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domingo, 17 de março de 2013

Cardeal Bergoglio sobre a Eucaristia

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O atual Papa Francisco, quando Cardeal, gravou vários programas para a rede católica de Televisão EWTN. Nesse vídeo acima podemos ver sua piedade eucarística em uma curta reflexão aonde o Cardeal fala do desejo que cultivava de receber o Senhor na Eucaristia pela manhã e como fomentava seu louvor e ação de Graças após a Comunhão no longo trajeto de ônibus em seus tempos de seminarista. 

Lembremo-nos de que a Eucaristia pode nos fortalecer ao longo do dia e que comungando com devoção podemos encontrar o Senhor nas tarefas quotidianas sem cair numa mera rotina enfadonha. A mensagem é, naturalmente, um incentivo a salutar prática da Missa e comunhão diária.

A paz entre Francisco e Guido

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O Papa Francisco não só manteve Marini como lhe deu a paz, e aos risos, o que mostra sintonia entre eles. #MenosMimimi #MaisOração

Alfaiataria napolitana que confecciona as Casulas do Papa Francisco

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Tradução e adaptação da narração do vídeo, por Cleiton Robsonn.



O Papa Francisco celebrará a Missa de inauguração do seu pontificado na Terça-feira, 19 de Março de  2013, dia consagrado a São José. A veste litúrgica que envergará naquela ocasião, a chamada “Casula”, é confeccionada pela Alfaiataria Serpone de Nápoli. O proprietário, Paolo Serpone, explica: “Utilizamos tecidos desenhados por nós em pano branco e ouro, que representam motivos litúrgicos de alegria, porque, obviamente, é a nomeação de um novo Papa, sobretudo em um momento  difícil não somente para a Igreja mas para o mundo inteiro e, por isso mesmo, é causa de alegria, representados pela videira e as uvas e, claro, tem sempre ao centro do galão a cruz em ouro e seda, para simbolizar que o Papa é o vigário de Cristo na terra, aquele que deve portar sobre a Terra a cruz de Jesus.”
Alinhados com o estilo humilde do Papa Bergoglio, que escolheu o nome de São Francisco de Assis, padroeiro dos pobres, Serpone explica que as vestes que o Pontífice envergará, de modo solene são, na realidade muito baratas. O Alfaiate conclui: “Sendo uma fábrica onde produzimos de tudo, desde os tecidos até as grandes encomendas, tudo é feito inteiramente aqui; os preços são muito menores do que se pode encontrar nas lojas e é por isso que o Vaticano e, no caso específico, a Sacristia Pontifícia, veio até nós para estes trabalhos, porque além de um produto de qualidade, pode-se ter um preço muito acessível.”
Estas casulas serão utilizadas por todos os concelebrantes na Missa de entronização para dar à celebração um sentido [maior] de harmonia e de alegria pela nomeação do novo Papa.

sábado, 16 de março de 2013

Domingo Laetare segundo a Forma Extraordinária em Guarulhos, SP

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Guarulhos-SP, a maior cidade brasileira que não é capital estadual, teve em sua Catedral Nossa Senhora da Conceição a celebração da Santa Missa segundo a Forma Extraordinária do Rito Romano no Domingo Laetare deste ano de 2013, o Quarto Domingo da Quaresma, no dia 10 de Março.

O celebrante foi o Padre José Henrique do Carmo.

A próxima celebração na Forma Extraordinária em Guarulhos ocorrerá no dia 24 de Março, Domingo de Ramos, no Santuário São Judas Tadeu, às 16 horas.

Recebemos de Junior Ferreira, a quem agradecemos, as fotos da celebração do Domingo Laetare, do qual são próprios os paramentos róseos.











sexta-feira, 15 de março de 2013

O Papa Francisco e a liturgia

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Pululam na internet ataques ao Papa Francisco, vindos de radicais tradicionalistas ao Papa, tanto quanto de progressistas e adeptos da teologia da libertação, o que faz com que a idéia do Carlos Ramalhete de que ambos os grupos sejam de modernistas - os radtrads seriam "modernistas de direita" - seja bastante crível.

