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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A língua empregada na liturgia, segundo o Catecismo da Santa Missa


Segundo o Catecismo da Santa Missa, baseado em livro de autor anônimo do Século XIX:
P205. Que preocupação teve a Igreja quanto à língua em que os santos mistérios deveriam ser celebrados?
R. Embora a Igreja jamais tivesse afirmado que o serviço divino fosse celebrado em língua ininteligível ao povo, tão pouco ela julgou conveniente o emprego de língua vulgar, para não submeter a Missa às vicissitudes deste. 
Assim, na celebração da santa Missa, onde estão consignados a maior parte dos nossos dogmas, a Igreja se preocupou com o uso de língua vulgar e, genericamente, nunca a recomendou, - até, no Concílio de Trento, a proibiu - para evitar o grave inconveniente do surgimento de erros doutrinários, que poderiam advir das variações de sentido, comuns na linguagem viva.



P206. Inicialmente, que línguas foram empregadas na celebração da santa liturgia?

R. Nos tempos apostólicos foi utilizado o siríaco, idioma de Jerusalém de então, como o grego e o latim, muito divulgadas naquela época, as quais foram conservados como língua litúrgica, mesmo quando deixaram de ser utilizadas vulgarmente. Assim como no quirógrafo da Cruz estava escrita a sentença de morte de Cristo em latim , grego e hebraico - Jesus Nazareno Rei dos Judeus - assim, na Missa, que renova o sacrifício do Calvário, a Igreja usa palavras em latim, grego e hebraico.



P207. A Igreja do Oriente e do Ocidente utilizaram a mesma língua na celebração da santa liturgia?

R. Não. A Igreja do Oriente utiliza, até hoje, tanto o grego antigo como o moderno, enquanto a Igreja do Ocidente adotou o latim, que era a língua mais usual e mais universal.



P208. Que outros inconvenientes traria o uso da língua vulgar na celebração dos mistérios litúrgicos?

R. Além dos já apontados, quem não compreende que seria necessário multiplicar a publicação dos livros sagrados, não só para cada povo, mas para cada idioma de cada nação, e em todos os dialetos de cada língua; que seria necessário substituir as palavras conforme elas tomassem outro sentido ou se tornassem ridículas e inconvenientes; que a expressão da doutrina se alteraria infalivelmente em todas estas correções (lex orandi, lex credendi); que os fiéis que se deslocassem de uma província, ou de um país para outro, não entenderiam, absolutamente, nada; que poderiam ser introduzidos costumes e atitudes locais, quebrando a universalidade de expressão do sacrifício; e que, si se utilizassem línguas modernas, sem submetê-las às suas alterações e aos perigos delas provenientes, com o tempo voltaria a surgir a dificuldade que se pretendia solucionar, pois a própria língua pátria chegaria a ser ininteligível, como acontece, por exemplo, com o castelhano antigo? Em suma, o uso do latim na Liturgia favorece a unidade da Igreja. O uso do vernáculo na Missa, além dos inconvenientes já apontados, de certo modo, faria da Liturgia da Igreja, uma torre de Babel.



P209. Por que a Igreja conserva o uso do latim em seus ofícios litúrgicos?

R. A Igreja conserva em seus ofícios, e com suma prudência, sua antiga linguagem para manter e preservar, não só a unidade e a universalidade do santo sacrifício em si, mas também a doutrina nele contida e por ele ensinada, que é uma, invariável e eterna, como o próprio Deus que a instituiu. Os fiéis, que facilmente dispõem de traduções, e que recebem explicações em língua vulgar, com o constante e contínuo acompanhamento da liturgia em latim, irão se familiarizar com os textos sagrados e o entenderão perfeitamente. Ademais, o culto divino, em língua vulgar, perderia algo de sua misteriosa dignidade, por cuja única razão não seria, de forma alguma, conveniente que a Missa fosse celebrada em língua vulgar.

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