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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Liturgia doméstica: a "faxina de Advento"

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É preciso tornar os tempos litúrgicos da Igreja bem vivos. Coordenei, nesse sentido, faz poucos dias, a "faxina de Advento" da minha casa, uma tradicional devoção católica bem feminina - e muito necessária... 

Limpa-se tudo, na faxina mais completa do ano (e esta durou três dias e pouco), por uma questão de higiene combinada com devoção: esperar o Menino Jesus com a casa limpíssima!

Aproveita-se para enfeitar a casa com os adereços natalinos.











terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O papel indispensável da Família no Novo Movimento Litúrgico

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Original em New Liturgical Movement
Tradução por Salvem a Liturgia

(Obs: Notas do tradutor, sejam no rodapé, sejam no decorrer do texto, estão indicadas pela sigla NdT)

Duas semanas atrás, o Santo Padre encorajou todos dentro da Igreja para assumirem a oração dos salmos e o Ofício Divino, e ainda ontem [01 de dezembro de 2011, NdT] o Papa destacou que “a nova evangelização é inseparável da família cristã”. Enquanto isso, no New Liturgical Movement, falamos ontem de uma família cristã ortodoxa que assumiu o canto do Ofício como parte de sua oração em família, e uma semana e meia atrás, falamos de alguns costumes do Advento como a Coroa do Advento e a Árvore de Jessé, que poderiam ajudar a trazer o ano litúrgico para dentro de casa.

Então, como todas estas coisas se interligam?

Bem, verdade seja dita, elas se interligam de várias maneiras, mas há uma maneira em particular que eu gostaria de destacar e que está ligada a um tema que temos discutido e rediscutido ao longo dos anos: a Igreja doméstica e a vivência de uma vida litúrgica.

Alguns leigos podem experimentar uma sensação de impotência quando consideram as “sombras” (para usar a imagem adotada por alguns dentro da Cúria Romana) dentro da Igreja. Mesmo que eles não se sintam completamente impotentes, particularmente quando consideram a questão da sagrada liturgia eles podem sentir que têm pouco a contribuir – além de, quem sabe, uma voz no coro ou um ou dois coroinhas no presbitério. Eles podem sentir como se tivessem que, em última análise, sentar e esperar para que Roma ou o clero entreguem a solução para eles. Mas se alguém fosse pensar assim, estaria realmente errado, mais ainda, drasticamente errado.

Certamente Roma e o clero têm um papel muito importante a desempenhar, mas o novo movimento litúrgico não se trata de uma questão apenas para o Santo Padre, para a Santa Sé ou para o clero e os religiosos cuidarem. O novo movimento litúrgico é uma tarefa a ser assumida por todos, e todos, de fato, tem um papel importante a desempenhar. Isto inclui a família. Na verdade, não apenas inclui a família; eu ouso dizer que a família tem um papel absolutamente crítico e altamente influente.

Se for para o novo movimento litúrgico florescer e avançar para sua máxima extensão, ele deve ser vivido não apenas dentro de nossas paróquias e instituições, ele deve também enraizar-se e ser atualizado dentro de nossas casas; não devemos apenas tentar fomentar a vida litúrgica tardiamente na vida, devemos plantar a semente e regá-la cedo dentro da vida de nossas crianças. E, de fato, uma vez que as famílias são, como dizia o Papa João Paulo II,a sementeira das vocações[1], esta educação antecipada na vida litúrgica, esta formação litúrgica será seguramente de grande importância e influência também com relação aos futuros padres e bispos. Na verdade, se as famílias não incutirem esta formação litúrgica logo no início, nós dificilmente poderemos não nos surpreender se a tarefa parecer o lenta e árdua mais tarde. A este respeito, talvez possamos pensar na família não apenas como sementeira de vocações, mas também como sementeira de um novo movimento litúrgico.

Voltando nosso olhar para o Movimento Litúrgico do século XX, este mesmo ponto foi feito por Emerson Hynes em seu artigo Before All Else (Orate Fratres, 21 de março de 1943. Vol. XVII, n. 5). Lá ele fez a pergunta “quão importante é a família no movimento litúrgico”? E comentou:
Nós reconhecemos a força da família em moldar os hábitos e o caráter das crianças. Nós sabemos também que nem a fé nem as idéias são herdadas. Elas são incutidas, e a família é o instrumento ordinário por meio do qual isto é realizado... Porque a família é uma sociedade tão básica e tão íntima, ela é a unidade mais poderosa para a preservação da herança. Antes que um movimento possa estabelecer-se permanentemente ele deve ter o apoio das famílias, deve tornar-se parte da tradição familiar. O movimento litúrgico permanecerá um movimento e nada mais até o momento em que ele se torne uma herança familiar. Pois embora a fonte da liturgia seja Cristo, através de Sua Igreja, e os seus guardiões próprios sejam os padres, através da paróquia, o florescimento da liturgia nas vidas dos membros [da Igreja, NdT] não será permanente até que ela se torne uma parte e parcela da vida da família cristã. Neste sentido, nós não podemos falar das famílias cristãs como os guardiões populares da liturgia, meios subordinados, porém essenciais para sua [maior, NdT] força e expansão?
 Assim, também nossa resposta para a questão “quão importante é a família no movimento litúrgico?” deve ser que a família tem um papel absolutamente indispensável a desempenhar antecipando-o, proporcionando a faísca e o fogo que lançarão a luz necessária, a qual ajudará a dissipar as “sombras”. Mas se isso for acontecer, as famílias devem assumir o desafio agora, “moldando os hábitos e o caráter de [suas] crianças” de uma forma litúrgica, fazendo-a “parte e parcela da vida da família cristã”.