De um lado, podemos responder às críticas dos radtrads, sem caridade e sem reverência para com o Sumo Pontífice, com breves apontamentos:

Em primeiro lugar, como católicos temos que AMAR o Papa, não necessariamente "ir com a cara dele"... Eu vou, gosto de Sua Santidade, mas não vejo problema em alguém, com a devida reverência, estar mais apreensivo. Além disso, é o Papa que parece certo para o momento atual: com aquele sorriso e a postura de servo, de humilde, como é que os gayzistas, os midiáticos e os pró-aborto vão atacar? Até atacam, mas só os mais raivosos... Aquele "católico" que acredita em coisas liberais, que não gosta "do nazista Ratzinger" fica desarmado com a imagem que Francisco passa.

De um lado os TLs e os radtrads criticando o Papa. De outro, os ingênuos achando tudo uma maravilha porque o Espírito Santo escolhe de modo infalível o Sumo Pontífice - sem se atentar que são pessoas os Cardeais e o Papa, com suas opiniões, seus defeitos, suas virtudes.

E nós no meio da tempestade, elogiando as coisas bonitas do novo Papa, a importância dele na nova evangelização, na DSI e na melhora na imagem da Igreja, e percebendo também, infelizmente, que, se por um lado, a "tara pelas rendinhas" é uma infantilidade, por outro, o cuidado "ratzingeriano" e "tridentino" para com a liturgia é algo importante e que, ao que parece, pelo seu histórico como Arcebispo de Buenos Aires, Francisco não leva tão em conta assim.

De qualquer maneira, um Papa não tem por função ser santo canonizado ou altamente intelectual, mas governar a Igreja. Quem governe. Se não for o Papa dos sonhos de alguns, como Scola, Ouillet, O'Mahley, Ranjith, Burke, Erdo, etc, ainda é o Papa. Pode não fazer o que achamos que deveria fazer, mas governará a Igreja, e penso que acertará em vários pontos. E ao Papa amamos, não necessariamente temos que virar seus fãs.

Enfim, para fechar parênteses, indico três textos que tratam dessa onda de desrespeito ao Papa, vinda de setores tradicionalistas extremos, nos blogs:




Passemos ao tema da liturgia.

Considero que, realmente, em Bento XVI, tivemos um Papa que não apenas celebrava a liturgia conforme o Missal Romano - como Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II -, mas que deu um "salto" em direção à tradição do rito romano. Bento não se contentou em simplesmente observar as normas e fazer o mínimo. Ele explorou vários aspectos da sacralidade da liturgia romana, inserindo o Novus Ordo na grande tradição ocidental que nos legou o rito de São Pio V.

Bento XVI promulgou o Motu Proprio Summorum Pontificum, liberando o uso do Missal de 1962 para todos os fiéis e sacerdotes, sem necessidade de permissão do Bispo.

Bento XVI criou os Ordinariatos Pessoais para atrair para a Igreja os anglicanos tradicionais e conservadores, que possuem um amor muito grande à liturgia reverente, celebram em latim, versus Deum, e praticam ritos medievais ingleses. Isso muito contribuirá para o enriquecimento litúrgico do próprio rito romano atual.

Bento XVI revogou as excomunhões dos quatro Bispos sagrados por D. Lefebvre e que constituem-se na liderança da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Ao mesmo tempo, empenhou-se nas negociações doutrinárias e litúrgicas para os atrair à plena comunhão com Roma, o que reforçaria em muito o movimento pelo resgate da sacralidade litúrgica, do correto entendimento teológico e espiritual do que é a Missa, e promoveria o rito antigo.

Bento XVI celebrou, em algumas ocasiões, a Missa no rito novo versus Deum, "de costas" ao povo, dando exemplo.

Bento XVI instituiu o uso dos candelabros e do crucifixo no altar, chamado de "arranjo beneditino", de tal forma que, mesmo versus populum, Cristo ficasse no centro da celebração da Missa.

Bento XVI passou a distribuir a Comunhão aos fiéis de joelhos e exclusivamente na boca.

Bento XVI continuou com as grandes catequeses de João Paulo II sobre a obediência às normas litúrgicas e foi além: desenvolveu a sua teologia da liturgia, da época em que era Cardeal, e impulsionou o "novo movimento litúrgico".

Bento XVI priorizou a Missa em latim, mesmo no rito novo, e não em italiano.

Bento XVI escolheu paramentos mais nobres, usou várias vezes a casula romana, e as casulas góticas eram mais cuidadas, mais dignas.

Bento XVI incentivou o canto gregoriano e a polifonia sacra.

Bento XVI elegeu Mons. Guido Marini como seu mestre de cerimônias.

E Francisco?

