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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Flagrantes dos ordinariatos para ex-anglicanos na Inglaterra e na América

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Fotos da primeira Missa do Pe. James Bradley, ex-pastor anglicano convertido, e incardinado no Ordinariato Pessoal Nossa Senhora de Walsingham, para os fiéis oriundos do anglicanismo na Inglaterra e País de Galos, celebrada dia 22 de abril na Igreja do Espírito Santo, em Balham. Nota-se o estilo bastante inglês/anglicano da arquitetura e do ambiente em geral.
O repertório musical da Missa em rito romano, forma ordinária, constou de:
Missa Ego Flos Campi (de Padilla)
O Sacrum Convivium (Tallis)
Regina Caeli a8 (Guerrero)
O pregador foi o Pe. Stephen Langridge.
As fotos nos chegaram pelo Flickr.

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O outro assunto relaciona-se ao Ordinariato Pessoal da Cátedra de São Pedro, para os Estados Unidos. Não se sabe ainda se os fiéis canadenses vindos das igrejas anglicanas irão juntar-se a essa circunscrição eclesiástica ou terão sua própria estrutura.
O Arcebispo de Ottawa, Canadá, D. Terrence Prendergast, celebrou no dia 15 de abril, na Basílica de São Patrício, uma Missa no uso anglicano, o rito próprio das comunidades recebidas na Igreja Católica, influenciado pelo Book of Common Prayer e com traços marcadamente específicos da liturgia inglesa medieval (da época católica, o uso de Sarum). A Missa foi celebrada para a recepção de novos ex-anglicanos, com o Bispo na posição versus Deum.
O estilo das vestes e a própria igreja são bem ingleses, mostrando a influência do colonizador em terras canadenses, bem como acentuando o ethos do patrimônio anglicano (neste caso, em uma igreja católica). As fotos são tiradas do New Liturgical Movement.

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Triduum: Sermão das Sete Palavras, em Corumbá, MS

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Procissão do Senhor Morto e Sermão das Sete Palavras, na Sexta-feira Santa, na Catedral da Candelária, Corumbá, Mato Grosso do Sul, celebradas pelo Pe. Fábio Vieira. 







domingo, 22 de abril de 2012

Reforma da reforma e o sacramento do Batismo

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Mais um artigo de nossa despretensiosa série sobre uma futura unificação das formas do rito romano, conduzindo o mundo católico a uma normalidade litúrgica. Desta vez, teceremos comentários a respeito das cerimônias que cercam o Batismo.

Dia desses, meu segundo filho, Bento, foi batizado. Usamos a forma extraordinária, em vernáculo e latim. Minha primeira filha, Maria Antônia fora batizada pela forma ordinária, igualmente em vernáculo e latim. A comparação entre as duas formas foi inevitável.

Em um primeiro momento, confesso que fiquei muito feliz ao ver um libanês pelotense, ministro extraordinário da Comunhão, que acompanhou o batizado do Bento, no batistério da Catedral Metropolitana de Pelotas, RS, para depois fechar a igreja, nos dizer: "Que lindo o ritual antigo... Parece muito o meu rito maronita." De fato: os ritos tradicionais, ainda que diferentes em muitos aspectos uns dos outros, parecem falar a mesma linguagem, por serem naturais, orgânicos e não criação de liturgistas de laboratório.

Há muitos elementos da forma extraordinária do Batismo que deveriam ser aproveitados em uma unificação litúrgica romana: o uso de duas estolas, roxa para a primeira parte, e branca ou doutorada para a segunda, indicando que o candidato ainda não é filho de Deus e está se penitenciando; o início do Batismo obrigatoriamente fora da igreja (e sua entrada será triunfal e simbólica da entrada na Igreja Católica); os diversos exorcismos; a profundidade dos textos das orações e monições; as duas profissões de fé (uma para a assembléia, que reafirma que crê, e outra para o batizando, que responde pela boca dos pais e padrinhos); a estola roxa sendo colocada sobre o ombro esquerdo do batizando ao entrar na igreja (mostrando que a Igreja o acompanha com a penitência, e que ele, o batizando, é penitente e se "veste" de roxo, quase como o sacerdote, nos ritos orientais, sobrepondo a estola sobre quem se confessa para indicar o poder sacerdotal de absolver pecados).

