

Para o ano que vem, iremos postar o Ofício das Trevas, ainda no rito novo (forma ordinária), mas bilíngüe: português e latim, em duas colunas. Se possível, com as partituras dos principais cânticos.

Os franciscanos na Liturgia e na Piedade popular (Parte II - O antigo Rito Romano e da Ordem Franciscana)

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A Regra de São Francisco obriga a todos os clérigos a exercerem as suas funções de acordo com a ordem da Igreja Romana. São Francisco de Assis pode ser justamente considerado como o "salvador" do antigo Rito Romano, uma vez que, na época da fundação da Ordem, em razão do seu desejo de viver a mesma vida religiosa que viveu com os Apóstolos de Jesus Cristo, dois anos antes dele “ter sido crucificado e morto”, pediu ao Papa Inocêncio III para tomar como o Rito de sua Ordem, o antigo Rito da Igreja Romana, que foi considerado o "Rito de São Pedro Apóstolo".
Durante o reinado de Inocêncio III, este Ritual só foi usado na festa da Cátedra de São Pedro, na capela privada do Papa, para os do Rito Galicano, que foi amplamente empregado na diocese de Roma. Além disso, apenas três cópias conhecidas dos livros litúrgicos deste rito antigo, ainda existente em 1215, um dos quais estava caindo aos pedaços – foi dada a São Francisco. O Papa Inocêncio III concedeu o pedido de São Francisco e deu-lhe um dos bons: as cópias ainda existentes do Sacramentário de então, o Lecionário, Rituale e outros livros.
Por conta da Regra de São Francisco, a Ordem Franciscana publicou o primeiro Missal em 1245 - que tinha direito ao Missale Regulare, isto é, o livro de orações das Horas Canônicas - de modo que todos os padres da Ordem poderiam facilmente cumprir os seus deveres, sem ter que carregar todos os livros litúrgicos. O Papa Inocêncio IV tentou reformar a liturgia da Igreja Romana, no mesmo ano, uma reforma que foi amplamente impopular com o clero da diocese de Roma de 1265.
E assim, no reinado do Papa Nicolau III, após ter ouvido falar bem e recebido o Missale Regulare da Ordem, um colaborador próximo de São Boaventura de Bagnoreggio, foi a todas as partes da Europa e propagou-o; e em virtude da grande devoção dos fiéis católicos a São Pedro Apóstolo, decidiu responder à não renovação litúrgica de Inocêncio IV, através do estabelecimento do antigo Rito Romano, uma vez mais como o rito adequado da diocese de Roma.
Este mesmo Missale Regulare de 1245, que foi aprovado com alterações muito pequenas para o calendário do clero diocesano em 1265; foi reeditado em 1465 como o Missal Curial. Foi este Missal que o Papa São Pio V, por sua Bula Quo Primum Tempore, de 1570, estabeleceu como o normativo para a Igreja do Ocidente, revogando todos os outros Missais e ritos que tivessem menos de duzentos anos. O privilégio de poder usar desse Missal mesmo depois da reforma litúrgica de Paulo VI foi confirmado por uma comissão de cardeais, em 1984, durante o pontificado do Papa João Paulo II, e recentemente por Bento XVI mediante o Motu Proprio Summorum Pontificum. Por esta razão, cada sacerdote da Ordem tem o direito de oferecer o antigo Rito Romano quando e onde ele puder e desejar! Rito romano antigo acrescido das particularidades já tratadas na primeira parte deste estudo, no que se chamou, saudavelmente, Missale Romano-Seraphicum.
Hoje, este antigo rito romano é evitado e desprezado por muitos no clero secular e na Ordem, em virtude da sua falta de apreço pelas virtudes da religião e para a importância da Fé na Sagrada Tradição e reverência para com memoriais tradições eclesiásticas. Nós filhos de São Francisco, devemos, mais do que nunca, dar um exemplo saudável de sobriedade espiritual, retornando ao patrimônio litúrgico da Ordem, ajudando da forma mais autêntica e fiel a todos os membros da Igreja!

terça-feira, 16 de março de 2010

O papel das mães em um novo Movimento Litúrgico

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Por DEBORAH MORLANI
Tradução: Maite Tosta

"Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar.." -- Provérbios 22,6

Recentemente, li um comentário feito por um pai e marido católico que me trouxe à mente a questão do papel importante e único das mães católicas no novo movimento litúrgico. O comentário foi simplesmente este: "Minha esposa é ótima em trazer o ano litúrgico para a nossa vida familiar.". Trazer o ano litúrgico para o lar é, de fato, uma parte vital do novo movimento litúrgico porque ajuda a manter as famílias enraizadas na fonte e topo da vida Cristã: a Sagrada Liturgia. Enraizando a família no ano litúrgico ajuda a produzir vidas centradas em Deus e continua a formação e santificação da família católica que flui da Sagrada lLturgia. Isso, por sua vez, pode ser melhor transmitido até a vida adulta, seja como sacerdote, religioso ou leigo, para ser promovido em nós mesmos e nos outros. Evidentemente, todos têm papéis importantes no novo movimento litúrgico, mas no que se refere à "igreja doméstica", a trazer a vida litúrgica para o lar, normalmente na maioria dos lares é a mãe quem planeja e organiza as celebrações especiais, comidas, artesanato, músicas, histórias e orações, bem como a catequese apropriada para sua família de acordo com o calendário litúrgico da Igreja. É por isso que o papel da mãe católica deve ser entendido como tão importante e vital para o novo movimento litúrgico, pois é no lar que as sementes formativas da vida litúrgica podem ser plantadas e cultivadas.

Dito isso, um grande obstáculo para as mães católicas que querem trazer a vida litúrgica para o lar hoje em dia é que muitas não foram elas mesmas criadas com as tradições, costumes e celebrações que são associadas com o ano litúrgico, elas mesmas não foram educadas na prática de viver uma vida litúrgica. Infelizmente, houve uma grande deficiência quanto a isto nas últimas décadas e isso deixou muitas mães católicas com o desafio de reaprender e redescobrir essas coisas por si mesmas. No entanto, há ajuda disponível, então, sejam corajosas. Muitos recursos ótimos estão agora disponíveis, escritos por outras mães católicas que enfrentaram este desafio, e que escreveram e passaram adiante suas visões e experiências de trazer o ano litúrgico para seus lares e famílias.

Recursos para ajudar as famílias a celebrarem o ano litúrgico no lar não precisam ser caros, e, na verdade, há muito material gratuito disponível na internet. Um site que eu recomendaria é o "Catholic Culture" e sua seção " Ano Litúrgico". Lá se encontram explicações dos diversos dias de festa, juntamente com idéias práticas para receitas, artesanato, orações, práticas, etc. Há diversos outros sites úteis online e postaremos outros links e materiais a fim de compartilhar mais idéias no NLM para trazer a vida litúrgica para o lar e para a família - o "Novo Movimento Litúrgico para mães', digamos assim.

Desejo encorajar as mães a enraizar suas famílias na Sagrada Liturgia, trazendo o ano litúrgico para suas casas. Talvez haja alguma verdade no ditado que diz " a mão que balança o berço governa o mundo", pois as mães católicas podem ter muita influência na próxima geração de católicos, plantando as sementes que irão desabrochar e por sua vez propagar-se cada vez mais. Ao assumir este desafio, elas não só irão obter proveito espiritual para elas mesmas e suas famílias, mas também estarão fazendo o seu importante papel de promover um novo movimento litúrgico.

Fonte: NLM

segunda-feira, 15 de março de 2010

Opus Mariae Matris Ecclesiae

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Pelo New Liturgical Movement, ficamos sabendo dessa fraternidade sacerdotal italiana que celebra nas duas formas do rito romano, contribuindo para a reforma da reforma na prática. Mesmo na forma ordinária, ou rito novo, celebram versus Deum e em latim.

Vejam as fotos:

Liturgia Romana Moderna (pós-conciliar, forma ordinária do rito romano)




Liturgia Romana Tradicional (pré-conciliar, forma extraordinária do rito romano)



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Olhando rapidamente, de passagem, não se diferiria muito uma da outra. Uma prova de que o rito romano pode ser celebrado com dignidade, decoro, e aplicando a hermenêutica da continuidade.

Os franciscanos na Liturgia e na Piedade popular (Parte I)

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Um dos serviços providenciais dos Minoritas foi estender uma ponte estreita entre a vida litúrgica tradicional, encerrada nos mosteiros e colegiados, e as exigências religiosas da nova sociedade que vinha se estruturando. A mobilidade e os novos rumos do apostolado, junto com a intensidade dos estudos, não se ajustavam com as longas horas diárias da liturgia laudatória desenvolvida pelo monaquismo. Não é, pois, de estranhar que, usando a faculdade de que no século XIII gozava todo instituto religioso de ordenar livremente sua vida litúrgica, os Franciscanos fossem evoluindo para um culto mais abreviado e, ao mesmo tempo, mais próximo à piedade individual.

