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sábado, 2 de outubro de 2010

Bento XVI menciona os Santos Anjos em Audiência Geral

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"Por fim, saúdo os jovens, os enfermos e os recém-casados. A festa de hoje dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, e a proximidade da Memória do Santo Anjo da Guarda, incita-nos a pensar sobre o cuidado providente de Deus que cuida de cada pessoa humana. Olhem ao seu lado, queridos jovens, para presença dos Anjos e sejam guiados por eles, de modo que toda a sua vida seja iluminada pela Palavra de Deus, vós, queridos doentes, auxiliado por seus Anjos da Guarda juntem os seus sofrimentos aos de Cristo pela renovação espiritual da sociedade humana. E vocês, queridos noivos usem muitas vezes a ajuda de seus anjos da guarda para que vocês possam crescer no testemunho constante de um amor verdadeiro"

Bento XVI. Audiência Geral do dia 29 de setembro de 2010




Pode ser visto aqui o Parvum Officium Sancti Angeli Custodis - Pequeno Ofício aos Santos Anjos da Guarda.

Onde estão os anjos na Liturgia da Igreja?

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Súpplices te rogámus, omnípotens
Deus: iube hæc perférri per manus
sancti Angeli tui in sublíme altáre tuum,
 in conspéctu divínæ maiestátis tuæ;
ut, quotquot ex hac altáris participatióne
sacrosánctum Fílii tui Corpus et
Sánguinem sumpsérimus, omni benedictióne
cælésti et grátia repleámur.

(Canône Romano ou Oração Eucarística I)

Humildemente Vos suplicamos, Deus
todo-poderoso, que esta nossa oferenda
seja apresentada pelo vosso santo Anjo
no altar celeste, diante da vossa divina
majestade, para que todos nós, participando
deste altar pela comunhão do
santíssimo Corpo e Sangue do vosso Filho,
alcancemos a plenitude das bênçãos
e graças do céu.

(Tradução literal do Texto em Latim - incluindo as partes omitidas na tradução brasileira)