Entretanto, não há que se negar que na forma ordinária existem elementos positivos: as leituras bíblicas (não com tantas opções como é hoje, frise-se, para que não se dê aquele clima de liberdade excessiva e muita escolha, que tanto ajudam a dessacralizar o rito e a transmitir a idéia de que se pode fazer qualquer coisa), o canto de um hino ao Espírito Santo (mas que seja fixado um, o Veni Creator, e não dando espaço para qualquer hino), e o uso do pluvial pelo celebrante (no rito antigo, só o Bispo usa).

Penso que o pluvial para o sacerdote unifica as normas, dado que em todas as celebrações extra-Missa do rito antigo que requeiram mais cerimônias, o padre usa pluvial, menos no Batismo e Matrimônio. Cria-se uma mentalidade muito "de lista", e não de princípios, e o princípio deveria ser de que o pluvial é o paramento extra-Missa, para padre e para Bispo, e não em uns para padres e Bispos, e em outros momentos só para Bispos. Ademais, é um paramento muito bonito e imponente: o celebrante poderia usar só a estola roxa no início do Batismo e, depois, ao trocá-la pela branca, envergar o pluvial.

É um ponto positivo que o rito antigo do Batismo seja econômico nas lições (na verdade, é tão econômico que não há sequer uma leitura bíblica), e é positivo que o rito novo se preocupe em ter lições (mas não com tantas opções como, infelizmente, é hoje). O melhor, a nosso ver, seria o justo termo: uma leitura só, do Evangelho, e específica sobre o Batismo, sem outras opções ad libitum.

Homilia do 3º Domingo da Páscoa, por Pe. Paulo Ricardo

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sábado, 21 de abril de 2012

A Forma Extraordinária entre os Príncipes da Igreja

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Recentemente circulou no Facebook a seguinte imagem, contendo uma lista de cardeais que celebram a Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano, popularmente conhecida como "missa tridentina":


Infelizmente não temos conhecimento da alma caridosa que preparou esta compilação, mas a fim de atestar sua veracidade, trazemos fotos de alguns destes cardeais celebrando a Santa Missa na Forma Extraordinária. Além do mais - precisamos ressaltar - esta lista não é completa, como mostraremos a seguir.

Cardeal Burke, Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, na Basílica de São Pedro
Cardeal Cañizares, Prefeito da Congregação para o Culto Divino
Cardeal Malcon Ranjith
Cardeal George Pell, arcebispo de Sydney na Austrália
Cardeal Francis George, Arcebispo de Chicago
Cardeal Walter Brandmüller
Cardeal Dario Hoyos
Cardeal Franc Rode
E, não mencionados na lista, lembramos também:

Cardeal Domenico Bartolucci
Cardeal Francis Arinze
Cardeal Giuseppe Betori, Arcebispo de Florença

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Campanha de Incentivo à Canção Nova

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Às vezes, os defeitos de um trabalho nos incomodam e verbalizamos nossos sentimentos através de críticas. Ainda que tenham por vezes um propósito construtivo, as críticas nem sempre são bem recebidas por aqueles a que se referem. Ao ver um bom trabalho, devemos externar também nossos elogios, esses sim, sempre bem recebidos e mais eficazes.

Não foi nenhuma surpresa para nós a repercussão do post com as fotos das celebrações da Semana Santa na Canção Nova, uma vez que todos gostamos de ver a CN assumindo e desempenhando seu papel de evangelizar pelos meios de comunicação. Reconhecemos o alcance da TV CN e percebemos que a beleza das celebrações comoveu a muitos, mesmo aqueles que não fazem da liturgia o seu objeto de estudo.

Como pontos positivos das celebrações podemos citar o arranjo beneditino dos castiçais e cruz no altar, a utilização dos paramentos romanos, a distribuição da Sagrada Comunhão de joelhos com uso do genuflexório, seguindo o exemplo do Papa, uso de batina e sobrepeliz dos acólitos, introdução de cantos em latim e outros como prescreve o Missal para o Tríduo, introdução de momentos de silêncio, desnudação dos altares, velamento das imagens, pluvial na procissão de Ramos, uso de um coro.


Para quem ainda não viu, os posts sobre as celebrações da Canção Nova são os seguintes:




Precisamos fazer chegar à Comunidade, na pessoa do seu Fundador, dos membros do Conselho, e sacerdotes, a nossa alegria por ver a CN empenhada em oferecer aos peregrinos e aos telespectadores uma liturgia bem celebrada para que tais modificações atinjam todas as celebrações de sua programação. Por isso, nós, do Salvem a Liturgia, sugerimos aos leitores as seguintes ações:

- Envio de mensagem para sugestaoliturgia@gmail.com, a partir de onde serão repassados os emails para o Mons. Jonas, os membros do Conselho da Comunidade, sacerdotes, responsáveis pela TV, eventos, e outros. É importante que a repercussão positiva chegue a esses membros da direção da CN!


