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sexta-feira, 14 de março de 2014

Convite: Forma Extraordinária na Catedral de Santo Amaro, SP

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Divulgamos a pedido da leitora Brena Gonsalves:


Quarta-feira de Cinzas em Frederico Westphalen (2014)

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Fotos da Missa da Quarta-feira de Cinzas celebrada por Dom Antônio Keller, na Catedral de Frederico Westphalen, RS:












Fonte: Facebook

segunda-feira, 10 de março de 2014

Novo membro: Marco da Vinha, especialista no Rito Bracarense

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É com muita alegria que anunciamos a entrada de mais um membro em nosso apostolado, um estudioso do Rito Latino mais próximo de todos nós lusófonos, o Rito Bracarense, da Arquidiocese de Braga, que, inclusive, já foi o rito do Império do Brasil.

Marco Paulo da Vinha, casado e pai de família, formado em Engenharia Civil, residente em Portugal. Membro de Una Voce Portugal, e mantém o blog Alma Bracarense, dedicado à divulgação do rito bracarense.


sexta-feira, 7 de março de 2014

A "Velatio" das Imagens na Quaresma

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Do ponto de vista espiritual, o costume da velatio foi interpretado como sinal da penitência à qual todos os fiéis são chamados como sinal da antecipação do luto da Igreja pela morte do seu Esposo e da humilhação de Cristo, que teve de esconder-se para escapar da ameaça de morte. (Cf.: Jo 8,59).

O motivo principal para a orientação de COBRIR AS IMAGENS NAS IGREJAS, COM VÉUS ROXOS, é para que os fiéis não "se distraiam" com os Santos e que a sua devoção deve estar fundamentada no Mistério Pascal de Cristo, ou seja, na Sua paixão, morte e ressurreição.

Assim, cobrindo-se todas as imagens dos Santos e os crucifixos, surge com maior evidência o que há de essencial nas igrejas: o altar, onde se opera e atualiza o Mistério Pascal de Cristo, por seu Sacrifício incruento.

A rubrica no Missal Romano, 2ª edição típica, no sábado da IV semana da Quaresma (pág. 211, em português) e também a contida na Paschalis Sollemnitatis: A Preparação e Celebração das Festas Pascais, nº 26, nos ensina que: 
“o uso (costume) de cobrir as cruzes e as imagens na igreja, desde o V Domingo da Quaresma, pode ser conservado segundo a disposição da Conferência Episcopal. As cruzes permanecem cobertas até ao término da celebração da Paixão do Senhor na Sexta-feira Santa; as imagens até ao início da Vigília Pascal”.
A grande diferença entre as rubricas dos dois Missais (de Trento e do Vaticano II) consiste no seguinte: no primeiro, cobrir as Cruzes e Imagens era obrigatório (“cobrem-se...”); No segundo, deixou de sê-lo (“pode ser conservado...”). 

Com os sinais externos da penitência, do recolhimento, da purificação da visão e do coração, de tudo o que é secundário ou mesmo supérfluo, poderemos concentrar o nosso sentir, pensar e agir no Cristo Crucificado. Com os olhos fixos no Senhor, percorrendo com Ele a Via Dolorosa, chegaremos às núpcias do Cordeiro Redivivo, à Páscoa da Ressurreição.

(Compilação de diversas fontes, com atualizações e adaptações).

quinta-feira, 6 de março de 2014

Solene Entronização do Santíssimo Sacramento no "QG da Imaculada", GO

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No último dia 04 de Março, nos limites da Paróquia Imaculada Conceição, no município de Novo Gama-GO, aconteceu a Solene Entronização do Santíssimo Sacramento, na "Capela da Grande Promessa do Sacratíssimo Coração de Jesus", da "Associação de Fiéis Filhos da Imaculada", no chamado "QG da Imaculada", com a Santa Missa, seguida da rasura com o Santíssimo Sacramento e canto solene do Te Deum

A Santa Missa foi votiva à Sagrada Face e a homilia, baseada na Encíclica do Papa Pio XII Haurietis aquas, sobre o culto do Sagrado Coração de Jesus.

