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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Altar de Nossa Senhora Aparecida em Roma

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Na Basílica de São Joaquim em Roma, encontra-se um Altar dedicado à Nossa Senhora do Brasil, padroeira do Brasil. A Igreja foi construída em homenagem ao Papa Leão XIII no seu 50º aniversário de Ordenação Sacerdotal. Oxalá que se espalhassem pelo Brasil réplicas deste Altar!




(No Vitral acima se encontra o Anjo da Guarda do Brasil cultuado e festejado solenemente durante o período do Brasil Monárquico) 















Novo brasão Papal: volta o uso da Tiara

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Ontem estive na praça de São Pedro para o Ângelus com o Santo Padre. Fiquei surpreso ao ver na janela do Palácio Apostólico um Escudo diferente... depois ao voltar no seminário procurei encontrar uma foto que mostrasse mais de perto.
Eis ai:



Viva o Santo Padre, o Papa bento XVI!!!
O Doce CRISTO na Terra!

O Novo Brasão foi projetado por Atelier Ferrara Ars Regia e pode ser visto neste vídeo:

domingo, 10 de outubro de 2010

Solenidade externa da Exaltação da Santa Cruz, em mosteiro austríaco

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No Domingo que segue à Festa da Exaltação da Santa Cruz, o mosteiro cisterciense de Heiligenkreuz (justamente, Santa Cruz), na Áustria, celebra a sua solenidade externa.

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Neste ano, a festa foi particularmente solene. Após a Santa Missa Pontifical, celebrada com canto gregoriano e em latim, na forma ordinária, o que se nota pela presença de concelebrantes em casula, fez-se uma procissão com a relíquia da Vera Cruz (sim, relíquia autêntica da verdadeira Cruz onde Cristo pendeu por nossa salvação). O Cardeal Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, presidiu a Pontifical, ao lado do abade, D. Gregor Henckel-Donnersmarck, OCist, e de sacerdotes do mosteiro, e, após, carregou a relíquia com pluvial e umeral vermelho (próprio para as relíquias da Cruz e dos mártires).

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Abaixo, algumas fotos, tiradas da internet:

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Visão da igreja preparada para a Missa Pontifical

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D. Bernhard Vošicky, OCist, carrega as relíquias para a Missa

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O abade recebe o Cardeal Schönborn

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Aspersão da água benta no rito da recepção de Prelado

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Procissão para a Missa

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O rito da paramentação pontifical no altar, facultativo na forma ordinária

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Dom Abade mostra o relicário da Vera Cruz

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Início da procissão final com a relíquia

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Adoração (relativa) à relíquia da Cruz

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O Cardeal dando a bênção de despedida

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O rito cartuxo

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A Ordem Cartusiana, ou Ordem Cartuxa, fundada por São Bruno, é uma das mais rigorosas da Igreja, e muitos santos e beatos saíram de seus silenciosos claustros.

Nem todos sabem, por conta do sacro mistério que envolve esse instituto religioso tão importante para a nossa vida espiritual, mas os cartuxos possuem um rito próprio para a celebração de sua liturgia. O chamado rito cartuxo difere, pois, do romano, quer em sua forma ordinária, quer na extraordinária - que com ele convivia nos primórdios da Ordem.

Basicamente, o rito cartuxo é um desenvolvimento do antigo rito lionês, praticado na região francesa onde a primeira Cartuxa - assim se chamam seus mosteiros - se instaurou.

Alguns aspectos desse rito, diferenciando-o do rito romano, serão por nós abordados no presente e despretensioso artigo, que publicamos nesta semana em que celebramos a memória de São Bruno, fundador da Ordem.

A Missa conventual é sempre cantada. Antes da mesma, como que formando parte do rito, há uma adoração do Santíssimo Sacramento, diante do qual se canta a Ladainha de Todos os Santos, incluindo o nome do fundador, São Bruno. Essa adoração se faz sem ostensório, dado que é um objeto desconhecido da liturgia cartusiana.

