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segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Sacerdote na Celebração Eucarística de Corpus Christi

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O Sacerdote na Celebração Eucarística de Corpus Christi

(tradução dos Estudos do Oficio das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontifice)

Original em: http://www.vatican.va/news_services/liturgy/details/ns_lit_doc_20100608_sac-corpus-domini_it.html

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, nas palavras do Papa Bento XVI, "convida-nos a contemplar o mistério supremo da nossa fé: a Santíssima Eucaristia, presença real do Senhor Jesus Cristo no Sacramento do Altar. Cada vez que o sacerdote renova o sacrifício eucarístico, na oração da consagração, ele repete: "Este é o meu corpo ... este é o meu sangue ". Ele empresta sua voz, as mãos e o coração a Cristo, que quis permanecer conosco e ser o coração da Igreja "[1].

1. As origens da festa de Corpus Christi [2]

As origens remotas da festa de Corpus Christi está localizado no desenvolvimento do culto da Eucaristia, na Idade Média. As disputas doutrinárias entre Pascasio Radbertus († 865) e Ratramno de Corbie († 868), e especialmente entre Berengário de Tours († 1088) e Lanfranco de Pavia († 1089), levaram a um esclarecimento da doutrina sobre a Presença Real de Cristo no Sacramento e, portanto, um culto sincero e generalizado da Eucaristia.

No século XIII, manifesta-se um movimento mais amplo de devoção eucarística entre as pessoas e também entre os teólogos, com um forte contributo da nova ordem franciscana. O IV Concílio de Latrão (1215), afirmando a doutrina da Igreja com a fórmula da transubstanciação do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo, levou ao desenvolvimento do culto eucarístico. O próprio Conselho prescrita a obrigação da comunhão pascal anual da Eucaristia e da habitação em um local seguro [3]. E na liturgia disseminar a prática de elevar a hóstia e o cálice durante a Missa para os fiéis o desejo de ver e de adorar as espécies consagradas.

A solene celebração de Corpus Christi, tal como a conhecemos hoje, é devido à inspiração da religiosa flamenga Santa Juliana de Cornillon (1191-1258). A festa, fundada na diocese de Liège, na Bélgica actual, em 1246 e espalhou-se rapidamente, graças aos esforços do flamengo James Pantaleone de Troyes, mais tarde eleito Papa Urbano IV (1261-1264). Ele incluiu a festa no calendário litúrgico com a Transiturus de hoc mundo, 11 de agosto, 1264 [4]. No entanto, devido a diferentes eventos, era celebrada em toda a Igreja somente após o Concílio de Viena (1311-1312).

De acordo com a vida de Santa Juliana, o próprio Cristo disse que o principal motivo para querer que esta nova festa, era para recordar a instituição do Sacramento do seu Corpo e Sangue de maneira particularmente solene, o que não era possível na Quinta-Feira Santa, quando o liturgia é marcada pela lava-pés e pela Paixão do Senhor. Este festa seria um aumento de fé e de graça para os cristãos que incentivados a participar com mais atenção ao contrario do que ocorre em dias normais, com menos devoção, ou mesmo por negligência.

A festa foi marcada para quinta-feira após a oitava de Pentecostes, a primeira quinta-feira após a Páscoa, de acordo com o calendário litúrgico dell'usus antiquior. A festa é tão claramente ligada à Quinta-Feira Santa, e manifesta o seu caráter essencial: "Na festa de Corpus Christi, a Igreja revive o mistério da Quinta-Feira Santa à luz da Ressurreição" [5].

2. A Missa

Apesar das duvidas de historiadores, foi confirmado por pesquisas recentes que a Missa e o Ofício de Corpus Christi foram compostos por São Tomás de Aquino, sob as ordens do Papa Urbano IV. A missa original permaneceu a mesma nas várias edições do Missal Romano até os anos cinquenta do século XX, com a excepção do “tropo” do Kyrie [6] (retirado de uma fonte mais antiga), que havia desaparecido no Missal de São Pio V ( 1570).

Para a epístola escolheu-se a a criação da Instituiçào da Eucaristia do Apóstolo Paulo (1 Coríntios 11,23-29), em uma versão mais curta do mesmo texto, que é usado durante a Missa da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa (1 Cor 11 20-32). Esse quadro também faz parte do Evangelho (Jo 6,56-59) a partir do grande "discurso eucarístico" de Jesus, que segue o milagre da multiplicação dos pães.