- Postagem elogiosa nas páginas do Facebook da Canção Nova: Comunidade Canção Nova e TV Canção Nova .



- Postagem elogiosa em seu próprio mural, marcando (tag) a página da Canção Nova .



- Postagens elogiosas no Twitter direcionadas ao perfil @cancaonova com a hashtag #liturgiaCN



- Se você já é sócio-evangelizador da Canção Nova, considere fazer algo a mais nesse mês, em termos de contribuição, como um valor maior, ou conseguir, com os parentes e amigos, a adesão de novos sócios. Se ainda não é, considere a possibilidade de contribuir. Tais decisões devem ser comunicadas ao conselho pelos emails acima, esclarecendo que a decisão foi motivada pela disposição da CN em celebrar a liturgia de forma digna, solene e bela. Inclua no e-mail o seu código de sócio.


Tem outras idéias de como incentivar a Canção Nova a investir cada vez mais em liturgia bem celebrada? Poste aqui seu comentário. Vamos juntos conquistar essa grande aliada para o empreendimento que é salvar a liturgia do nosso Brasil.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O padre que canta

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Fala-se muito da participação dos fiéis na Missa. É interessante perceber que também o sacerdote pode ampliar a sua participação na Sagrada Liturgia, e de maneira que tanto soleniza as ações sagradas que se aumenta também o fruto colhido pelos fiéis.

É disto que fala este importante texto de Jeffrey Tucker, publicado no dia 12 de Abril passado, no Chant Café, e aqui traduzido pelo Salvem a Liturgia.

Creio que será de grande interesse para todos, e especialmente para os sacerdotes.

Notas do tradutor aparecem entre colchetes, em vermelho. Quando o leitor encontrar a palavra chant, trata-se da palavra inglesa que, significando "canto", refere-se não a qualquer canto, mas aqui ao canto litúrgico autêntico da Liturgia. Todo canto é singing, mas nem todo singing é chant.

Se o leitor quiser ler o original, poderá encontrá-lo neste link: http://www.chantcafe.com/2012/04/singing-priest.html