Vamos ao trabalho.

[1] NdT: Optou-se por uma tradução mais literal, embora a tradução oficial para português desta expressão, conforme a Familiaris Consortio (n. 53), seja “seminário da vocação”.




Loja de vestimentas litúrgicas Ars Sacra

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Sabemos que a beleza leva a Deus, Suma Beleza. Assim, o uso de belos paramentos pode contribuir para a sacralidade da liturgia e com os demais sinais sensíveis que nos auxiliam a elevar a alma e penetrar no mistério sendo celebrado. Contudo, aqueles que foram alguma vez comprar paramentos litúrgicos sabem o quão difícil é encontrar artigos que unam qualidade e beleza com um preço acessível, o que leva muitos a optarem por paramentos mais simples.

Sabendo disso, uma indicação que oferecemos aos nossos leitores é a loja Ars Sacra. Oferece diversos artigos como casulas góticas e romanas, estolas, capas, véus umerais, alvas, sobrepeliz, batina, mitra e barrete. Apesar de situada na Polônia, os preços são muito convidativos. Trabalha com todas as cores litúrgicas, incluindo preto e rosa, e com ricos detalhes e acabamento, como brocado, conforme se pode perceber por estas belas peças que selecionamos:








O endereço do site é: http://www.chasubles.eu/

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

domingo, 4 de dezembro de 2011

Segundo Domingo do Advento pelo Beato Cardeal Schuster

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Na semana passada publicamos o texto do Beato Schuster sobre o Primeiro Domingo do Advento. Hoje temos o texto sobre o Segundo Domingo do Advento. Para algumas observações necessárias, referimos o leitor às notas que precedem a publicação da semana passada.

Beato Ildefonso [Alfredo Ludovico], Cardeal Schuster, OSB - do segundo tomo de Liber Sacramentorum - Notes historiques et liturgiques sur le Missel Romain: Segundo Domingo do Advento. Estação em Santa Cruz em Jerusalém.
Depois de Belém e da manjedoura, vem o Gólgota com a Cruz que já brilha ao longe sobre o campo sereno de Éfrata, onde o Verbo encarnado faz sua primeira aparição. Por esta razão a estação é na basílica Sessoriana – reprodução romana do Martyrium de Jersualém; ali se guardava a santa Cruz, que a imperatriz Helena dera à Igreja de Roma. É necessário, para evitar ilusões sentimentais, destacar claramente o caráter desta primeira aparição messiânica, na humilhação e na pobreza, para que se saiba que o Cristo se oferece como vítima expiatória pelos pecados do mundo; evitaremos assim cair no pecado dos Judeus que, em seu sensualismo orgulhoso, recusaram aceitar Jesus como Messias; unicamente porque ele não respondia à ideia megalomaníaca que faziam dele. Quantas almas, ainda hoje, encontram sua pedra de tropeço na Cruz! Quantos dizem que procuram Jesus e, ao encontrá-lo coroado de espinhos e a cruz sobre o ombro a caminho do Calvário, não percebem que é Ele, e passam adiante!
O Introito é tirado do capítulo 30 de Isaías, com o salmo 79, no qual se ora ao Senhor para que se revele diante das tribos fiéis de Israel. Este é o salmo das “Aparições”, que a Igreja repete com freqüência no ciclo do Natal, porque exprime o desejo supremo dos patriarcas e dos justos de que o “Poder do Altíssimo” venha resgatar a humanidade e dissipe o império de Satanás, o forte armado que guarda ciosamente seus prisioneiros.
A coleta se inspira no famoso grito do grande São João Batista: preparai os caminhos para o Senhor, e Lhe suplicaremos que espalhe a graça em nossos corações. Esta preparação consiste no espírito de contrição que purifica a alma e no propósito sincero de obedecer aos preceitos divinos.
Na leitura, São Paulo (Rom 15, 4-19) mostra a missão do Redentor, que é a de derrubar o muro divisório entre a raça de Abraão segundo a carne e o resto da humanidade, para formar uma única família, a Igreja. Jesus é verdadeiramente a flor da haste de Jessé, segundo a promessa feita por Deus aos patriarcas; mas ao mesmo tempo Ele é o monarca universal, em cujo nome as nações devem ser abençoadas, segundo o pacto concluído com Abraão que, por sua fé, tornou-se o pai de todos os crentes.
O Gradual é tomado do salmo 49 que, em cores vivas e impressionantes, descreve a parusia do Juiz divino, vindo ao mundo cercado pela multidão de seus santos, para dar a cada um segundo seus atos. Entre a primeira aparição do Menino Jesus e a vinda final do Juiz supremo dos vivos e dos mortos, há uma íntima conexão à qual a Igreja sempre nos faz prestar atenção. É o começo e o fim da era messiânica.
O versículo aleluiático é tomado de empréstimo ao salmo 121, e, em delicada alusão à Santa Hierusalem onde se celebra hoje a estação, exprime a alegria da alma na aurora de seu retorno próximo à Jerusalém celeste.
João é o anjo que precede a vinda do Homem-Deus; por isto, o Evangelho deste dia (Mt 11, 2-19), levando em conta mais a ordem lógica do que a seqüência cronológica dos eventos, descreve-nos o santo Precursor enviando seus discípulos a Jesus, para aprender de sua própria boca o anúncio da Boa Nova. Jesus, mais do que por palavras, demonstra sua missão messiânica por suas obras e, por meio dos milagres, ensina que o maior de todos os prodígios que atestam sua divindade é a conversão do mundo não obstante o escândalo da Cruz. É justamente nisto que os Israelitas encontraram sua pedra de tropeço, enquanto os gentios, pelo contrário, chegaram à bem-aventurança adorando precisamente a divindade daquEle que foi pendurado.
O Ofertório é trado do salmo 84, claramente messiânico. Depois de longos séculos de indignação, Deus inaugura enfim a era da graça e olha seu povo com doçura. Este espera e reza, a fim de que o Senhor revele ao mundo sua Misericórdia que é justamente Jesus “Salvador”.
A Redenção, a χάρις, que é o espírito do Novo Testamento, não se deve aos méritos; trata-se de um puro dom da bondade de Deus. Por isto, na coleta sobre as oblações, reconhecemos nossa insuficiência, e invocamos nossa pobreza e nossa miséria como motivos para implorar a graça.
A antífona para a Comunhão é tirada de Baruc (4 e 5) que, sob o símbolo da Hierusalem estacional, convida hoje a alma a se preparar para as alegrias futuras que o Senhor lhe reserva para o Natal.
A graça eucarística que imploramos na coleta é que o Pão divino, memorial da morte do Senhor, destrua em nós os gérmens viciosos e que nos nutra para a vida celeste.
Na idade média, a venerável basílica Sessoriana era simplesmente chamada Sancta Hierusalem; isto explica as graciosas alusões a este título encontradas na liturgia deste dia.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Batismo na forma extraordinária, em Niterói, RJ

