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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Maria, Esposa do Espírito Santo

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Excelente texto em preparação a Pentecostes, retirado do site do Opus Angelorum:

"O Espírito e a Esposa dizem "Vem!" E aquele que ouve diga: "Vem!" Aquele que o deseja, receba gratuitamente a água da vida!" (Ap. 22, 17)

Todo o Tempo Pascal é coroado pelo Pentecostes e esta vida é precedida por nove dias de expectativa, a contar da Quinta Feira da Ascensão. Aquela novena preparatória foi uma vivência cada vez mais intensa do "Vem!", do cumprimento das palavras do Mestre: "Tenho-vos dito isto, enquanto estou convosco. Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu Nome, Esse ensinar-vos-á todas as coisas e vos recor- dará tudo o que vos tenho dito" (Jo. 14,26).
Mas será que o dia de Pentecostes foi a primeira vinda do Paráclito? Não teria já anteriormente havido outros Pentecostes", isto é, outras descidas do Espírito Santo na criação?



NO ALVOR DA CRIAÇÃO

"Deus é Amor" (Jo. 4,8. 16) no Seu modo de Ser e de Existir, mas o Amor em Pessoa no seio Trinitário é o Espírito Santo. Ele é a expressão pessoal do doar-Se, desse Ser-Amor (S. Th. I a, pp 37-38). O Espírito enquanto consubstancial ao Pai e ao Filho na Divindade é Amor e Dom incriado do Qual deriva como de uma fonte, toda a dádiva em relação às criaturas, que são dom criado: mediante a criação Ele doa a existência a todas as coisas.

O princípio do dar-se Divino, que se identifica com o próprio mistério da criação, lemos: "No princípio, Deus criou os céus e a terra, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas" (Gn. 1,1-2). Isto significa, não só o chamamento à existência das criaturas espirituais (criou os céus), mas também das materiais (criou a terra: o ser humano e todo o universo). Noutras palavras: o dom da existência inclui também a presença do Espírito de Deus na criação e, isto é o início da comunicação salvífica de Deus às coisas que cria.

Contudo São Paulo ensina-nos: "N'Ele (no Filho) foram criadas todas as coisas nos Céus e na Terra, as visíveis e as invisíveis... Tudo foi criado por ele e para Ele" (Col. 1,16). Com estas palavras paulinas fica claro que tudo existe directamente por causa do Filho. Opina o Doutor da Igreja João Duns Scoto que, mesmo que não houvesse pecado para redimir (cfr. Lectura paris, III, d. 7, q. 4), o Verbo sempre se uniria à nossa carne e habitaria entre nós, sendo o "Emanuel" (Is.7,14), que quer dizer "Deus está connosco" conforme explicaria o Anjo (cfr. Mt.1,23). Mas não podemos separar esta realidade da palavra Mariana: "Faça-se em Mim segundo a tua palavra!" (Lc. 1,37).

Por isso Deus ao "pensar" na criação e ao saber no Seu eterno presente da existência do pecado dum terço dos anjos (cfr. Ap. 12,4) e dos homens, também pensou na única resposta válida da criatura ao Criador: "Eu sou a serva do Senhor" (Lc. 1,37). Deste modo quando Ele "estendia os Céus" (Prov. 8,27) para o Seu Filho, Maria já estava no Seu eterno presente. "Quando sujeitava os abismos ao curso de leis invioláveis, quando estabelecia a abóbada dos Céus e punha as fontes das águas em equilíbrio; quando punha ao mar o seu termo e lhe impunha como lei que não violasse os seus limites; quando lançava os fundamentos da Terra, Eu já estava com Ele dispondo todas as coisas" (Prov. 8,27-30a).

Por conseguinte podemos afirmar: por Maria nos veio a criação e com ela a presença do Espírito, pois também por Seu intermédio nos foi dado o Criador conforme nos ensina o Evangelista: "Tudo foi feito por meio do Verbo e sem Ele nada foi feito" (Jo. 1,3).


NO MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO

Com o pecado original o homem perdeu a sua dignidade original e com ele foi quebrada toda a ordem do universo (cfr. Rom.8,19-22).

Mas o Pai une a maldição da serpente à Redenção: "Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça, ao tentares mordê-la no calcanhar" (Gn.3,15). Com estas palavras o Pai exprimiu o Seu consentimento à Encarnação de Seu Filho. Por isso Ele "quis ser, por meio de Seu amado Filho, não só Criador da humanidade mas também o autor generoso da nova Criação" (Prefácio Comum III). E na "plenitude dos tempos, Deus enviou o Seu Filho, nascido de mulher, nascido sujeito à Lei" (Gal. 4,4).

