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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Reforma da reforma no Natal: Forma ordinária com canto gregoriano em paróquia rural do Mato Grosso do Sul

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O distrito de Albuquerque, na zona rural do município de Corumbá, MS, já foi alvo de inúmeras postagens por aqui. Somos entusiastas do que por lá acontece. Alguns fazem bagunça litúrgica em cidades grandes, com toda a estrutura e condições para fazer algo solene, em latim, com boa formação. Acabam desdenhando das facilidades dadas pelo Senhor.

Enquanto isso, uma paróquia não só em uma cidade pequena do Pantanal, mas fora da cidade, na zona rural, dá muitas alegrias a Cristo por seu esforço, longe das ideais condições, em fazer celebrar uma Missa de acordo com a tradição do rito romano, e em estrita fidelidade às rubricas.

Agora publicamos fotos da Missa de Natal, segundo o que nos informa o leitor Roberto Oliveira:

Santa Missa Solene do Natal,celebrada pelo Pároco da Paróquia Imaculada Conceição, Pe. Fábio Vieira. O Ordinário foi cantado a Missa VIII. Também houve o canto solene das Kalendas antes do Glória. Após a Santa Missa, formou-se o cortejo para entronizar a Imagem do Menino Jesus no Presépio, montado no átrio da Igreja Matriz.

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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cada Missa, um preceito

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Nos próximos dias teremos duas Solenidades litúrgicas preceituais para os católicos, a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, e a da Epifania do Senhor. Aproveitamos para lembrar, como já afirmou certa vez a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos ao responder uma consulta a respeito, que não se pode cumprir dois preceitos em uma única Santa Missa.

Assim, o fiel deve cumprir o preceito participando da Santa Missa da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, tanto às Vésperas da Solenidade, na sexta à noite, quanto no dia seguinte durante o dia, pois, já pela tarde se celebra aqui no Brasil a Santa Missa da Epifania do Senhor, esta última não realizando o preceito daquela.

Em meio a tantas festas de fim de ano, que não esqueçamos de dar prioridade Àquele que é o Princípio e Fim de toda a história, e à Sua Mãe Santíssima, por Quem a Salvação entrou no mundo. Cuidemos também de não encarar este doce preceito como uma mera obrigação. Ir à Santa Missa não é somente um dever, mas um direito de quem ama e quer estar com o Amor que se faz alimento de nossa alma!

Fonte: Ignem in Terram

Tijolo por tijolo no Natal: a reforma da reforma em Piratini, RS

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O Pe. Darvan da Rosa, pároco de Nossa Senhora da Conceição, em Piratini, Diocese de Pelotas, RS, amigo e leitor do Salvem a Liturgia, que batizou minha filha, Maria Antônia, e nos concedeu uma entrevista, está implementando, passo a passo, tijolo por tijolo, um aprofundamento na vivência da liturgia em sua igreja. Formando o povo, dando-lhe uma catequese litúrgica adequada, levando os fiéis a uma maior compreensão do mistério celebrado, de acordo com as expressões litúrgicas queridas pelo Papa, e na esteira do que pede o Vaticano II e o Magistério da Igreja, o Pe. Darvan vai ajudando seus paroquianos a ter uma vida íntima com Deus por meio da Missa.

Sempre usando casula, colocando no altar o arranjo benetidino, e trabalhando na questão dos cantos adequados à liturgia, e favorecendo um maior silêncio durante a celebração, vai se tornando o sacerdote um grande apóstolo, em busca das almas mais sedentas em Piratini. O padre é também um mártir do confessionário, se assim podemos dizer: sempre de batina, atende horas a fio a esse santo tribunal em que, cada vez que nos declaramos culpados, saímos absolvidos.

A dedicação do padre e sua fidelidade às normas litúrgicas podem ser vistas nos posts acima.

Na Quinta-feira Santa deste ano, o Pe. Darvan já tinha celebrado em latim, na forma ordinária, e versus Deum, na matriz. Voltou a fazer Missas versus Deum mesmo em português em comunidades rurais, no decorrer do ano. E, como preparação à festa da Imaculada Conceição, celebrou todos os dias da novena em português, mas sempre versus Deum.

