Seguimos com excertos Carta Circular Paschalis Sollemnitatis, de 1988, da Congregação para o Culto Divino, sobre a Preparação e a Celebração das Festas Pascais. Desta vez, com instruções sobre a Missa Crismal da Quinta-feira Santa e a celebração penitencial final da Quaresma:
b) Missa do Crisma
35. A Missa do Crisma na qual o bispo, concelebrando com o seu presbitério, consagra o santo Crisma e benze os outros óleos, é uma manifestação da comunhão dos presbíteros com o próprio bispo, no único e mesmo sacerdócio e ministério de Cristo.[38] Chamem-se os presbíteros das diversas partes da diocese para participarem nesta missa, concelebrando com o bispo, como testemunhas e cooperadores seus na consagração do Crisma, visto que são os seus cooperadores e conselheiros no ministério quotidiano.
Os fiéis sejam também encarecidamente convidados a participar nesta missa e a receber o sacramento da Eucaristia durante a sua celebração.
Segundo a tradição, a Missa do Crisma é celebrada na Quinta-feira da Semana Santa. Se o clero e o povo encontram dificuldade para se reunir naquele dia com o bispo, tal celebração pode ser antecipada para outro dia, contanto que próximo da Páscoa.[39] Com efeito, o novo Crisma e o novo óleo dos catecúmenos devem ser usados na noite da vigília pascal, para a celebração dos sacramentos da iniciação cristã.
36. Celebre-se uma única missa, considerada a sua importância na vida da diocese, e a celebração seja feita na igreja catedral ou, por razões pastorais, noutra igreja[40] especialmente mais insigne..
O acolhimento aos santos óleos pode ser feito em cada uma das paróquias, antes da celebração da missa vespertina “In Cena Domini” ou noutro tempo mais oportuno. Isto poderá ajudar a fazer os fiéis compreenderem o significado do uso dos santos óleos e do Crisma, e da sua eficácia na vida cristã.
c) Celebração penitencial no final da Quaresma
37. É oportuno que o tempo quaresmal seja concluído, quer para os fiéis individualmente quer para toda a comunidade cristã, com uma celebração penitencial para preparar uma participação mais intensa no mistério pascal.[41] Esta celebração seja feita antes do tríduo pascal e não deve preceder imediatamente a missa vespertina “In Cena Domíni”.
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Notas:
[38] Conc. VAT. II, Decr. Presbyterorum Ordinis, n. 7.36
[39] Caeremoniale Episcoporum, n. 275.
[40] Cf. Ibid., n. 276.
[41] cr. Rito da Penitência, Apendice II, n. 1-7.