São Gabriel ao explicar como se daria a Encarnação afirma: "O Espírito Santo virá sobre Ti e a força do Altíssimo estenderá sobre Ti a Sua sombra" (Lc. 1,35).

Aí o Espírito faz n'Ela o Seu Pentecostes no começo da "nova criação". Diz-nos São Luís Maria G. Montfort que "sendo o Espírito Santo estéril em Deus, isto é, não produzindo nenhuma outra Pessoa Divina, tornou-Se fecundo por Maria, que desposou. Foi com Ela e n'Ela que formou a Sua obra-prima: um Deus feito homem. Não se quer dizer com isto que a SSma. Virgem de ao Espírito Santo a fecundidade, como se Ele a não tivesse... O que se quer dizer é que o Espírito Santo pôs em acção a Sua fecundidade por intermédio da Virgem, de quem Se quer servir, embora disso não tenha necessidade absoluta, para produzir n'Ele e por Ela Jesus Cristo" (TVD nº 21).


NO JORDÃO

"Por aqueles dias, aconteceu que Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi baptizado por João no rio Jordão, e, logo ao subir da água, ele viu os céus se rasgando e o Espírito, como uma pomba, descer até Ele, e uma voz veio dos céus: "Tu és o Meu Filho amado, em Ti Me comprazo" (Mc. 1,9-11).

Desta forma o Espírito Santo ungiu e consagrou a SSma. Humanidade do Filho de Deus. Noutras palavras: aquela carne e aquele sangue imaculado que Maria Lhe deu na Encarnação e alimentou durante 30 anos na Sua vida oculta, agora está preparada pelo Espírito para começar o Seu ministério público.

No Jordão o Consolador fez a Sua terceira vinda e ao mesmo tempo cumpre o que Isaías anunciara: "Eis o Meu servo, que Eu amparo, o Meu eleito, no Qual a Minha alma põe a Sua complacência; fiz repousar sobre Ele o Meu Espírito, para que leve às nações a verdadeira justiça" (Is. 42,1).

Este "Pentecostes" sobre Jesus no Seu Baptismo foi ao mesmo tempo o sinal que o Pai tinha dado a João para reconhecer o Messias (cfr. Jo. 1,32-34).

Desde essa hora a direcção do Espírito Santo na humanidade de Jesus, na qual reside, começa a manifestar-se. Ele parecia estar circunscrito aos limites normais da Sua actividade humano e de Seu raio de acção. É por isso que tudo o que Jesus faz é movido pelo Espírito desde a primeira coisa após o Seu Baptismo. "Em seguida, o Espírito conduziu Jesus ao deserto, a fim de ser tentado pelo demónio" (Mt. 4,1).



NO CALVÁRIO

Nas horas que a Mãe das Dores passou junto à Cruz de Seu Filho, realizou-se a plenitude do mistério do Espírito do Amor em relação a Ela.

Em Nazaré o Consolador gerou n'Ela a "Cabeça da Igreja" (Col. 1,18). Ora na ordem da criação, "a mesma mãe não pode dar à luz a cabeça sem os membros, nem os membros sem a cabeça. Do mesmo modo na ordem da graça, a Cabeça e os membros nascem duma mesma Mãe" (TVD nº 32).

Para essa geração dos membros do Seu Filho, o Paráclito baixa sobre Ela como num Pentecostes, quando estava sob a Cruz. Aqui não é mais um Anjo que Lhe anuncia a Sua nova maternidade, é o próprio Deus Humanado que da Cruz diz-Lhe: "Mulher, eis aí o teu filho!" (Jo. 19,26). Em Nazaré Maria tinha dito o Seu "SIM" em palavras; no Calvário repetiu-o silenciosamente ao aceitar ser recebida em casa do discípulo (cfr. Jo. 19,27).

Aqui deu-se a "Anunciação" da Maternidade Eclesial da Mãe, mas para que Ela concebesse, a morada do Espírito teve que ser rasgada: "Chegando a Jesus e vendo-o já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados transpassou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" (Jo. 19,34). O sangue (cfr. Lv. 1,5ss; Ex. 24,8ss) testemunha a realidade do sacrifício do cordeiro imolado para a salvação do mundo (cfr. Jo. 6,51). A água, é símbolo do Espírito e da Sua fecundidade (cfr. nota "E" da Bíblia de Jerusalém sobre Jo. 19,34).

Esta fecundidade pousou sobre a Mãe do novo Povo de Deus, que daria à luz 50 dias após a Páscoa.


