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terça-feira, 15 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Para aprender a pronúncia do Salmo 94 em latim

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O Salmo 94 é utilizado no Invitatório do Ofício Divino, todos os dias. Por esta razão, é uma boa oportunidade para utilizar o latim na Liturgia das Horas, seja rezada publicamente ou de modo privado (embora, mesmo privadamente, o Ofício mantenha seu aspecto público).


Pensando nisso, aqui no Salvem a Liturgia publicamos até o momento duas sacras para o Invitatório - ainda falta uma, que espero trazer em breve. Essas sacras (cartões ilustrados ou decorados contendo textos litúrgicos), muito simples, trazem o texto do Salmo 94 e de diversas de suas antífonas, conforme as datas litúrgicas, para uso ao longo do ano no Invitatório rezado em latim.

Recapitulando, eis os links:

Mas desta vez a nossa oferta aos amigos leitores vem na forma de áudio. Um leitor pediu que providenciássemos uma gravação do Salmo 94 recitado em latim. O Cleiton Robsonn se encarregou de atender a esta ótima sugestão. Agradeço-lhe muito por esta ajuda, caríssimo.

O link abaixo levará o leitor à gravação, em arquivo mp3, do Salmo 94 recitado em latim.



Esperamos que este áudio seja de boa ajuda aos leitores, e que assim possam se unir ainda mais às orações da Igreja rezando, na língua oficial do Rito Romano, o Invitatório.


domingo, 13 de junho de 2010

Reinado Social de Cristo e procissões de Corpus Christi

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Passado o feriado de Corpus Christi, cabem algumas considerações.

 

É doutrina da Igreja que Cristo deve reinar não só nas almas e na Igreja, como nos corpos, nos afazeres domésticos, nas profissões, enfim, em toda a sociedade, e nos Estados. O Reinado de Cristo é espiritual, mas também social. Cristo Rei é soberano das esferas religiosa e civil, espiritual e temporal.

 

Desfilar com o próprio Cristo, vivo e presente na Eucaristia, pelas ruas de uma cidade, com incenso, pluvial, acólitos, um majestoso tapete, e todo o esplendor de nosso cerimonial, é uma poderosa manifestação desse ensinamento. Cristo Rei passeia no meio de seus súditos. Triunfalmente, Ele, que reina pela presença real no Santíssimo Sacramento, reivindica as ruas da cidade e seus moradores, para que estejam sob seu poder. A procissão de Corpus Christi é sinal, bem o vemos, do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, de sua soberania na esfera temporal, da sujeição do Estado, da nação, da sociedade, à sua realeza.

 

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Tal costume ainda é mantido em nosso dessacralizado Brasil. Mas será que ainda mantém toda a sua pujança? Será que não deveríamos fazer procissões ainda mais grandiosas? Os movimentos gays, os sindicatos, os evangélicos (com suas “marchas para Jesus”) fecham, por exemplo, a Avenida Paulista, em São Paulo, requisitando a segurança da Polícia Militar, para defenderem seus ideais. E nós, o que fazemos para que o Senhor caminhe, em glória e triunfo, em nossas ruas? São nossas procissões de Corpus Christi uma manifestação que causa admiração aos demais?

 

Lembremos que nós não temos “marchas PARA Jesus”, como os protestantes. Em Corpus Christi, temos uma “marcha COM Jesus”. Entretanto, nem sempre em todas as dioceses proporcionam aquele esplendor que Cristo merece e que a liturgia nos pede.

 

Falamos tanto em “nova evangelização”, em “diretrizes da ação evangelizadora”, em “missão continental nos moldes do documento de Aparecida”, e deixamos, muitas vezes, escapar uma oportunidade como o Corpus Christi, para evangelizar… Sim, pois desfilar com Cristo Eucarístico pelas ruas é apostolado, é evangelização, é catequese profunda: com um só ato, ensinamos que o Salvador está real e substancialmente presente no sacramento da Eucaristia, que Ele deve reinar na nossa sociedade como em nossas almas, que a Ele devemos dar o nosso melhor. Querem maior ação evangelizadora do que esta? Querem maior missão apostólica do que levar não um símbolo, mas o próprio Senhor Jesus Cristo pelas ruas e avenidas de nosso país?

 

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Não temos aqui as dificuldades de um país protestante ou totalmente agnóstico. Corpus Christi é feriado em quase todos os municípios. Temos que aproveitar. Quem sabe fechar uma grande rua e fazer uma enorme procissão, com os paramentos corretos, ao fim da qual se dará a bênção com indulgência, e se cantará, em latim, com um belo coro para cantar o Tantum Ergo e o Ave Verum Corpus em gregoriano (e dificilmente uma diocese de porte médio não conseguirá ensaiar, com meses de antecedência, esses dois cânticos simples), e reunindo acólitos, ministros extraordinários, diáconos, padres, Bispos, religiosos, membros das confrarias?

