Continuação da postagem de ontem.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Dedicação da Igreja de Santo Estêvão, em SP - Parte II (fim)
terça-feira, 1 de março de 2011
Dedicação da Igreja de Santo Estêvão, em SP - Parte I
Recebi as fotos abaixo do Sem. Gian Ruzzi, da Diocese de Campo Limpo, que recentemente terminou seus estudos de teologia no Seminário Maria Mater Ecclesiae, dirigido pelos Legionários de Cristo em Itapecerica da Serra, SP, apresentando justamente uma monografia sobre o pensamento litúrgico de Bento XVI e seu modo de fazer uma “reforma” a liturgia.
Nas palavras do seminarista:
A Igreja é bem bonitinha, mas, como se percebe, não é nenhuma basílica ou esplendor de arte sacra. O especial dela é o seguinte: ela prova por A + B que é possível fazer um trabalho digno em uma periferia. A pedra fundamental foi lançada em 26 de dezembro de 2009 e a dedicação do altar e da Igreja exatamente um ano depois.
A capela tem mármore à meia parede, torre, piso e presbitério de granito, todas as alfaias e vasos sagrados de material nobre, painéis em afresco, quadros, lustre, enfim tudo muito direitinho e sem um centavo da Alemanha. Todos os recursos foram obtidos com rifas, festas, quermesses e com alguma ajuda de uma paróquia irmã.
Interessante notar as pinturas, no teto do presbitério, retratando exclusivamente santos diáconos, ou seja, que foram ordenados no mesmo grau do sacramento da Ordem em que Santo Estêvão, titular da igreja: São Francisco de Assis, Santo Efrem da Síria, São Lourenço, São Vicente Mártir, São Marino etc.
Continua amanhã...
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A natureza sacrifical da Missa à luz do Antigo Testamento
Entre os hebreus, o sacrifício de cordeiros, bodes, touros, etc, já era comum na época dos Patriarcas. Contudo, após o Exôdo, Deus por meio da revelação instituiu sacrifícios, ritos e um sacerdócio regulamentado e institucionalizado. A razão é que estes ritos simbolizariam melhor as realidades sobrenaturais. No sacrifício dos animais, o homem “passava” seus pecados para o animal a ser sacrificado, simbolizando que seus pecados deviam “morrer” junto com a vítima imolada no altar. Mas certamente o rito mais significativo era o do Cordeiro Pascal. O Cordeiro pascal era sacrificado e sua carne deveria ser consumida completamente. Nos ritos antigos, para que o fiel pudesse se unir, entrar em comunhão com a oferenda do altar, deveria comer da carne oferecida. É nesse sentido que São Paulo advertia sobre o fator pecaminoso de se comer carnes oferecidas aos ídolos, pois seria como comungar de uma oferenda a um falso deus. O Cordeiro pascal representava a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito e relembrava a Aliança de Deus com o povo eleito.


Iluminura de uma edição francesa de 1410 do "Rationale Divinorum Officiorum" do Arcebispo Guillaume Durand (séc. XIII): A Imagem mostra uma missa sendo celebrada por um bispo e ao lado mostra alguns tipos de oeferendas sacrificais do Antigo Testamento, evidenciando que estas simbolizavam o Sacrifício perfeito da Eucaristia.