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O Pe. Helcimar Sardinha, da Arquidiocese de Niterói, nos envia gentil e-mail, no qual nos autoriza a postar suas fotos de um Batismo no rito antigo que recentemente celebrou.

Eis o texto e as fotos de seu blog Scripta Manent:

 

No Domingo de Cristo Rei, pelo calendário do Rito Romano na forma ordinária, no passado 20 de Novembro, batizei minha sobrinha e afilhada, Maria Clara, segundo o Ritual do Batismo na forma extraordinária, em português. Foi uma experiência lindíssima e edificante. Compartilho com os amigos do Blog, algumas fotos daquele dia memorável.

O Advento e a Eucaristia

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"Talvez você estranhe por que a Eucaristia ou o Sacramento da Reconciliação continuem a não lhe transformar, a não lhe trazer resultados visíveis. Pois importa dizer que a graça, para poder atuar, requer abertura e disponibilidade interior. Repare como a Igreja, na sua sabedoria, se esforça no ano litúrgico por nos preparar para o acolhimento das graças do Natal. A esse objetivo dedica as semanas do Advento, durante as quais reza incessantemente para que Jesus venha e desça à terra. "Que os céus, das alturas derramem o seu orvalho" (Is 45, 8), canta ela nas suas orações litúrgicas. A Igreja pretende que cresça em nós a fome de Jesus, a fome de Sua vinda. Quer que, no quadro do ano litúrgico, Jesus nasça de novo no decurso das celebrações do Natal e que venha até nós na medida em que dentro de nós cresça a fome e o desejo pela Sua vinda. As graças do Natal atuam no nosso coração na medida em que estamos preparados e abertos para recebê-las, ou seja, na medida da nossa fé. Se não vivermos o Advento e se não se espera Jesus, não se surpreenda que, de certa forma, o Natal se escape sem deixar em você qualquer rasto na alma.

Tal como a vinda de Jesus no Natal é precedida pela espera do Advento, a Sua vinda na Eucaristia deve igualmente ser antecedida pela espera. Jesus desce sempre de novo no altar para lá voltar a nascer. Esse nascimento sobre o altar deveria também ser precedido por um "advento" - o advento eucarístico. Este advento eucarístico é, antes de mais, uma atitude de fé, fé no amor de Jesus que o espera. Como é importante que creia que Jesus deseja vir ao seu coração, que é Ele que deseja a celebração da Eucaristia, que Ele anseia o momento da comunhão para Se dar plenamente a você, na maior fonte de graças: o Santíssimo Sacramento."

(Pe. Tadeusz Dajczer. Meditações sobre a Fé. São Paulo: Palavra e Prece, 2007. pp. 189-190)
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