Durante a Missa, mesmo a cantada e conventual, não há acólitos. Não há, como no rito romano tradicional, três tipos básicos - rezada (simples), cantada e solene -, e sim apenas a privada (rezada, simples), e a conventual (que é sempre cantada e solene). Na Missa cantada, solene, conventual, o sacerdote celebrante é ajudado por um diácono, mas sem subdiácono e, como dissemos, sem acólitos. A simplicidade é marca da Ordem e se reflete também na liturgia. Não é uma Missa para o fausto e o esplendor, ainda que eles sejam legítimos, e isso porque suas igrejas são fechadas. Ninguém penetra na solidão da Cartuxa, nem para assistir Missa. O Santo Sacrifício é parte de seu silêncio, de sua espiritualidade, misto de cenóbio e eremitério...

Pois bem, nessa Missa conventual, com diácono, há diferenças para com o rito romano. O diácono, por exemplo, não usa dalmática nem alva, cíngulo ou amito. Ele está trajado somente com o hábito religioso cartuxo e uma túnica, sem qualquer paramento. Quando vai cantar o Evangelho, o diácono põe uma estola por cima de seu hábito, retirando-a depois dessa cerimônia. É uma tradição curiosa, bastante distinta de nossa liturgia romana a que estamos acostumados. No Ofertório, sem a estola, o diácono, por cima do hábito, veste uma espécie de véu umeral menor, chamado de syndon. Ele não coloca o vinho no Cálice no Ofertório, nem o padre o faz, pois já foi feito no início da Missa, como no rito dominicano e em ritos orientais. Ademais, no Ofertório, as oblatas do pão e do vinho são cobertas com um corporal: não há pala sobre o cálice, mas um corporal.



O diácono só entra no presbitério quando for desempenhar suas funções. Fora disso, permanece no coro.

O subdiácono também não fica no presbitério, permanecendo no coro, de cujo meio, sem qualquer paramento, revestindo-se apenas do hábito, canta a Epístola. Aliás, a igreja cartuxa tem apenas coro e presbitério, sem nave, pois não há fiéis que não os monges.

Vejam o subdiácono cantando a Epístola aqui:



Nas leituras, aliás, em certas festas, os cartuxos utilizam três leituras, como no rito romano moderno. Aliás, também como no rito moderno, o cartusiano termina com o "Ite, Missa est", e não como, no rito tridentino, com a bênção. Isso parece demonstrar o costume medieval, antes da codificação de São Pio V, e que foi retomado, sabiamente, pela comissão pós-conciliar que reformou a liturgia romana.

Durante a Comunhão, os monges recebem a Sagrada Eucaristia exclusivamente consagrada naquela Missa a que assistem. A reserva eucarística no tabernáculo, que contém apenas três hóstias pequenas, é para adoração e para os monges enfermos que não podem assistir Missa conventual. Desse modo, nunca se usam, para a Comunhão na Missa, as hóstias da reserva. Os monges comungam na boca, mas permanecem de pé. Como também estão de pé durante a Consagração.

É comum a postura do celebrante in modum Crucifixi, como forma de salientar o caráter sacrifical da Missa, como na imagem a seguir, atual e bem representativa do despojamento da liturgia cartuxa:



Durante a Missa, o sacerdote celebrante usa, por cima de seu hábito, o amito, a alva, o cíngulo, o manípulo, a estola, que nunca é cruzada - no que difere da forma extraordinária do rito romano -, e a casula. Quando está na sede (cadeira), usa um gremial. A vestição dos paramentos é feita diante do altar e não em uma sacristia, no que aproxima a Missa conventual cartuxa da Missa pontifical romana.

Os beijos cerimoniais são distintos de ambas as formas do rito romano: o padre beija o altar apenas no início e no fim da Missa, bem como no Credo cantado - na parte "Et homo factus est" -, no Supplices, e antes de beijar o instrumentum pacis, caso o Abraço da Paz seja distribuído entre os monges. Também se beija o Evangeliário, depois de cantar o Evangelho e, ao contrário do rito tridentino, isso se dá mesmo nas Missas de Réquiem.