NO CENÁCULO DE JERUSALÉM

M. Join Lambert e P. Grelot ("Temps" in VTB, 1053/4), afirmam: "Entre a Ascensão e o fim dos tempos, em que sedará a segunda vinda de Cristo, situa-se o tempo da Igreja".

Por isso no momento da Ascensão Maria estava presente quando Jesus fez a promessa: "O Espírito Santo descerá sobre vós e d'Ele recebereis a força. Sereis, então, Minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra" (Act. 1,8). Continua São Lucas a narrativa: "Então, do monte que se chama das Oliveiras, voltaram a Jerusalém... Tendo entrado na cidade subiram à sala superior, onde habitualmente ficavam. Todos unânimes, eram assíduos à oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus" (Act. 1,12-14).

Se pela força das Suas súplicas Ela abriu o Coração do Pai para a Encarnação do Verbo, e conseguiu o que os desejos dos Patriarcas, os suspiros dos Reis ou as ânsias dos Profetas se mostraram ineficazes, também foi pela beleza do Seu ser e preces que o Espírito Santo Se deixou novamente atrair, e desce por Ela à Igreja, que dá à luz de manhã cedo ao chegar o décimo dia depois da Ascensão (cfr. Act. 2, 1-4a).


EM CADA CRISTÃO

"Este derramar o Espírito sobre a comunidade - afirma Schenackenburg - é um equivalente comparável à unção pessoal do Messias no Baptismo para a Sua actividade terrestre" (KNT, 60). Assim o Espírito desce sobre os membros da comunidade, como desceu sobre Cristo e toma posse deles, enquanto toma posse dos Doze.

A estes é comunicado o Espírito Santo e tornam-se os portadores e transmissores originários do Espírito e como tais testemunhas da Ressurreição e era com grande poder que davam esse testemunho (cfr. Act. 4,33). Os "Doze", cheios do Espírito Santo, enchem o mundo com este Espírito.., sempre em novos Pentecostes (cfr. Act. 8.14-17; 10,44-47; 19,1-7; Rom. 15,16).

Afirma São Luís Maria G. Montfort: "O procedimento que a SSma. Trindade teve na primeira vinda de Jesus Cristo, tem-no ainda todos os dias, duma maneira invisível, na Santa Igreja, tê-lo-ão até à consumação dos séculos" (TVD n. 22).

Assim Deus Espírito Santo quer formar em Maria e por Maria os eleitos e diz-Lhe: "Lança raízes entre os Meus eleitos" (Ecli. 24, 13). Lança raízes com os Meus Dons em Ti nos Meus ungidos, a fim de que cresçam de virtude em virtude e de graça em graça!

Que o Entendimento produza novas almas virgens e consagradas que,
entendendo o chamamento divino digam o SIM e inflamem o mundo!

Que a Sabedoria dê novos teólogos e doutores da Igreja que,
penetrando rectamente nos divinos Mistérios, renovem a Igreja!

Que o Conselho suscite novos Sacerdotes e Ministros Sagrados que,
com a sua palavra sarem tantas chagas nos corações!

Que a Ciência produza novos pais e mães que,
iluminados pela ciência divina, transformem os seus lares em santuários!

Que a Fortaleza gere novos mártires e confessores que,
com o seu heroísmo sejam semente de novos cristãos.

Que o Santo Temor conceba novos jovens puros e renovados,
de modo a serem suave incenso que sobe ao céu!

Que a Piedade conceda novos templos que,
com a sua piedade aqueçam todos os recantos do mundo!

"Depois de Maria lançar as Suas raízes numa alma, opera nela maravilhas de graça... Maria produziu com o Espírito Santo a maior maravilha: o Homem-Deus! E produzirá, consequentemente as coisas mais admiráveis que hão-de existir nos últimos tempos: a formação e educação de grandes santos" (TVD n. 35).

"Tendo-A encontrado numa alma, o Espírito Santo Seu Esposo, voa para lá, entra plenamente e comunica-Se a essa alma abundantemente e na mesma medida em que a alma dá lugar à Sua Esposa; e uma das grandes razões por que o Espírito Santo não opera agora maravilhas retumbantes nas almas é porque não encontra nelas uma união bastante íntima com a Sua fiel e indissolúvel Esposa... E indissolúvel Esposa, porque desde que o Amor Incriado A desposou para Jesus Cristo, a Cabeça dos eleitos, e Jesus Cristo nos eleitos, nunca mais A repudiou, porque ela foi sempre fiel e fecunda" (TVD n. 36).



NA CONSUMAÇÃO

O sétimo e definitivo Pentecostes se dará no momento da realização da visão joanina: "Vi, então, um novo céu e uma nova Terra, porque o primeiro céu e a primeira Terra haviam desaparecido, e o mar já não existia" (Ap. 21,1).