Publicamos a seguir, um artigo do Professor Felipe Aquino, publicado em seu site.
Uma das provas mais claras da realidade dos anjos, é o culto litúrgico que a Igreja lhes presta. Sabemos que na vida da Igreja, “lex orandi, lex credendi”; a norma da fé é a norma da oração, reza-se conforme se crê. Santo Agostinho, já no século IV, afirmava que “é preciso honrar os anjos testemunhando´lhes amor e respeito, mas não adoração, a qual somente a Deus é devido”. Aos poucos, na vida da Igreja , foram se tornando comuns as orações e os oratórios em honra dos anjos. No século VI já se celebrava a festa de São Miguel Arcanjo. No século IX, a Igreja instituiu a Missa em louvor dos Santos Anjos. 
A partir do século XIII surgem muitos templos dedicados aos três santos Arcanjos. No século XVI o culto aos anjos já se estendia a toda a cristandade. Em 1561 o Papa Pio IV consagrou a “Santa Maria e aos sete anjos” a igreja que Michel Angelo construiu no local do salão das Termas do imperador romano Dioclesiano. É o que se chama igreja de Santa Maria dos Anjos. Em 1526 o Papa Leão X, a pedido de François d’Estaing, bispo de Rodez, aprovou a festa dos Anjos da Guarda. No século XVII foi composta a oração ao Anjo da Guarda, que São Luiz Gonzaga tanto gostava de rezar: “Santo Anjo de Deus que sois a minha guarda e a quem eu fui confiado por celestial piedade, iluminai-me, guardai-me, regei-me, governai-me. Amém!”
Em 1670, o Papa Clemente X aprovou a festa universal dos Santos Anjos da Guarda para o dia 2 de outubro. E, após o Concílio Vaticano II, os Santos Arcanjos [passaram a ser] celebrados no dia 29 de setembro. Na santa Missa, que é a Oração litúrgica por excelência, vemos os anjos presentes em todas as partes: no ato penitencial ( ... peço à Virgem Maria, aos Anjos e santos, e a vós irmãos que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor); no Glória; no Credo e na Oração Eucarística. “Por isso, com todos os anjos e santos proclamamos a vossa glória, cantando a uma só voz” (Oração eucarística II). “Eis pois, diante de Vós todos os anjos que vos servem e glorificam sem cessar, contemplando a vossa glória. Com eles, também nós, por nossa voz, tudo o que criastes, celebramos o vosso nome, cantando a uma só voz: ...” (Oração Eucarística IV) 
Na festa dos Arcanjos (29 de setembro), a Igreja invoca a proteção dos anjos: “Alimentados na força do pão do céu, dai´nos, ó Deus, sob a proteção dos vossos anjos, progredir no caminho da salvação. “ (Depois da comunhão) Na Festa dos Santos Arcanjos, a Igreja reza ao Senhor assim: “Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos anjos e dos homens, fazei que sejamos protegidos na terra por aqueles que vos servem no céu.” (Oração do dia) Na despedida dos defuntos a Igreja roga: “Para o Paraíso te levem os anjos”. Na Festa dos Santos Arcanjos a Igreja ora assim: “Nós vos apresentamos, ó Deus, com nossas humildes preces, estas oferendas de louvor; fazei que levados pelos anjos à vossa presença, sejam recebidas com agrado e obtenham para nós a salvação.” (Sobre as oferendas) 
Na Liturgia da Festa dos Santos Anjos da Guarda, a Igreja implora a sua proteção: “Ó Deus, que na vossa misteriosa providência mandai os vossos anjos para guardar´nos, concedei que nos defendam de todos os perigos e gozemos eternamente do seu convívio.” (Oração do dia) “Acolhei, ó Deus, as nossas oferendas em honra dos santos anjos e fazei que, velando sempre ao nosso lado, nos guardem dos perigos desta vida e nos levem à vida eterna. “ (Oração sobre as oferendas) “Ó Deus, que alimentais com tão grande sacramento a nossa peregrinação para a vida eterna, guiai´nos por meio dos vossos anjos, no caminho da salvação e da paz.” (Oração depois da Comunhão) Pela orações acima, oficiais em nossa liturgia, vemos que a Igreja não tem dúvida sobre a existência e ação dos anjos.
Quem negar isto se põe, voluntariamente, fora dos ensinamentos e da fé da Igreja, e deixa de ser plenamente católico. Embora o Magistério da igreja não tenha definido como dogma de fé, a tutela dos anjos sobre os homens, alguns santos doutores da Igreja afirmaram a mesma concepção judaica de que o povo de Deus, as dioceses, as nações, etc., e cada pessoa tem um anjo protetor particular. Não há porque não aceitar tal concepção. S. Basílio Magno (330-369), doutor da Igreja, afirmou que “cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi´lo à vida” (Eun. 3,1). Na Festa dos santos Arcanjos, a Igreja assim vê a glória de Deus manifestada em seus anjos: “Pai Santo, Deus eterno e todo poderoso, é a Vós que glorificamos ao louvarmos os anjos que criastes e que foram dignos do vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criaturas. Pelo Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, louvam os anjos a vossa glória, as dominações vos adoram, e, reverentes, vos servem potestades e virtudes. Concedei-nos também a nós, associar-nos à multidão dos querubins e serafins, cantando a uma só voz...” (Prefácio).

Santos Anjos da Guarda: "Reverência pela presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção"

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Transcrevemos um belo texto em atenção à memória de hoje, dos santos anjos da guarda:

Dos Sermões de São Bernardo, abade
(Sermo 12 in psalmum Qui habitat, 3.6-8: Opera omnia, Edit.Cisterc. 4[1966]458-462)

A teu respeito ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos (Sl 90,11). Louvem o Senhor por sua misericórdia e suas maravilhas para com os filhos dos homens. Louvem e proclamem às nações que o Senhor agiu de modo magnífico a favor deles. Senhor, que é o homem para que assim o conheças? Ou por que inclinas para ele teu coração?