Além das orações habituais e antífonas, a Missa contenha uma longa seqüência, também “dell’Aquinate”, o Lauda Sion. Essa seqüência é um belo exemplo de como a lex credenti se exprime na lex orandi, como mencionado Bento XVI:

"Temos apenas cantado a seqüência:" “Dogma datur christianis, / quod in carnem transit panis, / et vinum in sanguinem - É a verdade de cada cristão / transforma o pão em carne e o sangue torna-se o vinho ". Hoje reafirmamos com alegria nossa fé na Eucaristia, no mistério que constitui o coração da Igreja. [...] Portanto a festa de Corpus Christi é um festa singular, um importante ponto da fé e hoje de louvor para toda comunidade cristã. Esta festa teve origem num determinado contexto histórico e cultural: é fundada com a finalidade específica de reafirmar abertamente a fé do Povo de Deus em Jesus Cristo, vivo e realmente presente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia. É uma festa criada para adorar, louvar e agradecer ao Senhor, "no sacramento da Eucaristia continua a amar-nos « até ao fim ", mesmo com o sacrifício de seu corpo e seu sangue" (Sacramentum caritatis, 1) [7].

São Tomás de Aquino a quem se atribuíu à missa de Corpus Christi e o Prefácio do Natal do Senhor: " No mistério da encarnação de vosso Filho, nova luz da vossa glória brilhou para nós. E, reconhecendo a Jesus como Deus visível a nossos olhos, aprendemos a amar nele a divindade que não vemos”. [8]. Esta escolha é importante, pois estabelece uma íntima conexão entre o mistério da Encarnação e da Transubstanciação: no Sacramento é real e substancialmente presente, o Cristo vivo, o Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

No Missal Romano de 1962, que atualmente é normativo para a forma extraordinária do Rito Romano, o Prefácio da Natividade foi substituído pelo comum. No entanto, em 1962, quatro novos prefácios foram aprovados para algumas dioceses, incluindo um prefácio do Santíssimo Sacramento, também usado para Corpus Christi.

No Missal Romano de 1970 e nas posteriores edições típicas, os textos da festa permaneceram essencialmente os mesmos, mas foi atribuído o novo prefácio da Santíssima Eucaristia. A diferença principal é o enriquecimento com a segunda leitura no ciclo de três anos (Ano A: Dt 8,2-3.14 b-16, 1 Cor 10,16-17, Jo 6:51-58; Ano B: 24,3 Es -8, Hb 9,11-15, Mc 14,12-16.22-26, Ano C: Gn 14,18-20, 1Cor 11,23-26, Lc 9,11-17).

3. A Procissão

Em todo o mundo, Corpus Christi é marcado pela procissão eucarística solene que segue após a missa. Também a festa, se recorda a celebração da Quinta-Feira Santa, que termina com a procissão eucarística até o altar da reposição. Deve-se notar, contudo, que a procissão de Quinta-feira Santa lembra o êxodo do Senhor no cenaculo para a solidão do Monte das Oliveiras, onde ele foi traído por Judas, e, portanto, tem um aspecto escuro e triste, é a noite que leva à Paixão Sexta-feira Santa. Em vez disso, a procissão eucarística de Corpus Christi é realizada à luz alegre da Ressurreição. Ao portar Cristo Sacramentado pelas cidades e aldeias, campos e lagos, a Igreja age "em obediência ao convite de Jesus para" proclamar de cima dos telhados "que ele nos contou em segredo (cf. Mt 10:27) . O dom da Eucaristia, os Apóstolos receberam do Senhor na intimidade da Última Ceia, mas era destinado a todos, a todo o mundo "[9].

Na solene celebração de Corpus Christi, em muitas paróquias e comunidades católicas, se expressa a alegria da fé, na qual Bento XVI, como teólogo e como papa, muitas vezes refletiu: a força com que a verdade da fé cristã se faz, deve ser a maneira de alegria com a qual se manifesta. Esta alegria é uma alegria pascal, enraizada de fato em Cristo, ressuscitado dentre os mortos. A Igreja tem necessidade de aproveitar todo o esplendor da beleza, de expressar esta alegria suprema.

Não devemos perder a coragem de insistir sobre a prioridade do culto divino, ultrapassando assim uma restrita interpretação moralista e legalista do cristianismo. Bento XVI dá o exemplo, porque é profundamente convencido de que "a lei e a moral não caminham juntos se não estiverem ancoradas no centro litúrgico e não se aspiram" [10]. A adoração, que se expressa de modo particular na Missa e da Procissão de Corpus Christi, é constitutiva da relação do homem com Deus e da direta existência humana no mundo.

Neste ano sacerdotal * , o ministro do Santíssimo Sacramento tem uma razão para voltar a meditar sobre a incomparável dignidade, que foram chamados por vocação divina. Sendo sacerdotes ordenados tem uma referência fundamental e insubstituível para o poder de consagrar a Eucaristia. Por várias razões que são de fundo teológico para a alegria de todo cristão diante do dom da Eucaristia, o sacerdote acrescenta ainda à sua forma - e certamente humanamente imerecida – Ao Cristo Sacerdote, que está verdadeiramente presente no Santíssimo Sacramento do Altar. Queremos, portanto, que sacerdotes de todo o mundo vivam a procissão de Corpus Christi como um tempo de adoração, contemplação e reflexão sobre o grande mistério que se torna presente de novo no mundo através de suas mãos, ungidas um dia com o santo crisma, para poder consagrar e tocar o Corpo sacramentado de Cristo.

