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sábado, 17 de dezembro de 2011

Partituras das Antífonas do Ó

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O Revmo. Pe. Paulo Ricardo publicou em seu site as partituras gregorianas das Antifonas Maiores do Advento, as Antífonas do Ó, por conta de uma aula ao vivo que deu sobre este assunto (as aulas ao vivo são de acesso exclusivo para assinantes do site, de modo que seu conteúdo não ficará aberto a todos) (atualização: a aula ao vivo foi liberada para não-assinantes).

Trago novamente uma explicação sobre estas antífonas, que já publicamos aqui e retiramos da Wikipédia:
As Antífonas do Ó são sete antífonas especiais, cantadas no Tempo do Advento, especialmente de 17 a 23 de dezembro antes e depois do Magnificat, na hora canônica das Vésperas. São assim chamadas porque tem início com esse vocativo e foram compostas entre o século VII e o século VIII, sendo um compêndio de cristologia da antiga Igreja, um resumo expressivo do desejo de salvação, tanto de Israel no Antigo Testamento, como da Igreja no Novo Testamento. São orações curtas, dirigidas a Cristo, que resumem o espírito do Advento e do Natal. Expressam a admiração da Igreja diante do mistério de Deus feito Homem, buscando a compreensão cada vez mais profunda de seu mistério e a súplica final urgente: «Vem, não tardes mais!». Todas as sete antífonas são súplicas a Cristo, em cada dia, invocado com um título diferente, um título messiânico tomado do Antigo Testamento (Antífonas do Ó: O antigo e o novo na oração litúrgica do advento. - São Paulo: Paulinas, 1997. ISBN 85-356-0021-3).
Para acessar as partituras, visitem este link.

Para as letras e a música de cada antífona, indico nossas postagens anteriores sobre este assunto:



ATUALIZAÇÃO: A aula ao vivo do Revmo. Pe. Paulo Ricardo está disponível também para não-assinantes.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Excerto de Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

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"Toda a alma humana é um templo de Deus e só isso abre-nos uma perspectiva vasta e absolutamente nova. A chave para entendermos a oração da Igreja é a vida em oração de Jesus. Ele participou no serviço divino e na liturgia do Seu povo [...] e conduziu a liturgia da Antiga Aliança até ao seu cumprimento na Nova Aliança." (A Oração da Igreja)

A Igreja não pode impôr aos fiéis uma disciplina nociva

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Comentário do sempre atento Jorge Ferraz, em seu excelente Deus lo vult, a partir de uma postagem do Fratres in Unum:

O Fratres in Unum publicou um interessante texto do Revmo. pe. Élcio sobre a infalibilidade da Igreja referente a decretos disciplinares e leis litúrgicas. Eu li o texto e, ao lê-lo, imediatamente me viera à mente o fato (aparentemente negligenciado pelo sacerdote) de que a Igreja não pode, absolutamente, impôr aos fiéis uma disciplina nociva. É este, em suma, o cerne do problema sobre o Novus Ordo: ele pode perfeitamente ser melhor ou pior ou do que o Missal anterior, mas não pode ser herético, heretizante, protestantizante ou coisa do tipo. É exatamente esta posição que eu venho mantendo há anos.

O Felipe Coelho expôs lá no Fratres esta distinção, com a qual não posso senão concordar [com a distinção, frise-se, e não com a posição sedevacantista tomada a partir dela] e que me permito citar: «Assim, uma liturgia pode ser mais ou menos prudente, claro, mas me parece que teólogo nenhum jamais disse que poderia ser imprudente; e, como quer quer seja quanto a isto, tenho certeza de que tanto os teólogos quanto o Magistério concordam em ensinar que uma liturgia universal não tem como ser nociva aos fiéis!». Como eu já disse antes, as discussões sobre o Vaticano II [e as reformas que se lhe seguiram, em particular a Missa de Paulo VI] são um problema inexistente: ou o Concílio é Concílio e, portanto, é ortodoxo (cabendo discutir a sua interpretação, mas partindo do pressuposto da sua ortodoxia); ou é herético e, portanto, não é Concílio e as pessoas que o convocaram, aprovaram e ratificaram incontáveis vezes não são Papas.