Das cinzas do primeiro céu e da primeira terra que foram corrompidos pelo pecado, mas abertos pela Redenção ao retorno à Casa do Pai pela acção santificadora do Espírito em Maria, surgirá o novo e definitivo Céu e Terra "liberta enfim, da corrupção do pecado e da morte" (Or. Euc. IV). E surgirá como "a cidade santa, a nova Jerusalém... bela como uma esposa que se ataviou pare o seu esposo. E ouvi outra grande voz, que dizia: "Eis aqui o tabernáculo de Deus entre os homens! Habitará com eles, serão o Seu povo e o próprio Deus estará com eles" (Ap. 21,3).

Pensando EM Maria o Pai pronunciou o "Faça-se!" no alvor da criação. COM a cooperação de Maria o Filho operou a Redenção na plenitude dos tempos; POR Maria o Espírito realizará a entrada nesta Cidade Santa dos que estiverem à direita do Rei da Glória, juntamente com os Anjos fiéis e a criação santificada.

Não é por acaso que a Igreja na sua liturgia nas Missas Marianas apresenta a Nova Jerusalém como imagem d'Aquela que invocamos como "Porta do Céu".

Por Maria todos entrarão na Casa do Pai, a Cidade de Deus e aí "Ele enxugará as lágrimas dos seus olhos; não haverá mais morte, nem pranto, nem gritos, nem dor, porque as primeiras coisas passaram" (Ap. 21,4).

Esta definitiva maravilha se realizará graças à palavra "d'Aquele que estava sentado no trono, que disse: "Eis que renovo todas as coisas!... E acrescentou:

"Está feito! Eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim. Aquele que tiver sede dar-lhe-ei a beber gratuitamente da fonte da água da vida. O que vencer, possuirá estas coisas; Eu serei Seu Deus e ele será Meu filho!" (Ap. 21 ,5-6)

Santa Missa na Forma Extraordinária no CEN - "Parte 3"

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Nota: O Salvem a Liturgia agradece pela colaboração do "Ecclesia Design", na pessoa do Pablo Neves, pelo banner temático.

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Em seqüência às fotos da Santa Missa na Forma Extraordinária, celebrada por Dom Fernando Rifan, durante o XVI CEN, em Brasília, postamos da procissão de entrada até o início da Homilia. Aqui, algumas fotos principais, a continuação da série completa, pode ser vista no flickr, clicando no link no fim da postagem. A Santa Missa foi a votiva da Santíssima Eucaristia, com leituras e orações próprias.


Detalhe para o conjunto de paramentos: é um só: Pluvial, Casula e Dalmáticas,
exceto para os diáconos-assistentes, que têm outro conjunto.
O Confiteor do Bispo
O Confiteor dos Assistentes
Impostação do Manípulo do Bispo

O beijo do Altar
Incensação do Altar

Incensação do Bispo
No Trono
Leitura
Detalhe para a posição das mãos, o Anel e as Chirotecae
A Mitra para andar ("Preciosa")
Ouvindo a proclamação do Santo Evangelho
Início da Homilia


Veja mais fotos desta parte (completa) no  flickr Parte 1
                                                                       flickr Parte 2
                                                                       flickr Parte 3
                                                                       flickr Parte 4

Missa em latim e outras reflexões paroquiais...

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Quando as pessoas pessoal em "Missa em latim", geralmente pensam no chamado "rito tridentino". Essa forma de Missa, que era o rito romano em uso até a reforma da liturgia pedida pelo Concílio Vaticano II e executada pelo Papa VI, foi restaurada ao uso universal, e agora é chamada de "forma extraordinária do rito romano", ao lado da "forma ordinária do rito romano" (que vem a ser exatamente o rito romano reformado por Paulo VI).

A forma do rito romano mais usada na maioria das paróquias e institutos é a forma ordinária, geralmente celebrada na língua do povo, o vernáculo. Mas, embora a forma extraordinária, o rito romano tridentino, antigo, seja sempre em latim, a forma ordinária, o rito romano moderno, reformado, em que pese ser na maioria das vezes oferecido em vernáculo, pode ser também feito em latim.

O que diferencia a forma ordinária da extraordinária não é a língua. Não é que uma seja em vernáculo e outra em latim. Ambas são em latim, ainda que a ordinária possa ser também em vernáculo.