Neste Natal, o pároco deu mais alguns passos no processo de formação litúrgica prática de seus fiéis, para conectá-los à grande tradição de nosso rito romano e fazê-los ter mais unidade com a Igreja Universal: celebrou, embora versus populum, a Missa da Noite (“Missa do Galo”), na matriz, em português mesmo, mas com o Prefácio e a Oração Eucarística I (Cânon Romano) cantados em latim. Para melhor participação dos fiéis, distribuiu aos seus fiéis folhetos, preparados por nossa equipe do Salvem a Liturgia, em que os textos latinos estavam lado a lado com a tradução em português oficial da CNBB.

Já na Missa do Dia, no mesmo Natal, o Pe. Darvan celebrou, em uma comunidade de bairro em Piratini, integralmente em português, porém versus Deum.

Uma pena eu estar sem máquina fotográfica (deixei-a em Santa Vitória do Palmar), e meu smartphone ter tirado fotos bem ruins que não valem a pena ser postadas. Na Missa da Noite, que foi a que eu assisti com a Aline, minha esposa, o padre cantou em um belo e fluente latim, afinadamente, e contou com o auxílio de dois coroinhas de batinha vermelha e sobrepeliz. Usou abundamentemente o incenso, e portou uma belíssima casula gótica. O latim encheu a igreja, e todos saíram edificados da Missa.

Parabéns, Pe. Darvan, por sua fidelidade, e obrigado pelo testemunho!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

“Chega de missa criativa, na igreja silêncio e oração” – Andrea Tornielli entrevista o Cardeal Cañizares

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Do sempre atualizado blog Fratres in Unum, a tradução de uma entrevista concedida pelo Cardeal Antonio Cañizares a Andrea Tornielli, do Il Giornale, via La Buhardilla de Jerónimo, publicada, no original em italiano, na véspera do Natal:

Cardeal Antonio Cañizares Llovera, com a Capa Magna.

Cardeal Antonio Cañizares Llovera, com a Capa Magna.

A liturgia católica vive “uma certa crise” e Bento XVI quer dar vida a um novo movimento litúrgico, que volte a trazer mais sacralidade e silêncio à Missa, e mais atenção à beleza no canto, na música e na arte sacra.

O Cardeal Antonio Cañizares Llovera, 65 anos, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, que enquanto bispo na Espanha era chamado de “o pequeno Ratzinger”, é o homem ao qual o Papa confiou esta tarefa. Nesta entevista a Il Giornale, o “ministro” da liturgia de Bento XVI revela e explica programas e projetos.

Como cardeal, Joseph Ratzinger havia lamentado uma certa pressa na reforma litúrgica pós-conciliar. Qual é a sua opinião?

A reforma litúrgica foi realizada com muita presa. Havia ótimas intenções e o desejo de aplicar o Vaticano II. Mas houve precipitação. Não se deu tempo e espaço suficiente para acolher e interiorizar os ensinamentos do Concílio; de repente, mudou-se o modo de celebrar.

Recordo bem a mentalidade então difundida: era necessário mudar, criar algo novo. Aquilo que havíamos recebido, a tradição, era visto como um obstáculo. A reforma foi entendida como obra humana, muitos pensavam que a Igeja era obra de nossas mãos e não de Deus. A renovação litúrgica foi vista como uma investigação de laboratório, fruto da imaginação e da criatividade, a palavra mágica de então.

Como cardeal, Ratzinger havia prognosticado uma “reforma da reforma” litúrgica, palavras atualmente impronunciáveis, mesmo no Vaticano. Todavia, parece evidente que Bento XVI a deseje. É possível falar dela?

Não sei se é possível, ou se é conveniente, falar de “reforma da reforma”. O que vejo absolutamente necessário e urgente, segundo o que deseja o Papa, é dar vida a um novo, claro e vigoroso movimento litúrgico em toda a Igreja. Porque, como explica Bento XVI no primeiro volume de sua Opera Omnia, em relação à liturgia se decide o destino da fé e da Igreja. Cristo está presente na Igreja através dos sacramentos. Deus é o sujeito da história, e não nós. A liturgia não é uma ação do homem, mas de Deus.