 

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E se já fazemos uma procissão, não teremos como melhorá-la? Adequá-la às normas litúrgicas, por exemplo, ou sair de uma rua sem expressão e tomar a principal avenida de nossa cidade. Usar mais incenso, ou o melhor ostensório. Trocar o vernáculo pelo latim. Usar cantos mais tradicionais e também o gregoriano. Na Missa, ter polifonia (em vez da bizarra execução do Hino Nacional durante a Consagração, que se faz, com a melhor das intenções, pretendendo consagrar o Brasil a Cristo, mas em afronta violenta ao espírito da liturgia e às normas positivas).

 

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Uma procissão esteticamente bonita, espiritualmente significativa, liturgicamente correta, teologicamente adequada, será, sem dúvida, apostolicamente eficaz.

 

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Entrevista de Mons. Guido Marini a GaudiumPress

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"Contribuição do Papa à Liturgia vem de seu ensinamento e magistério", diz Mons. Guido Marini em entrevista a Agência de Noticias GaudiumPress.






Uma bela entrevista concedida por Mons. Guido a respeito da Liturgia e de sua importancia no momento em que a Igreja conclui o Ano Sacerdotal, bem como ressalta a contribuição do Papa para a Liturgia.


Veja a entrevista na integra, clicando no titulo desta postagem ou no link abaixo: http://www.gaudiumpress.org/view/show/16635

sábado, 12 de junho de 2010

Esplendor católico no Brasil: Catedral São Francisco de Paula, em Pelotas, RS

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Um breve histórico da Catedral da Diocese de Pelotas, no RS:

A história do mais importante edifício religioso de Pelotas pode ser dividida em, pelos menos, três fases. A primeira, foi com a construção da capela em 1813, por iniciativa do Pe. Felício da Costa Pereira, que foi seu autor, projetou e executou a obra, pequeno santuário, construído em alvenaria com duas águas e telhas de barro. Era constituído de uma nave de 6,6 m x 13,20 m (incluindo a capela-mor), sem torres e sacristia.


A Catedral abriga, desde os primeiros tempos, a imagem de São Francisco de Paula, de origem artística desconhecida, tendo sido trazida da Colônia do Sacramento.


Em 1826, após ter sido destruída por um raio, foram iniciadas as obras de um "novo templo", pelo lado de fora do primitivo. Em 1846, o Imperador D. Pedro II, lança, na Praça da Regeneração (hoje Cel. Pedro Osório), a pedra fundamental para a construção de uma nova catedral, no entorno da praça.


Em meados do século XIX, a Catedral já apresentava a fachada atual, com seu pórtico e terraço, com seu jogo de ordens superpostas (dóricas no térreo, jônicas no primeiro pavimento e coríntias nas torres) com sua platibanda e pequeno frontão; com duas torres sineiros e com suas duas cúpulas características. Era ainda muito primitiva: nave única, tribunas laterais, altar-mor ao fundo e duas bases nas torres. Em 1915, sofreu uma ampliação: um prédio de dois pavimentos é anexado para servir de salão paroquial. Em 1933, uma nova reforma ampliou sua capacidade para 1700 pessoas. O altar-mor foi recuado para o fundo, a sacristia ocupou o pavimento térreo do salão paroquial, eliminaram-se as tribunas. As janelas laterais foram retiradas e substituídas por vitrais com passagens bíblicas. Os vitrais foram doados por famílias pelotenses.


A Catedral só veio assumir sua configuração atual entre 1947 e 1948, quando foram construídas a cripta e a grandiosa cúpula (desenho do arquiteto Roberto Offer, de 1847), pelo arquiteto Victorino Zani. Para completar seu trabalho, vieram da Itália os artistas Aldo Locatelli e Emílio Sessa, que se encarregaram da decoração interna do templo, a convite de Dom Antonio Zattera. A pintura mural foi realizada com têmpera sobre reboco seco. A tinta resulta da mistura de pigmentos com aglutinantes solúveis em água, que podem ser cola, ovo, caseína, etc.


Composição figurativa, estruturada sobre uma base geométrica, onde se pode sentir unidade, harmonia e equilíbrio. A combinação de cores determina a oposição entre os claros e escuros, o artista modela e produz texturas por meio da cor. Vários estilos foram utilizados pelo pintor Aldo Locatelli: renascentista, na composição, perspectiva, "sfumato" (sombreados), maneirista, complexidade das posturas, graça, forma serpentinada, variedade dos aspectos do corpo, barroco, força na ação, combinação de luminosidade e dramaticidade, iluminação em diagonal.