Também não é a posição do sacerdote que a diferencia, de vez que nenhuma norma proíbe que a forma antiga seja celebrada "de frente ao povo", nem que a forma nova seja celebrada "de frente para Deus" ou "de frente para ábside". Escapa a esse artigo falar das profundas razões teológicas, espirituais e históricas que nos fazem preferir que a Missa, em qualquer das duas formas (e mesmo em outros ritos), seja celebrada sempre "de frente para Deus" (no que importa que o padre fique, como erroneamente se diz, "de costas para o povo").

Enfim, também não são os paramentos que se diferenciam. Ambas as formas são do rito romano, portanto os paramentos são os mesmos: a alva, o cíngulo, o amito, a estola, a casula. Apenas que no rito antigo havia a obrigatoriedade do uso de um paramento em desuso na forma nova: o manípulo.

Tampouco é a música que diferencia as duas formas. Tanto em uma como em outra, o gregoriano deve ocupar o lugar da primazia. Depois, a polifonia sacra, especialmente da escola romana. E, nas Missas baixas, pode haver um canto popular acompanhando determinados ritos. Claro, no rito novo, como pode ser celebrada a Missa em vernáculo, nada mais natural que haver justas adaptações ao idioma vulgar de melodias gregorianas e composições polifônicas.

Alguns poderiam nos interpelar: mas a Missa no rito novo, na forma ordinária, em minha paróquia é com um sacerdote que não usa casula, que odeia latim e não quer nem saber de rezar "de frente para Deus" ou de cantar gregoriano...

Pois é... É bem verdade que é lícito (e, nas circunstâncias atuais, com tantos abusos litúrgicos, pode ser pastoralmente recomendável ir "tijolo a tijolo" dentro da licitude, claro) celebrar "de frente ao povo" (desde que se centre em Deus e não no povo, o que se faz sem ficar olhando para os fiéis, e evitando tratá-los como se fossem o outro pólo da relação, como se a igreja fosse um auditório). Também se pode, na Missa baixa, usar cantos populares, e mesmo na Missa solene ou na Missa cantasda usar um canto popular mais parecido com o gregoriano e a polifonia - para ver as regras do canto na Missa leia
aqui). E, por último, é perfeitamente possível usar o vernáculo.

Todavia, evitar o latim a todo custo, ignorar "solenemente" o gregoriano e a polifonia e nem sequer entender os motivos teológicos da Missa "de frente para Deus", é inconcebível a qualquer padre que se pretenda católico! Ademais, a casula, não utilizada pelo pároco do exemplo de nosso pobre fiel, é obrigatória, só sendo dispensada em ocasiões muito peculiares.

É de se refletir como a liturgia em nossa própria paróquia... E, além de desejar o rito tridentino, tentar que nosso rito moderno mesmo seja também bem celebrado! Um novo movimento litúrgico!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Santa Missa na Forma Extraordinária no CEN - "Parte 2"

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Continuando as nossas postagens, nesta segunda parte, publicamos aqui algumas fotos da Recepção do Bispo pelo pároco, na porta da igreja, sua entrada e paramentação na sacristia. As outras fotos (completas) estão no flickr e podem ser acessadas no final desta postagem.

Um esclarecimento: os paramentos com os quais D. Rifan chegou à igreja são próprios do Ordinário do lugar. Porém, o Arcebispo de Brasília lhe deu permissão para usar todos os paramentos e insígnias, inclusive a capa magna e o báculo - próprios do Ordinário local, como o próprio D. Rifan notificou no início da Santa Missa.


O Pároco, Pe. Marian recebe o Bispo e lhe entrega a caldeira de água benta.


Veja mais fotos da Recepção do Bispo no flickr

Após ter sido despido dos paramentos da entrada, reveste-se com o Amito e a Alva

A cada paramento, a oração própria: aqui, o Cíngulo

Após revestir-se com a Estola e a Cruz Peitoral, reveste-se da primeira "Dalmática" (Tunicela): de Subdiácono

Amarração das tiras da segunda Dalmática: de Diácono

Impostação da Chirotecae esquerda

Amarração da Casula

Imposição do Anel Episcopal

O Bispo e seu séquito


Veja mais fotos da Paramentação
(Completa - Parte 1) no flickr
                     Parte 2 no  flickr

terça-feira, 18 de maio de 2010

Monsenhor Guido Marini, celebra Versus DEUM na Capela de Maria Salus Populi Romani

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O Cerimoniário de Sua Santidade, Monsenhor Guido Marini celebrou Missa no Altar de Maria Salus Populi Romani, na Basílica de Santa Maria Maior neste domingo, 16 de maio, onde se encontra um dos mais venerados ícones da Virgem Maria, também venerado pelo título de Nossa Senhora das Neves. 



























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