O Papa, mais que decisões impostas de cima, fala com o exemplo. Como ler as mudanças introduzidas por ele nas celebrações papais?

Acima de tudo, não deve haver nenhuma dúvida sobre a bondade da renovação litúrgica conciliar, que trouxe grandes benefícios para a vida da Igreja, como a participação mais consciente e ativa dos fiéis e a presença enriquecida da Sagrada Escritura. Mas além destes e outros benefícios, não faltaram sombras, surgidas nos anos seguintes ao Vaticano II: a liturgia, isso é fato, foi “ferida” por deformações arbitrárias, provocadas também pela secularização que desgraçadamente atinge também dentro da Igreja. Consequentemente, em muitas celebrações já não se coloca Deus no centro, mas o homem e seu protagonismo, sua ação criativa, o papel principal é dado à assembléia. A renovação conciliar foi entendida como uma ruptura e não como um desenvolvimento orgânico da tradição. Devemos reaviver o espírito da liturgia e para isso são significativos os gestos introduzidos nas liturgias do Papa: a orientação da ação litúrgica, a cruz no centro do altar, a comunhão de joellhos, o canto gregoriano, o espaço para o silêncio, a beleza na arte sacra. É também necessário e urgente promover a adoração eucarística: diante da presenção real do Senhor, não se pode senão estar em adoração.

Quando se fala de uma recuperação da dimensão do sagrado, há sempre quem apresente tudo isso como um simples retorno ao passado, fruto de nostalgia. Como o senhor responde?

A perda do sentido do sagrado, do Mistério, de Deus, é uma das perdas de consequências mais graves para um verdadeiro humanismo. Quem pensa que reavivar, recuperar e reforçar o espírito da liturgia e a verdade da celebração é um simples retorno a um passado superado, ignora a verdade das coisas. Colocar a liturgia no centro da vida da Igreja não é em nada nostálgico, mas, pelo contrário, é garantia de estar a caminho em direção ao futuro.

Como julga o estado da liturgia católica no mundo?

Diante do risco da rotina, diante de algumas confusões, da pobreza e da banalidade do canto e da música sacra, pode-se dizer que há uma certa crise. Por isso é urgente um novo movimento litúrgico. Bento XVI, indicando o exemplo de São Francisco de Assis, muito devoto do Santíssimo Sacramento, explicou que o verdadeiro reformador é alguém que obedece a fé: não se move de maneira arbitrária e não se arroga nenhuma discricionariedade sobre o rito. Não é o dono, mas o custódio do tesouro instituido pelo Senhor e confiado a nós. O Papa, portanto, pede à nossa Congregação promover uma renovação segundo o Vaticano II, em sintonia com a tradição litúrgica da Igreja, sem esquecer a norma conciliar que prescreve não introduzir inovações exceto quando as requererem uma verdadeira e comprovada utilidade para a Igreja, com a advertência de que as novas formas, em todo caso, devem surgir organicamente das já existentes.

O que pretende fazer como Congregação?

Devemos considerar a renovação litúrgica segundo a hermêutica da continudade na reforma indicada por Bento XVI para ler o Concílio. E para fazê-lo, é necessário superar a tendência de “congelar” o estado atual da reforma pós-conciliar, de um modo que não faz justiça ao desenvolvimento orgânico da liturgia da Igreja.

Estamos tentanto levar adiante um grande empenho na formação dos sacerdotes, seminaristas, consagrados e fiéis leigos, para favorecer a compreensão do verdadeiro significado das celebrações da Igreja. Isso requer uma adequada e ampla instrução, vigilância e fidelidade nos ritos, e uma autêntica educação para vivê-los plenamente. Este empenho será acompanhado pela revisão e pela atualização dos textos introdutórios de diversas celebrações (prenotanda). Somos conscientes também de que dar impulso a este novo movimento não será possível sem uma renovação pastoral da iniciação cristã.

