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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Acompanhe, ao vivo, a Solene Ação Litúrgica da Paixão, com o Papa, direto de Roma (com atualizações de fotos!)

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Clique neste link para assistir, via EWTN, a Solene Ação Litúrgica de Sexta-feira Santa, celebrada pelo Papa Bento XVI, na Basílica de São Pedro, a Basílica Vaticana.

Algumas fotos, postadas também ao vivo pelo New Liturgical Movement, a que estamos dando updates, conforme se passa a liturgia:

A procissão, em SILÊNCIO, como manda o Missal para este dia, e não com "musiquetas" como na maior parte do Brasil... Notem o Papa com uma bela casula romana.

O altar desnudo e a oração em silêncio.





Canto, em latim, da Primeira Leitura.

A mitra simples, como manda o Cerimonial dos Bispos... Infelizmente, alguns Bispos e padres no Brasil não fazem a necessária distinção entre os tipos de mitra e usam uma pela outra...

O canto, em latim, do Salmo Responsorial, conforme o Graduale Simplex (o Romanum traz o Gradual, não o Responsorial).

Segunda Leitura, em latim também.


Os livros da Paixão.



Canto da Paixão, por diáconos.


O diácono "Cristo", o diácono "Sinagoga" e o diácono "Evangelista", como tradicionalmente se faz (outras opções: o sacerdote e dois diáconos, ou o sacerdote, um diácono e um subdiácono/acólito instituído).




Ao anúncio da morte de Cristo, todos se ajoelham e assim permanecem, durante um tempo, em silêncio.

Os diáconos, ajoelhados e versus Deum.









A homilia é feita pelo Pregador Oficial da Casa Pontifícia, Pe. Fr. Raniero Cantalamessa, OFMCap, que pregou ao Papa durante toda a Quaresma.



Kyrie Eleison! - A Oração Universal...


O diácono traz a Cruz para a adoração...

Ecce lignum crucis!










O Papa, como manda o Missal, tira a casula, e como manda a tradição da liturgia pontifícia, também tira os sapatos.


Cristo é adorado por seu Vigário!



Os Cardeais, em vestes corais, adoram a Cruz.

O Papa abençoa o povo com a Cruz.


O diácono traz, com véu umeral, o Santíssimo Sacramento, que era adorado no altar da reposição desde o fim da Missa de ontem.









O cerimoniário pontifício, Mons. Guido Marini, comunga, na boca e de joelhos. Vejam a humildade de um monsenhor... Enquanto isso, simples leigos, insuflados pela teologia da Ir. Ione Buyst, OSB, acham um absurdo comungar desse modo piedoso e significativo.




Oração sobre o povo.



No escuro da Basílica, o Papa se retira em silêncio... Um sinal para nossa balbúrdia litúrgica, em suas ensurdecedoras e "inculturadas" guitarras e baterias...

Celebração da Santa Cruz e Procissão "Ecce Homo", em Braga (Portugal)

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Vale a pena conferir!



Procissão "Ecce Homo"

Semana Santa no Brasil com dignidade, sacralidade e respeito às rúbricas - IV (Oficio das Trevas na Catedral de Frederico Westphalen - RS)

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O Oficio das Trevas, rezado na Semana Santa em diversas igrejas do mundo, apesar de não estar prescrito nos livros litúrgicos reformados pelo Concílio Vaticano II, provém de antiquíssima tradição na Igreja. Esse Ofício compreende os Salmos e Leituras das Matinas e das Laudes da Quinta-feira "In Coena Domini", do Breviário Romano (Editio XIV Juxta Typicam, Amplificata XII), anterior à reforma litúrgica e deve ser rezado depois do pôr do sol da Quarta-feira Santa e antes do amanhecer da Quinta-feira "In Coena Domini". Também na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo se rezam esse Ofício.

Cabe lembrar que no atual breviário, posterior à reforma litúrgica, é possível, segundo a Santa Sé, fazer um Ofício das Trevas adaptado, usando o Ofício de Leituras e as Laudes dos mesmos dias. Na falta de rubricas específicas, adaptam-se as do rito anterior.

É chamado "de trevas", pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente 14 velas em memória das trevas que cobriram a humanidade na morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para este fim é usado o cadenlabro triângular com quinze velas (chamado de tenebrário). A vela da ponta representa o Cristo, e as demais representam os onze apóstolos e as três Marias. Ao final do ofício só a vela que representa Cristo permanece acesa. A escuridão do templo, em quase total penumbra, representa a escuridão da humanidade e o abandono sentido pelo Redentor do Mundo no Horto das Oliveiras.


Como o Ofício das Trevas não está mais previsto no rito atual, há inúmeras possibilidades de fazer um serviço litúrgico com esse nome: o próprio Ofício no rito antigo, a adaptação para o rito atual, e uma para-liturgia usando alguns elementos do rito. Foi essa última opção a escolhida em Frederico Westphalen: utilizaram-se dos textos traduzidos para o vernáculo do rito antigo, cantados em reto tom, para a celebração, na Terça-feira Santa, do Ofício de Quinta-feira Santa.


Essa para-liturgia foi presidida pelo Exmo. e Rev. Dom Antonio Carlos, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen - RS.




quinta-feira, 1 de abril de 2010

A Santa Missa, memorial de um sacrifício - A dimensão sacrifical da Eucaristia

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Fundamentação bíblica

Se há fundamentações escriturísticas muito fáceis de serem assinaladas, são as que se referem à dimensão sacrifical da Eucaristia. Basta recordar as palavras da instituição eucarística, nos evangelhos sinóticos e em S. Paulo, e reler a promessa narrada por S. João (6,51), para nos darmos conta de que a intenção sacrifical não é uma invenção da Igreja.