(*considera-se que o presente estudo foi escrito no decorrer do Ano Sacerdotal 2009-2010)

Notas

1) Bento XVI, Angelus (10 giugno 2007).

2) Cf. L. Pristas, «The Calendar and Corpus Christi: An Historical and Theological Consideration of the Church’s Sacred Year», in U. M. Lang (ed.), The Genius of the Roman Rite: Historical, Theological and Pastoral Perspectives on Catholic Liturgy, Hillenbrand Books, Chicago 2010, pp. 159-178.

3) Concilio Lateranense IV (1215), Constitutiones, 20. De chrismate et eucharistia sub sera conservanda: in Conciliorum Oecumenicorum Decreta, p. 244.

4) Cf. DS 846-847.

5) Bento XVI, Omelia nella Solennità del SS.mo Corpo e Sangue di Cristo (26 maggio 2005). Hoje, em muitos países onde a quinta-feira não é um feriado, a festa de Corpus Christi é celebrada no domingo seguinte.

6) Com essa expressão se entende a ínvocação do «Kyrie, eleison» acompanhada de um verso introdutorio chamado «tropo», por ex.: «Senhor, que viestes salvar, os corações arrependidos, , tente piedade de nós».

7) Bento XVI, Omelia nella Solennità del SS.mo Corpo e Sangue di Cristo (7 giugno 2007).

8) «Quia per incarnati Verbi mysterium nova mentis nostrae oculis lux caritatis infulsit: ut dum visibiliter Deum cognoscimus, per hunc in invisibilium amorem rapiamur».

9) Bento XVI, Omelia nella Solennità del SS.mo Corpo e Sangue di Cristo (7 giugno 2007).

10) J. Ratzinger, Introduzione allo spirito della liturgia, San Paolo, Cinisello Balsamo 2001, p. 16.

domingo, 19 de junho de 2011

Palestra: DESIGN SACRO - O projetar para ao sagrado

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Data: 21 de junho de 2011, terça-feira
Horário: das 15h às 17h
 
Entrada Franca
 
Objetivo
 
Apresentar as bases conceituais, doutrinais e litúrgicas para o projeto de design a serviço do sagrado e/ou que tenha inspiração religiosa, na perspectiva das diversas vertentes do design (Produto, gráfico, moda, interiores etc).
 

Descrição
 
A palestra apresenta a crescente realidade dos projetos sacros sob a responsabilidade dos designers, as possibilidades de intervenção do design no espaço sagrado e sua contribuição para devida honra dos santos mistérios, juntamente com a arte e a arquitetura sacra.
Também apresenta as questões relevantes a serem consideradas em projetos de inspiração religiosa e/ou não "sacros" (no sentido de não estarem a serviço de um culto específico), mas que indiretamente possuem ligação com a ação pastoral e evangelizadora da Igreja, como design editorial e a ilustração.
 

Palestrante:
 
Pablo Neves
 
Bacharel em Design de Produto pela Universidade Federal do Maranhão e especialista em Arte Sacra pela Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro.
Atua desde 2004 em projetos de design tanto de produto quanto de gráfico para igrejas, pastorais, congregações e movimentos, além de dar formação para equipes de liturgia e catequese. É também diretor do blog www.ecclesiadesign.blogspot.com onde pesquisa e apresenta projetos de design sacro no Brasil e exterior.
 

Local
 
Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro
Rua D. Gerardo, 42  Centro  Rio de Janeiro
Auditório do 5º andar


Inscrição

As vagas são limitadas. Clique no link abaixo e faça sua inscrição online para garantir sua presença. Será entregue um certificado de presença aos que assitirem a palestra. O nome indicado no formulário online será transcrito no certificado. Favor não utilizar abreviaturas.