Prosseguindo nesta tendência de abreviar o tempo das horas canônicas, com a autorização de Gregório IX, a Ordem promoveu para si uma primeira reforma, e uma segunda, tempos mais tarde; consistiam, sobretudo, em abreviar as orações extraordinárias, como o Ofício dos Defuntos e o Pequeno Ofício da Virgem; o autor delas, foi Frei Haymo de Faversham. Ainda assim, havia um setor da Ordem que achava excessivamente longo e pesado o ofício diário e dessa queixa, São Boaventura faz menção em um dos seus opúsculos; entretanto, os adversários de fora acusavam os Franciscanos de revolucionar a liturgia eclesiástica. Nicolau III (1277-1280) estendeu a todas as igrejas de Roma o Breviário Franciscano reformado, que no decorrer do século XIV se estendeu a toda a Igreja latina.
Até na evolução do Missal Romano, isto é, o que era usado pela Cúria Romana, também adotado pela Ordem, influíram os Franciscanos. Frei Haymo fez uma nova relação das rubricas da missa. É difícil determinar com precisão, até que ponto foi obra dos Franciscanos o predomínio definitivo das rubricas e fórmulas próprias da missa no século XIII, como as do ofertório e as que precedem a comunhão: o que se constata é que várias das rubricas atuais aparecem pela primeira vez nos decretos litúrgicos dos Capítulos Gerais da Ordem; isso sem tomar em conta as seqüências e festas novas que dos códices franciscanos passaram ao missal romano para toda a Igreja.
Da convivência extra-litúrgica com os mistérios revelados por meio da meditação pessoal e do contato pastoral com o povo cristão, para quem o ciclo litúrgico já dizia muito pouco, originou-se uma notável mudança no calendário litúrgico: muitas das “devoções” que se foram impondo sob a influência franciscana passaram à categoria de solenidades. Cada decisão Capitular dos Franciscanos, neste ponto, deixou marca imediata no ano eclesiástico.
Em 1260, inclui-se no calendário franciscano a festa da Santíssima Trindade, que já vinha sendo celebrada em algumas regiões; em 1334, João XXII a estendia a toda a Igreja. Tiveram maior difusão, por obra dos filhos de São Francisco, as festas e devoções relacionadas com a vida de nosso Senhor Jesus Cristo. A representação plástica do “Nascimento” já existia anteriormente, porém, os franciscanos deram-lhe grande impulso, orientados por São Francisco desde a celebração em Greccio (1223).
O culto da Paixão do Senhor foi o que mais se destacou na piedade difundida pelo exemplo e pregação dos Franciscanos, sobretudo, a prática da Via Crucis, que tanta difusão alcançou. Em São Francisco o amor à Paixão era inseparável da Sagrada Eucaristia, promovida ardentemente por cartas e exortações.
No século XV, São Bernardino de Sena tomou como bandeira de seu apostolado o Santíssimo Nome de Jesus, secundado por São João de Capistrano e outros pregadores.
Na piedade franciscana, a humanidade de Cristo não podia deixar de estar ligada à Santíssima Virgem Maria. Não falamos do entusiasmo com que se promoveu a devoção à Imaculada Conceição, considerada desde o início do século XIV, como insígnia e glória da Ordem. A festa da Visitação, introduzida no calendário minorítico, estendeu-se a toda a Igreja, no século XV. Aos Franciscanos deve-se a adição das palavras “Rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte”, na Ave-Maria. O toque dos sinos e a oração do Angelus, que no início se faziam só para a “Oração da Noite”, em memórias da Assunção e, depois, três vezes ao dia; deve-se a uma iniciativa de Frei Bento de Arezzo (+1282), acolhida pelos Capítulos Gerais, desde meados do século XIII. Um decreto do Beato João de Parma introduziu, em 1254, as antífonas finais da Virgem no ofício divino, adotadas depois no breviário romano. Do mesmo modo que os dominicanos, também os franciscanos tiveram (e ainda têm) seu Rosário, chamado de “as sete alegrias da Virgem Maria”, grandemente propagado por São Bernardino e São João de Capistrano.
Da feliz união entre a Liturgia e religiosidade popular nasceram as “representações sagradas” – peças teatrais, altos – das quais os grandes impulsores foram os Franciscanos. Costumavam estar a cargo da Ordem terceira, hoje a OFS (Ordem Franciscana Secular).
Nos primeiros séculos franciscanos, a atividade litúrgica foi significativamente ampla e eficaz. A opção feita por São Francisco em sua Regra: “Os clérigos façam o ofício divino segundo a forma da Santa Igreja Romana”, levou a uma difusão sempre mais ampla dos livros litúrgicos romanos.
A fidelidade franciscana ao rito romano foi tamanha que a Ordem foi responsável pela disseminação dos livros litúrgicos da Sé de Roma entre os povos que ainda adotavam a liturgia galicana ou formas particulares do rito romano. Sem a Ordem franciscana, dificilmente a Europa adotaria em peso esse rito. Desse modo, diferentemente de outras Ordens (Carmelita, Cisterciense, Cartuxa, Premonstratense, Dominicana etc), os franciscanos sempre utilizaram o rito romano.