Uma perspectiva que deveria ser aplicada também à arte e à música…

O novo movimento litúrgico deverá fazer descobrir a beleza da liturgia. Por isso, abriremos uma nova seção em nossa Congregação dedicada à “Arte e música sacra” a serviço da liturgia. Isso nos levará a oferecer, o quanto antes, critérios e orientações para a arte, canto e música sacras. Como também pensamos em oferecer o mais rápido possível critérios e orientações para a pregação.

Nas Igrejas desaparecem os genuflexórios, a Missa às vezes é ainda um espaço aberto à criatividade, são cortadas inclusive as partes mais sagradas do cânon. Como inverter esta tendência?

A vigilância da Igreja é fundamental e não deve ser considerada como algo inquisitório ou repressivo, mas como um serviço. Em todo caso, devemos tornar todos conscientes da exigência, não só dos direitos do fiéis, mas também dos “direitos de Deus”.

Existe também o risco oposto, isto é, o de se crer que a sacralidade da liturgia depende da riqueza dos paramentos: uma posição fruto de esteticismo que parece ignorar o coração da liturgia…

A beleza é fundamental, mas é algo muito distintito de um esteticismo vazio, formalista e estéril, no qual se cai às vezes. Existe o risco de se acreditar que a beleza e a sacralidade da liturgia dependem da riqueza ou da antiguidade dos paramentos. É necessário uma boa formação e uma boa catequese baseada no Catecismo da Igreja Católica, evitando também o risco oposto, o da banalização, e atuando com decisão e energia quando se recorre a costumes que tiveram seu sentido no passado, mas que atualmente não têm ou não contribuem de nenhum modo para a verdade da celebração.

Poderia nos dar alguma indicação concreta sobre o que poderia mudar na liturgia?

Mais que pensar em mudanças, devemos nos comprometer em reaviver e promover um novo movimento litúrgico, seguindo o ensinamento de Bento XVI, a reaviver o sentido do sagrado e do Mistério, pondo Deus no centro de tudo. Devemos impulsionar a adoração eucarística, renovar e melhorar o canto litúrgico, cultivar o silêncio, dar mais espaço à meditação. Disso surgirá as mudanças…

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aos Santos Inocentes

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Hoje, é a festa dos Santos Inocentes, Mártires. Comemoremos com o Hino das Laudes, em latim, na forma ordinária:

 

1  Audit tyránnus ánxius

adésse regum príncipem,

qui nomen Israel regat

teneátque David régiam.

2  Exclámat amens núntio:

"Succéssor instat, péllimur;

satélles, i, ferrum rape,

perfúnde cunas sánguine!"

3  Quo próficit tantum nefas?

Quid crimen Heródem iuvat?

Unus tot inter fúnera

impúne Christus tóllitur.

4  Salvéte, flores mártyrum,

quos lucis ipso in límine

Christi insecútor sústulit

ceu turbo nascéntes rosas.

5  Vos prima Christi víctima,

grex immolatórum tener,

aram sub ipsam símplices

palma et corónis lúditis.

6 Iesu, tibi sit glória,

qui natus es de Vírgine,

cum Patre et almo Spíritu,

in sempitérna sæcula. Amen.

 

Lembremos que as três últimas estrofes formam o próprio hino das mesmas Laudes (e das Vésperas) na forma extraordinária. Ou seja, neste caso, temos um enriquecimento na reforma litúrgica de Paulo VI: no rito moderno, não só há um hino específico para as Laudes e outro para as Vésperas, diferentemente do rito antigo, como o hino antigo continua na forma atual, acrescido de mais três estrofes.

Resumindo: para quem recita o Ofício na forma ordinária, o hino é o acima, e para quem recita na forma extraordinária basta que pegue as três últimas estrofes do mesmo hino.

Em tempos de promoção do horrendo crime do aborto, nada melhor do que pedir a intercessão dessas crianças que primeiro deram a vida por Cristo, para que seus pares infantes não sofram com os novos “Herodes”.