Aldo Locatelli ficou conhecido pelo seu magnifico trabalho. Foi contratado depois para pintar a Catedral de Porto Alegre, o Palácio Piratini e a Igreja de Caxias do Sul. Mas sua obra maior está na Catedral de São Francisco de Paula, que originou sua vinda diretamente da Itália a fim de executá-la.

Seguem algumas fotos do exterior do belíssimo templo:

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Fotos do interior:

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Altar lateral de Santa Teresinha: os altares laterais, onde se pode oferecer Missa, foram preservados!

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Capela-lateral de Nossa Senhora

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Altar-mor antigo, versus Deum, e a cátedra do Bispo

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Quando construíram o altar móvel ao estilo das basílicas romanas, permitindo a celebração versus populum, deixaram intacto, graças a Deus, o altar-mor antigo, com o lindo retábulo e o sacrário. É possível, teoricamente, remover o altar-móvel e utilizar o antigo versus Deum.

Além disso, em um caso digno de nota, o próprio altar-móvel moderno é muito bonito e tradicional, em nada destoando da beleza do templo.

Enfim, os altares laterais também foram todos mantidos, tendo escapado da fúria progressista que assolou o Brasil. Dois deles são verdadeiras capelas à parte, com espaço para sacrário, e bancos para assistir Missa.

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O altar-mor antigo e o altar novo em uso, na Missa do meu casamento com a Aline

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O altar-móvel novo em Missa versus populum do meu casamento. Detalhe para o piso do presbitério

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Detalhes do altar

Nobre simplicidade: um exemplo prático

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Diz o Revmo. D. Peter Elliott, renomado liturgista australiano, em uma de suas obras: "Mesmo a menor das igrejas, com um padre e apenas alguns servos e leitores, pode alcançar aquele mesmo senso de ordem esplendorosa e graciosa solenidade que encontramos nas melhores catedrais e basílicas". (cf. Ceremonies of the Modern Roman Rite, 2nd ed. Ignatius Press, n. 38).

Em nosso país é bastante difícil contarmos com um material e condições satisfatórias para que uma liturgia realmente solene se concretize. Mas, dentro de nossas limitações, há ainda alguns com boa vontade de oferecer o melhor para Deus.

Um ano atrás, no Domingo da Ascensão do Senhor, 24 de maio de 2009 (Domingo mais próximo ao dia dedicado a Santa Rita de Cássia, 22 de maio), foi realizada a Santa Missa numa modesta capela do distrito de Sousas, em Campinas-SP, dedicada a Santa Rita, capela esta aliás construída por meu pai, grande devoto da Santa. O pequeno local de oração abriga no máximo umas 10 pessoas em seu interior, mas isso não impediu que a Missa contasse com a presença de 70 fiéis do distrito, que assistiram a missa ao redor da capela, de pé o tempo todo.

O celebrante convidado, Pe. João Batista de Azevedo Jr., incardinado no Ordinariato Militar do Brasil, cedeu todo o material litúrgico de seu próprio uso para adornar a Igreja de modo que todos os elementos estivessem presentes: castiçais sobre o altar, castiçais menores para a Imagem de Santa Rita e Frei Galvão, três toalhas para o altar, um Círio Pascal de tamanho adequado à capela, os livros litúrgicos, suporte para o Missal, e todos os vasos sagrados indispensáveis à celebração. Devidamente paramentado com uma linda casula, não se importou nem um pouco de celebrar junto à mesa que servia de altar fixo à parede na posição versus Deum. A consagração da Eucaristia foi cantada em latim.

As músicas cantadas foram escolhidas diretamente por mim, que também estava responsável pelos ensaios do pequeno grupo de cantores. Optei por escolher peças em vernáculo, para respeitar a simplicidade da cultura local e não dar ares de ostensividade. Ainda assim, todas as peças do ordinário foram cantadas conforme a letra prescrita no Missal, e o Próprio foi escolhido adequadamente de acordo com a solenidade do dia.

O tempo foi escasso e o repertório não era conhecido sequer pelos cantores, então o resultado estava longe de ser perfeito, ainda assim foi a missa mais bela de muitas daquelas pessoas que lá estavam. Não houve ninguém que parece ter se incomodado com o padre "de costas para o povo" ou rezando em latim algumas partes. Todos conseguiram adentrar ao grande mistério que pela primeira vez se manifestava naquele modesto templo devocional.