A ASSOCIAÇÃO:

Trata-se de "um grupo de fiéis da Paróquia São Francisco de Assis, Diocese de Luziânia – Goiás, que a partir de meados do ano de 2006 começaram a reunir-se para o Cenáculo de Oração, rezando o santo Terço e estudando a doutrina cristã.

Às vésperas da divulgação de que o Santo Padre Bento XVI promulgaria um Motu Proprio para tratar da celebração da Missa Tradicional, o que ocorreria em setembro de 2007, o mesmo grupo passou a interessar-se pelo conhecimento desta forma de celebração do Rito Romano no usus antiquior, nascendo, assim, a devoção pela expressão tradicional da lex orandi da Igreja – tesouro da antiga liturgia do Santo Sacrifício da Missa.
Em razão do patrocínio da Santíssima Virgem, foi inevitável a aproximação ao Santuário Jardim da Imaculada e dos ideais de São Maximiliano Maria Kolbe, tendo em vista, ainda, o carisma franciscano da paróquia em Valparaíso de Goiás. Com ardente expectativa, esta realidade levou muitos dos integrantes do grupo a fazer a consagração à Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro de 2009, vivendo de forma singular e espontânea a devoção à Imaculada, segundo o Estatuto Original da Mílicia fundada pelo “Padre Kolbe”.
O grupo, no entanto, queria manter a devoção à Virgem Imaculada, com os ideais de São Maximiliano, aliada ao conhecimento da doutrina do Magistério solene e perene da Santa Igreja, bem como a estima pela forma extraordinária do Rito Romano, conforme o Motu Proprio Summorum Pontificum. Nasceu, naquela ocasião, a ideia de constituir os FILHOS DA IMACULADA como associação privada de fiéis – mantendo ligação afetiva à Milícia da Imaculada.
O amadurecimento na caminhada tem reunido membros associados e cooperadores, além de outros participantes, na consecução de um apostolado de piedade, através do cenáculo de oração nas casas em Valparaíso e Cidade Ocidental. Nessas oportunidades, nos reunimos para rezar o Santo Terço, fazer a leitura espiritual de um trecho das Sagradas Escrituras, seguida de uma meditação, e encerrando com a recitação do Pequeno Ofício da Imaculada. Este exercício de piedade, aliado às reuniões de formação têm sido motivo de auxílio para fomentar a união entre fé e vida de nossas famílias.
No cumprimento das finalidades espirituais do grupo e na busca por um apostolado de caridade, as orações e o incentivo do Revmo. Frei José de Arimatéia, OFMConv., animado pelo seu carisma franciscano, tem sido de fundamental importância para a motivação da persecução das finalidades associativas.
Convém mencionar, ainda, a identificação do Revmo. Frei José de Arimatéia com os princípios e finalidades de nossa associação e a sua disposição e devoção à liturgia segundo o usus antiquor, não afastando em nenhum momento – assim como aos FILHOS DA IMACULADA – a assistência e reverência à forma ordinária do Rito Romano. 
FINALIDADES:

1. Promover atividades sociais, culturais, educativas e comunitárias, colaborando com a santificação de todos e de cada um em particular, exortando à observância da lei de Deus e a comunhão com a Igreja, com o auxílio da Imaculada Conceição;

2. Difundir a devoção à Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, dogma de fé proclamado pela Santa Igreja, incentivando a recitação do Ofício da Imaculada;

3. Incentivar a devoção ao ‘Saltério da Virgem’, o Santo Rosário pregado por São Domingos de Gusmão como ‘arma contra o pecado e a heresia’ e ‘artilharia contra o demônio’, assim como o Terço do Rosário recomendado por Nossa Senhora nas aparições aos pastorinhos de Fátima;

4. Incentivar o conhecimento das excelências e do valor do Santo Sacrifício da Missa, considerando a forma ordinária ou extraordinária da 'lex orandi' da Igreja Católica de rito latino;

5. Incentivar e apoiar, cuidando para o que dispõe o cânone 214 CIC, a devoção ao Rito Romano na forma extraordinária, observando o ‘Motu Proprio Summorum Pontificum’;

6. Incentivar e apoiar o conhecimento da doutrina cristã, conforme os ensinamentos do Magistério solene e perene da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, tendo em vista o cânone 229 CIC;

7. Motivar os inscritos na Associação, pela união fraterna, à perseverança da oração e ao exercício da caridade, para que o Senhor possa derramar ‘a vida e uma bênção eterna’ (cf. Salmo 132).