Informações

Faculdade de São Bento do Rio de Janeiro
Rua D. Gerardo, 42 / 6º andar  Centro  Rio de Janeiro  RJ
Telefones: (21) 2206-8281 e 2206-8310

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sobre o abandono da beleza: Joseph Ratinzger

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Encontra aqui seu ponto de referência uma conversa sobre a música sacra, aquela música tradicional do Ocidente católico, para a qual o Vaticano II não mediu palavras de louvor, exortando não somente a salvar, mas a incrementar "com a máxima diligência" o que ele chama "o tesouro da Igreja" e, portanto, da humanidade inteira.
E, apesar disso? "E, apesar disso, muitos liturgistas puseram de lado esse tesouro, declarando-o 'esotérico', 'acessível a poucos', abandonaram-no em nome da 'compreensão por todos e em todos os momentos' da liturgia pós-conciliar. Portanto, não mais 'música sacra', relegada quando muito a ocasiões especiais, às catedrais, mas somente 'música utilitária', canções, melodias fáceis, coisas corriqueiras".
Também aqui o Cardeal consegue mostrar com facilidade o afastamento teórico e prático do Concílio, "segundo o qual, além do mais, a música sacra é, ela mesma, liturgia, e não um simples embelezamento acessório". E, segundo ele, seria fácil também demonstrar, na prova dos fatos, como “o abandono da beleza mostrou-se uma causa de derrota pastoral”.
Diz: "Torna-se cada vez mais perceptível o pavoroso empobrecimento que se manifesta onde se expulsou a beleza, sujeitando-se apenas ao útil. A experiência tem demonstrado que a limitação apenas à categoria do "compreensível para todos' não tornou as liturgias realmente mais compreensíveis, mais abertas, somente as fez mais pobres. Liturgia 'simples' não significa mísera ou reles: existe a simplicidade que provém do banal e uma outra que deriva da riqueza espiritual, cultural e histórica". "Também nisso", continua ele, "deixou-se de lado a grande música da Igreja em nome da 'participação ativa', mas essa 'participação' não pode, talvez, significar também o perceber com o espírito, com os sentidos? Não existe nada de 'ativo' no intuir, no perceber, no comover-se? Não há, aqui, um diminuir o homem, reduzindo-o apenas à expressão oral, exatamente quando sabemos que aquilo que existe em nós de racionalmente consciente e que emerge à superfície é apenas a ponta de um iceberg, com relação ao que é a nossa totalidade? Questionar tudo isso não significa, evidentemente, opor-se ao esforço para fazer cantar todo o povo, opor-se à 'música utilitária'. Significa opor-se a um exclusivismo (somente tal música), não justificado nem pelo Concílio nem pelas necessidades pastorais".
Este assunto da música sacra, percebida também como símbolo da presença da beleza "gratuita" na Igreja, é particularmente importante para Joseph Ratzinger, que lhe dedicou páginas vibrantes: "Uma Igreja que se limite apenas a fazer música 'corrente' cai na incapacidade e torna-se, ela mesma, incapaz. A Igreja tem o dever de ser também 'cidade da glória', lugar em que se reúnem e se elevam aos ouvidos de Deus as vozes mais profundas da humanidade. A Igreja não pode se satisfazer apenas com o ordinário, com o usual, deve reavivar a voz do cosmos, glorificando o Criador e revelando ao próprio cosmos a sua magnificência, tornando-o belo, habitável e humano".
Também aqui, porém, como para o latim, fala-me de uma "mutação cultural", ou, mais ainda, de uma como que "mutação antropológica", sobretudo entre os jovens, “cujo sentido acústico foi corrompido e degenerado, a partir dos anos 60, pela música rock e por outros produtos semelhantes". Tanto que, e alude aqui também a suas experiências pastorais na Alemanha, hoje seria "difícil fazer ouvir ou, pior ainda, fazer cantar a muitos jovens até mesmo os antigos corais da tradição alemã".
O reconhecimento das dificuldades objetivas não lhe impede defender apaixonadamente não apenas a música, mas a arte cristã em geral e sua função de reveladora da verdade: “A única, a verdadeira apologia do cristianismo pode se reduzir a dois argumentos: os santos que a Igreja produziu e a arte que germinou em seu seio. O Senhor torna-se crível pela magnificência da santidade e da arte, que explodem dentro da comunidade crente, mais do que pelas astutas escapatórias que a apologética elaborou para justificar os lados obscuros de que abundam, infelizmente, os acontecimentos humanos da Igreja. Se a Igreja, portanto, deve continuar a converter, a humanizar o mundo, como pode, na sua liturgia, renunciar à beleza, que é unida de modo inseparável ao amor e, ao mesmo tempo, ao esplendor da Ressurreição? Não, os cristãos não devem se contentar facilmente, devem continuar fazendo de sua Igreja o lar do belo, portanto do verdadeiro, sem o que o mundo se torna o primeiro círculo do inferno”.
Fala-me de um teólogo famoso, um dos líderes do pensamento pós-conciliar, que lhe confessava sem problemas que se sentia um "bárbaro". E comenta: "Um teólogo que não ame a arte, a poesia, a música, a natureza, pode ser perigoso. Essa cegueira e surdez ao belo não é secundária, reflete-se necessariamente também na sua teologia".”
A Fé em Crise – Joseph Ratzinger

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Triságio Angélico: Para a Solenidade da Ssma. Trindade

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No próximo 19 de junho comemoraremos o mistério máximo de nossa fé católica: a Trindade de Pessoas em um só Deus.