Aproximas dele teu coração, enches-te de solicitude por sua causa, cuidas dele. Enfim, a ele envias o teu Unigênito, infundes o teu Espírito, prometes até a visão de tua face. E para que nas alturas nada falte no serviço a nosso favor, envias os teus santos espíritos a servir-nos, confias-lhes nossa guarda, ordenas que se tornem nossos pedagogos.
A teu respeito, ordenou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos. Esta palavra quanta reverência deve despertar em ti, aumentar a gratidão, dar confiança. Reverência pela presença, gratidão pela benevolência, confiança pela proteção. Estão aqui, portanto, e estão junto de ti, não apenas contigo, mas em teu favor. Estão aqui para proteger, para te serem úteis.

Na verdade, embora enviados por Deus, não nos é lícito ser ingratos para com eles, que com tanto amor lhe obedecem e em tamanhas necessidades nos auxiliam. Sejamos-lhes fiéis, sejamos gratos a tão grandes protetores; paguemos-lhes com amor; honremo-los tanto quanto pudermos, quanto devemos. Prestemos, no entanto, todo o nosso amor e nossa honra àquele que é tudo para nós e para eles; de quem recebemos poder amar e honrar, de quem merecemos ser amados e honrados.

Assim, irmãos, nele amemos com ternura seus anjos como futuros co-herdeiros nossos, e enquanto esperamos nossos intendentes e tutores dados pelo Pai como nossos guias. Porque agora somos filhos de Deus, embora não se veja, pois ainda estamos sob tutela quais meninos que em nada diferem dos servos.

Aliás, mesmo assim tão pequeninos e restando-nos ainda uma tão longa, e não só tão longa, mas ainda tão perigosa caminhada, que temos a temer com tão poderosos protetores? Eles não podem ser vencidos, nem seduzidos, e ainda menos seduzir, aqueles que nos guardam em todos os nossos caminhos. São fiéis, são prudentes, são fortes; por que trememos de medo? Basta que os sigamos, unamo-nos a eles e habitaremos sob a proteção do Deus do céu.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

E se as TVs católicas transmitissem Missas em latim?

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O que acham os nossos leitores de somarmos esforços e pedirmos às TVs católicas brasileiras, transmissões periódicas em latim da Santa Missa? É uma maneira bem concreta, bem prática, de colaborarmos no apostolado de promoção da liturgia bem celebrada, como nos pede, reiteradamente, o Santo Padre, o Papa Bento XVI.

A idéia é que tenhamos, em cada TV, diariamente, a Missa em latim na forma ordinária (moderna), e, AO MENOS, semanalmente a Missa em latim na forma extraordinária (tridentina). E que as Missas dominicais em latim, em ambas as formas, sejam solenes (com diáconos/subdiáconos) ou, no mínimo, cantadas.

Escrevam, nos comentários, suas sugestões. Pretendemos mandar este post e os comentários aos responsáveis pela veiculação da programação de uma delas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Missa na forma ordinária em latim com canto gregoriano em Curitiba

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Missa simples na forma ordinária celebrada em latim e acompanhada de canto gregoriano. Será nesse Domingo, dia 03 de outubro, em Curitiba. Abaixo o banner de convite (cedido pelo leitor e estudioso de canto gregoriano Paulo Valente):


terça-feira, 28 de setembro de 2010

domingo, 26 de setembro de 2010

Paramentos anglicanos e Anglicanorum Coetibus

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Por ocasião da organização futura dos Ordinariatos para os anglicanos que se convertem à fé católica, haverá, ao que tudo indica, uma disciplina litúrgica apropriada, possivelmente recolhendo a boa experiência do Anglican Use e seu Book of Divine Worship, talvez complementada com pelas antigas versões do Book of Common Prayer e do Anglican Missal.

Um tema que não se vê comentar, entretanto, é o do uso dos paramentos tradicionais anglicanos, que possuem uma leve diferenciação em relação aos católicos.

