







Dia 26 de Julho de 2009, 10h30 da manhã, região de Interlagos, zona sul de São Paulo – SP. Um local simples, humilde, periferia, havia todos os fatores que alguém possa elencar “com autoridade” para não celebrar
Em uma bela iniciativa pastoral, o Pe. Tiago Roney Sanxo, pároco da Igreja de S. Joaquim e Sta. Ana, se propôs a celebrar uma vez ao mês
No dia dos padroeiros, ele fez a missa inaugural. Tendo ela sido celebrada pelo Pe. Renato Leite (padre diocesano de Sto. Amaro também) em latim e versus Deum - ou ad Orientem -, essa missa foi um primor litúrgico. Tendo o Kyriale cantado em canto gregoriano e diversas partes também (o Pai Nosso, as respostas ao sacerdote), ela primou pela beleza.
Essa missa teve tudo o que teria direito. Usando uma linda casula romana toda dourada, ele entra com uma comitiva de acólitos. O perfume do incenso toma toda a igreja. Vimos as leituras e a oração dos fiéis e após o Evangelho ser lido, fomos premiados com um lindo sermão sobre o valor do sofrimento. Algo raro hoje. Enquanto muitos (ou quase todos) querem regar um “evangelho” adocicado, o Pe. Renato teve o brio de não maquiar a real mensagem de Cristo.
Depois cantamos o Credo e começou a consagração. Foi usado o Cânon Romano (Oração Eucarística I). Após a consagração, teve lugar a comunhão. Todos comungaram de joelhos e na boca – antiga tradição da Igreja e jamais abandonada – em profunda reverência. Não houve profanações ali, ao contrário, viu-se ali um resgate da identidade litúrgica da Igreja.
Ah, mas e o argumento de que as pessoas não participam, que não entendem o latim, etc? Ficou provado que era falso. As pessoas amaram a missa, participaram sim. Porém participar não é igual a sair dançando. Que o Pe. Tiago seja muito abençoado nessa iniciativa dele para seus paroquianos, levando-os a conhecer a real tradição litúrgica da Igreja.
Vídeo da Oração Eucarística I (Cânon Romano):
Fotos: