Nossos Parceiros

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Dom Rifan confirma fiéis segundo o rito tradicional em São Paulo

View Comments

Sua Excelência Reverendíssima Dom Fernando Arêas Rifan esteve no sábado, 04 de agosto, em São Paulo para confirmar 23 fiéis da Capela Sta. Luzia segundo o rito tradicional. A cerimônia aconteceu na Igreja de Nossa Senhora do Líbano, no bispado maronita em SP. Oficiaram, juntamente com Dom Rifan, o Pe. Jonas Lisboa, o cura dos fiéis da Sta. Luzia, e o Pe. José Henrique, da diocese de Anápolis.

Para um relato mais detalhado, remeto ao blog da Juliana F. Ribeiro Lima, que nos cedeu as fotos que seguem.
































terça-feira, 7 de agosto de 2012

Dedicação da Igreja e do Altar da Capela Santo Inácio

View Comments
Aos cinco de agosto de dois mil e doze, S.E.R. Dom Antonio Carlos Rossi Keller, presidiu missa solene da dedicação da igreja e do altar da capela Santo Inácio em Frederico Westphalen - RS.

A santa missa foi celebrada na forma ordinária do rito romano, em lingua vernácula, foram utilizados os formulários proprios para a missa de dedicação como prevê o Pontifical Romano, tendo em vista que estamos no tempo comum e há portanto a possibilidade de celebrar a missa propria deste rito.

Concelebraram: Rev. Mons. Leonir Fainello (Paróco da Catedral); Rev. Côn. Jacson Pinheiro (Chanceler do Bispado); Rev. Pe. Evandro Lazarretti (Reitor do Seminário Beatos Manuel e Adilio - Filosofia) e Rev. Pe. Pedro Ligowski.

Note-se a solenidade e sacralidade, deste tão belo rito, no qual se dedica a Igreja, templo do Senhor, e o altar, para que ali sejam celebrados dignamente os santos mistérios.

Ainda podemos notar pelos elementos visiveis, o zelo e amor para com a liturgia, seguindo as rubricas para tal celebração: o padre na ocasião que portou o relicario, usando paramentos vermelhos, o senhor bispo de casula romana, dalmatica, manipulo, entre outros elementos como se pode notar nas fotos abaixo.


Crédito das fotos: Seminarista Mauricio Moskva.

































segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A liturgia fonte de vida, de oração e de catequese (CIC 1071-1075)

View Comments



Dos estudos dos consultores do Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice



Os números 1071-1075 do Catecismo da Igreja Católica (CIC) falam da sagrada liturgia como fonte de vida, e da sua relação com a oração e a catequese. A liturgia é fonte de vida, principalmente porque é "obra de Cristo" (CIC, 1071). Segundo, porque "é também uma ação da sua Igreja" (ibid.). Mas entre esses dois aspectos, qual é o mais importante? E, também, o que significa neste contexto a palavra "vida"?
Responde o Concílio Vaticano II: "Da Liturgia, pois, em especial da Eucaristia, corre sobre nós, como de sua fonte, a graça, e por meio dela conseguem os homens com total eficácia a santificação em Cristo e a glorificação de Deus, a que se ordenam, como a seu fim, todas as outras obras da Igreja."(Sacrosanctum Concilium [SC], 10). Compreende-se assim que, quando se diz que a liturgia é fonte de vida, se quer dizer que dela jorra a graça. Com isso, já se respondeu à primeira pergunta: a liturgia é fonte de vida principalmente porque é obra de Cristo, Autor da graça.
Um princípio clássico do catolicismo, no entanto, diz que a graça não tira a natureza, mas a supõe e a aperfeiçoa (cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theologiae, I, 1, 8 ad 2, etc.).Por isso, também o homem coopera com o culto litúrgico, que é ação sacerdotal do "Cristo todo inteiro", ou seja da Cabeça, que é Jesus, e dos membros, que são os batizados. Assim, a liturgia é fonte de vida também enquanto ação da Igreja. Justo em quanto obra de Cristo e da Igreja, a liturgia é "ação sagrada por excelência" (SC 7), doa aos fiéis a vida de Cristo e requer a sua participação consciente, ativa e frutuosa (cf. SC, 11). Aqui se compreende também a ligação da sagrada liturgia com a vida de fé: podemos dizer “da Vida à vida”. A graça que nos é dada por Cristo na liturgia exige uma participação vital: "A Sagrada liturgia não esgota toda a ação da Igreja" (SC, 9), na verdade, " Deve ser precedida pela evangelização, pela fé e pela conversão, e só então pode produzir os seus frutos na vida dos fiéis "(CIC, 1072).
Não é por acaso que, no momento de recolher os escritos litúrgicos de J. Ratzinger em um único volume, intitulado Teologia da Liturgia, se pensou expressar uma das intuições fundamentais do autor acrescentando o subtítulo: A fundação sacramental da existência cristã. É uma tradução em termos teológicos do que Jesus disse no Evangelho com as palavras: "Sem mim, nada podeis fazer" (Jo 15.5). Na liturgia nós recebemos o dom daquela vida divina de Cristo, sem a qual não podemos fazer nada de válido para a salvação. Assim, a vida do cristão não é senão uma continuação, ou o fruto da graça que é recebida no culto divino, especialmente na Eucaristia.
Em segundo lugar, a liturgia tem uma relação estreita com a oração. Mais uma vez, o foco de entendimento dessa relação é o Senhor: " A liturgia é também participação na oração de Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã encontra a sua fonte e o seu termo" (CIC, 1073). A liturgia é, portanto, também, uma fonte de oração. A partir dela, aprendemos a rezar no modo correto. Uma vez que a liturgia é a oração sacerdotal de Jesus, o que podemos aprender dela para a nossa oração pessoal? Em que consistia a oração do Senhor? "Para compreender a Jesus são fundamentais as referências recorrentes ao fato de que ele se retirava “à montanha" e lá orava por noites inteiras, “sozinho" com o Pai. [...] Esta "oração" de Jesus é a conversa do Filho com o Pai em que estão envolvidos a consciência e a vontade humanas, a alma humana de Jesus, de modo que a "oração" do homem possa tornar-se participação na comunhão do Filho com o Pai" (J. Ratzinger/Benedetto XVI, Gesù di Nazaret, I, Rizzoli, Milano 2007, pp. 27-28 [tradução nossa]). Em Jesus, a oração "pessoal" não é distinta da sua oração sacerdotal: de acordo com a Carta aos Hebreus, a oração que Jesus suportou durante a Paixão "constitui a atuação do sumo sacerdócio de Jesus. Precisamente no seu grito, choro e oração Jesus faz o que é próprio do sumo sacerdote: Ele eleva ao alto o trabalho do ser humano junto à Deus. Leva o homem diante de Deus” (ibid., II, LEV, Città del Vaticano 2010, p. 184).
Em uma palavra, a oração de Jesus é uma oração de colóquio, uma oração dirigida na presença de Deus. Jesus nos ensina este tipo de oração: "É necessário ter sempre viva esta relação e reconduzir-vos continuamente aos acontecimentos cotidianos. Vamos rezar mais e melhor quanto mais nas profundezas da nossa alma haja a orientação em direção a Deus "(ibid., I, p. 159). A liturgia, portanto, nos ensina a orar porque nos reorienta constantemente a Deus: "Corações ao alto – O nosso coração está em Deus”. A oração é estar dirigido ao Senhor – e isto é também o sentido profundo da participação ativa na liturgia.
Finalmente, a oração é "lugar privilegiado da catequese [...] em quanto procede do visível para o invisível" (CIC, 1074-1075). Isto implica que os textos, os sinais, os ritos, os gestos, e os elementos ornamentais da liturgia devem ser tais, que transmitam realmente o Mistério que significam e que possam assim serem utilmente explicados dentro da catequese mistagógica. 

domingo, 5 de agosto de 2012

Cardeal Burke: o sacerdote como servidor do rito e a Reforma da Reforma

View Comments
Interessantes comentários do Card. Burke sobre a Liturgia publicados recentemente na ACI Digital (grifos nossos):


DUBLIN, 12 Jul. 12 / 04:25 pm (ACI).- O Cardeal americano Raymond Burke, Presidente da Corte Suprema do Vaticano, a chamada Assinatura Apostólica, explicou que os sacerdotes não devem mudar as orações da Missa posto que eles não são os protagonistas da liturgia, mas sim o próprio Cristo.