A partir disso, em 26 de Dezembro de 2013, o Bispo diocesano de Luziânia, Dom Afonso Fioreze, CP, autorizou a instalação do Sacrário na capela da Associação, cujas fotos da celebração ora publicamos. Devoção ao Santo Sacrifício da Missa, especialmente na forma extraordinária do Rito Romano, iluminados pela sã Doutrina da única Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da união fraterna dos filhos da Imaculada Conceição da Virgem Maria - conforme os ideais de São Maximiliano."
Vale salientar que a presença dos Militares junto à Associação, desde o seu início, foi e é de grande valia, uma vez que os mesmos são ativos e o diretor espiritual é quem os assistem.
Os álbuns completos, podem ser acessados AQUI (Fotos de Bárbara Cabral) e AQUI.




























terça-feira, 4 de março de 2014

Modo de imposição das cinzas

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Alguns leitores em nossa página no Facebook questionaram a respeito do modo de imposição das cinzas: se esta deve ser deitada sobre a cabeça, ou se imposta sobre a testa, em forma de cruz.

Um breve histórico sobre as cinzas. A imposição das cinzas é um sacramental de cunho penitencial, lembra-nos da humildade e de nossa morte: somos pó e a ele retornaremos. Antigamente era destinado apenas aos pecadores públicos. O Papa Urbano II expandiu a prática para todos os fiéis. Para a confecção das cinzas são utilizados, a princípio, ramos de oliveira do Domingo de Ramos do ano anterior.

O Missal Romano para a rito moderno, em sua terceira edição (2002), diz apenas que as cinzas são impostas. O Cerimonial dos Bispos, em seu n. 258, pede que as cinzas sejam impostas "aos concelebrantes, aos ministros e aos fiéis", também não especificando o modo de imposição.

Outrossim, não encontrei tal detalhamento no Missal Romano para a Forma Extraordinária. Ao celebrante fica claro que as cinzas são colocadas sobre sua cabeça. Aos fiéis, o texto diz apenas que recebem-nas ajoelhados.

Torna-se necessário, então, recorrer a fontes secundárias. Mons. Peter J. Elliott, referindo-se à Forma Ordinária, diz que é consuetudinário que as cinzas sejam tomadas com o polegar e o sinal da cruz marcado na testa. Acrescenta, contudo, que clérigos podem receber as cinzas sobre a coroa da cabeça, enquanto se inclinam (ELLIOTT, 2002, p. 57). (Atualização: Descobri recentemente que este é o costume vaticano, i.e. na cabeça aos clérigos, na testa aos fiéis).



Já Pe. Reus diz que, para impôr as cinzas, o sacerdote "deixa cair sobre a cabeça, aos clérigos sobre a coroa, às mulheres no cabelo que aparece na fronte perto do véu, às religiosas sobre o véu, de nenhuma maneira na testa". (REUS, 1944, p. 146)




Em seguida, Pe. Reus enumera duas razões para que a imposição não se dê na testa. A primeira, de ordem prática, é que a cruz pintada na testa pode ocasionar risos. A segunda, de ordem teológica, mais para corroborar a imposição na cabeça, é que o contato mediato (i.e. indireto) não diminui a eficácia do sacramento da ordem, nem da água benta, logo, tampouco da cinza.

Fiéis nas ruas, com as testas marcadas com a cruz feita das cinzas

Fiel em uma cafeteria após ter recebido as Cinzas

Particularmente, vi a imposição sendo feita das duas formas, embora, tenha-me sido mais comum a imposição sobre a cabeça. Contudo, isto pode variar conforme a região do país.