Bem, o então Cardeal Bergoglio não era um adepto da chamada "reforma da reforma". No mais das vezes, celebrava dignamente a Santa Missa, obedecendo às normas do Missal, sempre com casula, usando incenso, sendo sacral, mas nada muito "extraordinário", contendo-se com o mínimo. Em alguns episódios, deu algumas derrapadas, como a Missa das Crianças que se encontra facilmente na internet, ou o lava-pés de estola diaconal e com mulheres. Parece que não se acertou muito bem com a forma extraordinária em Buenos Aires, ainda que a tenha autorizado em tempo recorde após o Summorum Pontificum.

Em sua primeira aparição como Papa, recusou trajar vestes corais, usando apenas a batina. Envergou, por isso, a estola apenas para dar a bênção.

Já na Missa Pro Ecclesia, no encerramento do Ordo Rituum Conclavis, Sua Santidade deixou de lado a bela tradição resgatada por Bento XVI em usar o altar-mor, "grudado" na parede, de modo versus Deum, e colocou um segundo altar em que pudesse se enfiar atrás para celebrar versus populum, o que não se pode deixar de, respeitosamente, lamentar. Na mesma Missa, dispensou a mitra e o báculo para fazer a homilia - uma belíssima e profunda homilia, aliás! -, e pregou do ambão e não da cátedra, deixando de manifestar, assim, símbolos profundos de sua autoridade primacial. Entretanto, na mesma Missa, usou a férula de Bento XVI, uma casula com conchas - símbolo muito caro a Bento - houve canto gregoriano, polifonia sacra, e a celebração foi em latim, não em italiano: pontos positivos!



Se essas posturas forem identificações de um Papado que, embora celebre de acordo com as normas, não se empenhem na "reforma da reforma" ou em uma especial promoção da liturgia, seria algo triste, temos de reconhecer.

Todavia, é triste, mas não um pecado, não motivo para rasgar as vestes e profetizar o Apocalipse, como alguns têm feito. A função do Papa não é somente promover a liturgia. A liturgia é uma missão importantíssima, mas não é única, e outras mais urgentes podem ser levadas a termo pelo Papa Francisco. É ele quem comanda a barca de Pedro, não nós. Se ele, ao celebrar a liturgia sem aquele "ethos" ratzingeriano, cumprir o mínimo, mas trabalhar bem em outros campos - o combate ao laicismo e à cultura da morte, como fez de modo brilhante na Argentina, ou a reforma da Cúria, como se espera que o faça -, teremos um bom e até um excelente Papa.
Aliás, a limpeza já começou: Papa proíbe cardeal acusado de encobrir 250 casos de pedofilia de frequentar basílica 

Outra notícia interessante, desta vez, afeita ao tema da liturgia é a retomada de um costume que foi quebrado faz alguns anos: o de criar Cardeal ao secretário do Conclave imediatamente após a eleição do Papa, dando-lhe o solidéu vermelho do agora Sumo Pontífice!

Bento foi um líder do movimento litúrgico contemporâneo, e Francisco talvez não seja. E daí? Continua sendo o Romano Pontífice e terá outros acertos, será motivo para outras alegrias.

O New Liturgical Movement traz um bom artigo do Shawn Tribe sobre isso.  Em suma, Tribe diz que é bom ter as liturgias do Papa como modelo a seguir, porém não é isso essencial. Vibramos com as Missas de Bento XVI não por serem "Missa do Papa", e sim porque, enquanto Papa, aplicou o que pensava em termos de liturgia: tradição, sacralidade, diálogo entre o rito novo e o antigo, promoção da Missa tridentina, latim, gregoriano etc. E outros sacerdotes, se o Papa Francisco não o fizer, podem e devem continuar fazendo em suas paróquias, em suas dioceses, em seus institutos, em seus movimentos, essa aplicação da "hermenêutica da continuidade" nos ritos sagrados.

Temos um novo Papa. Mas o Magistério de Bento XVI não foi para o lixo. Até porque é o Magistério da Igreja, não de Bento XVI. E os pensamentos do Cardeal Ratzinger sobre o tema, em que pese não serem Magistério, são profundos o suficiente para que possa se manter vivo e influente o novo movimento litúrgico, no qual o Salvem a Liturgia se enquadra e ao qual presta um relevante serviço no Brasil, digamos sem falsa modéstia. A elevação de Ratzinger ao Papado fez com que todos descobrissem o tesouro de seus escritos sobre a liturgia anteriores ao assumir a Sé Petrina.

