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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Nova tradução do Missal Romano: "para que haja sempre uma melhor compreensão e fidelidade ao texto original"

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Já comentamos aqui a respeito da tradução vigente no Brasil do Missal Romano e de suas imprecisões e mesmo omissões. Também já comentamos um pouco a respeito da tradução em andamento da terceira edição do Missal Romano. Infelizmente a falta de informação por parte da Comissão Episcopal para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) nos impede de acompanhar mais de perto o trabalho sendo realizado. Contudo, as últimas notícias que nos chegam diretamente da Assembléia Geral dos Bispos do Brasil são muito animadoras, via Gaudium Press.

De acordo com Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora (MG), membro da Congregação para a Educação Católica (desde 2007, nomeado pelo Papa Bento XVI), "o que estamos vendo é uma tradução mais adequada das orações que estão em latim, sejam as orações da Missa, sejam as orações também eucarísticas que são fixas e esta tradução é importante para que haja sempre uma melhor compreensão e fidelidade ao texto original".

Quanto à demora na tradução brasileira, Dom Gil afirma que trata-se de um trabalho minucioso, tendo "todo o cuidado, não palavra por palavra, mas vírgula por vírgula", e que "esperamos que seja finalizado em breve, mas eu não tenho a ilusão de saia de hoje para amanhã".

Vale recordar que na época de nossa tradução vigente (segunda edição do Missal Romano) a questão da tradução ainda estava um pouco solta. O passar do tempo e a observação prática dos efeitos positivos e negativos das diversas traduções vernaculares, cada qual guiado por um determinado princípio, levou a um maior discernimento. E assim, foi publicada em 2001 a Instrução LITURGIAM AUTHENTICAM [1] pedindo fidelidade aos textos originais latinos (mas também gregos, hebraicos e aramaicos).

É reconfortante ver que nossos bispos estão procurando ser fiéis ao que pede a Santa Igreja. Não apenas porque devemos servir a Igreja como ela quer ser servida, mas porque as traduções fiéis aos originais manifestam uma maior unidade de todos os fiéis do Rito Romano, independentemente da língua que falam, bem como revelam os tesouros de nossa tradição litúrgica. E mais, não nos transmite uma certa segurança saber que já na Oração Eucarística de Santo Hipólito de Roma (meados do séc. III) [2] encontramos o diálogo que antecede o prefácio (- Dominus Vobiscum. - Et cum spiritu tuo. ...), e que este provavelmente data dos tempos apostólicos[3]?

Por fim, no maior espírito de humildade, deixamos uma sugestão para a Cetel: embora entendamos que um certo sigilo seja conveniente para o bom andamento dos trabalhos da comissão, por que não disponibilizar um rascunho de parte das traduções já aprovadas pela CNBB ou pela Santa Sé (supondo que a aprovação seja por partes)? Foi o que fez a conferência episcopal norte-americana (atualmente, com a tradução aos falantes de língua inglesa já concluída, o rascunho do Ordinária da Missa foi removido do site da conferência). Certamente isso colaboraria para que os novos textos, mais fiéis ao texto latino, fossem sendo acolhidos de forma mais gradual e com o maior e devido cuidado que a introdução da nova tradução exigirá.

Coloquemos o trabalho da Cetel em nossas orações, para a maior glória de Deus e para o bem do povo de Deus.

[1] Quinta Instrução "Para a Reta Aplicação da Constituição sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II" LITURGIAM AUTHENTICAM: Sobre o uso dos idiomas vernaculares na publicação dos livros da Liturgia Romana. Disponível na íntegra em latim e inglês; press release disponível em português.

[2] ROUET, Albert. A missa na história. São Paulo: Paulinas, 1981.

[3] Dominus Vobiscum - Catholic Encyclopedia.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Triduum: Sexta-feira Santa em Santana de Parnaíba, SP

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Recebemos a gentil mensagem de um leitor, com fotos:

Boa tarde caro Rafael,

Mando algumas imagens da Solene Ação Litúrgica da Paixão do Senhor celebrada pelo padre Antonio Marques Soares, OCRL, em Santana de Parnaiba, na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Algumas são do Ofício das Trevas, que não foi o próprio da Liturgia das Horas, mas sim, uma para-liturgia, com o canto de sete salmos escolhidos dos ofícios da Sexta feira da Paixão.

Espero que estas imagens possam servir de exemplo e que vos sejam úteis em vosso blog.

Em Cristo Ressuscitado,

Jean Carlo.




















































































segunda-feira, 23 de abril de 2012

Flagrantes dos ordinariatos para ex-anglicanos na Inglaterra e na América

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Fotos da primeira Missa do Pe. James Bradley, ex-pastor anglicano convertido, e incardinado no Ordinariato Pessoal Nossa Senhora de Walsingham, para os fiéis oriundos do anglicanismo na Inglaterra e País de Galos, celebrada dia 22 de abril na Igreja do Espírito Santo, em Balham. Nota-se o estilo bastante inglês/anglicano da arquitetura e do ambiente em geral.
O repertório musical da Missa em rito romano, forma ordinária, constou de:
Missa Ego Flos Campi (de Padilla)
O Sacrum Convivium (Tallis)
Regina Caeli a8 (Guerrero)
O pregador foi o Pe. Stephen Langridge.
As fotos nos chegaram pelo Flickr.