Epifania e Anúncio das Solenidades Móveis de 2011

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Diz o Cerimonial dos Bispos sobre a Missa da Epifania: “[...] se tal for o costume local, após o canto do Evangelho, um dos diáconos, ou algum cônego ou beneficiado ou outra pessoa revestida de pluvial, subirá ao ambão e daí anunciará ao povo as festas móveis do ano corrente.” (CB, 240)

Na mesma linha, o Diretório Litúrgico da CNBB, também na anotação sobre a Epifania: “Depois da proclamação do Evangelho ou em seguida à Oração depois da Comunhão, faz-se o anúncio das solenidas móveis do ano.”

É por esse motivo que, já sugerindo aos párocos que façam esse solene anúncio, publicamos o texto válido para a Solenidade da Epifania de 2011:

ANÚNCIO DAS SOLENIDADES MÓVEIS DE 2011
(a ser proclamado na Solenidade da Epifania)

Irmãos caríssimos,
a glória do Senhor manifestou-se,
e sempre há de manifestar-se no meio de nós
até a sua vinda no fim dos tempos.
Nos ritmos e nas vicissitudes do tempo
recordamos e vivemos os mistérios da salvação.
O centro de todo o ano litúrgico
é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado,
que culminará no Domingo de Páscoa,
este ano a 24 de abril.
Em cada Domingo, Páscoa semanal,
a Santa Igreja torna presente este grande acontecimento,
no qual Jesus Cristo venceu o pecado e a morte.
Da celebração da Páscoa do Senhor
derivam todas as celebrações do Ano Litúrgico:
as Cinzas, início da Quaresma, a 9 de março;
a Ascenção do Senhor, a 5 de junho;
Pentecostes, a 12 de junho;
o primeiro Domingo do Advento, a 27 de novembro.
Também nas festas da Santa Mãe de Deus,
dos Apóstolos, dos Santos
e na Comemoração dos Fiéis Defuntos,
a Igreja peregrina sobre a terra
proclama a Páscoa do Senhor.
A Cristo, que era, que é e que há de vir,
Senhor do tempo e da história,
louvor e glória pelos séculos dos séculos.
Amém.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A África e a forma extraordinária

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Tradução de La Buhardilla de Jeronimo, feita pelo amigo e leitor Wagner Marchiori:

 

Apresentamos, a seguir, esta notícia sobre a ótima aplicação da Summorum Pontificum e, em geral, da visão litúrgica de Bento XVI, em uma diocese de Benin, país que será visitado pelo Papa em novembro do próximo ano.

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O bispo Pascal N' Koué (51 anos), de Natintingou, em Benin, celebra a Missa antiga desde outubro de 2003 em sua diocese. Assim se pode ler em seu informe acerca do terceiro aniversário do histórico Motu Proprio "Summorum Pontificum".

D. N' Koué estudou na Academia Diplomática Vaticana, em Roma, no início dos anos 90. Depois trabalhou como secretário da Nunciatura no Panamá até sua nomeação como bispo diocesano. A cidade de Naititingou, de 76.000 habitantes, está localizada no noroeste de Benin, não muito longe da fronteira com o Togo.

O Papa pediu a todos os bispos do mundo que realizassem um informe acerca da prática da liturgia antiga em todas as dioceses. O autor do informe da diocese de Natitingou é o padre Denis Le Pivain, originário da França. Pertence à Sociedade Sacerdotal bi-ritual TOTUS TUUS. O informe foi publicado no semanário da diocese de Natitingou.

Os inimigos da Missa antiga têm corações envenenados

O informe explica que o antigo Rito e a nova Missa podem existir juntos pacificamente e enriquecer-se mutuamente. Os conflitos são gerados por corações enfermos e envenenados e por estreitezas ideológicas. Não houve nenhum inconveniente em relação a aplicação do Motu Proprio na diocese de Natitingou.

O antigo Rito move, por si mesmo, aos fiéis

O informe explica que a Missa antiga é uma oportunidade, especialmene para o clero jovem da diocese.

O rito tradicional permite ao sacerdote apreciar melhor o altar, o silêncio sagrado, o mistério, os sinais da Cruz e as genuflexões. O sacerdote também compreende melhor a celebração 'voltado para Deus' e que o celebrante e os fiéis olham juntos para a Cruz.