Notamos, assim, que em todas as situações, não importando as limitações espaciais, com um pouco de esforço e dedicação, pode-se oferecer a Missa de forma digna e sóbria.

Abaixo, algumas fotos da celebração.



























sexta-feira, 11 de junho de 2010

“Doce Coração de Jesus, faz com que eu te ame sempre mais!”

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Conquanto a devoção ao Sagrado Coração tenha sólidos fundamentos nas fontes da Revelação, isto é, na Sagrada Escritura e Tradição, e conquanto o culto tributado ao amor de Deus Pai e de Jesus Cristo, através do símbolo do Coração transfixado do Redentor nunca esteve completamente ausente da piedade dos fiéis, só gradualmente tal devoção foi se difundindo, de modo público, entre o povo cristão e obtendo a aprovação oficial da Igreja.

Se é certo que essa devoção tomou forte impulso, sobretudo depois que o próprio Senhor revelou o mistério divino de seu Coração à Santa Margarida Maria, é igualmente certo que ao aprová-la, a Igreja não se fundamentou nas revelações particulares aos santos.


São Boaventura de Bagnoreggio foi quem teve a primeira visão do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria – foi quem cunhou estes nomes aos Corações ("Sagrado" e "Imaculado"). A tradição franciscana notou que na aparição, compôs a jaculatória usada ainda hoje: “Doce Coração de Jesus, faz com que eu te ame sempre mais!”

Mas é também um grande fato a célebre visão que teve Santa Margarida Maria Alacoque, em 4 de outubro de 1686, quando lhe apareceu nosso Senhor Jesus Cristo e lhe mostrou São Francisco, revestido de uma luz e de um esplendor inefável, elevado em um eminente grau de glória sobre os santos e unido àquela memorável palavra: “Eis o Santo mais unido ao meu Coração; toma-o como o teu guia!”


Em 1675 um padre secular (Eudes) obteve do Papa Clemente X a aprovação das confrarias do Sagrado Coração, e indiretamente a aprovação dessa devoção. Em 1765, o Papa Clemente XIII aprovou uma festa litúrgica do Sagrado Coração só para a Polônia e para Roma, mas os franciscanos já celebravam internamente na Ordem. Quase um século depois, em 1856, o Papa Pio IX prescrevia essa festa para toda a Igreja.

Na Ordem, durante o governo de São Boaventura, como Ministro Geral (1257-1274), no ano de 1263 recebeu da Santa Sé (do Papa Bento XII) a aprovação para a devoção. Porém, a consagração da Ordem só se deu em 1879. Dez anos mais tarde (1889), o Papa Leão XIII elevou à categoria de primeira classe (solenidade) a festa particular dos franciscanos e das confrarias, com a encíclica Annum sacrum.

Este mesmo Papa abriu a série das encíclicas sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Desde então, a voz dos Papas não cessou de enaltecê-la e recomendá-la: encíclicas, cartas apostólicas, discursos, vieram se sucedendo nos últimos tempos.

Assim, a Igreja vem oferecendo ao povo cristão um rico manancial de um profundo conhecimento de Cristo, a fim de despertar os fiéis para um amor mais sincero e ardente para o Coração do Verbo Encarnado, incitando-os, ao mesmo tempo, a imitar os sentimentos do divino Coração. O ato de desagravo ao Sagrado Coração de Jesus foi publicado, pela primeira vez, pelo Papa Pio XI, em 08 de Maio de 1928, com a carta Miserentissimus Redemptor.


Foi à Santa Margarida Maria que as promessas foram feitas e, por este mesmo motivo, mais estruturalmente organizada a solenidade. O motivo do tempo de comemoração remonta sempre à Santíssima Trindade e ao Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, isto é, terceira sexta-feira (memorial da sexta-feira da Paixão) depois de Pentecostes e o terceiro sábado, que remonta ao Sábado Santo – dia da “grande espera”. Nesta ocasião é oportuna e recomendada a oração da Salve Regina, em que invocamos a Virgem Maria como “Advogada nossa”; o termo “Advogado”, em grego, é traduzido por “Paráclito”, que tanto para a Igreja do Oriente, como do Ocidente é a terminologia própria para a Terceira Pessoa da Trindade – o Espírito Santo – o que novamente remonta a Pentecostes.

Ou seja, numa linha de sucessão de solenidades e festas, desde pentecostes, passamos pelos mistérios da Santíssima Trindade, do Corpo e Sangue do Senhor e, finalmente, do seu Sacratíssimo Coração e do Imaculado Coração de Sua Mãe.
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