É certo que na High Church - de que formam parte os grupos anglo-católicos da Comunhão Anglicana e as províncias da Traditional Anglican Communion -, os clérigos usam, no que chamam de Missa, paramentos semelhantes aos nossos, quando não os mesmos: alva, cíngulo, amito, estola, casula, dalmática. E, celebrando o Ofício Divino de modo solene, usam o pluvial. As cores são geralmente as mesmas.

Todavia, embora improvável, é perfeitamente possível que setores da Low Church e da Broad Church se convertam, pela via da Anglicanorum Coetibus, e esses grupos, como se sabe, não costumam primar pela manutenção de paramentos sofisticados: para seus clérigos, tanto na Missa quanto no Ofício, basta que usem a batina, a sobrepeliz e o típete (e, quando Bispos, a quimera).

Mesmo os da High Church usam a quimera e o típete, quando celebram o Ofício Divino de modo menos solene, e, ainda que seja solene, por vezes no Ofício da Manhã e no da Noite. Há ainda o colarinho de pregação, também chamado peitilho ou colarinho genebrino, que os clérigos utilizam para assistir os Ofícios e a Missa como parte de sua veste coral, ou sobre a batina em sermões extralitúrgicos.

Toda essa variedade deve ser levada em conta ao estabelecer as normas litúrgicas dos anglicanos convertidos ao catolicismo.

Uma sugestão é que se adotem todos os padrões rigorosos da High Church, por serem mais próprios do que se poderia chamar tradicional. Se o que se deve preservar, segundo o ethos da Anglicanorum Coetibus, é o patrimônio tradicional anglicano, e sabemos que a Broad Church e a Low Church não enfatizam esse patrimônio na esfera da liturgia, o natural é que busquemos na High Church - até por ser mais exteriormente católica - a inspiração.

Assim, para a Missa, os clérigos anglicanos católicos adotariam a mesma padronização dos católicos latinos: alva, amito, cíngulo, estola, com a casula aos sacerdotes e a dalmática aos diáconos. Já é assim para os anglo-católicos. E os Bispos utilizariam as mesmas insígnias: báculo, anel, mitra. O uso do "conjunto Low Church", só com o típete ou a quimera, e batina com sobrepeliz, restaria descartado para a Missa.

Para o Ofício de Vésperas rezado de modo menos solene, batina, sobrepeliz, típete e, quando Bispos, a quimera por cima. Para as Vésperas Solenes, batina, sobrepeliz, estola, pluvial e, se Bispos, a mitra. Os demais Ofícios, solenes ou não, com a batina, sobrepeliz, típete e, quando Bispos, também a quimera.

Ao celebrar os sacramentos fora da Missa, dar bênçãos solenes e distribuir a Comunhão também fora da Missa, usariam batina, sobrepeliz, típete e, quando Bispos, igualmente a quimera.

Como veste coral, para assistir aos ritos sagrados, batina, sobrepeliz (ou roquete para os Bispos), típete e, quando Bispos, também a quimera. O colarinho de pregação poderia ser usado, dependendo do costume local.

O leitor instituído, quando faz uma leitura na Missa, usa, em cima da sobrepeliz e batina, ou da alva, um típete azul.

Para os ritos que admitem a quimera, ou como veste coral suplementar, ao Bispo seria facultado o uso da chamarra.

A batina dos Bispos anglicanos também é somente a violeta, nunca a preta com faixa violeta.

Para melhor visualização dos leitores não-acostumados aos paramentos específicos do anglicanismo - que, na verdade, eram usados, smj, pelo clero católico romano medieval na Inglaterra -, damos algumas imagens abaixo:

File:Cotton bands.jpg
O colarinho de pregação

File:William Laud.jpg
A quimera é essa echarpe negra grossa

File:Choirhabit.jpg
O típete é essa echarpe negra, semelhante a uma estola

A chamarra é esse "colete" longo vermelho


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