A Igreja, na verdade, atravessa uma crise terrível que só faz piorar quando potenciais bons católicos desperdiçam suas energias lutando em frentes erradas. Há incontáveis inimigos verdadeiros aos quais urge fazer guerra, ao invés de se atirarem pedras nos que – bem ou mal – estão ajudando na restauração católica (quando menos pelo fato de não lhe resistirem). Há uma diferença – que nem é tão sutil assim – entre discutir questões teológicas e autonomear-se arauto da Grande Apostasia eclesiástica. Os que tomam esta segunda opção deveriam repensar a sua própria atuação na Igreja. Porque, sinceramente, já temos problemas demais.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Ordinariato para ex-anglicanos na Austrália já tem nome… E no Brasil?

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O Ordinariato inglês tem por nome Nossa Senhora de Walsingham. Cogita-se que o americano será Nossa Senhora da Expiação (ou da Reparação, conforme outra tradução para Atonement). O australiano levará a denominação de Nossa Senhora do Cruzeiro do Sul, a constelação que figura na própria bandeira da Austrália.

E no Brasil? O Salvem a Liturgia tem notícia de alguns anglicanos de formação anglo-católica que estariam interessados em se converter e pedir plena comunhão com o Papa, mantendo seu patrimônio espiritual próprio, nos termos da Anglicanorum Coetibus. Comenta-se de membros da IEAB – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil –, que é a província brasileira da Comunhão Anglicana, ligada a Cantuária, mas também se sabe que há grupos chamados “continuantes” ou “independentes” que nutrem teologia, espiritualidade e liturgia anglo-católicas. A IEAB, no Brasil, é majoritariamente Broad Church – liberal –, com parcela considerável de Low Church – tendências mais protestantizadas – e mesmo os grupos High Church o são apenas em espiritualidade e liturgia, mantendo uma teologia que navega entre o liberalismo e o protestantismo: os High Church puros são poucos, e mais reduzidos ainda aqueles que poderiam se interessar em sair da IEAB e migrar para o catolicismo romano.

Mas e os incontáveis grupos anglicanos “fora de Cantuária”, como a Igreja Anglicana do Brasil (IAB)? Há, na IAB, inclusive um mosteiro de recente fundação (Arquiabadia de Santa Cecília), cujos monges e prior (hoje elevado a Bispo e Abade anglicano) eram católicos e, no tempo de sua comunhão com Roma, executaram peças gregorianas e polifônicas em meu casamento, em 2008, na Catedral Metropolitana de Pelotas. O que dizer da IAB? E da Igreja Anglicana Tradicional do Brasil (IATB)? E da Diocese do Japi, membro da Comunhão Anglicana Independente Mundial (The Anglican Independent Communion Worldwide - AICW)?

Um Ordinariato para ex-anglicanos brasileiros seria um bem enorme não só para as almas dos que entenderam que para seguir a Cristo é preciso estar submisso ao Vigário do mesmo Cristo, como para todos nós, sedentos de uma liturgia bem feita e conforme a sadia tradição eclesiástica…

Palavras do Núncio: o Motu Proprio para redescobrir o sentido da liturgia

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Do Paix Liturgique:

Embaixadores da Santa Sé por todo o globo, ao mesmo tempo que representantes do Papa junto das igrejas locais, os núncios apostólicos estão geralmente tão ocupados com as suas obrigações que até nos esquecemos que eles são também, e antes de mais, pastores. A recente nomeação de Bento XVI do arcebispo americano Thomas E. Gullickson como núncio apostólico na Ucrânia — um posto delicado tendo em conta as relações com o mundo ortodoxo — dá-nos o ensejo para pormos em destaque um destes homens de igreja que tão frequentemente são para nós uns desconhecidos.

Núncio apostólico nas Antilhas britânicas desde 2004 (Bahamas, Jamaica, Trinidad, Tobago, etc.), durante esta sua estadia nas Caraíbas, Mons. Gullickson manteve um blog muito interessante, alimentado pelas suas homilias dominicais, as suas leituras e as suas reflexões espirituais e litúrgicas. Neste seu blog, intitulado “Island Envoy”, Mons. Gullickson tratou em várias ocasiões do motu proprio Summorum Pontificum.

