Cabe lembrar que no atual breviário, posterior à reforma litúrgica, é possível, segundo a Santa Sé, fazer um Ofício das Trevas adaptado, usando o Ofício de Leituras e as Laudes dos mesmos dias. Na falta de rubricas específicas, adaptam-se as do rito anterior.
É chamado "de trevas", pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente 14 velas em memória das trevas que cobriram a humanidade na morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para este fim é usado o cadenlabro triângular com quinze velas (chamado de tenebrário). A vela da ponta representa o Cristo, e as demais representam os onze apóstolos e as três Marias. Ao final do ofício só a vela que representa Cristo permanece acesa. A escuridão do templo, em quase total penumbra, representa a escuridão da humanidade e o abandono sentido pelo Redentor do Mundo no Horto das Oliveiras.
Como o Ofício das Trevas não está mais previsto no rito atual, há inúmeras possibilidades de fazer um serviço litúrgico com esse nome: o próprio Ofício no rito antigo, a adaptação para o rito atual, e uma para-liturgia usando alguns elementos do rito. Foi essa última opção a escolhida em Frederico Westphalen: utilizaram-se dos textos traduzidos para o vernáculo do rito antigo, cantados em reto tom, para a celebração, na Terça-feira Santa, do Ofício de Quinta-feira Santa.
Essa para-liturgia foi presidida pelo Exmo. e Rev. Dom Antonio Carlos, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen - RS.