*

Todo mundo sabe que o católico comum tem um problema com o canto. Não importa quantas palestras sejam dadas, nem quanto o cantor mexa com os braços, o canto numa paróquia católica é sempre mais baixo do que em qualquer congregação protestante. 
Não estou entre aqueles que acham que isso seja um problema central da liturgia a ser consertado. Da minha parte, acho irritante, quando visito uma paróquia e canto, que algumas pessoas me encarem como se dissessem “ei, aqui não fazemos isso!”. No final, o que importa na Missa não é que todos cantem com o máximo de sua voz, mas o movimento interior de oração e contemplação. 
Quanto ao canto, um problema muito mais sério se refere ao celebrante. Suas partes devem ser cantadas tanto quanto possível, e com a maior frequência possível. Aqui temos um problema. Quando as partes não são cantadas, o povo não canta os diálogos (“O Senhor esteja convosco” – “Ele está no meio de nós”) [que, traduzindo do original latino, é mais exatamente  “O Senhor esteja convosco”  -  “E com o teu espírito”] e estas partes são as mais fáceis e mais comumente cantadas. Quando os diálogos são falados, a estrutura litúrgica é desestabilizada porque o único canto vem do coro, e isso reforça a ideia de que a música é mero pano de fundo para entretenimento, como simples apresentação artística. 
Em 2007, a USCCB [a “CNBB” dos Estados Unidos] emitiu um documento chamado “Sing to the Lord” (“Cantai ao Senhor”). Sobre a necessidade de o sacerdote cantar, eis o que ele diz: 
“Nunca é demais enfatizar a importância da participação do sacerdote na Liturgia, especialmente por meio do canto. O sacerdote canta as orações presidenciais e diálogos da Liturgia de acordo com suas capacidades, e encoraja a participação cantada na Liturgia por seu próprio exemplo, juntando-se assim ao canto da assembleia... Seminários e outros programas de formação sacerdotal devem treinar os sacerdotes para que cantem [chant] com confiança as partes da Missa que lhe competem. Os sacerdotes capazes devem ser treinados na prática de cantar [chant] o Evangelho em ocasiões mais solenes nas quais não esteja presente um diácono. No mínimo, todos os sacerdotes devem cantar com segurança as partes da Oração Eucarística que lhe competem, cuja notação musical consta do Missal Romano.” 
Apesar da linguagem desajeitada e sem imaginação, a mensagem está correta. Ainda assim, de novo, a exortação permanece sem efeito. Por quê? Eis minha teoria. Nossa cultura trata a noção de “canto” como algo feito por especialistas, artistas, estrelas pop, e sempre para deleitar o público. American Idol. Cantar é isso. O sacerdote nota o contraste entre si mesmo e essas pessoas, e chega à conclusão inevitável: não sou cantor. Sério, vocês não querem ouvir a minha voz. Eu não consigo cantar nem mesmo uma melodia simples. Portanto, não vou cantar a liturgia. Estou poupando vocês dessa dor. 
Sabe o que é pior? Essa noção errada sobre o canto é reforçada pela presença da música pop na Missa. Música pop estimula o ethos de apresentação artística. Acordes típicos de linguagem jazzística e uma sensibilidade de balançar com a cabeça ao som da música força essa ideia de que o canto é só para aqueles que querem ser amados e admirados por seus grandes talentos. Grupos de música que fazem esse tipo de música aumentam a falta de envolvimento do sacerdote no canto. 
Não é à toa que poucos bispos, nos Estados Unidos, cantam suas partes. É porque estão muito acostumados à música pop e ao ethos pop que está dominando a Missa. Do mesmo modo que uma pessoa muito falante não deixa você balbuciar sequer uma palavra, este estilo de música não gosta que o celebrante murmure uma nota sequer. Esta música deixa de fora o canto litúrgico simples [chant]. O celebrante acaba acreditando que não há espaço para ele na Missa. 
Deveria haver uma palavra diferente para designar o que realmente se requer do celebrante. Não se requer dele tornar-se uma estrela, nem entreter ninguém. Não está em busca de um canal no Pandora, nem tentando vender downloads no iTunes. Não está tentando vencer uma competição. Na concepção que a Igreja tem do canto do sacerdote não há muita diferença entre o canto e a fala. Esse canto é uma fala com um tom de voz um pouco diferente, em que uma nota “decola” do chão que é o nível comum de conversa e coloca as palavras em voo. É um simples deslocamento que faz uma diferença enorme no modo com que as palavras se transmitem. 
Pessoalmente, nunca ouvi um sacerdote que não pudesse cantar as partes que lhe é pedido cantar. Eu vou mais longe e digo que o sacerdote mais qualificado é precisamente aquele que pensa que não é. Isto implica em certa humildade, necessária para se cantar na Liturgia. 
O primeiro passo, que qualquer sacerdote pode dar já nesta semana, é encontrar uma nota e enunciar as palavras da Missa nessa mesma nota, ao invés de simplesmente dizê-las. Mantenha o ritmo da fala. Não há necessidade de mudar de nota, no início. Apenas escolha uma nota, aleatoriamente, que seja confortável, e vá adiante com o texto da Missa. Já estará cumprindo o que a Igreja pede com este pequeno ato. 
Conheço um padre que passou pelo seminário e pelos seus primeiros anos de sacerdócio sem cantar uma única nota. Estava convencido de que não sabia fazer isso. Ele não era cantor e se recusava a cantar. Sem negociação. Era assim. 
Um dia esse sacerdote ouviu esse conselho, essa observação: cantar a Liturgia não é como cantar na Broadway ou fazer um teste para um musical. Uma nota é suficiente no começo. Então ele tentou isso na Liturgia. E o que houve? Ele foi simplesmente brilhante. Foi fantástico. As palavras ficaram muito claras e o texto foi enobrecido e elevado. Ele gostou muito porque soube imediatamente o que essa pequena ação fez à Liturgia. Ela mudou todo o ambiente, que se tornou mais solene e mais belo. E isto foi só o começo. Nas semanas seguintes, ele tentou mais. Logo havia superado seus medos e redefinido a si mesmo e suas próprias habilidades. 
A Missa em que eu o ouvi fazer isto era, antes, cheia de cantos da schola cantorum e do povo, que cantavam [chant] as partes da Missa sem acompanhamento. Isto tudo facilitou sua primeira tentativa de se integrar a uma estrutura estética que já existia. Talvez tivesse sido diferente se o coro cantasse jazz ou rock ou se houvesse um grande solista que impressiona o público. Crendo que um simples canto seria algo deslocado, ele poderia nunca ter tentado. 
A solução, pois: o coro deve cantar [chant]. É o que dá ao sacerdote a confiança para tentar cantar suas partes. E ele é capaz, sem nenhuma dúvida. Então começaremos a ver mudanças nos fiéis em sua participação no canto [chant].
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