Portanto, vemos que, em se tratando da Forma Ordinária, a questão não está fechada, cabendo ao celebrante escolher a forma de imposição. A razão de ordem prática dada pelo Pe. Reus não me parece fazer mais tanto sentido nos dias de hoje, uma vez que o rito é bem disseminado em um país com raízes cristãs como o nosso. Ainda assim, é algo que pode ocorrer. Talvez neste caso seja melhor adotar a opção de impôr as cinzas sobre a cabeça dos fiéis, abraçando o costume litúrgico do rito romano tradicional. Não se trata, contudo, de obrigação.

A respeito da recepção das cinzas pelos fiéis, Mons. Elliott diz que esta acontece geralmente no local onde eles recebem a Comunhão, podendo permanecer em pé ou ajoelhados enquanto as cinzas são impostas, conforme o costume local.


Referências
  • Missale Romanum, Editio Typica Tertia, 2002.
  • Cerimonial dos Bispos, 1986.
  • Missale Romanum, Editio Typica. 1962.
  • Peter J. Elliott. Ceremonies of the Liturgical Year According to the Modern Roman Rite: A Manual for Clergy and All Involved in Liturgical Ministries. San Francisco: Ignatius Press. 2002
  • Pe. João Batista Reus. Curso de Liturgia. Editora Vozes. 1944.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O tesouro da arte e liturgia católicas

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O Pe. Fernando Antonio, SJ, português e jesuíta da pura cêpa inaciana, nos manda esse belo artigo de sua autoria, publicado no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura da Conferência Episcopal lusa.

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O tesouro da arte e liturgia católicas

Habituámo-nos a olhar quase com inveja e com um estranho e injustificado sentimento de inferioridade as tradições litúrgicas orientais… quando nós, Católicos Romanos, temos uma tradição litúrgica belíssima, feita sobretudo de Pão e de Vinho e da Palavra de Deus, gestos e palavras que herdámos de Cristo, pelos Apóstolos, e que unem Céu e terra pela nova Árvore da Vida, a Cruz de Cristo.

A nossa liturgia é feita de luz e de fogo, de treva e de silêncio, de gesto e de repouso… É feita do mais puro incenso e do óleo perfumado do Crisma, e daqueles gestos que foram exprimindo na nossa história e na nossa cultura a presença consoladora de Deus entre nós: «Eu estarei convosco todos os dias…».

A nossa tradição produziu textos belíssimos, herdados dos nossos primeiros pais na fé, na era dos mártires, e escritos por grandes Padres da Igreja e autores eclesiásticos como S. Leão Magno, S. Agostinho, S. Tomás de Aquino…

A nossa tradição ergueu a maioria dos mais belos edifícios sagrados construídos na história da humanidade, onde trabalharam os melhores arquitetos, os melhores escultores, os melhores pintores, e tudo isto para o culto divino... E na Casa de Deus sempre encontraram o conforto do lar paterno os filhos de Deus, ricos e pobres, santos e pecadores... e mesmo os filhos pródigos...

E que dizer da música inspirada que ao longo da história os compositores escreveram para a nossa liturgia… desde o Canto Gregoriano, continuando com Palestrina, Byrd, Mozart… e por tantos outros contemporâneos?…

E tudo isto, puro dom de Deus que, pela Igreja, foi sendo comunicado, vivido e realizado de geração em geração, e que agora, como tesouro precioso e imerecido é depositado na fragilidade das nossas mãos pobres, feridas e pecadoras…

Como acontece, por exemplo, com “Ave verum corpus”, hino eucarístico de William Byrd (1543-1623), grande compositor inglês que manteve a sua fé católica mesmo no meio das perseguições, interpretado aqui pelo coro britânico Tallis Scholars, dirigido por Peter Phillips.

«Ave verum corpus natum de Maria Virgine. Vere passum, immolatum in cruce pro homine. Cuius latus perforatum unda fluxit et sanguine. Esto nobis praegustatum mortis in examine. O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae. Miserere mei. Amen.»
(«Avé, ó verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria. Padeceu verdadeiramente, imolado na cruz pelo Homem. De cujo lado trespassado fluiu água e sangue. Faz que nós Te possamos saborear na prova suprema da morte. Ó doce Jesus, ó piedoso Jesus, ó Jesus filho de Maria. Tem misericórdia de mim. Ámen»)
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