Não esmoreçamos. A defesa da sagrada liturgia encontra no Papa Francisco seu líder, como Sumo Pontífice, ainda que não como principal impulsionador como nos tempos de Bento. Ainda assim, falar em retrocesso ou lamentar, sem motivo, que "tudo está perdido" em termos de liturgia, é exagero.

Podemos, ademais, nos surpreender positivamente.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Primeira Homilia do Papa Francisco (14/03/2013)

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Missa Pro Ecclesia

Leituras: Is 2,2-5; Sl 97
1Pd 2, 4-9 
Evangelho: Mt 16, 13-19

Nestas três leituras reconheço-lhes algo de comum: o movimento. Na Primeira Leitura o movimento no caminho, na Segunda Leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, no Evangelho, o movimento no professar. Caminhar, edificar, professar.

Caminhar. “Casa de Jacó, vinde, caminhemos na luz do Senhor” (ls 2,5). Esta é a primeira coisa que Deus diz a Abraão: Caminha na minha presença e sê irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e quando paramos, não corre bem. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, procurando viver com aquela irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão na sua promessa. 

Edificar. Edificar a Igreja. Fala-se em pedras: as pedras têm consistência; mas pedras vivas, pedras untadas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, a Esposa de Cristo, sobre aquela pedra angular que é o próprio Senhor. Eis um outro movimento da nossa vida: edificar.

Em terceiro lugar, professar. Podemos caminhar quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não professarmos Jesus Cristo, não corre bem. Nos tornaremos uma ONG que presta assistência, e não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não caminhamos, permanecemos parados. Quando não se edifica sobre as pedras o que é que acontece? Passa-se o mesmo com as crianças, na praia, quando constroem castelos na areia e tudo desaba sem consistência. 

Quando não se professa Jesus Cristo, vem-me à memória a frase de León Bloy: “Quem não prega o Senhor, prega o diabo”. Quando não se professa Jesus Cristo, professa-se a mundanidade do demônio.

Caminhar, edificar-construir, professar. Não é assim tão fácil, porque no caminhar, no construir, no professar, por vezes sofremos choques, sucedem ações que não são próprias das ações do caminhar: são ações que nos fazem andar para trás. 

Este Evangelho prossegue com uma situação especial. O mesmo Pedro que professou Jesus Cristo, diz-Lhe: Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo. Seguir-te-ei. Seguir-te-ei mas não falemos de Cruz. Isso não interessa. Seguir-te-ei de outras formas que não a Cruz. Quando caminhamos sem a Cruz, quando edificamos sem a Cruz e quando professamos um Cristo sem a Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos Bispos, Padres, Cardeais, Papas, mas não discípulos do Senhor. 

Queria que todos, assim que passarem estes dias de graça, que tivéssemos a coragem, uma verdadeira coragem, de caminhar com o Senhor presente, com a Sua Cruz; de edificar a Igreja sobre o Seu sangue derramado sobre a Cruz; e de professar a única glória: Cristo Crucificado. Assim a Igreja seguirá em frente.

Desejo para todos nós que o Espírito Santo, pela oração a Nossa Senhora, nossa Mãe, nos conceda esta graça: de caminhar, edificar, professar Jesus Cristo Crucificado.


terça-feira, 12 de março de 2013

Conclave 2013: Pro Eligendo Romano Pontifice

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Foi celebrada hoje pela manhã, em Roma, a Santa Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, que antecede o Conclave. A missa foi celebrada pelo Cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício. Todos os cardeais presentes, eleitores ou não, foram convidados a concelebrar.

Observa-se que o arranjo beneditino (cruz e castiçais) permanece sobre o altar, um dos bons frutos da reforma litúrgica conduzida pelo Papa Bento XVI. Contudo, apenas seis velas sobre o altar, e não sete, uma vez que não temos Bispo em Roma.

O Cardeal Sodano também fez uso do báculo. Isso é permitido pelas rubricas, basta que ele tenha recebido autorização do Ordinário local. Em tempo de vacância, este seria o arcipreste da Basílica de São Pedro, o Cardeal Comastri.

O site do Vaticano disponibilizou o livreto da celebração, o vídeo e também a homilia, traduzida para o português, do Cardeal Sodano.

Algumas fotos da celebração abaixo:
































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