A Missa antiga permite uma melhor compreensão da nova forma de celebrar a Eucaristia (Novus Ordo). Muitos sacerdotes começaram a aprender a Missa antiga sem nenhuma pressão por parte do Bispo.

Onde as rubricas são interiorizadas, a própria liturgia toca os fiéis com sua beleza e profundidade. Então, já não se faz necessário lutar para alcançar o sentido do mistério, do santo, do culto, da Majestade de Deus ou a participação ativa da liturgia.

O Rito antigo tem correspondência com a mentalidade africana

O Canon Romano e os gestos litúrgicos no Rito antigo são mais próximos da religiosidade e do sentir africanos, diz o informe.

"É meu desejo que um dia todos os sacerdotes sejam capazes de celebrar em ambas formas", explica o bispo. Cita alguns exemplos de enriquecimento do Novus Ordo. Por exemplo, no Advento e na Quaresma o sacerdote poderia celebrar "voltado para Deus". Isto foca a atenção sobre o Mistério da Cruz. O celebrante e o coro desaparecem diante da consideração de Deus. Mons. N' Koué explica que não está determinado nas rubricas que desde o Ofertório se celebre "voltado para os fiéis".

Também deseja mais latim na Missa e quer evitar instrumentos e músicas profanas. Em seu lugar, deve haver cantos gregorianos.

O bispo pediu aos saceerdotes que usem o Canon Romano aos domingos e dias festivos. Isto facilitará sua inculcação. Antes de dar a Comunhão, o celebrante deve fazer o sinal da Cruz com a Sagrada Hóstia.

Fonte: The Eponymous Flower

Tradução ao castelhano: La Buhardilla del Jeronimo

Tradução ao português: Wagner Marchiori

Missas de Natal e do Domingo após o Natal, em rito bizantino, na paróquia melquita de Juiz de Fora, MG

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Foi celebrada, neste Natal, na Paróquia Greco-Melquita São Jorge, em Juiz de Fora, MG, uma Divina Liturgia (Missa), cujas fotos seguem, enviadas por um leitor:
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SDC16933
SDC16929 SDC16923 SDC16932 SDC16775 SDC16792 SDC16798 SDC16805 SDC16810 SDC16797 SDC16926 SDC16952 SDC16820
No final da Divina Liturgia aconteceu a veneração do ícone da Natividade do Senhor e a Arthoclacia (Benção do Pão,do Vinho e do Azeite) que se realiza após os Ofícios das Grandes Festas.
SDC16964 SDC16720 SDC16859 SDC16956
No Domingo após a Natividade, outra Divina Liturgia, desta vez em honra do Santo e Justo José (além de São Davi, o Rei, e São Tiago, o Irmão do Senhor):
SDC17007
SDC16995 SDC17017

FSSP: em Lyon na França

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Via: NLM

Algumas fotos recentes do apostolado da FSSP em Lyon, França. Alguns irão notar a influência do falecido Abade Franck Quoëx.







Ainda sobre Lyon, você pode ver também na galeria de fotos, algumas fotos da bênção de alguns belíssimos paramentos no início de outubro. Isso aconteceu no altar da capela privada cujos castiçais e o frontal foram projetadas pelo referido abade Quoëx.






Traduzido pela Fernanda do AVS.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Vídeo de Missa tridentina na noite do Natal

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Watch live video from missatridentina on Justin.tv

Missa do Galo, na forma extraordinária, na Paróquia Imaculada Conceição de Lourdes na cidade de Newton nos EUA. Vários brasileiros frequentam essa paróquia.

O vídeo foi postado pelo Paulo Ghetti Frade em seu ótimo www.missatridentina.com.br e de lá foi transmitido ao vivo na noite de ontem.

Presente de Natal à Igreja: 61 novos padres legionários de Cristo

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Mesmo com a crise pela qual a congregação passa, motivada pelas recentes descobertas da vida dupla do fundador e de seus horríveis pecados, os Legionários de Cristo dão prova de sua vitalidade, sempre em estrita fidelidade ao que pedem o Senhor e a Igreja.