No texto que se segue, publicado no Verão passado, por ocasião do termo dos três anos de experiência do motu proprio, ele comenta os três objectivos perseguidos pelo Papa por meio da publicação do Summorum Pontificum. Estes três objectivos foram assim resumidos pelo canonista alemão Gero Weishaupt:
a) uma resposta aos sinais dos tempos e um regresso à normalidade;
b) o enriquecimento recíproco dos missais de 1962 e de 1970;
c) a reconciliação no interior da Igreja.


O TEXTO DE MONS.GULLICKSON

Volvidos que são três anos desde a publicação do Summorum Pontificum, será que a situação litúrgica da Igreja está hoje melhor? Que tipo de exposição à liturgia antiga poderá levar à realização destes objectivos? Será que os três objectivos descritos por Weishaupt fazem justiça aos que foram fixados pelo Santo Padre na sua carta aos bispos de 7 de Julho de 2007? A defesa da verdade e a promoção da justiça, assim como o respeito pela continuidade que deve existir em matéria de tradição litúrgica da Igreja, parecem-me dever impor-se como as prioridades mais evidentes que resultam da leitura da carta do próprio Santo Padre.

(…) Aquilo que Weishaupt quer dizer com o seu primeiro objectivo está certamente de acordo com as palavras do Papa, mas ainda fica aquém da expressão usada pelo Santo Padre: mais do que falar de “sinais dos tempos”, ele deveria fazer uma referência clara à correcção dos abusos litúrgicos. Se falarmos de um regresso à normalidade, parece que estamos a passar ao lado da questão, pois tudo depende da normalidade que procuramos. Nem é preciso dizer que a reconciliação (objectivo c) está fundada num respeito mútuo profundo, mas é algo mais complicado do que isso.

Mais do que a expressão lacónica “enriquecimento recíproco”, penso que temos de citar por inteiro as palavras do Santo Padre relativas aos abusos e ao mal-estar geral que, na celebração “de facto” da forma ordinária ao longo de quarenta anos, muitas vezes, e vezes de mais, foram entravando a adoração em espírito e verdade, e que foram fonte de confusão e desânimo para os católicos. Gostaria de sublinhar em particular a esperança expressa pelo Papa para a liturgia nova: «A garantia mais segura que há de o Missal de Paulo VI poder unir as comunidades paroquiais e ser amado por elas é celebrar com grande reverência em conformidade com as rubricas; isto torna visível a riqueza espiritual e a profundidade teológica deste Missal.»

O Summorum Pontificum constitui seguramente um ponto de referência na luta em prol de uma expressão litúrgica completa e correcta na Igreja. Poderíamos descrevê-lo como um meio de persuasão doce, um elo de contacto, uma introdução. Ele não pode funcionar como veículo único da reforma, porque a verdade impõe que se exponha de maneira contínua e constante os abusos litúrgicos que continuam a emperrar o culto vernacular quanto à sua expressão completa e adequada. Somente um regresso ao “usus antiquor” como forma ordinária poderia eliminar os abusos dum só golpe, mas não foi essa a intenção do Papa. Bento XVI não dispensou os seus irmãos bispos de se mostrarem vigilantes nos seus esforços de reforma; não dispensou os sacerdotes de ensinarem aos seus fiéis o modo adequado de celebrar; ele veio exortar os músicos e os artistas a fazerem esforços conscienciosos a fim de serem restaurados os laços com a tradição a que nos devemos ater.

O culto divino é mais do que uma reunião de oração, é muito mais do que um exercício espiritual. Os parâmetros do culto celeste e a tradição que nos chega dos apóstolos condicionam o carácter sublime e a gravidade que são próprios do sacrifício eucarístico e de tudo que dele deriva. (…)

Ontem, ao meditar sobre os mistérios luminosos do terço, veio-me à mente o pensamento de que, de certa maneira, estes mistérios são muito eucarísticos, ou que poderiam ser tratados como tal para fins de meditação. Foram as Bodas de Canaã, em particular, a falarem-me da aplicação do Summorum Pontificum e de toda a questão da reforma da liturgia em língua vernácula: só os criados que tinham trazido a água sabiam o que se passava, o que não impede que o Evangelho faça da transformação da água em vinho por Nosso Senhor, a pedido de Sua Santa Mãe, o Seu primeiro sinal público.