Não há dúvida alguma de que, narrando as palavras da instituição recebidas pela Tradição, S. Paulo subentende a intenção sacrifical: Na noite em que ia ser entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, partiu-o e disse: "Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim". Do mesmo modo, ao fim da ceia, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança em meu sangue; todas as vezes que dele beberdes, fazei-o em memória de mim". E a versão de S. Lucas parece mais luminosa a este respeito: "Isto é o meu corpo que é dado por vós" (Lc 22,19). Compreendemos, assim, que o corpo não é somente dado em alimento, mas dado aos convivas presentes em sacrifício. Seja dito de passagem que, no N.T, encontramos o verbo 'dar' utilizado por Jesus para designar o seu sacrifício: "Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mc 10,45; Mt 20,28). A mesma precisão existem em S. Lucas a respeito do cálice. É assim que, onde Paulo fala de "nova aliança em meu sangue", Lucas acrescenta "derramado por vós": "Este é o cálice da nova aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós" (Lc 22,20). Teria Lucas querido completar a fórmula breve demais de Paulo, mesmo ao preço de uma difícil concordância gramatical? Em todo caso, a referência ao sacrifício realça de alguma maneira o dom do corpo e do sangue. E é necessário acrescentar que o próprio S. Paulo, em 1 Cor 11,26, não esconde o anúncio da morte de Cristo em cada Eucaristia, sem dúvida uma oferenda não sangrenta, mas não menos real: "Todas as vezes, pois, que comeis desse pão e bebeis desse cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha".

Aqueles que ainda teriam dificuldade para reconhecer o caráter sacrifical da Eucaristia precisarão apenas ler esta passagem de S. João: "Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo" (Jo 6,51). Neste versículo, a alusão sacrifical é tanto mais plausível, que Jesus não fala do dom de sua "vida", como em Jo 10,15.17 ou Jo 15,13, mas fala antes de sua "carne". A palavra "carne" não seria senão o equivalente de "isto é o meu corpo dado por vós", assim como "para que o mundo tenha vida" seria o equivalente de "para muitos". De seu lado, a alusão ao sangue que é preciso beber, em Jo 6,53, designaria o cálice sacrifical, o "sangue derramado por vós" dos relatos sinóticos.


O ensinamento de Trento

Na 22a. sessão do Concílio de Trento, em 17 de setembro de 1562, nos cânones 1 e 3, os padres conciliares são taxativos:

"Se alguém diz que na Missa não se oferece a Deus um sacrifício verdadeiro e autêntico, ou que esta oferenda está unicamente no fato de que o Cristo nos é dado em alimento, que seja anátema". (cf. DS 1751)

"Se alguém diz que o sacrifício da missa é apenas um sacrifício de louvor e de ação de graças, ou uma simples comemoração do sacrifício realizado na cruz, mas nãu um sacrifício propiciatório (...) que ele seja anátema". (cf. DS 1753)

No capítulo 1 da Doctrina, certamente tomaram cuidado de lembrar a instituição do santíssimo sacrifício da missa. Temos aqui dois trechos:

"(...) Como a sua morte, entretanto, não devia por fim ao seu sacerdócio (Hb 7,24), na última ceia, na 'noite' em que foi entregue, ele quis deixar à Igreja, sua esposa muito amada, um sacrifício visível onde seria representado o sacrifício sangrento, que se ia realizar uma única vez na cruz, cuja lembrança perpetuar-se-ia até o fim dos séculos (1 Cor 11, 23ss) e cuja virtude salutar aplicar-se-ia à redenção dos pecados, que nós cometemos cada dia..." (cf. DS 1740)

"(...) é uma única e mesma vítima, é o mesmo que oferece agora pelo ministério dos padres, que então se ofereceu a si mesmo na cruz; somente a maneira de oferecer é diferente. Os frutos desta oblação (sangrenta) são colhidos em grunde abundância por esta oblação não sangrenta (incruenta), que não prejudica aquela de modo algum". (cf. DS 1743)


O papa Pio XII, na Mediator Dei reforça o caráter sacrifical da Santa Missa:

"O augusto sacrifício do altar não é, pois, uma pura e simples comemoração da paixão e morte de Jesus Cristo, mas é um verdadeiro e próprio sacrifício, no qual, imolando-se incruentamente, o sumo Sacerdote faz aquilo que fez uma vez sobre a cruz, oferecendo-se todo ao Pai, vítima agradabilíssima".

Também o papa Paulo VI, na Carta Encíclica Mysterium Fidei afirma:

"O Senhor imola-se de modo incruento no Sacrifício da Missa, que representa o Sacrifício da Cruz e lhe aplica a eficácia salutar, no momento em que, pelas palavras da consagração, começa a estar sacramentalmente presente, como alimento espiritual dos fiéis, sob as espécies de pão e de vinho." (n.34)

O Concílio Vaticano II na Sacrosanctum Concilium deixa claro:

"O nosso Salvador instituiu (...) o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até Ele voltar, o sacrifício da Cruz". (n. 47)

E João Paulo II, na Carta Encíclica Ecclesia de Eucharistia, reafirma:

"Em virtude de sua íntima relação com o sacrifício do Gólgota, a Eucaristia é sacrifício em sentido próprio, e não apenas em sentido genérico como se se tratasse simplesmente da oferta de Cristo aos fiéis para seu alimento espiritual". (n.13)

Também o papa Bento XVI, na Exortação apostólica Sacramentum Caritatis, diz: "Jesus é o verdadeiro Cordeiro pascal, que se ofereceu espontaneamente a si mesmo em sacrifício por nós, realizando assim a nova e eterna aliança. A Eucaristia contém nela essa novidade radical, que nos é oferecida em cada celebração." (n.9)


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