Essa vitalidade é atestada pela continuidade das tradicionais ordenações sacerdotais de Natal. O Delegado Pontifício para a Legião, Cardeal De Paolis, foi o ordenante na Missa de ontem, dia 24 de dezembro, na Basílica de São Paulo fora dos Muros, em Roma, a que mais de 3.000 pessoas compareceram.

Os novos sacerdotes procedem de onze diferentes países: Alemanha (1), Brasil (4), Canadá (3), Coréia do Sul (1), Espanha (7), Estados Unidos (7), Itália (6), México (28), Nova Zelândia (1), Venezuela (2) e Vietnã (1). Com D. Velasio Cardeal De Paolis, CS, concelebraram e asistieron D. Brian Farrell, LC, Secretário do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos; D. Paolo Schiavon, Bispo Auxiliar da zona sul de Roma; e D. Luigi de Magistris, pró-penitenciário maior emérito. Concelebraram, ademais, dez dos sacerdotes legionários que completaram 25 anos de sacerdócio: entre eles, os padres Álvaro Corcuera, Luis Garza, Agustín de la Vega, Salvador Gómez, Jorge Guzmán, Antonio Herrero, Gonzalo Miranda, Dermot Ryan, Ricardo Sada e Bennet Tierney, LLCC.

Há uma seção especial no site do Regnum Christi, em que se pode acessar materiais multimídia: http://www.regnumchristi.org/multimedia/interactivos/ordenaciones10/esp/index.phtml?se=365&ca=982&te=911

Abaixo, algumas fotos:

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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Convite para Nova Iguaçu: Missas tridentinas de Natal

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Santa Missa de Natal na Forma Extraordinária
Paroquia  N.S.do Perpetuo Socorro e São Judas Tadeu
Endereço: Rua Taubate 12-Rodilandia-Nova Iguaçu-RJ
Tel:(21)3046-1616
Paroco:Pe.José Edilson de Lima

Dia 24 de Dezembro às 21:30

Dia 25 de Dezembro às 09:30

Dia 26 de Dezembro às 09:30

Horários de Missas de segunda a sabado às 7:30 e Domingos às 9:30

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Sobre a lua nas Kalendas de 2010

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A lua para o Natal de 2010, nas Kalendas, é a décima-nona (undevicesima, em latim).