Muito aproveita que a seguinte oração seja rezada publicamente nas igrejas, em tal data, com o padre com sobrepeliz e estola dourada:

Trisagium

Benedicta sit * sancta Creatrix et Gubernatrix omnium, sancta et individua Trinitas, nunc, semper, et per infinita saecula saeculorum.
V. Domine, labia mea aperies.
R. Et os meum annuntiabit laudem tuam.
V. Deus in adiutorium meum intende.
R. Domine, ad adiuvandum me festina.
V. Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto.
R. Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.
Alleluia

ACTVS CONTRITIONIS

Deus meus, ex toto corde: paenitet me, Trinitas Sanctissima; paenitet me, Trinitas amabilissima; paenitet me, Trinitas summe misericors, omnium meorum peccatorum, eaque detestor, quia peccando, non solum poenas a Te iuste statutas promeritus sum, sed praesertim quia offendi Te, summum bonum, ac dignum qui super omnia diligaris. Ideo firmiter propono, adiuvante gratia Tua, de cetero me non peccaturum peccandique occasiones proximas fugiturum. Libera nos, salva nos, vivifica nos, O Beata Trinitas! Amen.

HYMNVS

Jam sol recedit igneus:
Tu, lux perennis, Unitas,
Nostris, beata Trinitas,
Infunde lumen cordibus.
Te mane laudum carmine,
Te deprecamur vespere,
Digneris ut Te supplices
Laudemus inter caélites.
Patri simulque Filio,
Tibique, Sancte Spíritus,
Sicut fuit, sit jugiter
Saeclum per omne gloria. Amen.

DEPRECATIONES ET LAUDES

V. OMNIPOTENTIA Patris, adiuva fragilitatem meam et e profundo miseriae eripe me. Amen.
R. Sanctus Deus, Sanctus fortis, Sanctus immortalis, miserere nobis. Pater, Ave.

Deinde novies:
V.
Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus exercituum. Pleni sunt caeli et terra maiestatis gloriae tuae. Gloria Patri, Gloria Filio, Gloria Spiritui Sancto.
R. Tibi laus, Tibi gloria, Tibi gratiarum actio in saecula sempiterna, O Beata Trinitas!

V. SAPIENTIA Filii, dirige cogitationes, verba et actiones meas omnes. Amen.
R. Sanctus Deus, Sanctus fortis, Sanctus immortalis, miserere nobis. Pater, Ave.

Deinde novies:
V.
Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus exercituum. Pleni sunt caeli et terra maiestatis gloriae tuae. Gloria Patri, Gloria Filio, Gloria Spiritui Sancto.
R. Tibi laus, Tibi gloria, Tibi gratiarum actio in saecula sempiterna, O Beata Trinitas!

V. AMOR Sancti, esto cunctarum animae meae operationum principium, quo iugiter sint divino beneplacito conformes. Amen.
R. Sanctus Deus, Sanctus fortis, Sanctus immortalis, miserere nobis. Pater, Ave.

Deinde novies:
V. Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus exercituum. Pleni sunt caeli et terra maiestatis gloriae tuae. Gloria Patri, Gloria Filio, Gloria Spiritui Sancto.
R. Tibi laus, Tibi gloria, Tibi gratiarum actio in saecula sempiterna, O Beata Trinitas!

Pietate tua, quaesumus, Domine, nostrorum solve vincula peccatorum, et intercedente beata semperque Virgine Dei Genetrice Maria cum beato Ioseph ac beatis Apostolis tuis Petro et Paulo et omnibus Sanctis, nos famulos tuos et loca nostra in omni sanctitate custodi; omnes consanguinitate, affinitate ac familiaritate nobis coniunctos a vitiis purga, virtutibus illustra; pacem et salutem nobis tribue; hostes visibiles et invisibiles remove; carnalia desideria repelle: aerem salubrem indulge; amicis et inimicis nostris caritatem largire; Urbem tuam custodi; Pontificem nostrum Benedictum conserva; omnes Praelatos, Principes cunctumque populum christianum ab omni adversitate defende. Benedictio tua sit super nos semper, et omnibus fidelibus defunctis requiem aeternam concede. Amen.

Te Deum * Patrem ingenitum, te Filium unigenitum, te Spiritum Sanctum Paraclitum, sanctam et individuam Trinitatem, toto corde et ore confitemur, laudamus, atque benedicimus: tibi gloria in saecula.