Ainda assim, particularidades litúrgicas foram aprovadas pelo Papa para os três ramos das Ordem primeira (OFM, OFMConv e OFMCap). Não se tratava de um rito próprio, nem de uma variação do rito romano, mas de uma adaptação simples ao espírito do franciscanismo.
Como dissemos, não é de calendário que falamos aos nos referir às particularidades litúrgicas da Ordem, e sim de costumes aprovados por Roma para serem inseridos no Missal e no breviário, de tal sorte que seus livros não são apenas romanos, mas verdadeiramente romano-seráficos.
Um dos costumes na Missa franciscana é o uso do amito sobre a cabeça, no lugar do barrete e celebrar a Missa de pés descalços ou de sandálias, mas nunca com sapatos. Tal costume surgiu somente no século XX, durante a segunda guerra mundial, em que os frades “disfarçaram-se” de Padres Seculares para não serem mortos. Na Europa em geral - e depois em todo o mundo - desde a Regra feita por São Francisco, “os frades podem usar calçados, de acordo com os lugares e regiões frias”, ou seja, apenas por questões de preservar a própria saúde física; mas em nenhum lugar ao longo da história houve o costume do uso de sapatos para as celebrações.
Outro costume, mas apenas da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos é a insersão, no Confiteor, do nome de São Francisco, após os demais santos. Tal provisão foi dada pelo Papa somente aos Capuchinhos, não aos frades da OFM nem aos Conventuais.
Ainda na OFMCap, usa-se, em sua particularidade litúrgica do rito romano, o incenso em algumas Missas de certas solenidades, mesmo que não seja uma Missa Solene nem uma Missa Cantada (lembrando que, na forma clássica do rito romano, o incenso só era usado nelas, nunca da Missa meramente rezada ou Missa baixa).
A Liturgia das Horas, entre os Capuchinhos, mas não entre os Menores nem entre os Conventuais, não era cantada com pautas gregorianas, mas em reto tom. Também comemoram, após as Completas, todos os dias, a Imaculada Conceição, São Francisco e Santo Antônio.
Todavia, essas particularidades litúrgicas franciscanas foram postas de lado quando todos os ramos da Ordem aderiram à reforma litúrgica de Paulo VI. O rito romano, que já era adotado, como vimos, ao ser reformado, continuou a ser observado. Mas se o rito romano anterior à reforma, entre os franciscanos, tinha certa adaptação, autorizada por Roma, o novo rito romano, de Paulo VI, pós-conciliar, não conservou essas particularidades.
Assim, o rito romano tradicional sofria certas derrogações na família franciscana, porém, com a reforma posterior ao Concílio Vaticano II, esse rito romano moderno passou a não mais contemplar tais variações.
Contudo, com o Motu Proprio Summorum Pontificum, de Bento XVI, dando liberação universal para os padres celebrarem o rito romano na forma tradicional – chamada pelo Papa de “forma extraordinária”, em contraponto à “forma ordinária” que é o rito romano moderno, pós-conciliar, levanta-se a questão da OFMConv, da OFM e da OFMCap. usarem suas particularidades quando celebram o rito antigo. Desse modo, um padre franciscano poderia utilizar a forma ordinária, a que está acostumado, vigente entre todos os padres latinos, contudo, se quiser utilizar a forma extraordinária, a “Missa tridentina”, cuidará de observar suas particularidades. Por exemplo, um padre capuchinho, celebrando a forma ordinária, seguirá o rito normal do Missal Romano, mas celebrando a forma extraordinária, seguirá o rito do Missal Romano-Seráfico, com a inserção do nome de São Francisco no Confiteor.
Outra questão que se poderia levantar, e isso mesmo antes do Summorum Pontificum, é a observância de certos costumes que não estavam nas rubricas e eram autorizados por Roma porque não feriam a unidade substancial do rito romano, como o celebrar descalços e o uso do amito na cabeça no lugar do barrete. Como o uso do barrete é facultativo no rito moderno, nada impede que se use um amito maior e cobrindo a cabeça, aliás, como era na Idade Média, dado que tal paramento era bem maior do que o que encontramos hoje. O celebrar descalços não pede autorização alguma, pois rubrica alguma determina o uso de tal ou qual sapato, além dessa ser uma tradição centenária da Ordem, que foi restaurada por certos grupos de espiritualidade franciscana não ligados à Ordem – como os Filhos da Pobreza e do Santíssimo Sacramento (Toca de Assis), os Franciscanos da Imaculada, os Franciscanos da Renovação, dentre outros.

Continua...
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