Estou resolvido a prosseguir o humilde trabalho de enchimento das ânforas, e vou fazê-lo dando o bom exemplo quando celebro, e, mais particularmente, através da adoração “ad orientem”. Que o Senhor conceda a todos quantos trabalham por um culto bem ordenado e piedoso a possibilidade de mudar os corações e os espíritos. A liturgia tradicional continua a conquistar os corações e os espíritos dos jovens, ao passo que os desempenhos por vezes banais e pretensiosos da forma ordinária levam outros ao desespero. A Nosso Senhor devemos o melhor, e também aos seus filhos no seio da Igreja, por amor à salvação das almas.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Recital de alunos em Campinas apresenta canções marianas

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Há algum tempo, publicamos aqui um artigo a respeito do CEMULC – Curso de Extensão em Música Litúrgica de Campinas –, elogiando a feliz iniciativa da Arquidiocese de Campinas em promover este curso e que, desde 2007, vem trazendo, ainda que aos poucos, excelentes frutos. Como residente em Campinas, posso acompanhar a progressiva melhora na criteriosidade de algumas paróquias e comunidades paroquiais ao escolher e preparar o canto litúrgico.

Hoje destacamos um desses frutos, a saber, o recital de fim de ano preparado pelos alunos do CEMULC, realizado dia 28 de novembro na Paróquia Divino Salvador, Cambuí-Campinas/SP. Num ambiente onde a beleza e a sobriedade próprias ao rito têm sido deixadas de lado, o repertório escolhido surpreende. É gratificante assistir aos alunos executando peças em latim, a 4 vozes, ainda que bastante simples (aliás a simplicidade nesse caso é um fator positivo, uma vez que a aplicação pastoral e a indrodução das músicas na liturgia são favorecidos).

Nesse tempo do Advento, a Liturgia celebra frequentemente e de modo exemplar a Bem-aventurada Virgem Maria. Inseridos dentro desse tempo litúrgico, o recital dos alunos do CEMULC desse ano presta sua homenagem à Mãe de Deus e nossa Mãe, apresentando um repertório todo dedicado a ela.

Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós!


Seguem algumas fotos e vídeos de músicas apresentadas no recital:






Alunos de canto da profa. Beatriz Benesi apresentam uma peça polifônica “Ave Maria” de Franz Liszt, em latim.

Alunos de canto do prof. Virgílio Solli apresentam a peça “Tota Pulchra es Maria”, famoso cancioneiro franciscano do séc. XVI, em latim.

Alunos da disciplina de Canto Gregoriano (4º ano) cantam a Salve Regina.

Alunos da disciplina de Laboratório de Prática Musical (5º ano) cantam a peça “Rainha dos céus”, de Fr. Acílio Mendes, em português.

Alunos da disciplina de Canto Coral (3º ano) cantam a peça “Ó Mãe do Redentor”, do Pe. José Alves, em português e uníssono, conforme o texto da antífona mariana para o Advento.


Destaco os dois seguintes vídeos, que contaram com a participação do Coro da Arquidiocese de Campinas e dos alunos do Prof. Clayton Dias, coordenador geral do curso:


Alunos de canto do Prof. Clayton Dias apresentam a peça Ave Regina Caelorum, de Giovanni Legrenzi


Coro da Arquidiocese de Campinas canta a peça "Sub ttum praesidium", de Mons. Marco Frisina

O repertório completo encontra-se disponível para visualização no blog do CEMULC.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Convite: Missa pelo centenário da Universidade Federal do Paraná

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Convidamos a todos para a Santa Missa pela abertura do centenário da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que será celebrada por Sua Excelência Reverendíssima, Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo de Curitiba, na Capela da Reitoria da UFPR, às 19 horas no dia 16 de dezembro de 2011, sexta-feira.
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