V. Benedicamus Patrem et Filium cum Sancto Spiritu.
R. Laudemus et superexaltemus eum in saecula.

Oremus. Omnipotens sempiterne Deus, qui dedisti famulis tuis in confessione verae fidei, aeternae Trinitatis gloriam agnoscere, et in potentia maiestatis adorare Unitatem: quaesumus, ut eiusdem fidei firmitate ab omnibus semper muniamur adversis. Per Christum Dominum nostrum. R. Amen.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

I Encontro “Consagra-te!”, com Pe. Paulo Ricardo!

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Convidamos a todos para participarem do I Encontro “Consagra-te” em Várzea Grande-MT (ao lado de Cuiabá), com pregação do Pe. Paulo Ricardo.


O Pe. Paulo estará pregando a respeito da “Consagração Total a Santíssima Virgem”, pelo método que São Luis Maria Montfort nos ensina no seu maravilhoso livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”.

Este era o livro de cabeceira do saudoso Papa João Paulo II. Foi por esta Consagração que João Paulo II assumiu o lema “Totus Tuus” (“Todo Teu”, Todo de Maria…).

O “Consagra-te” será realizado no dia 26 de Junho, na Paróquia Cristo-Rei (Várzea Grande-MT).

Seguem as informações do evento:

- Início: 8h30min
- Encerramento: 16h (Santa Missa)
- Local: Paróquia Cristo Rei
- Endereço: Rua Deputado Emanuel Pinheiro nº 200. Cristo Rei – Várzea Grande – MT
- Valor da inscrição: R$10,00 (com almoço)

Locais para a inscrição:

– Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá
- Radio Difusora (Cuiabá-MT)
- Paróquia Cristo Rei (Várzea Grande-MT)

Para mais informações e inscrições via e-mail: consagrate@hotmail.com ou (65) 3685-2097.

Para as pessoas que forem de outras cidades, haverá alojamento para passar a noite por preço acessível, e pode ser solicitado pelo e-mail acima.

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A Virgem Maria, Senhora Eucarística

Taiguara Fernandes e Cleiton Robson

“Ainda que não tenhais recebido o Sacramento da Ordem, fostes cumulada de toda a dignidade e graça que ele confere, e por conseguinte sois proclamada com justiça: a ‘Virgem Sacerdote’”. As palavras são do Papa São Pio X na sua oração a Nossa Senhora, Rainha do Clero; causou – e a alguns ainda causam – espanto que o Papa se refira à Santíssima Virgem como “Sacerdote”.

Longe de qualquer investida modernista – S. Pio X foi o Papa que desferiu o anátema contra esta heresia. A expressão de Sua Santidade explica-se à luz de sua própria oração:
Ó Maria, Mãe da Misericórdia, Mãe e Filha d’Aquele que é o Deus de toda consolação, Dispensadora dos tesouros de Deus, Ministra de Deus, Mãe do Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, Vós que sois ao mesmo tempo Sacerdote e Altar, Tabernáculo Imaculado do Verbo de Deus [...]. Ó Virgem Imaculada! Vós não somente nos destes o Pão Celeste, Cristo, para a remissão dos nossos pecados, mas sois vós mesma uma ‘Hóstia Agradabilíssima’ oferecida a Deus, sois a Glória dos Sacerdotes!
Maria é a “Virgem Sacerdote” não porque tenha recebido a Ordem, mas porque todo ministro ordenado tem, no fim das contas, uma vocação mariana: dizer o fiat ao pronunciar as palavras da Consagração, fazer de suas mãos um útero para, como Maria, receber o Corpo e Sangue de Nosso Senhor.

"Nossa Senhora é a Mulher Eucarística por excelência", como continua o Beato João Paulo II:
Maria pode guiar-nos para o Santíssimo Sacramento porque tem uma profunda ligação com ele. [...] Maria praticou a sua fé eucarística ainda antes de ser instituída a Eucaristia, quando ofereceu o seu ventre virginal para a encarnação do Verbo de Deus. A Eucaristia, ao mesmo tempo que evoca a paixão e a ressurreição, coloca-se no prolongamento da encarnação. E Maria, na anunciação, concebeu o Filho divino também na realidade física do corpo e do sangue, em certa medida antecipando n’Ela o que se realiza sacramentalmente em cada crente quando recebe, no sinal do pão e do vinho, o corpo e o sangue do Senhor.” (Ecclesia de Eucharistia, nn. 53.55).
É o ventre da Virgem que primeiro recebe o Corpo e Sangue de Cristo; mais: é deste ventre que o Filho de Deus retira seu Corpo e Sangue, como proclamou o Concílio de Éfeso contra Nestório.

Eis o motivo pelo qual Maria pode guiar-nos ao Santíssimo Sacramento: Ela, pela Fé, foi quem encontrou primeiro o caminho; Ela soube primeiro adorá-Lo, entregar-se a Deus em seu Corpo e Sangue, Alma e Divindade, realmente presente em seu ventre, como nos Sacrários. Magnificat anima mea Dominum! Foi Ela a primeira a elevar a alma a Deus diante deste insondável mistério.