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O outro assunto relaciona-se ao Ordinariato Pessoal da Cátedra de São Pedro, para os Estados Unidos. Não se sabe ainda se os fiéis canadenses vindos das igrejas anglicanas irão juntar-se a essa circunscrição eclesiástica ou terão sua própria estrutura.
O Arcebispo de Ottawa, Canadá, D. Terrence Prendergast, celebrou no dia 15 de abril, na Basílica de São Patrício, uma Missa no uso anglicano, o rito próprio das comunidades recebidas na Igreja Católica, influenciado pelo Book of Common Prayer e com traços marcadamente específicos da liturgia inglesa medieval (da época católica, o uso de Sarum). A Missa foi celebrada para a recepção de novos ex-anglicanos, com o Bispo na posição versus Deum.
O estilo das vestes e a própria igreja são bem ingleses, mostrando a influência do colonizador em terras canadenses, bem como acentuando o ethos do patrimônio anglicano (neste caso, em uma igreja católica). As fotos são tiradas do New Liturgical Movement.

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Triduum: Sermão das Sete Palavras, em Corumbá, MS

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Procissão do Senhor Morto e Sermão das Sete Palavras, na Sexta-feira Santa, na Catedral da Candelária, Corumbá, Mato Grosso do Sul, celebradas pelo Pe. Fábio Vieira. 







domingo, 22 de abril de 2012

Reforma da reforma e o sacramento do Batismo

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Mais um artigo de nossa despretensiosa série sobre uma futura unificação das formas do rito romano, conduzindo o mundo católico a uma normalidade litúrgica. Desta vez, teceremos comentários a respeito das cerimônias que cercam o Batismo.

Dia desses, meu segundo filho, Bento, foi batizado. Usamos a forma extraordinária, em vernáculo e latim. Minha primeira filha, Maria Antônia fora batizada pela forma ordinária, igualmente em vernáculo e latim. A comparação entre as duas formas foi inevitável.

Em um primeiro momento, confesso que fiquei muito feliz ao ver um libanês pelotense, ministro extraordinário da Comunhão, que acompanhou o batizado do Bento, no batistério da Catedral Metropolitana de Pelotas, RS, para depois fechar a igreja, nos dizer: "Que lindo o ritual antigo... Parece muito o meu rito maronita." De fato: os ritos tradicionais, ainda que diferentes em muitos aspectos uns dos outros, parecem falar a mesma linguagem, por serem naturais, orgânicos e não criação de liturgistas de laboratório.

Há muitos elementos da forma extraordinária do Batismo que deveriam ser aproveitados em uma unificação litúrgica romana: o uso de duas estolas, roxa para a primeira parte, e branca ou doutorada para a segunda, indicando que o candidato ainda não é filho de Deus e está se penitenciando; o início do Batismo obrigatoriamente fora da igreja (e sua entrada será triunfal e simbólica da entrada na Igreja Católica); os diversos exorcismos; a profundidade dos textos das orações e monições; as duas profissões de fé (uma para a assembléia, que reafirma que crê, e outra para o batizando, que responde pela boca dos pais e padrinhos); a estola roxa sendo colocada sobre o ombro esquerdo do batizando ao entrar na igreja (mostrando que a Igreja o acompanha com a penitência, e que ele, o batizando, é penitente e se "veste" de roxo, quase como o sacerdote, nos ritos orientais, sobrepondo a estola sobre quem se confessa para indicar o poder sacerdotal de absolver pecados).

Entretanto, não há que se negar que na forma ordinária existem elementos positivos: as leituras bíblicas (não com tantas opções como é hoje, frise-se, para que não se dê aquele clima de liberdade excessiva e muita escolha, que tanto ajudam a dessacralizar o rito e a transmitir a idéia de que se pode fazer qualquer coisa), o canto de um hino ao Espírito Santo (mas que seja fixado um, o Veni Creator, e não dando espaço para qualquer hino), e o uso do pluvial pelo celebrante (no rito antigo, só o Bispo usa).

Penso que o pluvial para o sacerdote unifica as normas, dado que em todas as celebrações extra-Missa do rito antigo que requeiram mais cerimônias, o padre usa pluvial, menos no Batismo e Matrimônio. Cria-se uma mentalidade muito "de lista", e não de princípios, e o princípio deveria ser de que o pluvial é o paramento extra-Missa, para padre e para Bispo, e não em uns para padres e Bispos, e em outros momentos só para Bispos. Ademais, é um paramento muito bonito e imponente: o celebrante poderia usar só a estola roxa no início do Batismo e, depois, ao trocá-la pela branca, envergar o pluvial.

É um ponto positivo que o rito antigo do Batismo seja econômico nas lições (na verdade, é tão econômico que não há sequer uma leitura bíblica), e é positivo que o rito novo se preocupe em ter lições (mas não com tantas opções como, infelizmente, é hoje). O melhor, a nosso ver, seria o justo termo: uma leitura só, do Evangelho, e específica sobre o Batismo, sem outras opções ad libitum.

Homilia do 3º Domingo da Páscoa, por Pe. Paulo Ricardo

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sábado, 21 de abril de 2012

A Forma Extraordinária entre os Príncipes da Igreja

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Recentemente circulou no Facebook a seguinte imagem, contendo uma lista de cardeais que celebram a Santa Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano, popularmente conhecida como "missa tridentina":


Infelizmente não temos conhecimento da alma caridosa que preparou esta compilação, mas a fim de atestar sua veracidade, trazemos fotos de alguns destes cardeais celebrando a Santa Missa na Forma Extraordinária. Além do mais - precisamos ressaltar - esta lista não é completa, como mostraremos a seguir.

Cardeal Burke, Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, na Basílica de São Pedro
Cardeal Cañizares, Prefeito da Congregação para o Culto Divino
Cardeal Malcon Ranjith
Cardeal George Pell, arcebispo de Sydney na Austrália
Cardeal Francis George, Arcebispo de Chicago
Cardeal Walter Brandmüller
Cardeal Dario Hoyos
Cardeal Franc Rode
E, não mencionados na lista, lembramos também:

Cardeal Domenico Bartolucci
Cardeal Francis Arinze
Cardeal Giuseppe Betori, Arcebispo de Florença
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