Em entrevista concedida ao grupo ACI em Roma, o cardeal explicou que o sacerdote não deve modificar ou acrescentar palavras às orações da Missa considerando que todo presbítero é "um servidor do rito" e "não o protagonista”. O Protagonista, nas palavras do Cardeal Burke “é o próprio Jesus Cristo".

"Então está totalmente equivocado que um sacerdote pense ‘como posso tornar isto (a liturgia) mais interesante?’ ou ‘como posso fazê-lo melhor’?"

O Cardeal norte-americano, um dos colaboradores mais próximos ao Papa Bento XVI, recordou que o Código de Direito Canônico assinala que o sacerdote deve "com precisão e devotamente observar o que está escrito nos livros litúrgicos e assim tomar cuidado para não acrescentar outras cerimônias ou orações de acordo ao seu próprio juízo".

O Cardeal explicou logo que o Código de 1917, modificado pelo de 1983, estabelece que um sacerdote em pecado mortal não deve celebrar Missa "sem antes aceder à confissão sacramental" ou o mais breve possível "no caso de não contar com um confessor", quando a Missa  seja "muito necessária" e tenha feito um ato de contrição perfeito.

"Parece-me que esse cânon de 1917 foi eliminado, mas acredito que deve ser reintroduzido, porque a idéia de dignidade está bem de maneira preeminente para um sacerdote que está oferecendo o sacrifício", disse.

O Cardeal de 64 anos de idade também disse ao grupo ACI que é preciso uma reforma da sagrada liturgia, seguindo o estabelecido pelo Papa Bento XVI e "enraizada nos ensinos do Concílio Ecumênico Vaticano II" assim como "adequadamente conectada com a tradição".

Em sua opinião, isto significa evitar diversas inovações como os "serviços de comunhão" liderados por leigos ou religiosos quando existe uma paróquia sem sacerdote para presidir a Eucaristia dominical.

"Não é bom para o povo participar repetidamente nestes tipos de serviços aos domingos porque perdem o sentido do Santíssimo Sacramento", precisou.

O excesso deste tipo de serviços, acrescentou, pode ser também algo que desalente as ordenações sacerdotais porque com estes serviços um jovem com vocação ao sacerdócio "já não vê ante seus olhos a identidade da vocação à qual está chamado".

Na entrevista com o grupo ACI, o Presidente da Assinatura Apostólica se referiu também à " dúvida" na aplicação de penas canônicas nas décadas recentes e aos "abusos e violações da lei eclesiástica" que se dão no âmbito litúrgico.

Tais sanções, disse o Cardeal Burke, são "primeiramente medicinais" e procuram "chamar a atenção da pessoa sobre a gravidade do que está fazendo para que não o faça mais".

"As sanções são necessárias", acrescentou.

"Se em 20 séculos da vida da Igreja foram necessárias sanções, por que em nosso século de repente devemos pensar que elas não são necessárias? Isso também é absurdo", concluiu.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Por que a liturgia? O que significa liturgia? (CIC 1066-1070)