S. Luís de Montfort, no seu “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, não hesita em propor a “escola eucarística de Maria”:
Suplicareis a esta boa Mãe que vos empreste seu coração, para, com as mesmas disposições, receberdes seu Filho. Fareis ver a ela que importa à glória de seu Filho não ser introduzido num coração tão manchado como o vosso, e tão inconstante, que havia de tirar-lhe a glória ou perdê-la; se ela, entretanto, quiser habitar em vós para receber seu Filho, pode-o facilmente, em vista do domínio que tem sobre os corações; e por ela seu Filho será bem recebido, sem mancha e sem perigo de ser ultrajado” (Petrópolis: Vozes, 2009; p.251).
A consagração, que dá à Virgem Maria o domínio perfeito dos corações, cria em nós um "coração eucarístico", como o d'Ela. É a Virgem Maria quem nos faz Eucarísticos, quem nos ensina a adorarmos seu Filho e o modo como devemos ser seus servos, seus escravos por amor.

Aqui, o que está em jogo é a salvação das almas; é o fato de um geração inteira ser perdida ou salva. Por isso, nos preparemos por este meio tão eficaz, que conduziu tantos, ao longo dos séculos, à glória das alegrias eternas, já antecipando cá na nesta terra o Reino do Senhor Jesus Cristo, por intermédio da Virgem Santíssima; mostrando que somos "herdeiros da bênção, filhos da mais nobre estirpe real" (São Maximiliano Maria Kolbe).

terça-feira, 14 de junho de 2011

Fotos de Missas dos Eremitas Carmelitas na Semana Santa

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Nossos leitores devem conhecer a nova congregação dos Eremitas Carmelitas, fundada aqui no Brasil. Aos que não conhecem, recomendo o link da entrevista com os frades e também as fotos de uma Missa celebrada pelo prior do Carmelo Eremítico na intenção de nosso apostolado.

Abaixo, algumas outras fotos que o Fr. Tiago, superior do instituto, nos manda, de Missas celebradas por eles no rito carmelitano clássico durante a Semana Santa:

 

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

5 motivos para dizer "não" às "capelas ecumênicas"

