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quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Eucaristia e a humildade


"Eis que se humilha diariamente, como quando veio do trono real (Sb 18, 15) ao útero da Virgem; vem diariamente a nós ele mesmo aparecendo humilde; des­ce todos os dias do seio do Pai (cfr. Jo 6,38; 1,18) sobre o altar nas mãos do sacerdote." (São Francisco de Assis. Admoestationes, I, 16-18)

Hoje que a Igreja celebra a Solenidade de Corpus Christi, é oportuno fazermos uma reflexão acerca do testemunho silencioso que encerra o Santíssimo Sacramento. De fato, Jesus Cristo sendo Deus consubstancial ao Pai e ao Espírito Santo, humilhou-se na Sua Encarnação, ao assumir a frágil condição humana, e ao viver na obediência, como servo (Fl 2, 6-11). Mas também na Sagrada Eucaritsia, na qual o Senhor renova a obra da Redenção, Ele renova também a sua humilhação. Alguns autores usaram mesmo o termo grego kenosis, "aniquilamento", para definir esse ato de humildade de Jesus na Eucaristia. Pois consideremos que ele é Deus Todo-Poderoso, Rei e Senhor do Universo, Santíssimo, e que desce dos Céus sob o aspecto inofensivo do pão e do vinho, a tal ponto que se deixa ser carregado pelos homens, e mesmo expondo-se ao risco de profanação! Aparece na Eucaristia como cordeiro manso do sacrifício, tal como na Sua Paixão.

"Aí o tens: é Rei de Reis, e Senhor de Senhores. - Está escondido no Pão.
Humilhou-se até esse extremo por amor de ti." (São Josemaría Escrivá. Caminho, 538)

Assim, mesmo estando aparentemente passivo escondido sob o véu das aparências de pão e do vinho, o Senhor nos dá um grandioso testemunho de humildade. Que ao contemplarmos o Santíssimo Sacramento, sejamos humildes, reconheçamos nossos pecados, fraquezas e imperfeições e roguemos a Jesus, modelo de humildade, que nos ajude a sermos mais humildes e a abrirmos nossas fraquezas para Sua Graça afim de que por ela sejamos fortaleçidos. E que, nesse espírito de humildade, saibamos examinar bem nossa consciência afim de não receber este excelso Sacramento se estivermos em estado de pecado mortal, fazendo comunhão espiritual expressando o desejo de receber o Senhor dignamente e pedindo a Ele a Graça de um arrependimento firme e sincero, bem como de uma santa confissão. E, quando estivermos em estado de graça, peçamos a Ele que aumente sempre a nossa Graça, a fim de nos fortalecer no Amor e na prática das virtudes.

Por fim, lembremos sempre de ao passarmos diante de um Sacrário onde Cristo estiver presente de confessar-Lhe "Senhor, eu creio! Mas aumenta a minha Fé!"
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