View Comments


Dos estudos dos consultores do Departamento das Celebrações do Sumo Pontífice


A profissão de fé, abordada na primeira parte do Catecismo da Igreja Católica, é seguida pela explicação da vida sacramental, por cujo meio Cristo está presente e age, continuando a edificação da sua Igreja. Se na liturgia, aliás, não se destacasse a figura de Cristo, que é o seu princípio e está realmente presente para torná-la válida, nem sequer teríamos a liturgia cristã, que depende do Senhor e é sustentada pela sua presença.
Existe, então, uma relação intrínseca entre fé e liturgia, ambas intimamente unidas. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não teria eficácia, pois careceria da graça que alicerça o testemunho dos cristãos. “Por outro lado, a ação litúrgica nunca pode ser considerada genericamente, prescindindo-se do mistério da fé. A fonte da nossa fé e da liturgia eucarística, de fato, é o mesmo acontecimento: o dom que Cristo fez de si mesmo no mistério pascal” (Bento XVI, Sacramentum Caritatis, 34).
Se abrirmos o catecismo na sua segunda parte, leremos que a palavra “liturgia” significa, originariamente, “serviço de e em favor do povo”. Na tradição cristã, significa que o povo de Deus faz parte da “obra de Deus” (CIC, 1069).
Em que consiste essa obra de Deus da qual fazemos parte? A resposta do catecismo é clara e nos permite descobrir a íntima conexão que existe entre a fé e a liturgia: “No símbolo da fé, a Igreja confessa o mistério da Santíssima Trindade e o seu desígnio benevolente (Ef 1,9) para toda a criação: o Pai realiza o "mistério da sua vontade" dando o seu Filho Amado e o Espírito Santo para a salvação do mundo e para a glória do seu nome” (CIC, 1066).
“Cristo, o Senhor, realizou esta obra da redenção humana e da perfeita glorificação, preparada pelas maravilhas que Deus fez no povo da antiga aliança, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada paixão, da ressurreição dentre os mortos e da sua gloriosa ascensão” (CIC, 1067). É este o mistério de Cristo, que a Igreja “anuncia e celebra na sua liturgia a fim de que os fiéis vivam dele e dêem testemunho dele no mundo” (CIC, 1068).
Por meio da liturgia, “exerce-se a obra da nossa redenção” (Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, 2). Assim como foi enviado pelo Pai, Cristo enviou os apóstolos para anunciarem a redenção e “realizarem a obra de salvação que proclamavam, mediante o sacrifício e os sacramentos, em torno dos quais toda a vida litúrgica gira” (ibidem, 6).
Vemos assim que o catecismo sintetiza a obra de Cristo no mistério pascal, que é o seu núcleo essencial. E o nexo com a liturgia se mostra óbvio, pois “por meio da liturgia é que Cristo, nosso Redentor e Sumo Sacerdote, continua na sua Igreja, com ela e por ela, a obra da nossa redenção” (CIC, 1069). Assim, esta “obra de Jesus Cristo”, perfeita glorificação de Deus e santificação dos homens, é o verdadeiro conteúdo da liturgia.
Este é um ponto importante porque, embora a expressão e o conteúdo teológico-litúrgico do mistério pascal devam inspirar o estudo teológico e a celebração litúrgica, isto nem sempre foi assim. “A maior parte dos problemas ligados às aplicações concretas da reforma litúrgica têm a ver com o fato de que não foi suficientemente considerado que o ponto de partida do concílio é a páscoa [...]. E páscoa significa inseparabilidade da cruz e da ressurreição [...]. A cruz está no centro da liturgia cristã, com toda a sua seriedade: um otimismo banal, que nega o sofrimento e a injustiça do mundo e reduz o ser cristãos a ser educados, não tem nada a ver com a liturgia da cruz. A redenção custou a Deus o sofrimento do seu Filho e a sua morte. Daí que o seu exercitium, que, segundo o texto conciliar, é a liturgia, não pode acontecer sem a purificação e sem o amadurecimento que provêm do seguimento da cruz” (Bento XVI, Teologia della Liturgia, LEV, Vaticano, 2010, págs. 775-776).
Esta linguagem conflita com aquela mentalidade incapaz de aceitar a possibilidade de uma intervenção divina real neste mundo em socorro do homem. Por isso, “quem compartilha uma visão deísta considera como integrista a confissão de uma intervenção redentora de Deus para mudar a situação de alienação e de pecado, e este mesmo juízo é emitido a propósito de um sinal sacramental que torne presente o sacrifício redentor. Mais aceitável, aos seus olhos, seria a celebração de um sinal que correspondesse a um vago sentimento de comunidade. Mas o culto não pode nascer da nossa fantasia; seria um grito na escuridão ou uma simples auto-afirmação. A verdadeira liturgia pressupõe que Deus responde e nos mostra como podemos adorá-lo. “A Igreja pode celebrar e adorar o mistério de Cristo presente na eucaristia precisamente porque o próprio Cristo se entregou antes a ela no sacrifício da cruz” (Sacramentum Caritatis, 14). A Igreja vive desta presença e tem a difusão desta presença no mundo inteiro como a sua razão de ser e de existir” (Bento XVI, Discurso de 15 de abril de 2010).
Esta é a maravilha da liturgia, que, como o catecismo recorda, é culto divino, anúncio do evangelho e caridade em ato (cf. CIC, 1070).  É Deus mesmo quem age, e nós nos sentimos atraídos por esta sua ação, a fim de sermos, deste modo, transformados nele.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Parceiros