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Republicamos outro excelente artigo do amigo e leitor do Salvem a Liturgia, Vinícius Farias, do seu blog Sentinela no escuro.
Capela ecumênica do hospital São Luiz, em São Paulo
1-O fim das imagens: Você já viu imagens da Virgem Maria ou dos santos numa capela dessas? Como não há normas claras para a construção de "capelas ecumênicas", não se pode dizer quantos símbolos cada confissão religiosa pode ter; ou ainda, se é permitido ter símbolos religiosos. As capelas ecumênicas que já visitei não têm símbolo algum. São espaços vazios com bancos. Quando muito estes espaços têm uma cruz. Porém, se o objetivo é ser um local comum a mais de uma confissão cristã, como contemplar democraticamente os iconoclastas e aqueles que veneram as imagens sacras?
2-Incentivo ao “pancristianismo”: o ecumenismo surgiu com missionários protestantes que queriam solapar as diferenças interdenominacionais em prol do anúncio do Evangelho. Estima-se que existam cerca de 33.800 diferentes denominações protestantes no mundo, cada uma com suas diferenças doutrinárias, de espiritualidade e organizacionais. Ainda assim é, de certa forma, fácil encontrar pontos em comum que de forma falaciosa poderiam levar as pessoas a acreditarem que existiria uma religião cristã tendo como vértice a figura de Jesus Cristo. Porém, para os católicos existe um erro crucial nesta história toda: Cristo não escolheu apóstolos, deixou um líder (“Tu és Pedro”), fundou uma Igreja (“Sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”) e inspirou os evangelistas para que cada um interpretasse a Verdade de forma particular. Claro que Jesus não disse “Tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a Igreja Católica” ou “deixarei sete sacramentos que devereis observar”. Ainda assim, a compreensão de que precisa haver uma só Igreja verdadeira é lógica. Existem protestantes que são salvos? Claro que sim. Porém, os meios que tiveram para salvarem-se têm uma raiz na Igreja dos Apóstolos – a Católica Apostólica Romana, seja por meio das Sagradas Escrituras, seja por meio dos sacramentos válidos que algumas ainda observam.
3-Confusões sincréticas: o sincretismo no Brasil é algo fortíssimo. A relação entre o candomblé e o catolicismo, por exemplo, remonta da proibição por parte da Igreja do culto aos orixás trazidos pelos escravos vindos da África. Para burlar tal proibição, eles utilizavam as imagens católicas que paulatinamente foram associadas aos deuses africanos. É muito comum no Brasil vermos católicos lendo livros espíritas, espíritas que freqüentam uma sessão num dia e a missa no outro ou mesmo protestantes que freqüentam o culto, mas andam com uma imagem da Virgem na carteira. Sabe-se que o Espírito Santo sopra onde quer, assim, podemos afirmar que existem coisas boas nas mais diversas religiões, porém a indivisibilidade da Verdade impede que uma pessoa possa salvar-se (respeitada a ignorância) sem acreditar de modo pleno no que a Igreja prega. Isto porque quando criamos uma forma particular de seguir Cristo, não estamos aceitando plenamente sua mensagem (o ônus e o bônus) que é a mesma para todos. Estamos construindo de forma egoísta um cristianismo ao nosso modo, que claramente distoa do projeto de salvação desejado pelo Filho de Deus. A pessoa até se alimenta com o biscoito esfarelado, mas muito será perdido quando ele é passado de uma mão para outra.
4-O império do relativismo: um grande expoente da Igreja no Brasil, o padre Fábio de Melo certa vez afirmou que “se nós somos cristãos, não importa que você seja evangélico, que eu seja católico…não importa!”. Você imaginaria um muçulmano falando nestes termos? Pergunte a um protestante fiel da Assembléia de Deus se, para ele, não há nenhum problema em ser católico. Mais uma vez o problema aqui está na coerência. Se eu acredito que a Igreja Católica é a verdadeira, fundada por Jesus Cristo e quero anunciar esta verdade para os outros, como fazê-lo se “a religião não importa”? Recentemente vimos um movimento de anglicanos entrando em comunhão com a Igreja Católica. Sim, eles buscaram os bispos e declararam: “eu era protestante, hoje aceito que a Igreja católica é a verdadeira e única Igreja de Cristo”. Bom, se a Igreja dissesse que todas as religiões eram boas e que nada se perde em ser protestante, qual o motivo que eles teriam para tornarem-se católicos? Isto é relativismo “brabo”! Parte-se do pressuposto que há uma forte crise na identidade católica – identidade esta que remonta aos apóstolos. Será que é isto que devemos defender? Muitos opõem-se ao que disse acima afirmando: “mas assim você só cria divisões e guerras santas”, mas pelo que sei, o cristianismo é uma proposta, um convite. Nada deve ser imposto. Porém, não é por isso que eu devo mitigar o que acredito para agradar gregos e troianos. A Verdade é um motor que se move por energia própria. Quem seria tolo de forçar o motor e danificar a máquina? Ademais, vou explicar-vos de modo prático como funciona o ecumenismo destas capelas: cada um, NO SEU HORÁRIO, reza ao seu modo. Isto é unidade?
5-A desvalorização da arte católica: se o ecumenismo destas capelas é bom e deve ser proclamado dos telhados, por que eu, como padre católico, deveria gastar tempo, dinheiro e ter dores de cabeça com a arte sacra? A arte cristã é admirável até mesmo pelos não-crentes. É um patrimônio da humanidade em honra ao Deus altíssimo. As obras oferecidas em honra a Deus vêm desde o antigo testamento. Quem não se lembra da lendária arca da aliança que, segundo o livro do Êxodo, era ricamente adornada por anjos? Hoje em dia vemos Igrejas desnudas, como verdadeiras recepções de hospitais. São brancas, estéreis, rapidamente construídas, sem Sacrifício. Antigamente a construção das igrejas durava séculos. A dimensão do eterno estava em cada detalhe. O homem fazia por amor a Deus e este amor era tão grande que precisava ser expressado de uma forma concreta. Assim, este falso ecumenismo, quando aplicado à arte cristã, culmina num empobrecimento e numa simplificação dos templos. Eu me sinto muito mal quando entro num lugar assim. Sinto a presença de qualquer coisa, menos de Deus porque aquilo foi construído para agradar o convívio humano, não para a glória de Deus. Ademais, tudo convida para uma falta de respeito com o local. Existe um ditado que diz: “aquilo que é de todo mundo acaba não sendo de ninguém”. E o respeito pelo que não pertence a ninguém é preservado? O que impediria um protestante de levar um bolo para comemorar o aniversário de um irmão depois do culto e colocá-lo em cima do altar (se ele existir)? O que impediria um espírita que crê em Jesus Cristo de invocar as entidades no mesmo lugar em que se invoca o Espírito Santo? Para mim isto tudo é muito estranho…Por fim, não vejo prejuízo para um protestante que usa um local sem adornos artísticos, menos ainda para um espírita. Só há uma parte que sai perdendo. Nisto tudo deveríamos abraçar a queda das almas pelo respeito humano e em prol do políticamente correto. Não sei se as capelas ecumênicas caem tão bem ao projeto de unidade entre os cristãos.
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