O Asperges, feito aos Domingos, como no rito romano, é cantado não depois da Tércia e antes da Missa, mas antes mesmo da Tércia. Daí que a Missa conventual diária tem, como preparação, a adoração ao Santíssimo, a ladainha, a Tércia e a vestição; e a Missa conventual dominical, a adoração ao Santíssimo, a ladainha, a vestição, o Asperges e a Tércia.

O canto gregoriano cartuxo é bem menos elaborado, em suas melodias, do que o romano e beneditino. Para o Kyrie, por exemplo, há apenas três melodias, e para o Gloria somente duas. Falando em Gloria, uma das frases está invertida, sem tomarmos por referência o rito romano: em vez de "propter magnam gloriam tuam", o rito cartuxo traz "propter gloriam tuam magnam".

O Confiteor é cantado em reto tom, ao contrário do rito romano tradicional, em que é recitado - mas parecido com o rito romano moderno, em que pode ser cantado, semelhantemente à Missa Pontifical em qualquer das formas. Em vez de "mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa", o texto do Confiteor cartusiano dispõe, e apenas uma vez, "mea culpa per superbiam". Após o Confiteor, como parte das Orações ao Pé do Altar, o sacerdote reza um Pater Noster e uma Ave Maria.

A duplicidade de orações na Missa cantada (enquanto o coro, diácono ou subdiácono cantam uma parte, o sacerdote rezaria a mesma parte em vox submissa), característica das rubricas tradicionais do rito romano, inexiste na liturgia cartusiana.

Há diferenças, enfim, no Calendário Litúrgico, nos Próprios e suas antífonas, no Lecionário, nos sinais-da-cruz durante a Missa, e também na Liturgia das Horas. Desta última, a mais característica, é que cada Ofício é rezado duas vezes: uma conforme o dia, e outra, em seguida, tirada do Ofício da Bem-aventurada Virgem Maria. Assim, há duas Laudes, duas Vésperas, duas Completas etc. Ademais, os textos do Próprio, do Saltério e do Ordinário da Liturgia das Horas são diferentes do disposto no Breviário Romano.

Outra distinção, própria do rito, é que nas profissões religiosas solenes das monjas cartuxas, elas são revestidas de estola e de manípulo, conforme se vê na imagem a seguir:



No jubileu monástico, a religiosa cartuxa voltará a usar esses paramentos, bem como quando for velada e enterrada. Alguns vêem nessa prática um resquício da antiga cerimônia de instituição de diaconisas - as quais, entretanto, não recebiam o sacramento da Ordem, sendo antepassadas das religiosas de vida ativa.

Após a Missa, o sacerdote celebrante se prostra diante do altar, e faz sua ação de graças desse modo, durante quinze minutos. São quinze minutos de prostração, com um significado penitencial profundíssimo.



Ainda na questão dos paramentos, o pluvial é desconhecido dos cartuxos.

Enfim, quem quiser, pode ler o texto, em latim, do Ordo Missae cartuxo, que pode ser baixado, em formato Word, aqui.

A Missa privada é celebrada, por cada padre, após ter assistido a Missa conventual, e é sempre combinada com a hora canônica de Tércia.

Cabe lembrar que, após a reforma de Paulo VI em relação ao rito romano, o rito cartuxo também foi levemente modificado, a partir de 1981. As três novas Orações Eucarísticas, por exemplo, podem hoje ser usadas pelos cartuxos, porém apenas nas Missas "privadas", i.e., celebradas pelos padres do mosteiro com a presença de apenas um assistente ou sem ninguém. A Missa conventual diária, celebrada normalmente pelo prior, continua a usar apenas o Cânon Romano tradicional. Outra pequena modificação, após o Vaticano II, foi a introdução de novos santos e festas no calendário. A palavra "omissione" foi acrescida no Confiteor, como no rito romano moderno.

Algumas imagens dos cartuxos na Missa e na Liturgia das Horas:
















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