A noite de Greccio

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Aproxima-se o maior e mais importante evento da humanidade: o Natal, a Encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo. E falando em Natal, vem a recordação de um fato muito caro a nós franciscanos: a noite de Greccio, onde o primeiro presépio foi encenado publicamente.
Do Presépio que fez no dia do Natal do Senhor
Sua maior aspiração, seu mais vivo desejo e mais elevado propósito era observar o Evangelho em tudo e por tudo, imitando com perfeição, atenção, esforço, dedicação e fervor os "passos de Nosso Senhor Jesus Cristo no seguimento de sua doutrina". Estava sempre meditando em suas palavras e recordava seus atos com muita inteligência. Gostava tanto de lembrar a humildade de sua encarnação e o amor de sua paixão, que nem queria pensar em outras coisas.
Precisamos recordar com todo respeito e admiração, o que fez no dia de Natal, no povoado de Greccio, três anos antes de sua gloriosa morte. Havia nesse lugar um homem chamado João, de boa fama e vida ainda melhor, a quem São Francisco tinha especial amizade porque, sendo muito nobre e honrado em sua terra, desprezava a nobreza humana para seguir a nobreza de espírito.
Uns quinze dias antes do Natal, São Francisco mandou chamá-lo, como costumava fazer, e disse: "Se você quiser que celebremos o Natal em Greccio, é bom começar a preparar diligentemente e desde já o que eu vou dizer. Quero lembrar o menino que nasceu em Belém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e contemplar com os próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro".  Ouvindo isso, o homem bom e fiel correu imediatamente  e preparou no lugar indicado o que o Santo tinha pedido.
E veio o dia da alegria, chegou o tempo da exultação. De muitos lugares foram chamados os Irmãos. Homens e mulheres do lugar, coração em festa, prepararam como puderam tochas e archotes para iluminar a noite que tinha iluminado todos os dias e anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o Santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito. Fizeram um presépio, trouxeram palha, um boi e um burro. Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade.
A noite ficou iluminada como o dia : era um encanto para os homens e para os animais. O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam, dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava. O Santo estava diante do presépio a suspirar, cheio de piedade e de alegria. A Missa foi celebrada ali mesmo no presépio, e o sacerdote sentiu uma consolação jamais experimentada.
O Santo vestiu dalmática, porque era diácono, e cantou com voz sonora o Santo Evangelho. De fato, era "uma voz forte, doce, clara e sonora", convidando a todos às alegrias eternas.  Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas doces como o mel, sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém. Muitas vezes, quando queria nomear Cristo Jesus, chamava-o também com muito amor de "Menino de Belém", e pronunciava a palavra "Belém" como o balido de uma ovelha, enchendo a boca com a voz e mais ainda com a doce afeição. Também estalava a língua quando falava "Menino de Belém" ou "Jesus", saboreando a doçura dessas palavras.
Multiplicaram-se nesse lugar os favores do Todo-Poderoso, e um homem de virtude   teve uma visão admirável. Pareceu-lhe ver deitado no presépio um bebê sem vida, que despertou quando o Santo chegou perto. E essa visão veio muito a propósito, porque o menino Jesus estava de fato esquecido  em muitos corações, nos quais, por sua graça e por intermédio de São Francisco, ele ressuscitou e deixou a marca de sua lembrança. Quando terminou a vigília solene, todos voltaram contentes para casa.
Guardaram a palha usada no presépio para que o Senhor curasse os animais, da mesma maneira que tinha multiplicado sua santa misericórdia. De fato, muitos animais que padeciam das mais diversas doenças naquela região comeram daquela palha e ficaram curados.  Mais: mulheres com partos longos e difíceis tiveram um resultado feliz, colocando sobre si mesmas um pouco desse feno. Da mesma sorte, muitos homens e mulheres conseguiram a cura das mais variadas doenças
O presépio foi consagrado a um templo do Senhor  e no próprio lugar da manjedoura construíram um altar em honra de nosso pai São Francisco e dedicaram uma igreja, para que, onde os animais já tinham comido o feno, passassem os homens a se alimentar, para salvação do corpo e da alma, com a carne do cordeiro imaculado e incontaminado, Jesus Cristo Nosso Senhor, que se ofereceu por nós  com todo o seu inefável amor e vive com o Pai e o Espírito Santo eternamente glorioso por todos os séculos dos séculos. Amém. Aleluia, Aleluia. (Bv. Tomás de Celano, Vida primeira de São Francisco, nºs 84-87).

O que queria exatamente o Pai Seráfico mostrar tal apresentação? Seria apenas um "capricho" dos últimos anos de sua vida? Apenas um gesto simbólico? Ou não haveria algo mais profundo escondido na penumbra deste evento?

(Benozzo Gozzoli, Natale a Greccio. Montefalco, Basílica de São Francisco, em Assis-Itália, 1452.
Detalhe: Ao centro, São Francisco paramentado de Diácono, com a Dalmática)


Não quis porventura São Francisco mostrar aos homens onde é o Greccio de cada um e onde realmente ocorre o Natal par cada homem de boa vontade? Mas, então, onde estava o Greccio que Francisco quis mostrar? Onde é possível a cada ser humano poder receber em seus braços o Menino Deus? Onde a sagrada Família encontra seu pouso após passar por tantas hospedarias e não encontrar nenhuma vaga e receber tantos nãos?

Greccio é o coração do ser humano, a manjedoura humilde e simples que o Menino Deus busca a cada ano para poder nascer. É este o lugar privilegiado e sagrado que o Senhor busca para encarnar-se e iniciar uma experiência, uma história de amor com cada um de nós.

Como, então, está nosso Greccio? Em breve ecoará a mais bela notícia: o Menino nasceu... E ele quer estar reclinado, sim, na ínfima manjedoura de nossos corações! Apressemo-nos, portanto, e preparemo-nos para recebê-lo.



frei Carlos Guimarães,OFMConv.

(Publicado originalmente em: Reflexões de Espiritualidade Franciscana)
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